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Resumo Odontologia Legal

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Odontologia Legal I
Documentos OdontolegaisAula 1
· Documento: são declarações orais ou escritas que possuem relevância probatória, ou seja, possuem valores que servem para provar algo
Classificação dos documentos	
· Podem ser classificados de acordo com: procedência, finalidade e conteúdo,
Procedência
· Oficial: Oriundo de qualquer repartição administrada por serviço público ou de um profissional que durante o momento de expedição do documento esteja exercendo função pública
· Oficioso: documento expedido por repartição não vincula a administração pública ou de profissional em consultório privado
Finalidade
· Administrativa: é um documento que tem por destino ser apresentado a uma pessoa, empresa ou instituição de modo que venha a ser dependente do Poder Judiciário
· Judicial: qualquer documento emitido pelo dentista que tem por finalidade ser utilizado nos autos do processo (documentos que compõem o processo)
Conteúdo
· Verdadeiro: o documento emitido que em seu texto discorrem dados técnicos de fatos verdadeiramente executados e constatados no paciente
· Falso: todo documento que seu conteúdo difere da realidade não expressando veracidade de fatos
Tipos de documentos Odontolegais
Notificação: É o documento que relata fatos de origem odontológica ou não, constatados ou observados no exercício da profissão
· Incluem comunicação de: acidentes de trabalho, doenças infectocontagiosas, doenças profissionais ou do trabalho, morte encefálica ou crimes de ação publica
· Deve ser feita por escrito contendo: Identificação do paciente, informações sobre constatação feita durante a consulta se restringindo a uso da CID, horário e data de atendimento, assinatura e carimbo
· A autoridade que será dirigido a notificação vai depender de cada caso sendo na maioria dos casos destinada as autoridades sanitárias
· As notificações de acidente de trabalho são feitas através do CAT (comunicação de acidente de trabalho) e a empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados
Atestado: tem por função afirmar a veracidade do fato odontológico e as consequências do mesmo
· É importante ressaltar que o dentista só pode atestar aquilo que tenha examinado pessoalmente
· O atestado deverá conter: identificação do paciente, finalidade de expedição (escolares, trabalhistas, desportivos e etc.), horário e data do atendimento, repouso em horas, se necessária utilização da CID, local e data da expedição, assinatura do CD
· Caso um dentista venda ou forneça um atestado falso acaba cometendo o crime previsto no art. 301 ou 302 do código penal “falsidade de atestado médico” É interessante que o paciente assine o atestado sendo conivente com a permissão de publicação do diagnóstico com, livrando o dentista de uma infração ética
Relatório: narra um a processo de perícia de forma minuciosa e metódica contribuindo com o esclarecimento dos fatos
· Quando o relatório é executado pelo perito dá-se o nome de Laudo, quando ditado pelo perito ao escrivão é chamado de Auto
· É necessário que no relatório estejam contidos
1. Preâmbulo: local, data e hora da perícia, autoridade requisitante, peritos designados, identificação da pessoa, exame a ser realizado, e os quesitos 
2. Histórico: relatório simples e completo que justifica o pedido de pericia
3. Descrição: contém todos os achados objetivos e subjetivos dos exames
4. Discussão: debate e confronto de hipóteses de cada caso
5. Conclusão: síntese de toda a analise 
6. Respostas aos quesitos: permite a formação de juízo de valor
Parecer: é uma resposta escrita para que se esclareçam opiniões e dúvidas em relação ao relatório odontolegal. é feita por um profissional que dispões de bom conceito e renome que emitirá sua opinião pessoal acerca do resultado sendo solicitado por uma das partes
· O parecer não segue um modelo, mas apresenta uma sequência semelhante
1. Preâmbulo: nome e títulos do perito, nome do consulente (quem pediu a perícia), forma de consulta (oral ou escrito) 
2. Exposição de motivos: motivos da consulta e transcrição dos quesitos
3. Discussão: Formulação de hipóteses e deduções para elucidar as questões. Nesta parte devem ser colocadas as citações e referências bibliográficas 
