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Pre Projeto Controle Interno Municipal

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Instituto Federal de Brasília
Campus Brasília
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública
JUNILENO LUAN DE ARAUJO GONÇALVES
SISTEMA DE CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL: Um estudo de caso na Prefeitura Municipal de Orizona/GO
Brasília
2018
JUNILENO LUAN DE ARAUJO GONÇALVES
SISTEMA DE CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL: Um estudo de caso na Prefeitura Municipal de Orizona/GO
Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Campus Brasília do Instituto Federal de Brasília como requisito parcial para obtenção de título de Tecnólogo em Gestão Pública. 
Orientador: Prof. Marcos Aurélio Nascimento
Brasília
2018
JUNILENO LUAN DE ARAUJO GONÇALVES
SISTEMA DE CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL: Um estudo de caso na Prefeitura Municipal de Orizona/GO
Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Campus Brasília do Instituto Federal de Brasília como requisito parcial para obtenção de título de Tecnólogo em Gestão Pública. 
Orientador: Marcos Aurélio Nascimento	
Aprovado em: ______/______ /_______
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Prof. Marcos Aurélio Nascimento – Orientador
_______________________________________________
Prof. José Wagner Marques Raulino – Avaliador
_______________________________________________
Nome do terceiro componente da banca – Avaliador
RESUMO
Gonçalves, Junileno Luan de Araújo. Sistema de Controle Interno na Administração Pública Municipal: Um estudo de caso na Prefeitura Municipal de Orizona/GO. 2018. 26 folhas. Pré-Projeto de Pesquisa – Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública, Instituto Federal de Brasília, 2018.
O presente estudo aborda o Sistema de Controle Interno na Administração Pública Municipal, tendo como objetivo elencar as suas principais características, analisar a sua estrutura e como se dá a sua atuação na Prefeitura Municipal de Orizona-GO. Para demonstrar esta questão, será realizado uma abordagem conceitual e uma fundamentação legal sobre o tema em estudo. Posteriormente será realizado entrevistas com gestores públicos atuais e anteriores, por meio de um questionário acerca do tema em questão, sendo possível observar os procedimentos adotados pela prefeitura, observar a importância e sua atuação, bem como as limitações existentes.
Palavras-chave: Controle. Sistema de Controle Interno. Controle Interno. Gestão Pública.
ABSTRACT
Gonçalves, Junileno Luan de Araújo. Internal Control System in Municipal Public Administration: A case study at Orizona City Hall / GO. 2018. 26 sheets. Pre-Research Project - Superior Course of Technology in Public Management, Federal Institute of Brasília, 2018.
The present study deals with the Internal Control System in the Municipal Public Administration, with the purpose of listing its main characteristics, analyzing its structure and how it operates in Orizona-GO City Hall. In order to demonstrate this issue, a conceptual approach and a legal basis on the subject will be carried out. Subsequently, interviews with current and previous public managers will be carried out, through a questionnaire about the subject in question, being possible to observe the procedures adopted by the city hall, to observe the importance and its performance, as well as the existing limitations.
Keywords: Control. Internal Control System. Internal control. Public administration.
INTRODUÇÃO – CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Na perspectiva de se tratar do Controle Interno na Administração Pública, o presente estudo restringe-se ao Município de Orizona, no Estado de Goiás, tendo o propósito de identificar as características, a estrutura e a atuação do Sistema de Controle Interno, visando uma gestão pública mais eficiente da administração municipal. De acordo com o exposto, o problema de pesquisa proposto consiste na seguinte questão: Como está estruturado e como atua o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo do Município de Orizona-GO?
Tal abordagem pretende confrontar o olhar dos responsáveis pelo sistema de controle interno municipal com o olhar e a prática dos diferentes órgãos controlados, a fim de identificar práticas que possam contribuir para a eficiência da gestão administrativa. O Município, como ente federativo, constitui uma organização político-administrativa do Estado, e a efetivação de um sistema de controle interno no âmbito municipal, mais que uma função administrativa determinada por exigência legal, deve configurar-se em uma estratégia para buscar uma gestão pública mais eficiente.
