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Técnicas de Necropsia- Intrumentos Aula 1

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TÉCNICAS DE NECROPSIA
 Enf. Profª Jacqueline Marinho 
Significado de Necrópsia
Uma autópsia, necrópsia ou exame cadavérico é um procedimento médico que consiste em examinar um cadáver para determinar a causa e modo de morte e avaliar qualquer doença ou ferimento que possa estar presente. É geralmente realizada por um médico especializado, chamado de legista num local apropriado denominado morgue ou necrotério. 
A origem da palavra "necrópsia" vem dos termos gregos nekros = cadáver e opsis = vista.
História da Necropsia no Brasil 
A prática necroscópica teve início na Antiguidade - provavelmente para diagnosticar causas de morte - mas, sem dúvida, a manipulação de cadáveres surgiu pela necessidade de conservação de corpos. Em razão de interferências política e religiosa, existem várias lacunas acerca do desenvolvimento da necropsia. É notório que o instrumental aos poucos foi se depurando, bem como a profissionalização dos trabalhadores da área para a aplicação dos instrumentos e equipamentos tanto na necropsia clínica como na médico-legal. 
O Primeiro Registro Histórico de Necropsia
O primeiro registro histórico de necropsia é o do imperador romano Júlio Cesar, no ano 44 a.C. O exame constatou que dos 23 golpes recebidos apenas um foi mortal. Já o primeiro livro sobre medicina legal é o Hsi Yuan Lu, manual chinês publicado em 1248, que ensinava como aplicar conceitos médicos para a solução de casos criminais. Em 1532, Carlos V, rei de Espanha e imperador do Sacro Império Romano Germânico, promulgou a Constitutio Criminalis Carolina, que autorizou a necropsia forense. Em 1650, surgiu o primeiro curso especializado em medicina legal na Universidade de Leipzig.
História da Necropsia no Brasil 
O século XIX é considerado a época de ouro da medicina legal. Nesse período a ciência também prosperou no Brasil. A primeira necropsia médico-legal no país foi feita em 1835, por Hércules Otávio Muzzi, cirurgião da família imperial. Em 1856, foi criado, no Rio de Janeiro, o primeiro necrotério. Em seu livro, Medicina Legal: Texto e Atlas, Hygino de Carvalho Hercules lembra que Raimundo Nina Rodrigues, Afrânio Peixoto e Oscar Freire – para a maioria dos brasileiros, mais conhecidos como nomes de ruas – foram médicos-legistas reconhecidos internacionalmente.
História da Necropsia no Brasil 
Até 1975, o IML funcionava bem. Com a fusão dos antigos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, o instituto passou a atender uma área geográfica muito maior e mais carente, sem contrapartida de aumento de recursos humanos e materiais. A baixa remuneração dos médicos resultante da crise na saúde fez com que muitos prestassem concurso para o instituto não por vocação, mas para complementar a renda familiar. Hoje, no Rio de Janeiro, não há cursos de pós-graduação em medicina legal para os que querem se dedicar à pesquisa. A profissão não tem mais o prestígio de antigamente.
Técnicas de Necropsia
As Técnicas de Necropsia incluem a apresentação dos principais instrumentos utilizados nos procedimentos , bem como a descrição das principais técnicas. O profissional deve ter bom conhecimento de anatomia para esses procedimentos. Além disso, deve realizar sempre a limpeza e manutenção dos equipamentos utilizados. Assim, neste módulo estão apresentadas as principais técnicas de necropsia, bem como o instrumental utilizado para realizar as mesmas, e suas respectivas funções. 
Técnicas de Necropsia
As técnicas para realização de Necropsia devem ser realizadas por médico patologista ou médico legista acompanhado de assistente, o qual deverá conhecer os procedimentos, técnicas, instrumentos, procedimentos de limpeza, preparação dos reagentes, procedimentos de fechamento do corpo. Dessa forma, primeiramente, estão apresentados na Tabela 3 os principais instrumentais utilizados para a realização da prática da Necropsia (instrumental cirúrgico).
Instrumental utilizado em Necropsia
Grande parte do instrumental utilizado em necropsia é de aplicação cirúrgica. No Brasil, há pequenas variações com relação ã utilização de equipamentos e manobras realizadas em necropsias policiais, porém, o que se observa é que essa variação decorre mais da preferência dos profissionais envolvidos do que necessariamente de alteração da técnica. A seguir, apresentamos uma lista do instrumental cirúrgico utilizado em necropsia forense na maioria dos Institutos Médico-Legais do Brasil. 