4. Conclusão: é aqui que a opinião do parecrista será exposta através da interpretação dos fatos
5. Resposta aos quesitos: permitirão a formação de juízos de valor
Depoimento Oral: informação prestada de viva voz pelo perito, diante de uma autoridade policial ou judiciaria
Consulta: é um esclarecimento prestado a autoridade em consequência de dúvidas ou omissões de ordem odontológicas
Aula 2
Traumatologia Forense
A traumatologia é a área onde se estudam as lesões e estados patológicos sejam eles no momento da violência ou após ela. Engloba de mesmo modo o estudo das várias formas de energia que podem causar essa violência.
Energias
A energia é definida como a capacidade de produzir trabalho, mover ou transformar a matéria. A área estuda diversas formas de energia como por exemplo as de ordem mecânica, física química entre outras. 
Independente da forma de energia, quando a mesma entra em contato com o corpo, ocorre uma alteração na estrutura corpórea, seja ela superficial ou profunda ou então uma alteração na função do corpo.
A partir disso podemos definir 3 conceitos: energia lesiva, lesão e lesão corporal
Energia lesiva: qualquer energia que causa uma lesão
Lesão: Alteração morfológica ou funcional do corpo no local de transferência de energia
Lesão corporal: Alterar integridade física do individuo
Agentes lesivos
São objetos capazes de produzir lesões sendo divididos em instrumentos e meios
Instrumentos: objetos ou estruturas que transferem energia cinética
Meios: São quaisquer outras formas de transmitir energia diferente da cinética
instrumentos
Como já foi definido o conceito de instrumentos pode-se agora apresentar as classificações dos instrumentos quanto as suas funções 
Perfurantes
	Aplicação de energia
	Mecanismo
	Ferimento
	Exemplo
	Um ponto
	Pressão-penetração
	Punctório
	Alfinete,agulha,prego, estilete
Esse tipo de lesão é causada por instrumentos de aspecto pontiagudo, alongado e fino, tendo diâmetro transverso reduzido. São lesões que apresentam abertura estreita e raramente sangram. Apresentam maior nocividade a estruturas internas. O diâmetro das lesões perfurantes é menor do que o instrumento que a ocasionou, isso se dá graças a elasticidade e retratilidade do tecido cutâneo.
As lesões causadas por instrumentos perfurantes de médio calibre seguem as direções do musculo atingido na área. Quando a lesão é produzida em órgãos profundos, as direções vão ser distintas de acordo com cada tecido.
Cortantes
	Aplicação de energia
	Mecanismo
	Ferimento
	Exemplo
	Uma linha
	Deslizamento
	Inciso
	Navalha, Lâmina
Os instrumentos cortantes possuem um gume e agem de forma que tenham de se deslizar sobre a superfície.
As feridas cortantes possuem uma gama de características que a diferem de lesões incisionais (cirúrgicas) entre elas temos:
· Forma linear: devido a ação cortante por deslizamento
· Regularidade da borda e do fundo: são bordas retilíneas a depender do gume da arma
· Sem vestígios de ação traumática: devido a ação rápida de deslizante do instrumento não há uma forma de pressão intensa
· Hemorragia vultuosa: devido a fácil secção do vaso e retração dos tecidos
· Comprimento maior que profundidade: devido a ação deslizante do instrumento 
· Afastamento das bordas: devido a elasticidade e tonicidade onde os tecidos cutâneos sofrem maior ação dos tecidos musculares
Em lesões por instrumentos cortantes é característica a presença de cauda de saída onde no final da lesão é notável uma escoriação no final da lesão
Dentro dos aspectos de lesões cortantes podemos categorizar algumas ações que caracterizam o intuito da lesão.
· Esquartejamento: dividir o corpo em partes. O intuito dessa ação é o autor livrar-se do cadáver ou impedir sua identificação
· Castração: remoção dos órgãos genitais da vítima tendo caráter de vingança
· Decapitação: separação da cabeça com do corpo. Não necessariamente causada por instrumentos cortantes. Tem por finalidade impedir a identificação da vitima
· Esgorjamento: longa ferida transversal no pescoço. Se obliqua tende a ser associada ao suicido, se horizontal ao homicídio
Contundentes
	Aplicação de energia
	Mecanismo
	Ferimento
	Exemplo
	Área + massa
	Pressão – esmagamento
	Contuso
	Cassetete, chão, murro.
	
