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Unidade 1 - Tópicos integradores

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UNIDADE I
TÓPICOS INTEGRADORES II -
PEDAGOGIA
2
Sumário
Para início de converSa ...................................................................................... 3
a educaÇÃo em direiToS HumanoS: uma ferramenta para a construção de uma 
sociedade mais justa e plural ............................................................................................................ 4
a educaÇÃo incLuSiva no conTeXTo da educaÇÃo em direiToS 
HumanoS ..................................................................................................................... 7
a educaÇÃo daS reLaÇÕeS ÉTnico-raciaiS no conTeXTo da educaÇÃo 
em direiToS HumanoS ............................................................................................ 12
3
TÓPicoS inTeGradoreS ii
unidade 1
Para início de converSa
Prezado (a) estudante! Tudo bem?
É com imensa satisfação que lhe acolho nessa disciplina. Ela tem o objetivo de retomar conhecimentos 
muito significativos para a sua formação. Assim, elegemos algumas temáticas que se articulam com a 
matriz curricular do seu curso, bem como são temas recorrentes de avaliações externas. Dessa maneira, 
destacamos as temáticas sobre Educação em Direitos Humanos, Educação Inclusiva e Educação das 
relações étnico-raciais para esse primeiro guia.
É notório que todas as sociedades precisam assumir a proposição ético-política de que cidadão (ã) eles 
querem formar. Nesse contexto, o Estado é convidado a pensar formas de intervenções que culminem no 
desenvolvimento das estratégias necessárias para o pleno desenvolvimento humano. Assim, os direitos 
humanos de forma quase que unânime representam um elo de intersecção entre as diferentes doutrinas 
filosóficas, religiosas e culturais. 
Nesse contexto, a Educação em Direitos Humanos assume o papel de lapidar o nosso olhar para as 
inúmeras injustiças sociais que se faz presente no nosso cotidiano, buscando no espaço escolar a criação 
de uma cultura de paz. Logo, se posiciona na contramão de toda forma de preconceito e discriminação. 
orienTaÇÕeS da diSciPLina
A partir dessa premissa, retomamos aqui essa discussão tão pertinente e atual buscando lhe ajudar a 
entender como essas temáticas se articula. Assim, este guia está organizado em quatro seções:
I. A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: Uma ferramenta para a construção de uma sociedade 
mais justa e plural – esse item apresenta considerações sobre o que são os Direitos Humanos e a 
Educação em Direitos Humanos. Destacamos também a necessidade de no contexto escolar valorizar-
mos as diferenças para que possamos ter uma sociedade mais justa e plural para todos (as).
II. A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS - consi-
derando o elo entre a Educação em Direitos Humanos e a garantia da Educação Especial na perspec-
tiva da Educação Inclusiva, o tópico salienta aspectos referentes da escola inclusiva, destaca as leis 
internacionais e nacionais que visam os direitos das pessoas com deficiência e apresenta estratégias 
para a garantia da aprendizagem desses estudantes.
III. A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO EM DIEITOS 
HUMANOS – nesse item ressaltamos a partir da perspectiva dos Direitos Humanos a importância 
de convivermos, valorizarmos e respeitarmos as diferenças. Nesse contexto a questão étnico-racial é 
trazida à tona elucidando alguns conceitos fundamentais para a discussão, tais como: raça, racismo, 
preconceito racial e discriminação racial. Atentamos também para o papel da escola na implementa-
ção da Lei n° 11.645/08.
IV. Conclusão – apresentamos as principais ideias destacadas ao longo da Unidade II.
Vamos começar a conversa sobre tudo isso!
4
a educaÇÃo em direiToS HumanoS: uma ferramenta para a construção de uma 
sociedade mais justa e plural
Começamos esta unidade lhe provocando a pensar: o que são mesmo os direitos humanos? De acordo 
com o pesquisador Norbeto Bobbio (2004) os direitos humanos são elementos que se almejam, desejam 
realizar, e como tal, merecem ser buscados, perseguidos, mesmo que nem todos, em todos os lugares o 
reconheçam. 
Guarde eSSa ideia!