JUSTIFICATIVA
Existem dificuldades em sistematizar o controle interno e de entender suas nuances no meio acadêmico e nas grandes entidades. Esse problema se torna maior nos pequenos municípios, onde várias tarefas são executadas por uma mesma pessoa e a administração tende a ser fortemente centralizada, concentrando suas atividades em uma mesma unidade ou pessoa, perdendo assim a noção de segregação de funções, onde o risco de perda de continuidade de trabalho aumenta. 
	Verifica-se ainda que vários desses serviços sob controle individual, nem sempre estão nas mãos de servidores estáveis, fazendo com que com as alternâncias de poder provoquem descontinuidade de tarefas e de sistemas, havendo ainda risco de desvios por manipulação de vários processos e etapas por uma única pessoa.
	Essa realidade está presente na grande maioria dos Municípios considerados legalmente “pequenos”, ou seja, com população inferior a 20 mil habitantes, o que representa 70% dos municípios brasileiros, segundo o IBGE, e no qual Orizona-GO, município referência deste trabalho está inserido, com seus 14.292 habitantes. (Censo IBGE/2010).
	Diante dessa realidade, crescem em importância os sistemas, a contabilidade, os assuntos jurídicos e o controle. Estas áreas e setores procuram superar as deficiências administrativas por meio de controles contábeis, auditorias e suporte jurídico com atuação prévia aos atos praticados pela autoridade máxima.
	Justifica-se o presente estudo, visando elucidar estas deficiências administrativas, bem como contribuir com a academia no que concerne à falta de estudos específicos ligados aos controles internos nos municípios, além de auxiliar com eficiência e eficácia a gestão do Município de Orizona-GO.
OBJETIVOS
 Objetivo Geral
Considerando a importância do controle no âmbito da administração pública, o presente estudo tem o propósito de identificar as características e a atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo, particularmente no Município de Orizona-GO.
 Objetivos Específicos
Conhecer a estrutura do sistema do controle interno na Prefeitura Municipal de Orizona-GO.
Identificar a atuação do Sistema de Controle Interno no Município.
Avaliar as fragilidades existentes perante a legislação e sugerir possíveis melhorias.
Identificar o grau de qualificação dos servidores pertencentes ao quadro do Controle Interno, bem como a disposição do gestor municipal em proporcionar uma qualificação aos servidores.
Avaliar o papel do Sistema de Controle Interno Municipal no combate aos Atos de Improbidade Administrativa.
REFERENCIAL TEÓRICO
 Conceito de Controle
O vocábulo controle tem origem no latim rotulum, que designava a relação dos contribuintes. Era a partir dessa lista que se contratava a operação do cobrador de impostos. Incorporado em definitivo pelos diversos idiomas, o vocábulo controle tem sentido amplo, podendo significar dominação (hierarquia/subordinação), direção (comando), limitação (proibição), vigilância (fiscalização contínua), verificação (exame), registro (identificação). (CASTRO, 2013, p.323).
	Historicamente, a palavra controle sempre
esteve ligada às finanças. Em francês, contrôler significa registrar, inspecionar, examinar. A palavra é originária de contre-rôle, registro efetuado em confronto com o documento original, com a finalidade da verificação da fidedignidade dos dados. Para o direito inglês, significa vigilância. No italiano, controllo é o mesmo que registro ou exame. (CASTRO, 2013, p.323).
	De acordo com Fayol (ANTUNES, 1998, p.61), criador da corrente Anatômica da Administração, “o controle consiste em verificar se tudo ocorre em conformidade com o plano adotado, as instruções emitidas e os princípios estabelecidos. Tem por objetivo apontar as falhas e os erros para retificá-los e evitar sua reincidência. Aplica-se a tudo: coisas, pessoas, ato”.
	Segundo Taylor (apud CHIAVENATO, 2001), o grande mestre da Administração Científica, considerava o controle como um dos quatro princípios da administração e que tinha com função “controlar o trabalho, para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível”.
	Já na lição de Hely Lopes Meirelles (1999), “controle, na administração pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder, Órgão ou Autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro.” O termo controle foi introduzido no Direito Brasileiro por Seabra Fagundes, em 1941, em sua monografia o Controle dos atos administrativos pelo Poder Judiciário (MEIRELLES, 1999).
 Controle na Administração Pública