São lesões causadas por instrumentos que agem sob pressão, atrito e torção. Geralmente apresentam superfície plana.
A contusão pode ser ativa quando o instrumento vai de encontro a vítima; passiva quando a vítima vai de encontro ao instrumento; e mista quando ambos se movimentam com certa violência.
Quando uma lesão é imputada sobre um indivíduo uma série de sinais podem ser observados
· Rubefação: congestão sanguínea de uma área do corpo a qual foi acometida pelo trauma é evidenciada por uma mancha avermelhada que desaparece alguns minutos depois
Equimose: são lesões de infiltração hemorrágica nos tecidos que foi ocasionada pela ruptura dos vasos mediante a ação do instrumento. Esse tipo de lesão é importante pelo motivo de as vezes se apresentar na forma do instrumento usado para lesão e de acordo com sua coloração pode-se estimar o tempo na qual foi acometida devido a oxirredução (Espectro equimótico).
	Cor
	Coloração aparente
	Dias
	Vermelha
	
	1
	Vermelho-violáceo
	
	2-3
	Azulado
	
	4-6
	Esverdeada
	
	
	Amarelada
	
	
	Cor normal
	
	
A coloração dessas lesões nem sempre vão apresentar esse padrão variando de acordo com o tipo de tecido, a quantidade de sangue extravasado, a coagulação e o calibre dos vasos.
· Edema traumático: aumento de liquido extracelular e extra vascular que provoca distensões com limites nítidos
· Bossa sanguínea ou linfática: popularmente conhecida como “galo” é produzida pelo acumulo de linfa ou sangue sob um plano ósseo
· Hematoma: extravasamento de um vaso bastante calibroso e a não difusão nos tecidos. À palpação percebe-se a flutuação
· Escoriação: pode ser simplesmente definida como uma lesão na qual há descolamento da epiderme expondo a derme
As lesões acima descritas podem são classificadas como superficiais, visto que não acometem estruturas profundas. As lesões descritas a seguir são denominadas profundas:
· Luxação: são lesões onde 2 ossos que apresentam articulação entre si deixam de manter contato entre si
· Entorses: quando a lesão é causada por um esforço excessivo da articulação repercutindo somente no ligamento
· Fratura: é quando um osso sofre uma solução de continuidade sendo direta quando a fratura é no local do traumatismo ou indireta quando o local está afastado
· Explosão: é quando um mecanismo produzido pela transformação química de determinadas substancias produz de uma forma brusca e violenta uma quantidade excessiva de gases que comprometem a vida. Na maioria das vezes é acidental provocando vários tipos de lesões comumente causadas por escombros.
· Rotura visceral: resulta do aumento de pressão que ocasiona a explosão de vísceras ocas com conteúdo liquido ou a dilaceração de vísceras por tracionamento ou penetração
· Esmagamento: provenientes de ação por pressão ou compressão. Apresenta diversas lesões e são mais comuns pela passagem de veículos sobre a vítima.
Lesão Perforucontusa
São as lesões causadas por um mecanismo que perfura e contunde ao mesmo tempo. Geralmente esse tipo de lesão é causada por armas de fogo.
armas de fogo
As armas de fogo são definidas como mecanismos que utilizam uma grande quantidade de gases advindos de uma explosão por pólvora para lançar um projétil a distância.
As armas de fogo são classificadas de acordo com o seu uso, comprimento do cano, acabamento do cano, calibre, funcionamento, velocidade, modo de carregar, percurssão.
As armas são compostas por 3 partes fundamentais:
1. Coronha e Armação: Possui o intuito de segurar a armaArmação
Coronha
2. Mecanismos: As armas possuem 2 mecanismos internos. O de disparo onde encontramos a agulha e o gatilho e o de extração que serve para expulsar a cápsula quando de deflagradaGatilho
Agulha
 	
