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1.INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo analisar o filme doze homens e uma sentença e associar com a teoria de Schutz, sobre dinâmica de grupos .
Doze Homens e uma Sentença, conta a história de um garoto porto riquenho de 18 anos que está sendo acusado de assassinar seu pai com nove facadas. Ele vai à julgamento e o júri deve decidir se ele é inocente ou culpado, caso seja considerado culpado, sua sentença será a pena de morte.
O júri é composto de doze pessoas, todos homens, cada um com suas diferenças culturais, sociais, pessoais e de formação, expressas em seus valores, preconceitos e falsas certezas.
O filme acontece o tempo todo dentro de uma sala pequena, sem conforto, num dia muito quente. Dos doze jurados, onze têm plena certeza de que o garoto é culpado e somente um traz dúvidas em considerá-lo culpado, o jurado número oito, não acredita em sua inocência, mas também não culpa o garoto com total convicção, trazendo incertezas para o grupo, gerando dúvidas e passa a questionar quanto ao assassinato. Diante desse questionamento a dinâmica do grupo começa a desenrolar-se.
Segundo Schutz, apud Fritzen (1994), autor da teoria “necessidades interpessoais”, “os membros de um grupo só aceitam se integrar depois que certas necessidades fundamentais são satisfeitas pelo grupo”. E em suas pesquisas conseguiu identificar três necessidades interpessoais: a de inclusão, de controle e de afeto. 
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2. PROCEDIMENTO
O presente trabalho teve como objetivo realizar uma análise do filme “12 homens e uma sentença” através de uma corrente teórica estudada em aula na matéria de processos grupais.
Trata-se de uma sentença, onde 12 homens fazem parte de um júri popular, onde terão a missão de concluir a sentença de condenação, sujeito à pena de morte ou a absolvição de um rapaz de 18 anos, acusado de ter matado seu próprio pai.
Primeiramente para a escolha de nossa teoria, identificamos que o filme traz uma mensagem relacionada a problemática das relações grupais nos processos decisórios, problemática que se é estudada por diferentes teóricos na matéria de processos grupais, fator muito importante de ser mencionado, devido ao seu caráter exemplificativo de questões teóricas estudadas em sala de aula. 
Assim para realização desta análise, escolhi a teoria das necessidades interpessoais de W. C. Schutz, onde segundo Schutz os membros de um grupo só consentem em se integrar a partir do momento em que certas necessidades fundamentais são satisfeitas pelo grupo sendo essas necessidades a inclusão, controle e afeição.
Para a realização desta analise entre o filme e a teoria de Schutz, utilizamos no decorrer de nossa discussão, a apresentação de alguns trechos do filme e em seguida a análise. Procurei relacionar as três necessidades interpessoais identificadas por Schutz em sua teoria nos trechos apresentados.
 
 
 
 
 