É significativo salientar que os direitos humanos são um produto da história e um 
construtor da Modernidade, pois foi na Modernidade que surgiu a necessidade da 
proclamação dos direitos. Observando o viés histórico confunde-se a existência do direito 
e dos direitos humanos. O direito surgiu desde que algumas sociedades começaram 
a ter um Estado, enquanto os direitos humanos são resultantes da Modernidade e 
da cultura ocidental, logo, nascem num determinado período e lugar: na Europa nos 
séculos XVI e XVII e dentro de um contexto histórico os quais orientam o sentido que 
eles começam a ter a partir daquele momento. A partir dessa afirmação não se pode 
pensar que anterior a esse período nós vivíamos num mundo sem leis, existia uma 
ordem jurídica que orientava as normas sociais.
veja o vídeo!
Quer conhecer a história dos Direitos Humanos? Veja o vídeo 
“A História dos Direitos Humanos”. Ele é bem curtinho e vai 
lhe ajudar na compreensão da discussão. Ele tem 3’58’’. Ele 
está disponível através do LINK.
De acordo com o pesquisador português Boaventura de Souza Santos (2009) os 
Direitos Humanos não devem ser concebidos como universais e para atuarem de 
forma cosmopolita, ou seja, considerando todos/as os/as cidadãos (ãs) do mundo, eles 
precisam ser reconceitualizado como multiculturais. Nesse contexto, a legitimação dos 
ideais universalistas precisa reconhecer a existência de relações implícitas de poder 
que condicionam alguns grupos como diferentes, minimizando a efetivação da sua 
cidadania. 
Guarde eSSa ideia!
A história da humanidade é uma história marcada pela intolerância à diferença. O 
reconhecimento do direito à diferença representa a perspectiva de produzir novas 
subjetividades. Atualmente, refletir sobre a questão dos direitos humanos implica 
reafirmar o outro, na sua singularidade, na sua diferença.
5
LeiTura comPLemenTar
Então meu caro (a), para saber mais sobre a defesa de 
Boaventura de Souza Santos sobre os direitos humanos na 
perspectiva multicultural, leia o texto dele “Direitos humanos, 
o desafio da interculturalidade” na Revista Direitos Humanos, 
n. 2, p. 10-18, 2009. O texto está disponível através do LINK , é 
um Texto do Boaventura, espero que goste.
De acordo com Relatório do Desenvolvimento Humano (2004), do Programa das Nações 
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), intitulado “Liberdade cultural num mundo 
diversificado”, é preciso ampliar as discussões no contexto dos Direitos humanos e 
inserir questões ligadas à questão da igualdade e da diferença. O relatório destaca 
que em todas as partes do mundo as pessoas estão se mobilizando novamente pelo fim 
das injustiças étnicas, religiosas, raciais e culturais, exigindo que as suas identidades 
sejam reconhecida, valorizada, apreciada e aceitas por toda a sociedade, pois não 
admitem as formas de discriminação e marginalização que são vítimas em relação a 
oportunidades sociais, econômicas e políticas, ou seja, as pessoas também exigem 
justiça social. 
Para refLeTir
Mas, como essas questões se concretizam no chão da escola? O que é a Educação em Direitos Humanos?
Ao destacarmos a Educação em Direitos Humanos, salientamos como Candau (2007) que ela baseia-se 
em três pilares: a formação dos sujeitos de direito, o empoderamento e a educação para o nunca mais. 
O primeiro pilar diz respeito à percepção dos direitos enquanto cidadão. Direitos estes que não são uma 
dádiva, mas são assegurados por lei.
O segundo pilar, diz respeito ao empoderamento do sujeito ou grupos sociais que são tratados como 
minorias. Este empoderamento é relacionado ao ato de tomada de consciência e participação ativa nas 
ações sociais que compõem a ordem social. É de fato se afirmar cidadão e tomar seulugar de direito. 
O terceiro pilar, o educar para nunca mais, se refere ao reconhecimento e valorização de cada indivíduo da 
sua história e a sua cultura, rompendo com a cultura do silenciamento e impunidade.