Na Administração Pública os dirigentes devem agir de acordo com normas legais que fixam as competências dos órgãos; delimitando o seu campo de atuação e estabelecendo controles aos quais devem se sujeitar, ou seja, o gestor não pode agir com independência absoluta, praticando atos não autorizados em lei e sem objetivar o interesse ou o fim público. Para tanto, se faz necessário o exercício do controle na Administração Pública.
Segundo Castro (2013 p.332), do ponto de vista do Estado, várias sãs as formas pela qual o controle é efetivado num regime democrático:
O sistema de freios e contrapesos representado pela divisão e independência dos Poderes da União e pelos diferentes níveis de governo da Federação;
A fiscalização dos partidos políticos;
A eleição periódica dos governantes;
A pressão exercida pela opinião pública e pela imprensa; e
Os sistemas de controle interno e externo.
Em sentido amplo, a Administração Pública é o instrumento de ação do Estado para a prestação de serviços que visam a atender às necessidades coletivas. Segundo Meirelles (2005, p. 65), “a Administração Pública corresponde a todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de seus serviços”. Como instrumento de ação do Estado para prestar serviços e atender à coletividade, a Administração Pública deve submeter-se a um conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos que possibilita examinar a legitimidade dos atos estatais, inspecionar a conduta funcional dos agentes públicos e garantir a defesa dos direitos dos administrados. Esses mecanismos permitem o exercício da fiscalização, orientação e revisão da atuação administrativa de forma a viabilizar o seu controle e assegurar que a Administração Pública atue em consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, conforme esclarece Alexandrino e Vicente (2010).
Em se tratando de Administração Pública, o controle corresponde à “faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro”, como explicita Meirelles (2005, p. 645). Para que o controle funcione, faz-se necessária a existência de uma estrutura organizacional sem a qual não há a definição de pelo menos dois condicionantes para o exercício desse controle, quais sejam: a autoridade e a responsabilidade. 
De acordo com Lacombe (2004, p. 141), a estrutura de uma organização pode ser compreendida como “[...] a definição dos órgãos, dos seus nomes, dos seus níveis, das suas chefias e das suas atribuições, das relações formais entre eles, das autoridades e responsabilidades de cada um e da forma como se coordenam e se comunicam as pessoas na organização”. No âmbito da Administração Pública, não só as estruturas, mas também as ações das organizações estão subordinadas à determinação legal. O administrador público realiza suas atividades com fundamento nas normas do direito administrativo, sendo que, dentre elas, está o dever de prestar contas, cujo encargo é mais amplo do que qualquer outro administrador, uma vez que a gestão refere-se aos bens e interesses da coletividade. Nesse sentido, a prestação de contas refere-se não só à gestão financeira, mas abrange também todos os atos de governo e de administração, conforme explica Meirelles (2005). Assegurada constitucionalmente, a função do controle deve ser exercida em decorrência de exigências legais e deve procurar averiguar a legalidade, a legitimidade e a economicidade da atividade pública, a fim de garantir o atendimento dos interesses coletivos e de buscar os melhores resultados com foco na eficiência, compreendida como o uso racional dos recursos públicos, e na eficácia, entendida como o alcance das metas preestabelecidas. 
Para o exercício do controle da atividade administrativa estatal, a Constituição Federal de 1988 determina que os Poderes mantenham sistemas de controle interno e externo, conforme disposto nos artigos 31, 70, 71 e 74 do texto constitucional. Enquanto no sistema de controle interno o órgão controlador pertence à mesma estrutura burocrática que pratica os atos sujeitos ao controle, no de controle externo o órgão controlador não integra a estrutura do órgão controlado, sendo mais precisamente realizado pelo Poder Legislativo com o auxílio dos Tribunais de Contas, embora o Poder Judiciário também possa exercer esse controle. 
Apontado como necessário à execução das atividades administrativas do Estado, o sistema de controle interno, objeto de estudo deste trabalho, foi legalmente exigido bem antes da Constituição Federal de 1988. Desde a década de 1960, com a edição da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, a Administração Pública é, legalmente, obrigada a manter um sistema de controle interno que viabilize o acompanhamento e a fiscalização dos recursos públicos. Essa lei introduziu as expressões “controle interno” e “controle externo”, especificando as competências para o exercício de suas atribuições sem delimitar qualquer vínculo entre eles. 