3. Cano: parte essencial da arma de fogo que é por onde a projétil ira percorrer até o alvo. A superfície interna do cano pode conter saliências seguindo uma direção de curva. Essas raias tem a função de imprimir sobre o projétil um movimento de rotação que irá estabiliza-lo
Um conceito muito importante que deve ser estudado é a classificação quanto o calibre.
Para armas onde não há a presença das raias o calibre é dado em libra, ou seja, cada projetil vai constar em seu peso 1 libra (456g) 
· Calibre 36: em cada capsula possui 36 esferas que juntas pesam 1 libra
· Calibre 12: em cada capsula possui 12 esferas que juntas pesam 1 libra
Para as armas onde existe a presença de raias podemos classificar de acordo com o diâmetro do cano sendo o valor variável de acordo com o fabricante
· Milímetro: 9mm, 7,65mm
· Milésimos de polegadas: .303, .308
· Centésimos de polegada: .45, .38
Por fim a munição é o conceito que forma a tríade essencial para o início do estudo na área da balística
Composta por 5 partes: estojo, espoleta, bucha, pólvora e projetil 
1. Estojo: é o receptáculo onde estão contidos os projeteis
2. Espoleta: é a parte do cartucho que tem por função inflamar a carga expulsando o projetil
3. Bucha: é um disco de material variado que separa a pólvora do projetil
4. Pólvora: é a responsável pela combustão e expulsão do projétil Bucha
5. Projétil: é o verdadeiro instrumento perfuro cortante tendo formatos variados dependendo de arma
Efeitos primáriosOrla de escoriação
Orla equimótica
São efeitos sobre o alvo que independem do tipo de calibre ou da distância.
· Orla de enxugo: produzida pela limpeza dos resíduos que estavam contidos no projétil sendo depositados na roupa ou na pele da vítima. Se caracteriza por uma aureola escura em volta do orifício de entrada
· Orla de escoriação; ocorre o arrancamneto da epiderme expondo o córion. Quando vermelho a lesão foi recente, quando escuro a lesão foi tardia
· Orla equimótica: evidencia como um halo equimótico em volta do orifício Orla de enxugo
efeitos secundários
quando os disparos são feitos a curta distância ou a queima roupa e servem para identificar a distância e a direção do cano
· Zona de chamuscamento: é decorrente do superaquecimento dos gases na pele da vítima. Pode estar presente em distancias desde 0 a 15cm em revolveres
· Zona de esfumaçamento: constituída por grânulos de fuligem resultantes da combustão da carga, é superficial e se deposita sobre a pele ou vestes. Quanto maior a distância entre o tiro e o alvo, maior é o diâmetro desta zona
· Zona de tatuagem: composta por partículas de carvão que foram depositadas em volta do orifício de entrada 
Quando o disparo é executado a queima roupa existem sinais específicos que podem revelar o ocorrido
· Câmara de mina Hoffman: orifício de grande tamanho estrelado com bordas laceradas e evertidas, apresentando descolamento do crânio dando aspecto de cratera
· Sinal de benassi: esfumaçamneto da tabua óssea
· Sinal de puppe-werkgarten: queimadura da pele devido a estampa do cano
trajeto
é o percurso do projeto dentro do corpo, diferente de trajetória na qual é o percurso do projetil da saída do cano até antes de acertar o alvo.
O trajeto é classificado em:
· Transfixante: atravessam o corpo da vitima ligando a ferida de entrada à ferida de saída
· Perfurante: penetram em uma parte do corpo sem haver local de saída
· Penetrante: penetram em uma cavidade já existente 
Quanto a trajetos transfixastes observamos as características das lesões para que se determine os orifícios de entrada e saída do projetil.
No orifício de entrada observamos as bordas invertidas e o diâmetro é menor do que o calibre da arma
Já no orifício de saída o diâmetro se apresenta maior do que o de entrada, bordas evertidas e a presença de sangramento é maiorOrifício de Saída
Orifício de entrada
Aula 3
Tanatologia Forense
A tanatologia é definida
como a área das pericias forenses que estuda o morto, a morte e os efeitos da morte. Se subdivide em alguns ramos como a Tanatoconservação (conservação do corpo), Tanatolegislação (Lei que se aplicam aos corpos dos mortos), Cronotanatognose (Estudo do tempo da morte), Tanatosemiologia (Estudo dos fenômenos cadavéricos) e a Tanatoscopia (Estudo da causa da morte).
morte
a morte é um fenômeno que vem sendo estudado há tempos e sua dificuldade de definição é o que motivou muitos pesquisadores e cientistas a se debruçarem sobre esse tema.
Em 550 a.c. Hipócrates descreveu alguns sinais faciais que podem ser encontrados cadáveres, dai então criou-se o conceito de fácies hipocrática que neste tempo, tornou-se um sinal e até diagnóstico de morte. É caracterizado pelos olhos fundos, parados e sem expressão e uma cianose labial.Fácies hipocrática