Dessa forma, destacamos a possibilidade da Educação em Direitos Humanos como uma ferramenta 
essencial para repensarmos práticas educativas comprometidas com a diferença. Nesse sentido, Dias 
e Porto (2010) reiteram que a Educação em Direitos Humanos - EDH não abrange apenas as técnicas, 
processos e métodos de ensinar como as pessoas podem lidar com a questão da diversidade. Ela 
incorpora o respeito à diversidade problematizando-o e redirecionando-o para seu objetivo real que visa à 
redução e eliminação de todas as formas de discriminação e violência. Nesse contexto, cabe elucidar que 
entendemos Educação em Direitos Humanos como:
6
[...] um processo sistemático e multidimensional que orienta a formação do sujeito de 
direitos, articulando as seguintes dimensões: a) apreensão de conhecimentos historicamente 
construídos sobre direitos humanos e a sua relação com os contextos, internacional, nacional 
e local; 
a. afirmação de valores, atitudes e práticas sociais que expressem a cultura dos direitos 
humanos em todos os espaços da sociedade; 
b. formação de uma consciência cidadã capaz de se fazer presente em níveis, cognitivo, social, 
ético e político; 
c. desenvolvimento de processos metodológicos participativos e de construção coletiva, 
utilizando linguagens e materiais didáticos contextualizados; 
d. fortalecimento de práticas individuais e sociais que gerem ações e instrumentos em favor 
da promoção, da proteção e da defesa dos direitos humanos, bem como da reparação das 
violações (BRASIL, 2006, p. 25).
Assim, a Educação em/para os Direitos Humanos têm como o sentido último “a formação do sujeito de 
direito que tem como aspiração acabar com as estruturas de injustiças e de discriminação social” (BRASIL, 
2013, p. 37). De acordo com Ugarte e Naval (2003), ela é uma educação no sentido pleno, pois favorece o 
nosso desenvolvimento pessoal, sendo um meio idôneo para a afirmação da dignidade humana.
Meu caro (a), se na primeira fase dos Direitos Humanos eles tinham como principal marca a proteção geral 
que evidenciava o temor da diferença baseada na igualdade formal, que no contexto do nazismo levou 
ao extermínio dos diferentes, na atualidade admite-se que não se podem tratar os sujeitos de maneira 
genérica, geral e abstrata. Nesse quadro, necessitamos olhar para os indivíduos nas suas peculiaridades 
e particularidades, pois eles nas suas especificidades tencionam por resoluções específicas peculiares e 
exclusivas.
Torna-se urgente reconhecer a especificidade de cada sujeito de direito, olhando-os nas suas singularidades. 
Sem dúvida, a universalidade dos Direitos Humanos não está associada a um presumível argumento 
universal, que incorpora todos os sujeitos, ao contrário, a sua universalidade está atrelada à afirmação do 
seu viés cultural, ou seja, depende do lugar de onde esses direitos são reivindicados, do pertencimento 
dos indivíduos que o reivindicam. 
Assim, o reconhecimento e o respeito às diversidades precisam associar-se à democracia, que se 
efetiva através da valorização da autenticidade dos cidadãos que a formam, especialmente dos grupos 
marginalizados, assegurando-os o direito de decidir sobre questões que lhes dizem respeito, garantindo 
assim que os Direitos Humanos não fiquem desacreditados, pois corroboram o fortalecimento dos espaços 
de participação.
Tal contexto favorece a promoção de direitos e não a sua aniquilação, favorecendo que grupos até então 
invisibilizados sejam reconhecidos na sua singularidade. Assim, associado ao direito à igualdade, surge o 
direito à diferença. Importa o respeito à diferença e à diversidade. A partir dessa premissa, manifestamos 
que a diferença não deve ser compreendida como um processo que contradiz a universalidade, mas como 
um repensar que ressignifica os Direitos Humanos frente às atuais demandas sociais. 
7
você Sabia?
Você sabia que o caráter universal dos Direitos Humanos refere-se ao fato de que todos os humanos 
têm direito à dignidade, à humanidade e ao pleno exercício da liberdade e da democracia? Pois é, será 
preciso considerar que a validade desses direitos está atrelada a realidade cultural a partir do qual eles 
são construídos e reivindicados.
Assim, os Direitos Humanos que inicialmente foram influenciados pelo Iluminismo e pela questão da 
igualdade, se assumindo dentro de um discurso universal, chegam à contemporaneidade em uma nova 
configuração que sugere revisitar a cultura escolar à luz de questões advindas do debate acerca da 
diversidade.
Pensar a inserção das discussões sobre as minorias sociais, étnicas e culturais no campo educacional 
faz parte de uma ação comprometida com os direitos humanos, a democratização da sociedade e a luta 
contra-hegemônica. Dessa forma, reconhecemos que precisamos assegurar a Educação em os Direitos 
Humanos, assumindo a nossa responsabilidade de construir uma escola inclusiva que busca a unidade na 
diversidade e a igualdade na diferença.
A EDH nos prepara para assumirmos outra postura frente o mundo e as diferenças, nos ajudando na 
compreensão dos processos históricos, econômicos, sociais e culturais que permeiam as formas de 
violência a que muitas pessoas e na escola, muitos estudantes, estão expostos. A EDH tem como objetivo 
contribuir através da formação do sujeito de direito para que empoderado, ele (a) possa lutar contra todas 
as formas de injustiça e discriminação. 
veja o vídeo!