Posteriormente, o Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, considerado o primeiro marco da Administração Pública Gerencial no Brasil por buscar superar a rigidez burocrática, coloca o controle no mesmo patamar do planejamento, da coordenação, da descentralização e da delegação de competências, conferindo-lhes o atributo de princípios fundamentais que norteiam a atividade pública, conforme expresso no art. 6º, I a V, do referido instrumento normativo. Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, o controle da atuação administrativa do Estado tem a sua função ampliada, não se restringindo apenas à verificação da regularidade dos atos, tendo também como atribuição o exame da eficiência, economicidade, eficácia e efetividade das atividades da administração estatal. 
Controle Interno na Administração Pública Municipal – Base Legal
	A legislação procura estabelecer parâmetros que o controle interno deve seguir em uma organização. Assim, serão abordados os Arts. 31, 70 e 74 da Constituição Federal, o Art. 71 da Constituição Estadual, a Lei Federal nº 4.320/64 e a Lei da Responsabilidade Fiscal-LRF.
	Nos termos da Constituição Federal de 1988, o artigo 31 aplica-se somente aos municípios. Já o artigo 70, se aplica à todas as esferas do governo, em especial a União,
os Estados e Distrito Federal. Endente-se que cada poder terá o seu sistema de controle interno.
	Segundo Cavalheiro, (2005, p.35) "o objetivo dos artigos 31 e 70 do texto Constitucional é fixar quem procederá a fiscalização”, ou seja, o controle externo e o Sistema de Controle Interno. Nos artigos 31 e 71 tratam do controle externo, exercido pelo Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas. Sua finalidade é verificar a probidade da administração, a guarda, o emprego legal do erário e o cumprimento da lei orçamentária. Os artigos 70 e 74 da Constituição Federal tratam do controle interno municipal, exercido pelos Poderes Executivo e Legislativo, sendo assim, qualquer controle efetivado pelo executivo sobre seus serviços ou agentes é considerado controle interno.
No contexto da Reforma Administrativa do Estado, iniciada em 1995, com o propósito de tornar mais eficiente o modo de gerir a atuação administrativa, foi editada a Lei Complementar nº 101, em 04 de maio de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Essa lei trouxe inovações para as práticas de gestão das finanças públicas, pressupondo ação planejada e transparente, focada no desempenho, na responsabilização e no dever de prestação de contas, resgatando, na área pública, o planejamento e o controle como instrumentos de gestão.
 Apesar da existência de um aparato normativo referente à necessidade da implantação e manutenção de um sistema de controle interno no campo de ação da Administração Pública, verifica-se certa dificuldade em efetivar esse sistema no âmbito dos três Poderes, sobretudo no Poder Executivo municipal. Tal fato, segundo Cruz e Glock (2007), decorre da manifestação de uma cultura que considera que não deveria existir o controle sobre o patrimônio público, posto que, aparentemente, os recursos públicos eram tidos como “sem dono”, identificados de forma pejorativa como “dinheiro da viúva”, possibilitando gastos sem o devido planejamento. Ainda de acordo com Botelho (2008), apesar da exigência legal, o administrador público, muitas vezes por razões políticas, tem certo receio em implantar os mecanismos de controle dos atos de sua administração, uma vez que a efetivação desses mecanismos poderia impor limites e estabelecer procedimentos que dificultassem a gestão. O Município, elencado como ente federativo na Constituição Federal de 1988, é a organização político-administrativa mais próxima do cotidiano da população. Com o advento da reforma administrativa brasileira, iniciada em 1995, os Municípios também se viram diante da necessidade de modernização, para melhor gerenciar os recursos disponíveis em prol da efetivação das políticas públicas que se concretizam por meio do desempenho de um bom governo, entendido pela capacidade institucional de atingir a eficiência, a eficácia e a efetividade na prestação de seus serviços.
Como dever e poder de vigilância, orientação e correção da atividade administrativa do Executivo municipal, o sistema de controle interno, uma vez devidamente implantado, pode, além de averiguar a regularidade da atuação administrativa, favorecer a utilização adequada dos recursos públicos, prevenir e combater desperdícios, coibir ações e políticas públicas com foco distorcido e contribuir para que a aplicação dos recursos disponíveis seja, de fato, revertida em serviços que propiciem benefícios à população. 