O conceito de morte foi apresentando evolução com o passar dos anos o que concomitou ao complemento da sua expressão facial a fenômenos fisiológicos. A tradição judaico-cristão em tempos medievais adotava que a morte era o ultimo suspiro do homem em vida. Criando a ideia de que a morte advinha do cessamento de funções vitais.
No século 19 o anatomista Xavier Bichat criou um critério para se definir o que era morte, e a partir desse conceito é que se desenvolveu atualmente o que é o estado de morte. Bichat definiu que para se ter uma condição de morte é necessário que o corpo esteja em uma condição onde os 3 sistemas principais (cardiológico, Respiratório e cerebral) cessem seu funcionamento, 
Partindo dos critérios de Bichat hoje em dia temos que morte é a cessação total e irreversível da atividade encefálica. Esse diagnóstico parte do ponto de vista médico onde o profissional irá emitir uma declaração de óbito que posteriormente será utilizada para a emissão perante a justiça de uma certidão de óbito para que o sepultamento do corpo seja executado 24h após sua morte proveniente do SVO(Serviço de verificação de óbito) em casos de morte natural ou domicilias sem suspeita de causa externa ou do IML(Instituto Médico Legal) quando a causa dá morte é violenta, suspeita ou de desconhecidos.
classificação das mortes
As mortes podem ser classificadas quanto a certeza, rapidez e causa
· Quanto a certeza 
Real: como já foi citado, é o cessamento de atividade cerebral, visto que mediante as tecnologias atuais é o único sistema que não possui capacidade de ser suplementado.
Aparente: é o estado em que ocorre a cessação aparente das funções vitais.
· Quanto a rapidez
Rápida: Quando a morte não permite uma investigação profunda devido a rápida instalação do processo
Lenta: é a morte que vem de maneira devagar e esperada culminando de um estado mórbido ou um traumatismo
· Quanto a causa
Natural: desenvolve-se decorrente de um processo esperado e previsível
Violenta: é quando ocorre a força de outrem para que seja desencadeado algum processo que leve a morte
Duvidosa: Quando a origem do óbito não é clara 
fenômenos de cessação da vida
uma série de fenômenos corpóreos é constatada quando um individuo morre. É necessária uma minuciosa observação para se constatar a morte através desses sinais.
Fenômenos abióticos 
· Imediatos: são os que ocorrem devido a cessação das funções vitais
· Perda da consciência: não atender as solicitações do meio ambiente
· Perda de tônus muscular: presença de fascie hipocrática
· Ausência de respiração: falta de murmúrios respiratórios
· Cessação da circulação: falta de circulação e atividade cardíaca
· Ausência de atividade cerebral: ausência de sinais cerebrais
· Consecutivos: são os que ocorrem devido aos de efeito imediato 
1. Resfriamento do corpo (Algor Mortis): a falência do sistema termorregulador acaba levando o corpo a perder calor para o meio no qual se encontra. Ocorre dos pés, mãos e face para os órgãos internos. É um fenômeno que pode ajudar na determinação do tempo de morte mesmo não tendo uma absoluta precisão para isso.
2. Rigidez cadavérica (rigor mortis): a rigidez é categorizada com um fenômeno físico-químico promovendo uma contratura muscular devido a um mecanismo catabólico devido ao não produção de ATP no musculo. A rigidez se inicia nos músculos da mandíbula, face e pescoço seguindo em direção até os membros inferiores desaparecendo de mesma forma. A rigidez também e um fenômeno que auxilia na determinação do tempo de morte.
3. Espasmos cadavéricos: são contrações mais violentas de rigidez extremas. Os cadáveres guardam a posição na qual estavam antes de serem surpreendidos pela morte (sinal de kossu). É diferenciada da rigidez cadavérica pelo motivo de que o rigor mortis é progressivo.
4. Manchas de hipóstase (livro mortis): também chamadas de manchas de posição. São manchas de cor azul-púrpura na superfície corporal. Geralmente estão presentes em áreas onde o cadáver está em declive. Aparecem em torno de 2 a 3h após a morte desaparecendo após 12h. essa mancha também pode ser encontrada em órgãos internos e nos dentes (pink teeth) que ocorre pela autólise da polpa extravasando a hemoglobina nos canalículos dentinários, dando a característica rosa aos dentes é mais comum em casos de afogamento devido a posição baixa a cabeça
5. Desidratação: É a perda de água para o ambiente. Esse processo acarretara em alguns sinais como: decréscimo de peso, pergaminhamento da pele, ressecamento dos lábios, e sinais oculares (véu sobre córnea, mancha esclerótica, perca da transparência da córnea) 
fenômenos transformativos