Prezado (a) aluno (a), para você saber sobre estratégias de 
como pensar numa escola que pode vivenciar na prática a 
Educação em os Direitos Humanos, assista ao vídeo a seguir: 
“Viver os Direitos Humanos na Escola”, com duração de vinte 
e sete minutos, trinta e cinco segundos: Ele está disponível 
através do LINK.
a educaÇÃo incLuSiva no conTeXTo da educaÇÃo em direiToS HumanoS
Prezado (a) aluno (a), iniciemos este item a partir da reflexão proposta por Boaventura Santos e João 
Arriscado Nunes (2003), pesquisadores na área dos Direitos Humanos que afirmam que “temos o direito 
a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa 
igualdade nos descaracteriza” (p.56).
???
8
Para refLeTir
O que isso representa? Já pensou sobre isso? Como isso se apresenta na escola? Será que estamos dando 
aos ditos “diferentes” oportunidade de aprendizagem ou estamos tratando-os com indiferença? Como 
considerar os estudantes na sua singularidade? Como escapar da tentação da homogeneização?
Meu caro (a), nós sabemos que na nossa sociedade a exclusão, o preconceito e a discriminação são 
fortes aliadas. Assim, ressaltamos que o contrário da igualdade é a desigualdade e não a diferença. 
Nesse contexto, podemos observar que em muitas salas de aula as pessoas que apresentam diferenças 
do padrão socialmente construído de “normalidade” são tratadas com desigualdade e não a partir do 
reconhecimento e valorização da sua singularidade.
Nesse contexto, a luta por uma escola inclusiva se alia a Educação em Direitos Humanos elucidando que 
é preciso se unir as demais lutas por uma escola mais justa e equânime para todos (as). Dessa maneira, 
destacamos alguns documentos e convenções que fundamentam a questão.
documentos alguns destaques
declaração universal dos 
direitos Humanos
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades 
proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma. Assim, 
assegura às pessoas com deficiência todos direitos das demais pessoas, 
ou seja, elas também têm direito vida, à liberdade e à segurança pessoal, 
ao reconhecimento, à proteção contra qualquer discriminação, direito 
de livre circulação, a uma vida digna, a educação,ao desenvolvimento 
pessoal, social e a participação comunitária.
declaração de jomtien - 
a declaração mundial de 
educação para todos
Nesta Declaração, todos os países participantes, inclusive o Brasil, 
reafirmam que a educação é um direito fundamental de todos, mulheres e 
homens, de todas as idades, no mundo inteiro. Elucida que as pessoas com 
deficiência necessitam de atenção especial, logo precisam ser tomadas 
medidas que garantam a todos esses estudantes a igualdade de acesso. 
declaração de Salamanca
Nesta conferência, que teve como base a Educação como um Direito 
Humano e o compromisso da Educação para Todos foi traçada uma Linha 
de Ação para as Necessidades na Educação Especial em nível mundial e 
esta Linha de Ação tem servido como norteadora para a implementação 
de políticas de educação inclusiva e de promoção de escolas integradas.
convenção da Guatemala
A realização da Convenção Interamaricana para Eliminação de Todas as 
Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência teve 
o objetivo de prevenir e eliminar todas as formas de discriminação contra 
as pessoas portadoras de deficiência e propiciar a sua plena integração à 
sociedade. Uma importante questão também apresentada no documento 
resultante da convenção é a definição para o termo «deficiência» que 
se constitui em uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza 
permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais 
atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente 
econômico e social. 
9
declaração internacional de 
montreal sobre inclusão
Assume uma importante pauta na perspectiva inclusiva, pois ressalta que 
a inclusão não deve acontecer somente na escola implicando diversos 
setores da sociedade na efetivação de um mundo inclusivo.
Lei nº 7.853/89
Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua 
integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da 
Pessoa Portadora de Deficiência – Corde. Institui a tutela jurisdicional de 
interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do 
Ministério Público, define crimes, e dá outras providências.
resolução cne/ceb n° 4, de 
02/10/1989
Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional 
Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial.
resolução cne/ceb nº 02 de 
11/09/2001
Estabelece as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação 
Básica.
Lei nº 10.436, de 24 de abril de 
2002
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais reconhecendo-a como meio 
legal de comunicação e expressão.