Instrumental utilizado em Necropsia
Cuidados no manuseio do cadáver
O termo “Segurança Profissional Durante Procedimento de Necropsia” traduz para os peritos e auxiliares que a prática deste ato técnico deve estar revestida de toda garantia de segurança. Uma vez que durante a necropsia os profissionais se expõem às áreas com solução de continuidade na pele ou nas mucosas do cadáver, a fluídos, secreções orgânicas e dejetos humanos.
Portanto, peritos médicos-legistas e auxiliares técnicos que realizam necropsias, estão expostos a risco de contaminação caso medidas adequadas de proteção não sejam rigorosamente observadas.
EPI- Medidas Recomendadas 
Higiene das mãos;
Uso de luvas;
Máscara;
Gorro;
Óculos de Proteção;
Capote (Avental);
Botas de látex;
EPI- Medidas Recomendadas 
Instrumental utilizado em Necropsia
• Agulha para sutura, triangular, reta, com cerca de 10cm de comprimento. 
• Agulha para sutura, triangular, semi-reta, com cerca de 10cm de comprimento. 
• Balança para pesar o corpo. 
• Balança para pesar órgãos grandes.
 • Balança para pesar órgãos pequenos.
 • Balança de análise para pesar órgãos muito pequenos, tais como as glândulas paratireóides.
 • Bandagem ou tecido de algodão. 
Instrumental utilizado em Necropsia
• Bisturi abotoado. 
• Bisturi descartável. 
• Bisturi escalpelo pequeno/grande. 
• Bisturi Esmarch. 
• Cepo. 
• Chaira.
 • Cinzel de Hibbs. 
• Cisalha de Liston articulada.
 • Concha em aço inoxidável com cuba e cabo em peça única, tendo o cabo cerca de 20cm de comprimento e a concha 100mL de volume.
 • Costótomo. 
Instrumental utilizado em Necropsia
• Enterótomo. 
• Escopro. 
• Estilete em aço inoxidável. 
• Faca de amputação de Collin. 
• Faca de Virchow. 
• Formão com lâmina em aço inoxidável de 3cm x 10cm. 
• Linha crua. 
• Machadinha. 
• Martelo Hajek. 
• Mayon. 
• Osteótomo
Instrumental utilizado em Necropsia
• Paquímetro em aço inoxidável para medidas de até 150mm. 
• Pedra para afiar lâminas, de dupla face, com no mínimo 20cm de comprimento e no máximo 4cm de largura. 
• Pinça de Backhaus, Lorna e Benhard. 
• Pinça de Collin para extração de projetis.
 • Pinça de dissecção anatômica, em aço inoxidável, com 25cm de comprimento, com bordas rombas e parte interna serrilhada. 
Instrumental utilizado em Necropsia
• Pinça de dissecção do tipo dente de rato, em aço inoxidável, com 20cm de comprimento. 
• Pinça de dissecção do tipo dente de rato, em aço inoxidável, com 25cm de comprimento, com bordas rombas e parte interna serrilhada. 
• Pinça hemostática de Crile, Kocher e Kelly. 
• Pinça para osso. 
• Pino de Steinmann.
• Raquítomo. 
• Rugina de Farabeuf reta e curva. 
• Rugina de Putti. 
• Rugina de Robert Jones. 
Instrumental utilizado em Necropsia
• Serra Mathieu com três lâminas. 
• Serras de Weiss, de Collin, de Charriere, de Saterrice ou serra de arco utilizada em construção civil. 
• Serra vibratória. 
• Sonda de 1 mm de diâmetro. 
• Tentacânula em aço inoxidável, com cerca de 18cm de comprimento. 
• Tesoura abotoada. 
Instrumental utilizado em Necropsia
• Tesoura Mayo curva, em aço inoxidável, com 22cm de comprimento, pontas romba-romba. 
• Tesoura Mayo reta, em aço inoxidável, com 17cm de comprimento, pontas finas. 
• Tesoura Mayo reta, em aço inoxidável, com 17cm de comprimento, pontas finaromba. 
• Tesouras Reyman, Smith, Lister, Esmarch, Seutin, Metzenbaum, (ris e Mayo.