 
3.DISCUSSÃO
Começa a discussão do caso, contando a história do acusado. O garoto nasceu em uma favela, a mãe morreu quando ele tinha oito anos, viveu um ano e meio em um orfanato, depois conheceu seu pai que foi preso por falsa criação. E que era espancado por seu pai todos os dias, e por esse motivo cometeu o crime.
Então o líder do grupo, pediu para que cada um dissesse sua posição e o porque. O primeiro homem começou dizendo que ele é culpado, pois ninguém provou o contrário.
O segundo, disse sobre o depoimento do senhor que era testemunha do caso. “O velho morava no andar debaixo onde ocorreu o crime, dez minutos depois da meia noite, depois do assassinato ele disse que ouviu ruídos que parecia uma luta, depois ouviu o garoto gritar : “eu vou matá -lo”, segundo depois ouviu um corpo cair no chão, correu para atrás da porta, abriu, viu o garoto correr escada a baixo, chamou a polícia e encontrou o homem com a faca no peito. O legista confirmou o horário do crime, então é culpado. ”
O terceiro, disse sobre o depoimento do garoto. “O menino disse que estava no cinema na hora do crime e uma hora mais tarde ele não se lembra o nome do filme, nem quem era os artistas, ninguém o viu entrar ou sair do cinema”. Um homem o interrompeu e disse: “Uma mulher que estava deitada na cama e não conseguia dormir porque estava morrendo de calor, olhou pela janela e do outro lado da rua viu o garoto cravando a faca em seu pai, era por volta da meia noite onde tudo se encaixa, ela o conhecia desde que nasceu, a janela é em frente a dela, através da janela de um trem”.
O quinto homem não quis falar. O sexto homem disse: “O menino não me convenceu e estou procurando motivos, o testemunho das pessoas do corredor do apartamento é muito importante, ouviram discussão entre o garoto e seu pai”. O sétimo foi contou um pouco mais sobre a história do acusado: “O garoto não tem condição, esteve no juizado de menores, jogou uma pedra no professor, aos 15 anos roubou um carro, detido duas vezes por briga, dizem que é um garotinho muito bom”. O homem que defendeu o garoto desde o começo disse: “Desde os 5 anos o pai batia nele constantemente, só tinha os punhos para se defender”
O oitavo foi muito preconceituoso e falou: “Ele nasceu em favela, favelas são ótimos lugares para marginais, sei disso e vocês também. Crianças em favelas são prejudiciais para a sociedade, crianças que saem desses lugares não valem nada”. Quiseram que o homem que dizia que o garoto era inocente, falasse sobre o seu ponto de vista, então: “Eu assisti aos seis dias de julgamento e todo mundo foi tão positivo, que comecei a pensar em particular, que nada é tão positivo assim, haviam muitas perguntas que gostariam de fazer. Senti que o advogado de defesa deixou muitas coisas pequenas passar. Vou me colocar no lugar do garoto agora, eu pediria outro advogado, iria querer que colocasse as testemunhas de acusação em frangalho, houve uma testemunha convicta do assassinato, outra pessoa diz ter ouvido ele, mas nenhuma das testemunhas tem uma base dessa acusação.”
Alguém perguntou sobre a faca que o garoto admitiu ter comprado naquele dia e pediram para ver a prova, enquanto isso retomaram a cena descrita no júri. O garoto havia dito que ele saiu às oito da noite, após ter sido socado várias vezes pelo pai, foi diretamente para a loja de quinquilharias, comprou uma faca de mola, que tinha o punho muito cavado e uma lâmina, o dono da loja disse que era o único tipo que ele tinha em estoque, encontrou uns amigos, as oito e quarenta e cinco, ele conversou com eles durante uma hora e os deixou as nove e quarenta e cinco e nesse momento viram a faca de mola, que foi identificada pelos mesmos no tribunal. Sendo assim o garoto teria chegado às dez da noite. Porém a versão do garoto é diferente da acusação, ele disse que foi ao cinema ás onze e meia da noite e voltou às três e dez da manhã, encontrando o pai morto e sendo preso. Contou que a faca caiu de seu bolso nesse tempo e nunca mais a viu novamente.
A faca chegou e disseram que as impressões digitais foram limpas, que ele teve tempo suficiente de limpar. O homem que diz que o menino é inocente, disse que poderia ser coincidência outra pessoa ter matado com uma faca parecida e tirou a faca igual a da prova de acusação, que comprou duas quadras perto da casa do garoto e que custou seis dólares . Houve uma discussão sobre ser possível ou não ter sido outra pessoa e foi pedido uma votação secreta em um papel pelo mesmo, se tivesse onze votos dizendo culpado, votaria como culpado. Porém se houvesse mais alguém que votasse inocente, eles iriam discutir. A votação ficou dez contra dois, se assustaram e começaram a achar ruim de maisum ter votado inocente.
Foi retomado as histórias dos testemunhos pelo cara que disse desde o início que o garoto era inocente: “O velho diz que ouviu o garoto gritar “eu vou matá-lo”, um segundo depois. Ouvimos uma mulher jurar, que olhou pela janela e viu o assassino através dos dois últimos carros do trem que passava”. Começaram a discutir sobre o tempo que cada carro de trem demorava a passar e chegaram em um consenso de dez segundos. Após isso pensou que seria impossível identificar a voz do menino com o barulho do trem passando, afinal é um barulho alto e insuportável.
O outro que votou como inocente disse que, o velho poderia ter dito isso por atenção, afinal era um velho apagado, que ninguém se lembrava de repente se tornou importante, ele poderia acreditar que realmente foi a voz do menino que gritou no meio disso tudo. Outra votação foi pedida e ficou nove contra três para culpado Começaram a falar sobre o porquê do menino ter voltado para casa, já que ela sabia que seria preso. Houve hipóteses de ir pegar a faca para não comparar com a que ele havia comprado.Outra votação e ficou oito a quatro. Fizeram uma “reconstituição” do que o velho disse, sobre o tempo que era de quinze segundos, mas a perna dele é machucada, anda arrastando a perna esquerda, onde refizeram o caminho e deu um total de quarenta e um segundos, então o homem não conseguiu ver o garoto correndo pelas escadas e pensou que foi ele quem gritou. Houve uma votação em aberto, onde ficou seis a seis. Houve pensamentos sobre o menino não conseguir lembrar do nome do filme, ou dos artistas, com tanta tensão emocional. Depois sobre a altura, o pai e o menino tem uma diferença de vinte e sete centímetros, onde o menino teria dificuldade para esfaqueá-lo. Um homem que entendia sobre brigas de facas, sabendo que o menino também entendia não teria matado o pai daquele modo com a faca. Outra votação foram nove contra três para declarar inocência.
Repararam que um dos jurados, tinha a mesma marca de óculos da mulher que disse ter visto o menino matar o pai, onde descobriram que ela usava óculos e por acabar de levantar da cama, olhar pela janela não teria dado tempo de pegar os óculos e ver o assassinato, confirmando ser o garoto . Nova votação de onze contra um para inocente. O único que mantinha sua posição, de que o garoto era culpado disse que o seu argumento era tudo o que já tinha visto no júri de acusação. Mas ele na verdade estava projetando a raiva de seu filho no caso, fazia dois anos que não conversavam, rasgou a foto dos dois juntos, chorou e disse que o garoto era inocente.
Todos seguiram sua vida normalmente, e o garoto foi declarado como inocente.
 