Lei nº 13.146/2015
Estabelece o Estatuto da Pessoa com Deficiência visa a assegurar e a pro-
mover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liber-
dades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão 
social e cidadania.
Fonte: Autor (2018).
fique aTenTo!
Aluno (a), será que o fato de matricular o aluno com deficiência na escola, torna a es-
cola uma escola inclusiva? O que é mesmo inclusão? Vamos começar essa discussão, 
destacando que a educação inclusiva é sinônimo de educação de qualidade para todos/
as. Assim, a escola inclusiva não pode ser considerada, pensada e planejada apenas 
para os estudantes com deficiência, mas como uma escola que acolhe todos/as nas 
suas especificidades e diferenças. Essa escola também envolve as famílias nas suas 
diferentes culturas, a sociedade e a comunidade escolar. 
 
Nessa lógica, o simples ato de matricular uma criança com deficiência numa sala re-
gular não caracteriza a escola como inclusiva. Praticar a educação inclusiva pressupõe 
que todos os estudantes tenham as mesmas condições de acesso, permanência e su-
cesso, independente das características inerentes que tenham ou não. A escola inclusi-
va considera os estudantes como centro da ação educativa, ela reconhece cada aluno, 
considerando suas potencialidades, necessidades e limitações, e a essas questões 
atende com qualidade e trabalho pedagógico. Ela acolhe os estudantes com deficiência 
como seres humanos que propõem desafios a escolas e seus professores para ofertar 
educação para todos (as), acolhendo a necessidade de cada um.
 
10
PaLavraS do ProfeSSor
Calma, prezado (a) aluno (a)! Essa escola não está pronta. Ela está em construção e precisa da sua adesão 
e de outros atores que constituem esse contexto escolar: gestores, familiares e membros da comunidade 
na qual cada aluno vive. 
Desse modo, a nossa pergunta sobre o que caracteriza uma escola como inclusiva pode ser respondida 
como uma escola que planeja e executa estratégias para garantir uma educação de qualidade para todos 
(as), independentemente da sua raça/etnia, orientação sexual, idade, deficiência, condição social, entre 
outras especificidades, o que demanda mudanças na cultura escolar.
Que mudanças são essas? Por onde começar? A escola como instituição responsável pelo acesso ao 
conhecimento precisa refletir sobre como tem assegurado o princípio da igualdade, ultrapassando a pers-
pectiva da homogeneização, no sentido de efetivar o processo de aprendizagem, bem como, a construção 
de competências essenciais para o exercício da cidadania.
As pesquisas e práticas revelam que a inclusão dos estudantes com deficiência na escola regular tem 
favorecido que os alunos com deficiência aprendam mais, bem como, com mais facilidade e rapidez, pois 
a troca com seus pares os faz aprender e ensinar, bem como, favorecem o trato com suas dificuldades. Já 
os estudantes que não tem deficiência aprendem a lidar com as diferenças, construindo uma relação de 
respeito e solidariedade.
Algumas ações contribuem para que a proposta pedagógica da escola possa avançar na bus-
ca de consolidar-se como efetivamente inclusiva, entre elas destacamos:
•	 A flexibilização dos procedimentos pedagógicos considerando a riqueza da identidade e da diferença 
dos seus estudantes;
•	 A promoção de metodologias de trabalho, técnicas variadas, procedimentos e estratégias de ensino 
que se adequam as características, potencialidades e capacidades de cada estudante;
•	 A elaboração de formas de avaliação diversificadas que reconheçam as diferenças individuais dos 
estudantes;
•	 Discussão sobre elementos, metodologias e estratégias que a composição de uma escola inclusiva;
•	 Avaliação diagnóstica dos estudantes pela equipe escolar que apresentam necessidades especiais.
Na maioria das vezes também são necessárias adaptações na arquitetura do prédio para que 
o ambiente também se torne acessível. Entre essas adaptações destacamos a necessidade de:
•	 Construção de rampas com a inclinação adequada, assim como, com corrimão e grade ou mureta de 
proteção;
•	 Portas e corredores largos que permitam a circulação de cadeiras de rodas;
•	 Banheiros amplos que facilitem a entrada e a circulação com cadeira de rodas com vasos sanitários 
na altura das cadeiras de rodas e pias que permitam o encaixe da cadeira. Nesses banheiros, as por-
tas não devem ter mola que abre para o lado de fora;
11
•	 Pisos antiderrapantes;
•	 Piso tátil popularmente como “piso de bolinha. Esse piso diferenciado com textura e cor deve sempre 
ficar em destaque com o piso que estiver ao redor. Ele deve ser perceptível por pessoas com defi-
ciência visual e baixa visão. O piso tátil de alerta é conhecido isso é instalado em início e término de 
escadas e rampas; em frente à porta de elevadores; em rampas de acesso às calçadas ou mesmo para 
alertar quanto a um obstáculo que o deficiente visual não consiga rastrear com a bengala.
veja o vídeo!