 • Trena em aço inoxidável, com 2m de comprimento. 
Instrumental utilizado em Necropsia
 Por motivos didáticos, dividiremoso instrumental em dois grupos e a necropsia em quatro tempos. No primeiro grupo do instrumental encontram-se os instrumentos utilizados diretamente na necropsia e, no segundo grupo, os instrumentos de medidas. A necropsia, por sua vez, foi dividida em quatro tempos principais: 
Divisão da Necropsia 
1. Incisões: Dentre as incisões realizadas em Necropsia, a incisão bimastóidea e submentoxifopubiana são as mais realizadas. A bimastóidea é aquela qual é possível afastar os retalhos do couro cabeludo para realizar a exposição do crânio. A submentoxifopubiana é realizada para expor as cavidades torácica e abdominal do cadáver.
Os instrumentais utilizados nas incisões são:
• Cepo
• Chaira 
• Pedra para afiar lâminas, de dupla face, com no mínimo 20cm de comprimento e no máximo 4cm de largura
• Bisturi descartável 
• Bisturi do tipo escalpelo pequeno/grande
• Faca de amputação de Collin
• Tesoura de Smith 
• Faca de Virchow
Divisão da Necropsia 
Craniotomia: procedimento de abertura do crânio. É realizada logo após a incisão bimastóidea e afastamento dos retalhos do couro cabeludo do cadáver. O procedimento varia com a idade do indivíduo: para abrir o crânio de um cadáver adulto, é utlizada a serra elétrica. Em crianças com menos de 1 ano de idade comumente é utilizada a tesoura.
Inspeção das cavidades do tronco: neste procedimento são verificadas as cavidades, com uso dos instrumentos adequados. Toda alteração ou anormalidade deve ser cuidadosamente anotada e investigada. 
 
4. Reconstituição: técnica realizada para fechar o corpo após o procedimento de necropsia.
Instrumental utilizado em Necropsia
Cepo 
Compõe-se de um bloco maciço em forma de paralelepípedo, de material sintético liso, com uma concavidade em um dos lados maiores, em que se observam elevações transversais ao fundo. É utilizado para apoiar a cabeça ou o tronco do cadáver, com isso melhorando o ângulo de trabalho.
Instrumental utilizado em Necropsia
Chaira e pedra de afiar
É pedra de afiar são instrumentos utilizados para manter afiado o gume das lâminas, exigindo-se do operador destreza para o procedimento de afiar. Nos casos de material cirúrgico de aço é preferível que o mesmo seja tratado por pessoal especializado. A chaira não gera o fio, apenas o mantém. É composta de uma peça de plástico resistente, com duas abas laterais. Nesse cabo plástico encontra-se encravada uma peça de aço com ranhuras longitudinais.
Instrumental utilizado em Necropsia
Bisturi e facas de Collin e de Virchow 
São instrumentos destinados a incisão da pele e para a abertura do tecido subcutâneo e dos tecidos adjacentes. A faca de amputação também podê ser utilizada para cortar órgãos quando se deseja apurar lesões intraparenquimatosas ou objetivando enviar amostras para exames histopatológico e toxicológico. É importante que a faca tenha um corte bem afiado, pois a precisão do corte garante fatias mais uniformes, melhorando a ação do formol e facilitando a tarefa de criar lâminas de boa qualidade. Para o bom desempenho funcional e com todo o rigor de segurança, o profissional deve abster-se de utilizar material inadequado ao que se propõe. 
Bisturis
Faca Virschow
Faca Collin
Instrumental utilizado em Necropsia
Tesoura de Smith 
É uma tesoura robusta utilizada para cortes grosseiros que não requerem regularidade ou precisão, como cortar vestes e bandagens presentes no cadáver. 
Instrumental utilizado em Necropsia
Craniotomia
 A craniotomia é um procedimento que se segue à incisão bimastóidea e ao afastamento dos retalhos anterior e posterior do couro cabeludo. 0 tipo de craniotomia depende da faixa etária do cadáver. Na abertura do crânio de adulto, utiliza-se a serra elétrica. Na criança pequena, principalmente naquelas com idade inferior a 1 ano, utiliza-se a tesoura como preconiza a técnica de Benecke. 
O instrumental utilizado na craniotomia compõe-se de: 
• Rugina Lambotte. 
• Ruginas de Farabeuf, reta e curva. 
• Rugina de Putti.