A implantação e a manutenção de um sistema de controle interno não só podem viabilizar o acompanhamento do exercício das atividades orçamentária, financeira, contábil, patrimonial e operacional como também podem conferir suporte e orientação concernentes à legalidade, moralidade e eficiência da atividade pública, de modo a assegurar o atendimento aos interesses da coletividade. Ainda pode configurar-se como um instrumento organizacional capaz de fornecer às autoridades informações gerenciais relevantes para a tomada de decisões que visem a alcançar as metas preestabelecidas. 
Assim como as demais organizações, o ente governamental também vivencia constantes transformações e enfrenta mudanças de caráter político, econômico e social. A sociedade, por sua vez, ciente de que custeia a atuação da administração pública por meio do pagamento de tributos que lhe são impostos por lei, passa a cobrar mais transparência e ética na atuação administrativa do Estado e, consequentemente, espera uma aplicação mais adequada dos recursos como também a melhoria da qualidade na prestação dos serviços públicos. 
Ainda, em se tratando do Sistema de Controle Interno no âmbito municipal, alguns especialistas na área pública, mencionam a necessidade de sua estruturação, apresentam orientações para sua implantação e retratam algumas características de sua organização e atuação. Dentre esses, citam-se os estudos elaborados por Cavalheiro e Flores (2007), Roncalio (2009) e Soares (2010).
Os autores supracitados, com base em estudos teóricos e em exigências legais, tratam de aspectos das práticas de controle interno, como também do alcance das suas ações no controle dos gastos públicos, enfatizando, particularmente, os aspectos da contabilidade pública.
METODOLOGIA
 Tipo de Pesquisa
	Com relação aos objetivos, a pesquisa será classificada como exploratória, uma vez que tem por finalidade ampliar o conhecimento a respeito do sistema de controle interno, apresentando os conceitos relacionados ao tema, a origem legal da obrigatoriedade de sua implementação no âmbito dos municípios brasileiros, em especial os do Estado de Goiás, delimitado ao Município de Orizona-GO, e os princípios fundamentais do sistema e técnicas aplicáveis aos controles internos (GIL, apud ZANELLA, 2009, p.79). Pode também ser classificada como descritiva, pois, uma vez adquiridos os conceitos propostos a respeito dos sistemas de controle interno, pretende-se compará-los com a forma de instalação do referido sistema no âmbito do município de Orizona-GO, determinando se o sistema de controle interno neste município está em consonância com os conceitos e técnicas sugeridos na bibliografia consultada (GIL, apud ZANELLA, 2009, p.80). 
	Quanto ao método e à forma de abordar o problema, a presente pesquisa será qualitativa, pois não haverá a utilização de instrumentos estatísticos na análise dos dados e tampouco preocupa-se com o resultado do trabalho, mas sim em se ter o conhecimento da forma de execução do sistema de controle interno no município em questão (ZANELLA, 2009, p.80). 
Os procedimentos adotados na coleta de dados, podem ser classificados como uma pesquisa bibliográfica e documental, pois para a construção dos conceitos relativos ao Sistema de Controle Interno serão utilizadas fontes bibliográficas, tais como: livros, artigos científicos e fontes de dados secundários disponíveis na internet, bem como aqueles fornecidos pela organização pesquisada, contemplando-se também dados extraídos da legislação vigente e de documentos institucionais. (GIL, apud ZANELLA, 2009, p.82). 
A pesquisa pode ser enquadrada como um Estudo de Caso, que Segundo Yin (GIL, 2002), é uma indagação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro do contexto da vida real, quando a fronteira entre o fenômeno e o contexto não é claramente evidente e onde múltiplas fontes de evidências são utilizadas, sendo portanto, uma forma de pesquisa que procura conhecer em profundidade a realidade do sujeito pesquisado, utilizando para isso o desenvolvimento prévio de preposições teóricas para conduzir a coleta e análise dos dados. (ZANELLA 2009, p.86). A utilização do estudo de caso é maior em estudos exploratórios e descritivos (GIL, 2002).
Dessa forma, quanto ao objeto da pesquisa e seu desenvolvimento, esta irá conhecer a realidade do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo do Município de Orizona-Go, em contraste com os conceitos desenvolvidos no referencial teórico. 
	 