Para saber mais sobre Educação Inclusiva assista ao vídeo “A 
política nacional para a educação inclusiva avanços e desa-
fios”. Ele tem 16’33’’. Nele especialista na área apresenta as-
pectos que devem ser considerados quando pensamos numa 
escolainclusiva. Ele está disponível através do LINK.
É um vídeo muito importante para sua formação.
PraTicando
Frente às necessidades específicas, outros aspectos da escola também precisam ser 
revistos, tais como: a biblioteca, os parques e o mobiliário. Atentando a essa expectativa, 
vamos refletir a partir da escola que você trabalha ou faz estágio supervisionado: que 
barreiras arquitetônicas dificultam o acesso e a circulação dos estudantes que utilizam 
a cadeira de rodas ou com mobilidade reduzida? 
O mobiliário favorece o acolhimento dos estudantes considerando suas necessidades? 
Há mesas que consideram o encaixe de cadeiras de rodas? Há local adequado para 
a troca de roupas das crianças com necessidades especiais? Os móveis da biblioteca 
atendem as diversas necessidades apresentadas pelos estudantes? Há intérprete para 
a Língua Brasileira de Sinais? A biblioteca disponibiliza um acervo em braile? Utilizam-
se as legendas no momento do uso de filmes na sala de aula? Os cartazes e outras 
formas de comunicação da escola consideram a Língua Brasileira de Sinais?
Ufa, muitas exigências e observações não é?
12
a educaÇÃo daS reLaÇÕeS ÉTnico-raciaiS no conTeXTo da educaÇÃo 
em direiToS HumanoS
Caro (a) aluno (a), a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e indígena 
nas escolas faz parte de discussões que atende as reivindicações históricas do Movimento Negro e 
indígena redimensionando a questão social e étnico-racial na sociedade brasileira. Neste contexto, a 
Lei nº 11.645/08 que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN - Lei nº 9.394/96) 
torna obrigatória a inclusão das temáticas “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nas instituições 
públicas e privadas de ensino. 
A trajetória da população negra e indígena no nosso país sempre foi marcada por muitos momentos de 
exclusão e desigualdades. A urgência do reconhecimento das condições, contextos e redes de relações 
que se estabelecem para caracterizar a história e cultura do negro e indígena como parte fundamental 
da sociedade, exige novos esforços, um desafio e trabalho de todos nós educadores (as). Esse conjunto 
de ações precisa estar vinculado na dinâmica da escola, possibilitando a construção de um currículo que 
traga à tona as vozes dessa população que foram ocultadas e negligenciadas do currículo escolar. Pensar 
a inserção das discussões sobre as minorias sociais, étnico-raciais e culturais no campo educacional faz 
parte de uma ação comprometida com os direitos humanos.
Iniciemos esta reflexão sobre a questão racial pensando que a raiz dos preconceitos e das práticas 
discriminatórias são as diferenças. Jean Paul Sartre (apud MUNANGA, 2010) afirmava que se um negro e 
um judeu se apresentassem na porta de um local em que ambos são indesejáveis, o judeu poderia entrar 
sem que alguém o descobrisse, mas o negro seria barrado na porta da entrada por causa da geografia do 
seu corpo. Dessa forma, ao falarmos sobre a questão racial estamos falando do processo social, político, 
histórico e cultural resultante de relações desiguais de poder desde a nossa colonização. 
O uso do termo “raça” nada tem a ver com raça compreendida como uma diferença biológica. Não existem 
raças diferentes. Somos todos da raça humana, os estudos genéticos da atualidade comprovam isso. É 
a nossa vivência cultural que nos ensina a visibilizar como desiguais a população branca da população 
negra. Entretanto, como afirmado no item anterior, as diferenças se tornaram na nossa sociedade, 
desigualdades, motivo para uns serem bem tratados e outros maltratados. 