 • Rugina de Robert Jones. 
• Serra Mathieu (também conhecida como serra de Farabeuf).
 • Serra vibratória. 
• Serras de Weiss, de Collin, de Charriere, de Saterrice ou serra de arco utilizada em construção civil.
 • Cinzel e escopro. • Martelo de Hajek. 
Instrumental utilizado em Necropsia
Ruginas
 As ruginas são instrumentos utilizados para desgastar o periósteo craniano por atrito ou por pequenos golpes, deixando os ossos desnudos, permitindo apurar detalhes, bem como facilitar a ação da serra 
Instrumental utilizado em Necropsia
Serras 
As serras podem ser manuais, elétricas circulares e vibratórias. As primeiras são as mais utilizadas no trabalho diário e têm a preferência da maioria das técnicas. A serra elétrica circular apresenta o inconveniente de possibilitar, mais facilmente, a dispersão de aerossóis e de partículas de osso, comprometendo os níveis de biossegurança. As serras vibratórias são de alto custo e não são utilizadas em nosso meio. É preciso cuidado durante a aplicação da serra para não atingir estruturas internas como meninges e encéfalo. O técnico procura criar uma fissura de fragilidade, que permite a ação de uma ferramenta para dar apoio à abertura do crânio. 
Serra Mathieu
Serra Charriere 
Serra maual de arco
Instrumental utilizado em Necropsia
Escopro, cinzel e martelos 
São instrumentos utilizados para romper a tábua interna da caixa craniana e remover a calota após a demarcação da linha de menor resistência pela serra. O escopro e o cinzel (osteótomo) são compostos de barras estreitas e finas, de aço inoxidável, e que terminam em cunha. A diferença consiste no fato de o cinzel apresentar cabo, geralmente formando peça única com a barra, enquanto o escopro é o próprio corpo da barra. Para remover a calota craniana, introduz-se o escopro ou o cinzel no sulco feito pela serra, bate-se com o martelo e gira-se o instrumento sobre seu próprio eixo. Ouve-se um ruído característico do rompimento da tábua interna do crânio. Feito isso em três ou quatro pontos, coloca-se o gancho do martelo na fenda e traciona-se contra si, forçando assim a saída da calota craniana. 
Escropo de Virschow
Osteótomo Stille Reto
Martelo de Hajek
Martelo de Neufield 
Instrumental utilizado em Necropsia
Outros Martelos
Instrumental utilizado em Necropsia
Inspeção das cavidades do tronco 
Para a inspeção das cavidades torácica e abdominal são utilizados os seguintes instrumentos: 
• Bisturi descartável
 • Faca de amputação de Collin
• Costótomo
• Cisalha de Liston articulada
• Concha em aço inoxidável com cuba e cabo em peça única, tendo o cabo cerca de 20cm de comprimento e a concha 100mL de volume
• Enterótomo 
• Pinça de dissecção anatômica, em aço inoxidável, de 25cm de comprimento, com bordas rombas e a parte interna serrilhada
Instrumental utilizado em Necropsia
• Pinça de dissecção do tipo dente de rato, em aço inoxidável, com 25cm de comprimento, com bordas rombas e a parte interna serrilhadas
• Pinça hemostática de Crile, Kocher e Kelly
• Tentacânula em aço inoxidável com cerca de 18cm de comprimento
• Pinça de Collin para extração de projetis. • Sonda de 1 mm de diâmetro
• Raquítomo. 
• Tesoura Mayo curva, em aço inoxidável, com 22cm de comprimento, pontas romba-romba.
 • Tesoura Mayo reta, em aço inoxidável, com 17cm de comprimento, pontas finas. 
• Tesoura Mayo reta, em aço inoxidável, com 17cm de comprimento, pontas finaromba. 
Instrumental utilizado em Necropsia
Costótomo e cisalha
 São instrumentos destinados à retirada do plastrão esternal através de corte na cartilagem costosternal ou diretamente sobre o osso da costela.O costótomo é um potente alicate de corte formado por uma ponta cega e romba e a outra pontiaguda e afiada, ambas em arco. A cisalha também é um alicate de corte, porém com três pontos de apoio na alavanca para otimizar a força, duas lâminas cortantes e uma haste flexível entre os braços. A cisalha corta diretamente o osso da costela. Vale a pena ressaltar que essa manobra deixauma borda cortante, que deve ser forrada com tecido ou atadura para evitar acidentes ao operador. 
