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ATIVIDADE REFLEXIVA – UNIDADE I Disciplina: Prática de Ensino em Química no Ensino Médio ALUNO: MARCO ROGÉRIO BARRIOS RGM: 19545843 SÉRIE: 2/A CURSO: Formação Pedagógica para Graduados não licenciados – Química São Paulo/ SP (Anália Franco) De maneira geral, o estudo de caso é um método qualitativo que consiste, geralmente, em uma forma de aprofundar uma unidade individual. Ele serve para responder questionamentos que o pesquisador não tem muito controle sobre o fenômeno estudado. Este método é útil quando o fenômeno a ser estudado é amplo e complexo e não pode ser estudado fora do contexto onde ocorre naturalmente. Ele é um estudo empírico que busca determinar ou testar uma teoria, e tem como uma das fontes de informações mais importantes, as entrevistas. Através delas o entrevistado vai expressar sua opinião sobre determinado assunto, utilizando suas próprias interpretações (ROCHA, 2008). As críticas em relação ao uso da estratégia do estudo de caso têm como pano de fundo os pesquisadores que não buscam evidências, não seguem um protocolo de pesquisa e não usam critérios que justifiquem a escolha dos casos estudados. O principal resultado desse descuido é o baixo poder de generalização dos resultados, o que diminui a capacidade preditiva da teoria assim gerada (CESAR; ANTUNES, 2008). A diversidade de interpretações, sobretudo equivocadas, da metodologia do estudo de caso revela a carência de amadurecimento metodológico dos pesquisadores. Isso contribui para o desenvolvimento lento de pressupostos teóricos mais robustos, para a continuidade de métodos descritivos e pouco envolvidos com as peculiaridades e contextos naturais dos fenômenos que o estudo de caso pretende complementar (BARBOSA, 2008). Para que um instrumento de medida seja considerado adequado para a realização de uma pesquisa, é necessário que ele seja um indicador acurado do que se pretende medir, fácil de usar e eficiente. Para avaliar uma ferramenta de medição, segundo Cooper e Schindler (2003), são necessários três critérios principais: validade, confiabilidade e praticidade. A validade refere-se ao grau no qual um teste mede o que de fato se deseja medir; a confiabilidade está relacionada à acuidade e precisão do procedimento de mensuração e a praticidade está relacionada a fatores de economia, conveniência e interpretação. Sendo assim, de acordo com a metodologia utilizada no texto pelos autores, verifica-se que a temática abordada sugere o levantamento da questão da importância do laboratório de química no processo de ensino e aprendizado, promovendo o debate e a discussão, sem a necessidade de uma validação científica, de uma caracterização e demonstração mais acurada, como exige uma pesquisa científica. A respeito do primeiro questionamento, verifica-se que 100% dos entrevistados de certa forma não descartam as aulas de laboratório, seja como essencial ou até mesmo como complemento da teoria. Estes resultados já eram de certa maneira esperados, pois na minha vivência docente a prática associada com a teoria é extremamente necessária, assim como a utilização de ferramentas tecnológicas associadas ao aprendizado; inclusive nas minhas aulas eu procuro passar a teoria no próprio laboratório de química de maneira que em seguida os alunos possam comprovar experimentalmente aquilo que foi abordado; além disso para a realização dos experimentos, diversos fatores precisam ser considerados: as instalações da escola, o material e os reagentes requeridos e, principalmente, as escolhas das experiências. Estas precisam ser perfeitamente visíveis, para que possam ser observadas pelos alunos; precisam não apresentar perigo de explosão, de incêndio ou de intoxicação, para a segurança dos jovens; precisam ser atrativas para despertar o interesse dos mais indiferentes; precisam ter explicação teórica simples, para que possam ser induzidas pelos próprios alunos. Esta última condição é de grande importância, para unir a teoria à pratica. As observações feitas devem ser associadas aos conhecimentos anteriores e explicadas racionalmente. Consegue-se essa importante etapa da aprendizagem fazendo-se, logo após a experiência um questionário sobre o trabalho executado. Com perguntas bem dirigidas, leva-se o aluno a raciocinar sobre o que observou e tirar suas próprias conclusões. No segundo questionamento, nota-se que a aula prática é de suma importância para assimilar o conteúdo trabalhado (cerca