O professor Kabengele Munanga (2010), estudioso da questão racial, afirma que a grande questão não 
é a raça, mas as suas representações e a ideologia que dela derivam. Dessa forma, ele salienta que o 
problema não está na classificação dos grupos humanos a partir das características físicas. Ele está na 
utilização da cor da pele, do fenótipo, para o estabelecimento das características psicológicas, morais, 
intelectuais e culturais. Dessa maneira, foram incorporados como os mais valorizados, aqueles que estão 
no topo da sociedade, os europeus, e na base os negros e os índios, produzindo a hierarquização das 
diferenças. 
13
você Sabia?
Você sabia que tal contexto, ainda é evidente até hoje? Pois é, essa ideologia ficou conhecida como 
racismo científico ou racialismo, pois se fundamentava em estudos científicos que buscavam comprovar 
que as raças eram diferentes e que havia raças superiores e inferiores.
A utilização do termo “raça” por diversas vezes é distorcida e remete sempre a ideia de “inferioridade” 
devido à arraigada estrutura da nossa sociedade. Aprendemos que valorização das características físicas 
é um elemento determinante e importante para a inserção social do individuo nas variadas esferas 
sociais. Logo, a raça pode ser fator que influencia na definição do lugar social de cada um. Nilma Lino 
Gomes (2005) nos esclarece a questão e salienta que para evitar que o termo “raça” assuma um caráter 
negativo, alguns pesquisadores, o substituem e “ao se referirem ao segmento negro utilizam o termo 
étnico-racial, demonstrando que estão considerando uma multiplicidade de dimensões e questões que 
envolvem a história, a cultura e a vida dos negros no Brasil” (GOMES, 2005, p. 47).
Entretanto, uma nova interpretação precisa ser disseminada, atribuindo-lhe relevância necessária que se 
baseie no tratamento da dimensão social e política para falar sobre a realidade vivida, que opera de forma 
particular, na vida social e cultural do povo negro do nosso país. Dessa maneira, podemos compreender 
que “as raças são, na realidade, construções sociais, políticas e culturais produzidas nas relações sociais 
e de poder ao longo do processo histórico” (GOMES, 2005, p.49).
 
Querido (a) aluno (a), ao falarmos sobre a questão racial no Brasil, precisamos aproximar a reflexão sobre 
o papel da escola na construção da identidade da criança e negra. Esse processo de construção se inicia 
desde o nascimento. Dessa maneira, desde que a criança entre na escola ela precisa ter a sua identidade 
étnico-racial representada. E, portanto, é de suma importância conduzir esse processo no tratamento das 
diferenças, com situações que estimulem as crianças a terem uma visão positiva em relação a sua história 
a partir de uma prática crítica e responsável, que considere a criança e sua singularidade.
Se já tratamos do termo “raça”. Vamos esclarecer o termo “racismo”. O racismo parte da ideia de que 
existe um grupo humano superior ao outro. Essa ideologia foi e ainda é acionada para validar os atos de 
discriminação, exclusão e segregação. Ele pode se apresentar tanto através do ato de repulsa de uma 
ou algumas pessoas com outras por causa do fenótipo (cor da pele, formato da boca e nariz, textura 
do cabelo), bem como, através da veiculação de imagens e/ou ideias que visam à desvalorização de 
determinado grupo humano. Também pode se configurar através da vontade de fazer vigorar uma crença 
particular como universal, a única, legítima, verdadeira.
???
14
veja o vídeo!
No filme Vista a minha pele, que tem a direção de Joel Zito 
Araújo e o argumento de Maria Aparecida Bento, apresenta-se 
um racismo às avessas, onde a população branca representa 
a classe discriminada e a negra a dominante. Nesse contexto, 
duas adolescentes disputam o título de rainha da festa junina. 
É um interessante filme para refletirmos sobre os conceitos 
apresentados. Para assisti-lo, acesse ao LINK.
Guarde eSSa ideia!
O racismo pode ainda se apresentar de maneira individual ou institucional. O 
institucional se refere às ações implementadas pelo Estado ou que se instituem com 
o seu apoio indireto. Podemos citar como exemplo no campo educacional, a ausência 
nos currículos escolares da história do Continente Africano, depersonagens negros 
nos livros de literatura infantil e infanto-juvenil, de heróis e heroínas negras da nossa 
história, entre outros. Na perspectiva individual, ele se apresenta através de atos de 
um indivíduo contra o outro. Ações que constantemente temos presenciado através dos 
meios de comunicação.