Costótomo
Cisalha
Instrumental utilizado em Necropsia
Concha em aço inoxidável 
A concha em aço inoxidável é semelhante a uma concha doméstica, porém com cuba e cabo em peça única, sendo o cabo com cerca de 20cm de comprimento e a concha com 100mL de volume. É utilizada para retirar conteúdo líquido das cavidades e do estômago.
Instrumental utilizado em Necropsia
Enterótomo 
É uma tesoura formada por uma ponta protegida por uma espécie de capuz moldado a partir da própria lâmina e outra ponta romba. A ponta protegida é inserida na luz de órgãos como intestino, estômago e coração, orientando o corte sem danificar a estrutura interna.
Instrumental utilizado em Necropsia
Pinças de dissecção 
São pinças interpotentes utilizadas para firmar o material para exposição, corte ou sutura. A pinça anatômica é utilizada quando da manipulação de tecidos friáveis, para evitar danificá-los. Já a pinça do tipo dente de rato é aplicada quando se objetiva tracionar tecidos resistentes. 
Pinça hemostática Trata-se de um tipo de pinça interfixa com dentes fixadores na extremidade. Os modelos mais utilizados em necropsia são as pinças de Crile, de Kocher e de Kelly. São utilizadas para fechar possíveis lesões em vísceras, evitando extravasamentos, ou para promover oclusão de órgãos.
Instrumental utilizado em Necropsia
Tentacânula
 É uma lâmina sulcada com uma extremidade dilatada. O sulco é usado para orientar profundamente cortes feitos com bisturi ou tesoura. 
Instrumental utilizado em Necropsia
Pinça de Collin 
para extração de projetis É uma pinça interfixa longa utilizada para remover projetis, de modo que os preserve com segurança. Deve ser constituída de material sintético ou plástico para não produzir deformidade ou abrasões nos projetis, quando utilizadas. A remoção de projetis de cadáveres deve ser feita com muito cuidado para não alterar a forma e disposição das microestrias, possibilitando correta microcomparação balística. 
Instrumental utilizado em Necropsia
Raquítomo ou raquiótomo 
É composto de uma cunha que forma com o cabo uma peça única em semi-arco. O cabo apresenta uma concavidade, que melhora o apoio. O raquítomo é utilizado como uma machadinha, para cortar o corpo das vértebras e para se obter a medula espinal completa.
Instrumental utilizado em Necropsia
Tesoura Mayo, Tesoura Metzenbaum e Tesoura Iris 
A tesoura Mayo longa é comumente utilizada para corte de fios ou linhas cruas de fechamento. A tesoura Metzenbaum, muito útil em cirurgias, deve ser utilizada para cortar tecidos mais delicados, e sua curvatura permite cortes curvilíneos. As tesouras Iris, por seu tamanho menor e ponta fina, devem ser usadas para corte de pequenas estruturas ou abertura de estruturas como artérias coronárias, vias biliares, pancreáticas e pequenas artérias. As tesouras com as duas pontas rombas são empregadas para extração das artérias do pescoço e para dissecações rombas.
Instrumental utilizado em Necropsia
Reconstituição 
Compreende uma técnica de fechamento que visa deixar o cadáver no melhor estado de apresentação possível. O corpo deve ser reconstituído de modo que, depois de vestido, não haja evidências da necropsia. O material utilizado na reconstituição compõe-se de:
 • Pinças anatômicas do tipo dente de rato
 • Agulha para sutura, triangular, reta, de cerca de 10cm de comprimento. 
• Agulha para sutura, triangular, semi-reta, de cerca de 10cm de comprimento.
 • Linha crua. 
• Tesoura de Mayo. 
• Bandagem ou tecido de algodão.(Usada para envolver o encéfalo, antes de reintroduzi-lo no crânio. Outra utilização da bandagem é envolver a cabeça dos cadáveres com faces traumatizadas, cobrindo as lesões apresentadas.)
Instrumental utilizado em Necropsia
Pinças anatômica e do tipo dente de rato
 Servem para fixar melhor os tecidos a serem suturados. A pinça do tipo dente de rato é de melhor utilização para a pele. 