 Local de Pesquisa
	A pesquisa será realizada na Prefeitura Municipal de Orizona, localizado no interior do Estado de Goiás. O município pertence à Mesorregião do Sul Goiano
e Microrregião de Pires do Rio (Sudeste do Estado de Goiás), também denominada região da Estrada de Ferro, situada a cerca de 130km da capital do Estado. Ocupa uma área de 1.972,865 km², e em 2010 sua população foi estimada pelo IBGE em 14.292 habitantes. 
Técnicas de Pesquisa
Além da pesquisa documental e bibliográfica, serão realizadas entrevistas com gestores públicos municipais atuais e anteriores, e servidores relacionados com o Controle Interno, através da aplicação de um questionário (Apêndice B), que seguirá as orientações de Rauen (2002, p. 124) e elaborado por Buligon (2012, p.218), com adaptações e composto de 22 perguntas fechadas abordando a importância e a efetividade do Controle Interno no Município de Orizona-GO. 
 Análise dos Dados
Na fase de análise de dados serão feitas as tabulações dos dados coletados segundo sua natureza qualitativa ou quantitativa, gerando gráficos ou tabelas, bem como a classificação das informações obtidas com as questões abertas, com sua devida compartimentação. Em seguida, se buscará estabelecer relações entre o fenômeno estudado e outros fatores, como relação de causa-efeito e análise de conteúdo.
Por fim, prossegue-se com a interpretação das informações geradas na análise de dados, buscando-se estabelecer um significado mais amplo às respostas obtidas, relacionando-as a outros conhecimentos e aos objetivos e temas propostos.
CRONOGRAMA
	Etapas
	AGO 2018
	SET 2018
	OUT 2018
	NOV 2018
	DEZ 2018
	Definição do tema
	