são os fenômenos que ocorrem com os restos biológicos após a morte. São classificados em destrutivos e conservadores.
destrutivos
· Autólise: é o processo de destruição celular fermentativo anaeróbico que ocorre no citoplasma. Ocorre primeiramente no citoplasma celular (latente) e sucessivamente no núcleo (necrótica). O meio em que se encontram essas células é de pH ácido.
· Putrefação: é a decomposição por fermentação de matéria orgânica devido a micro-organismos e condições ambientais. Esse processo se inicia após a autólise e é constatado inicialmente no intestino (Mancha verde abdominal), exceto em recém-nascidos e no feto onde a putrefação se iniciará nas vias abertas. Segue em muitos casos 4 períodos
1. Cromático: inicia-se pela mancha verde na fossa ilíaca direita(ceco) que se estende para todo o corpo dando uma característica azul esverdeada que segue para o verde enegrecido
2. Gasoso: ocorre o surgimento dos gases putrefativos formando bolhas na epiderme. O acumulo desses gases desenvolve uma “posição de lutador” no cadáver.
3. Coliquativo: o corpo se liquefaz progressivamente reduzindo seu volume devido a degradação a epiderme se desprende da derme e o esqueleto fica recoberto por uma massa putreforme
4. Esqueletização: a putrilagem começa a secar se transformando em pó deixando os ossos desnudos
· Maceração: esse fenômeno ocorre especialmente em fetos que vieram a óbito no útero do 6º ao 9º mês de gestação. Os fetos sofrem a maceração asséptica diferente dos afogados que sofrem maceração asséptica. Neste fenômeno é observado o descolamento da epiderme sobre a derme se rasgando em grandes fragmentos.
Maceração devido a retenção intrauterina do feto
Putrefação em estado coliquativo
fenômenos conservadores
são os fenômenos artificias ou naturais que levam a conservação do cadáver
· Mumificação: ocorre um a dessecação rápida do cadáver impedindo a ação de micro-organismos não havendo fase de putrefação. São necessárias condições muito especificas como ambiente seco, temperatura elevada e muita ventilação. A pele adquire uma forma enrugada e dura
· Saponificação: presente em ambientes com muita umidade e com mínima ventilação transformando o cadáver em uma massa cerosa. Ocorre durante um período de putrefação onde as enzimas bacterianas hidrolisam as gorduras que entram em contato com a minerais da argila.
· Coreificação: comum em cadáveres conservados em urnas metálicas (geralmente de zinco) inibindo parcialmente os efeitos da da decomposição dando a pele um aspecto de couro recém curtido
· Calcificação:
é um fenômeno que leva a petrificação do corpo devido a infiltração de sais de cálcio. Encontrada quase que exclusivamente em embriões ou fetos mortos, por vezes decorrentes de gravidez ectópica. Ao resultado da calcificação do feto dá-se o nome de Litopédio
Saponificação
Litopédio
Mumificação natural
Antropologia Forense
 A antropologia é um ramo da ciência que estuda o ser humano e a humanidade.
É compreendida em 4 áreas de estudo principal: Arqueologia, cultural, física e linguística. A antropologia forense se encaixa na área física.
Essa área das ciências forenses permite o auxílio na identificação humana, que é quando se quer saber uma determinada identidade de uma pessoa ou coisa. Geralmente em casos onde se encontram ossadas corpos mumificados, carbonizados ou em avançado estado de putrefação, ou seja, casos onde não é possível a reconhecimento do indivíduo. 
Etapas da identificação
A identificação médico-legal possui aspectos para serem fundamentos durante a perícia, mas antes de tudo é necessário constatar se de fato esse material é humano.
De início distingue-se as partes encontradas, se são de um humano ou de um animal, geralmente isso é feito para casos de ossadas perdidas. Essa distinção é feita pela análise da morfologia dos ossos encontrados.
Microscópica: através dos canias de Havers, onde no humano os canais estão em menor quantidade e maior largura e nos animais estão em maior quantidade e são mais estreitos
Morfológica: nos animais a cabeça do fêmur é menos arredondada e a fossa intercondilar é mais profunda.
Ao analisado o osso e constatado que o mesmo pertence a espécie humano, parte-se para a análise de perfil biológico
O perfil biológico auxilia na identificação de pessoas dando uma estimativa para o sexo, idade, estatura e ancestralidade.
Sexo
Existem cerca de 9 tipos de classificação para o sexo. No esqueleto humano a separação sexual é feita através dos ossos da mandíbula, do tórax e da pelve.
Em uma análise de todo o esqueleto, em grande parte dos casos constata-se que o masculino possui um esqueleto maior, mais resistente e com as extremidades articulares maiores.
	Características do crânio de acordo com o sexo
	Espessura óssea
	maior
	