 
4. CONCLUSÃO
 Como estudei em sala de aula, existem várias fases dentro de um grupo, que podem se repetir por várias vezes durante a vida do mesmo, Schutz em suas pesquisas observou que na formação e desenvolvimento de um grupo, a integração dos membros acontece quando certas necessidades fundamentas são satisfeitas, pois só em grupo e pelo grupo essas necessidades podem ser satisfeitas, assim ao entrar em um grupo todos buscam três necessidades, chamou-as de necessidades interpessoais, podemos identificá-las no filme, a necessidade de inclusão, de controle e de afeto. Schutz diz que na necessidade de inclusão o membro se sente aceito, integrado e valorizado pelo grupo. Vimos no filme um homem que diz desde o começo ter dúvidas em julgá-lo culpado, pois não sabe se o garoto era inocente, ele tenta mostrar que suas idéias são importantes por se tratarem da vida de menino, queria ser ouvido e mostrar seu ponto de vista, desejava também ser respeitado por todos. 
Analisando de acordo com a teoria de Schutz de necessidade do controle: onde ele diz que os que se sentem rejeitados e mantidos à margem das responsabilidades no grupo, tendem a querer o poder e assim assumir sozinhos o controle do grupo. Pudemos notar essa ideia em um homem que desde o início diz que o menino era culpado, foi o último a mudar de opinião, tentando durante o filme manter o grupo em suas mãos, mostrando a culpa do garoto e dizendo que ele teria que ir para cadeira elétrica, mas os que estavam com ele foram convencidos da inocência do menino, ao final de muita discussão se viu sozinho e se rendeu após um surto.
Podemos ver durante todo filme também uma terceira necessidade, necessidade de afeto onde Schutz em seus estudos diz que os sentimentos mútuos ou recíprocos de amar os outros e ser amado (sentir-se amado).Mesmo que seja estabelecido um clima afetivo positivo no grupo que pode trazer satisfação a todos, pode não perdurar por muito tempo, passando ao polo oposto, essa é a ultima fase, fase dos vínculos emocionais, que se refere às proximidades pessoais e emocionais dos membros desse grupo, os integrantes desse grupo sentem necessidade de sentir-se valorizados. 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA. Título original: “Twelve Angry Men”. Direção: Sidney Lumet. Produção/Distribuição: Fox/MGM. Elenco: Henry Fonda, Lee J. Cobb, Ed Begley, E.G. Marshall, JackWarden, Martin Balsam, John Fiedler, Jack Klugman, Edward Binns, Joseph Sweeney, George Voskovec, Robert Webber. EUA. 1957. Drama. DVD. 96 min.
FRITZEN, Silvino José. Relações Humanas Interpessoais. 4ᵃ Edição. Petrópolis . Editora Vozes, 1994.
MAILHIOT, Gérald Bernard. Dinâmica e gêneses dos grupos: Atualidades das descobertas de Kurt Lewin. Petropolis. Rio de Janeiros. Editora Vozes, 2013.
MINICUCCI,A. Técnicas do trabalho de grupo.3ª ed.São Paulo: Atlas,2001.
 
 
 
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