Agulhas 
As agulhas utilizadas na recomposição do cadáver apresentam as seguintes características: corpo robusto com aproximadamente 10cm, fundo rombo, corpo reto ou semi-reto e ponta de reverso cortante. São muito comuns agulhas longas com pontas cortantes, utilizadas para costurar tecidos ou couro
 Linha crua
Preferencialmente, a linha utilizada na sutura de cadáveres é de fibra de cânhamo devido às vantagens apresentadas, tais como resistência, durabilidade, aderência, disponibilidade no mercado e preço. As suturas mais freqüentes são uma variante da sutura de Schmieden e da sutura de Cushing. 
Instrumentos de Medidas
• Balança para pesar o corpo.
• Balança para pesar órgãos grandes.
• Balança para pesar órgãos pequenos.
• Balança de análise para pesar órgãos muito pequenos, tais como as glândulas paratireóides.
• Estilete em aço inoxidável (pino de Steinmann). (Para determinar o trajeto de projetis e relacionar os orifícios de entrada com os orifícios de saída
• Paquímetro em aço inoxidável para medidas de até 150mm. 
• Trena em aço inoxidável com 2m de comprimento. 
• Régua antropométrica .
• Régua milimetrada para fotografia. 
Paquímetro em aço inoxidável para medidas de até 150mm 
Utilizado para medir projetis, bem como a extensão de lesões de órgãos, tumores, entre outros.
Trena de aço com 2m de comprimento: Usada para aferir a estatura do indivíduo. 
Cuidados com o Material
Devem ser tomados cuidados com o material utilizado: 
Aumentar sua vida útil dos materiais
 Evitar contaminações, respeitando as normas e especificações dos fabricantes.
 Tomar cuidado com os cortes, articulações e serrilhas dos instrumentos.
Realizar limpeza adequada após o uso. 
Também deve ser realizada a esterilização dos instrumentos e equipamentos, a qual pode ser química, com aplicação de produtos bactericidas, em estufa(equipamento de esterilização a seco), ou em autoclave (esterilização em alta pressão e vapor). 
Sempre seguir rigorosamente os procedimentos operacionais estabelecidos no laboratório.
A importância e Objetivo da Necropsia
A necropsia é de extrema importância para realizar o exame detalhado do cadáver (internamente e externamente), sendo possível determinar tanto o momento quanto as circunstâncias e causa do óbito.
O objetivo da necropsia é analisar a anatomia, os motivos do óbito e todas as alterações que ocorrem no cadáver após o momento da morte.
A importância e Objetivo da Necropsia
É fundamental para o avanço das ciências médicas, pois contribui com a pesquisa de ensino, bem como para auxiliar na investigação de crimes, sendo importante também para a Justiça. 
A Secretaria da Saúde e Segurança Pública também se beneficiam, pois é possível utilizar dados para levantamentos estatísticos a respeito de incidência de doenças, acidentes, e casos de violência.
A importância e Objetivo da Necropsia
Alguns parâmetros que podem ser estabelecidos com a prática da Necropsia são: 
Indentificação do cadáver;
Hora da morte (aproximada);
Causa da morte;
Quais instrumentos ocasionaram a morte;
Tipos de Necrópsia
Necrópsia Clínica
A necrópsia clínica é efetuada por um médico patologista e visa esclarecer a fisiopatologia e a patogenia da doença. É aplicado em casos de mortes naturais, mortes não violentas, ou decorrentes de envelhecimento. E é realizado nos Serviços de Verificação de Óbitos (SVO).
Necrópsia Forense
A necrópsia forense é feita por um médico legista e tem como objetivo esclarecer os mecanismos, efeitos e causas que levaram o indivíduo ao óbito. Atende solicitações da Justiça, principalmente nos casos de morte supseita ou morte violenta.
As modificações que surgem no corpo do cadáver após a sua morte são denominados de alterações cadavéricas. São elas: algormortis, rigor mortis, livor mortis, alterações oculares, coagulação do sangue, autólise e putrefação.
Tipos de Necrópsia
Esses processos são divididos nas seguintes fases:
Rigidez cadavérica;
Manchas cadavéricas;
Gasosa;
Coliquação (Período de reduçãodos tecidos);
Esqueletização.
Necrópsia Anatomopatológica
É realizada em pacientes que estavam internados em hospital e foram a óbito devido a doença que requer esclarecimento do ponto de vista sanitário ou científico . Este tipo de Necropsia necessita de autorização prévia dos responsáveis pelo indivíduo (familiares ou responsáveis legais).

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