	Processo mastoide
	saliente
	
	fronte
	Para trás
	vertical
	glabela
	pronunciada
	Menos pronunciada
	Arcos superciliares
	salientes
	suave
	Articulação fronto nasal 
	angulosa
	curva
	Apófises estiloides
	Longa e grossa
	Curta e fina
	mandíbula
	robusta
	Menos robusta
	côndilo
	Longos e delgados em forma de sapato
	Curtos e largos em forma de rim
Outro osso analisado é a pelve pois semelhante ao crânio apresenta caracristicas diferentes de acordo com o sexo.
	Características da pelve de acordo com o sexo
	Tamanho
	Menor
	Maior
	Forame obturado
	Grande e oval
	Pequeno e triangular
	Ângulo SUBPÚBICO
	Mais AGUDO
	MAIS LARGO
	Arco ventral
	Ausente
	Presente
Idade
Quanto a idade é considerada os elementos 
Aparência: distinção através da observação
Pele: presença de rugas
Pelos: pelos pubianos, axilares e calvície
Globo ocular: arco senil (faixa periférica acinzentada na córnea)
Dentes: erupção de cada dente
Radiografia dos ossos: análise dos pontos de ossificação, analise da sínfise púbica
Suturas do crânio: suturas sagital e coronal
Ângulo mandibular: Quanto maior o ângulo, mais novo o indivíduo é
Estatura
Para se obter a estatura do cadáver é feita a medida do ponto mais alto da cabeça até a face inferior do calcanhar. Mas quando só estão disponíveis os ossos longos podem-se ter uma estimativa da estatura aproximada do indivíduo. Através de tabelas osteométricas. 
Os ossos utilizados para estimativa de estaturas são o úmero , rádio, fêmur e tíbia, sendo os 2 últimos que apresentam resultados mais fidedignos e o fêmur o que mais apresentou indices de assertividade. Apesar dessa assertividade FRANÇA relata que ao se fazre as medidas dos osso o perito deve adicionar de 4 a 6 cm de altura no resultado final devido a presença do couro cabeludo e dos discos vertebrais.
Raça ou ancestralidade
De acordo com Ottolenghi as raças apresentam as seguintes características craniométricas
Caucasiano: Brancos, íris azuis ou castanhas, perfil facial ortognata levemente prognata
Mongólico: Amarelos, cabelos lisos, fronte larga e baixa, espaço interorbital largo, maxilar pequeno e mento saliente
Negroide: pele negra, cabelos crespos em, crânio pequeno prognata, fronte alta, perfil côncavo, narinas espessas e circulares
Indiano: pele amarela, crânio mesocefalico, supercilios espessos, nariz saliente
Austrlaloide: estatura alta, prognatismo maxilar, mento retraido, arcadas superciliares salientes e perfil dolicocefalico
UsoCaça EsporteDefesa
comprimento do canocurto
acabamento interiorliso
calibre
funcionamentoautomáticasemi-automáticarepetição
velocidade do projetilalta
modo de recarga
antecarga(pela boca)
percurssãopederneiraespoleta no ouvidoespoleta no estojo
longo
raiado
existem vários tipos de calibre
baixa
retrocarga(pente,tambor ou parte 
posterior do cano)
Planilha1
	Uso	Caça 	Esporte	Defesa
	comprimento do cano	curto	longo
	acabamento interior	liso	raiado
	calibre	existem vários tipos de calibre
	funcionamento	automática	semi-automática	repetição
	velocidade do projetil	alta	baixa
	modo de recarga	antecarga(pela boca)	retrocarga(pente,tambor ou parte posterior do cano)
	percurssão	pederneira	espoleta no ouvido	espoleta no estojo
 
 
 
 
 
 
O
DONTOLOGIA 
L
EGAL 
I
 
 
 
 
 
 
ODONTOLOGIA LEGAL I

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