	
	
	
	
	
	Pesquisa Bibliográfica
	
	
	
	
	
	
	
	Análise Documental
	
	
	
	
	
	
	Coleta de dados
	
	
	
	
	
	
	
	Análise dos dados
	
	
	
	
	
	
	Processamento dos Resultados
	
	
	
	
	
	
	Elaboração do Trabalho
	
	
	
	
	
	
	
	Revisão Final
	
	
	
	
	
	
	Defesa
	
	
	
	
	
	
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em: 20 set.2018.
BRASIL, Decreto-Lei nº 200, de 25 de Fevereiro de 1967. Diário Oficial da União, Poder Executivo. Brasília, DF, 27 de fev. de 1967. Disponível em: http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/24/1967/200.htm Acesso em: 10 out. 2018.
BRASIL. IBGE. Cidades. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/default.php. Acesso em 17 out. 2018.
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BOTELHO, Milton Mendes. Manual prático de controle interno na administração pública municipal. Curitiba: Juruá, 2008.
BULIGON, Diego. O controle interno na administração pública como instrumento de governança e governabilidade na gestão dos municípios paranaenses. 2012. 245f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Governança Pública) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Disponível em: <http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/380> Acesso em: 21 out. 2018.
CASTRO, Domingos Poubel de, Auditoria, Contabilidade e Controle Interno no Setor Público, São Paulo, Ed. Atlas, 5ª Edição, 2013.
CAVALHEIRO, Jader Branco; FLORES, Paulo Cesar. A organização do Sistema de Controle Interno municipal. 4.ed. Porto Alegre: Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, 2007. Disponível em: http://www.crcrs.org.br. Acesso em: 20 out.2018.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6. Edição - Rio de Janeiro: Campus - 2001.
CRUZ, Flávio; GLOCK, José Osvaldo. Controle interno nos municípios: orientação para a implantação e relacionamento com os tribunais de contas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico (2010).
Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: 18 out. 2018.
LACOMBE, Francisco José Masset. Dicionário de Administração. São Paulo: Saraiva, 2004.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. São Paulo: Helvética, 1999.
MEIRELLES, Helly Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 31 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2005.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, Casa Civil. Subchefia para assuntos jurídicos. Lei Complementar Federal 101, de 04 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm. Acesso em 25 de set. 2018.
YIN, Robert K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
ZANELLA, Liane Carly Hermes. Metodologia de estudo e de pesquisa em administração. Florianópolis: UFSC, Departamento de Ciências da Administração; [Brasília]: CAPES: UAB, 2009.
APÊNDICE A - Apresentação 
Prezado (a) Senhor (a),
Venho por meio deste, na condição de discente do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública, Campus Brasília, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília – IFB, solicitar a sua valorosa contribuição para a pesquisa na qual estou desenvolvendo, que tem por objetivo indagar: Como está estruturado e como atua o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo do Município de Orizona-GO?
Referida pesquisa, constitui-se em tema do Trabalho de Conclusão de Curso: “SISTEMA DE CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL: Um estudo de caso na Prefeitura Municipal de Orizona/GO”, sob a orientação do Professor Marcos Aurélio Nascimento.
Sua participação é muito importante e se faz necessária para que se possa avaliar a importância e como está a atuação do Sistema de Controle Interno na Prefeitura de Orizona-GO. 
	Para tanto, solicito que responda o questionário anexo abaixo.
	Agradeço desde já a sua participação e me coloco a disposição para qualquer esclarecimento.
Junileno Luan de Araújo Gonçalves
(61) 98118-0866 junileno@hotmail.com
APÊNDICE B - Questionário
DA INSTITUIÇÃO
01) A Prefeitura possui Controladoria Geral, Controle Interno ou órgão similar, criado por Lei?
( ) Sim ( ) Não
02) Quando a Controladoria/Controle Interno foi implantado(a)?
( ) Antes de 1988
( ) De 1988 a 2000
( ) De 2000 a 2005
( ) De 2006 a 2010
( ) De 2010 a 2018
DO RESPONSÁVEL
03) Qual a formação acadêmica do Secretário de Controle Interno (Responsável pela Controladoria/Secretaria de Controle Interno)?
( ) Bacharel em Ciências Contábeis
( ) Direito
( ) Administração
( ) Economia
( ) Outro curso superior não especificado anteriormente
( ) Não possui formação escolar em nível superior
04) Qual a natureza do cargo/função de Controlador Interno/Secretário de Controle Interno?
( ) Cargo efetivo, provido por concurso público
( ) Comissionado
( ) Comissionado com prazo
( ) Função gratificada com mandato (com tempo previamente estabelecido – ex.: 2 anos)
( ) Função gratificada sem mandato (pode ser removida a qualquer tempo)
05) Há quanto tempo atua na área de Controladoria/Controle Interno?
( ) Até 5 anos