Cabe-nos também elucidar que o preconceito racial e a discriminação racial são coisas 
distintas. Enquanto o preconceito está no mundo das ideias, a discriminação é o ato. 
Logo, o preconceito étnico-racial está associado ao pensamento negativo prévio sobre 
alguém que faz parte de um grupo racial ou étnico por causa da sua cor, raça ou etnia. 
A discriminação racial representa o ato de classificar para hierarquizar a partir da cor/
raça e etnia. Dessa feita, separamos brancos de negros e indígenas para privilegiar um 
em detrimento de outro. 
viSiTe a PáGina
Acesse a página GELEDÉS Instituto da Mulher Negra https://www.geledes.org.br/. Ela foi fundada em 
30 de abril de 1988 e está fazendo 30 anos. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em 
defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens 
e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na 
sociedade brasileira. 
A partir da Lei nº 10.639/03 atual Lei nº 11.645/08 se observa um esforço de algumas escolas na 
implementação de seus currículos da discussão étnico-racial. Entretanto, não de forma contínua e 
generalizada. Dessa maneira, precisamos reconhecer que a educação, desde a Educação Infantil, tem um 
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importante papel, possibilitando que se consolidem na escola práticas que deem voz e vez a história e a 
cultura da população negra e indígena no cotidiano escolar, possibilitando que desde os primeiros dias da 
criança na escola ela sinta que seu pertencimento étnico-racial é valorizado.
Os fatos históricos evidenciam que a nossa história é marcada pela intolerância à diferença. Dessa 
maneira, um dos grandes desafios que se colocam para a humanidade e para nós, educadores/as, na 
atualidade, é construir uma sociedade e um ambiente escolar em que o/a diferente não seja considerado 
bárbaro, esquisito, estranho, mas seja respeitado em sua diferença, e possa ser acolhido, valorizado e 
respeitado na e com a sua diferença, participando ativamente da construção coletiva de uma sociedade 
justa e plural. 
Para reSumir
•	 A Educação em Direitos Humanos visa a luta contra toda forma de desigualdade, injustiça, preconcei-
tos e discriminações presentes na escola.
•	 É importante compreendermos que as nossas diferenças tem se consolidado no nosso país como 
desigualdade. Dessa forma, os diferentes são tratados como desiguais. 
•	 Precisamos entender que cada indivíduo é único, singular. Assim, resultam de histórias e experiências 
de vida diferentes. Logo, não podemos almejar que todos/as tenham como referência os mesmos va-
lores que nós temos, pois estaríamos assumindo a nós mesmos como o centro do mundo, da verdade. 
•	 É imprescindível para o fortalecimento de uma cultura de paz, o reconhecimento e acolhimento das 
diferenças de cada um/a. Isso implica que nós educadores/as a cada dia possamos trabalhar para a 
descolonização dos nossos olhares, saberes e fazeres, trabalhando para o fortalecimento da Educa-
ção em Direitos Humanos.
•	 Para que a escola se consolide como inclusiva não basta matricular o estudante com deficiência. É 
preciso garantir permanência e sucesso, pois todos são sujeitos de direito à aprendizagem.
•	 A lei nº 11.645/08 visa implementar no currículo a história e a cultura ocultada da população negra 
e indígena.
•	 O currículo escolar precisa ofertar aos estudantes de diferentes grupos étnico-raciais estratégias de 
fortalecimento das suas identidades.
PaLavraS finaiS
Prezado (a) aluno (a), 
Chegamos ao término da nossa primeira unidade.
Se você tiver alguma dúvida ou dificuldade acesse o fórum de dúvidas no Ambiente 
Virtual de Aprendizagens – AVA. 
Acesse os vídeos e as leituras propostas para entender ainda mais sobre o conteúdo 
proposto. Bons estudos!
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referênciaS bibLioGráficaS
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução Carlos Nelson Coutinho. Nova ed. — Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2004.
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em SDH/PR, Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2013.
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Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 20 dez. 1996. Disponível: <http://
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______. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que 
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino 
a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira, e dá outras providências. Brasília, DF, 5 
jan. 2003. Disponível: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm>. Acesso em: 08 abr. 
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Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça, UNESCO, 2006.
______. Lei nº 11.645, de 10 março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada 
pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, 
para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena”. Brasília, DF, 10 mar. 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm>. Acesso em: 08 abr. 2018.
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	Para início de conversa
	A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: Uma ferramenta para a construção de uma sociedade mais justa e plural
	A EDUCAÇÃOINCLUSIVA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
	A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

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