( ) De 6 a 10 anos
( ) De 11 a 15 anos
( ) De 16 a 20 anos
( ) Mais de 20 anos 
DA ESTRUTURA
06) Quantas pessoas compõem os quadros da Controladoria/Controle Interno?
( ) Apenas 01 (Controlador/Secretário)
( ) De 02 a 03
( ) De 04 a 06
( ) De 06 a 10
( ) Mais de 10
07) A Controladoria/Controle Interno, quanto a sua estrutura física?
( ) Possui sala própria (exclusiva)
( ) Divide o ambiente com outro órgão/secretaria
( ) Possui equipamentos adequados (mesas, cadeiras, computadores)
( ) Possui estrutura física inadequada ou precária
( ) Possui equipamentos inadequados ou precários
DO FUNCIONAMENTO
08) O Controle Interno/Controladoria,
em relação à estrutura administrativa do Poder Executivo?
( ) É vinculado ao Prefeito Municipal
( ) É vinculado a alguma secretaria ou órgão
09) O funcionamento (modo de operar/não instituição) da Controladoria está regulado por?
( ) Lei Municipal
( ) Regimento Interno
( ) Portaria/Resolução/Decreto
( ) Organograma de áreas
( ) Não possui estrutura de funcionamento definida
10) Quanto à existência e eficiência: o Controle Interno/Controladoria possui instrumentos de controle normatizados, ou seja, padronização operacional?
( ) Possui, totalmente eficiente
( ) Possui, pouco eficiente
( ) Possui, mas ineficiente
( ) Não possui 
11) Quanto ao treinamento dos quadros funcionais da Controladoria?
( ) Há treinamentos permanentes, com cronogramas anuais
( ) Há treinamentos periódicos e pontuais
( ) Há treinamentos apenas aleatórios e esparsos
( ) Não há treinamento
12) Quais as áreas de atuação do controle interno na Prefeitura Municipal?
( ) Tesouraria/financeiro (verificação dos pagamentos, receitas etc.)
( ) Recursos Humanos (verificação de nomeações, gratificações, ato de aposentadoria etc.)
( ) Contabilidade (verificação de balancetes, empenhos etc.)
( ) Almoxarifado
( ) Licitações e contratos (Análise e/ou Parecer em processos licitatórios, análise de contratos etc.)
( ) Outras áreas
( ) Nenhuma das alternativas
13) O Controle Interno possui formulários/fichas de análises destinados a cada órgão ou secretaria do Poder Executivo contendo os pontos de verificação?
( ) Sim
( ) Não
14) De que forma é realizado o planejamento das atividades do Controle Interno?
( ) Pós-fato, promovendo exame de documentos e fatos de acordo com notícias prévias de problemas (Jornal, Câmara Municipal, TCE, TCU, Ministério Público)
( ) Proativo, com planejamento prévio do que será realizado, bem como o período, o local, com cronograma e atividades devidamente estabelecidos
( ) Proativo e Reativo, sendo predominantemente reativo, e proativo de acordo com o que a situação pede
( ) Proativo e reativo, sendo predominantemente proativo, com planejamento prévio
DAS INFORMAÇÕES
15) O Controle Interno possui sistema informatizado próprio e vinculado aos demais sistemas do Poder Executivo?
( ) Sim, integrado aos demais sistemas
( ) Sim, mas não integrado aos demais sistemas
( ) Não possui 
16) O Controle Interno requisita/recebe documentos dos órgãos ou secretarias do Poder Executivo para que sejam efetuadas análises (ex.: contabilidade, recursos humanos, tesouraria, licitações etc.)?
( ) Sempre
( ) Regularmente
( ) Eventualmente
( ) Não requisita
17) Qual a periodicidade com que as informações obtidas e analisadas pelo Controle Interno são apresentadas ou encaminhadas ao Prefeito Municipal?
( ) Mensalmente
( ) Trimestralmente
( ) Semestralmente
( ) Anualmente
( ) Apenas quando solicitado pelo prefeito
18) Quanto à utilização das informações do Controle Interno para tomada de decisões acerca de políticas públicas ou atos de gestão pelo gestor, você entende?
( ) São utilizadas
( ) Não são utilizadas
DOS RELATÓRIOS
19) O Controle Interno emite relatórios acerca das análises elaboradas nos órgãos e secretaria do
Poder Executivo?
( ) Sim, mensalmente
( ) Sim, trimestralmente
( ) Sim, semestralmente
( ) Sim, anualmente, para dar suporte à prestação de contas
( ) Não são gerados relatórios
20) Em relação ao relatório do Controle Interno a ser encaminhado ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás, junto ao processo de prestação de contas?
( ) É elaborado manualmente pelo Controlador interno
( ) É padronizado e gerado por sistema de informática próprio
( ) É padronizado e gerado por sistema de contabilidade 
DA IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO
21) Quanto à importância do Controle Interno como instrumento para melhoria da gestão, você entende que o Prefeito Municipal?
( ) Considera importante
( ) Considera pouco importante
( ) Considera um empecilho/entrave à gestão
DA INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO
22) O sistema de Controle Interno funciona de forma integrada entre os Poderes Executivo e Legislativo?
( ) Sim, está prevista em lei a integração e os controles são realizados por comissão conjunta
( ) Existe previsão legal, mas não existe efetivamente integração entre os poderes

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