de 80% dos entrevistados), ou seja, os próprios alunos solicitam e questionam se serão ministradas aulas práticas, ainda mais nos dias atuais com o advento da globalização, da internet, vídeos, fica entediante aulas somente teóricas, não despertando o interesse no aprendizado, no entanto, geralmente as atividades de laboratório são orientadas por roteiros predeterminados do tipo “receita”, sendo que para a realização dos experimentos os alunos devem seguir uma sequência linear, passo a passo, na qual o docente ou o texto determinam o que e como fazer. No ensino praticado dessa forma, dificilmente estão presentes o raciocínio e o questionamento, mas há apenas um aspecto essencialmente automatizado que induz à percepção deformada e empobrecida da atividade científica (GIL-PÉREZ e cols., 1999). No ensino por investigação, os alunos são colocados em situação de realizar pequenas pesquisas, combinando simultaneamente conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais (POZO, 1998). Essa abordagem também possibilita que o aluno desenvolva (exercite ou coloque em ação) as três categorias de conteúdos procedimentais (PRO, 1998): habilidades de investigar, manipular e comunicar. Com relação à comunicação, Gil-Pérez (1996) enfatiza que não se trata de olhar para os alunos como cientistas profissionais quando estes são estimulados a comunicar seus resultados por meio de uma orientação socio construtivista que visa à promoção da aprendizagem em ciências. O autor destaca a importância de se valorizar as situações problemáticas abertas, a realização de trabalho científico em grupos cooperativos e a interação entre esses grupos e a “comunidade científica”, representada por outros alunos, o professor e o livro didático. Para que isso ocorra, é necessário conduzir as aulas de laboratório de maneira oposta às tradicionais. Isso significa que o professor deve considerar a importância de colocar os alunos frente a situações-problema adequadas, propiciando a construção do próprio conhecimento. No entanto, para que tais situações-problema possam ser criadas, é fundamental que se considere a necessidade de envolvimento dos alunos com um problema (preferencialmente real) e contextualizado. Conforme discorrido pelos diversos autores existe cada vez mais a necessidade de agrupar os conceitos químicos com a vida cotidiana e aplicá-los de maneira que motivem e despertem o interesse dos alunos. Abordando reflexivamente o assunto, por trabalhar em uma escola técnica em química a minha tarefa se torna um pouco mais fácil, pois existe a estrutura adequada e a existência de diversos equipamentos e instrumentos de análise; vidrarias e estagiários que cursam o técnico em química para preparo das soluções. Sendo assim é perfeitamente possível atrelar o cotidiano com o conceito químico, realizando experimentos que reflitam aspectos sociais e ambientais, além de projetos de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) que permeiam as necessidades atuais de matérias-primas ou até produtos que minimizem a poluição ambiental e que apresentem de certa maneira baixo custo produtivo. Este tipo de metodologia é basicamente obtido através de procedimentos experimentais seja usando as instalações da escola, ou se necessário de outras instituições externas com orientação de professores doutores. No meu ponto de vista, de maneira sucinta, procurorealizar aulas atraentes no aspecto teórico-experimental, interagindo com os alunos, na forma de formulários eletrônicos com perguntas de feedback da metodologia utilizada e procurando sempre a melhoria contínua das aulas, seja interagindo com os colegas da disciplina, através de visitas técnicas e de feiras expositivas ou de palestras na própria escola de ex-alunos que atuam no mercado de trabalho atual e trazem com eles o aprendizado adquirido na escola e de que maneira contribuiu para a sua formação profissional. Referências Bibliográficas BARBOSA, S. L. O Estudo de Caso da Pesquisa em Administração: Limitações do Método ou dos Pesquisadores? In: XXXII ENANPAD, 2008, Rio de Janeiro. Anais... do XXXII ENANPAD, 2008. CESAR, A. M. R. V. C.; ANTUNES, M. T. P. A Utilização do Método do Estudo de Caso em Pesquisas da Área de Contabilidade. In: XXXII ENANPAD, 2008, Rio de Janeiro. Anais... do XXXII ENANPAD, 2008. COOPER, D.R. e SHINDLER, P.S. Métodos de Pesquisa em Administração. Porto Alegre: Bookman, 2003. GIL-PÉREZ, D. Newtrends in science education. International Journal of Science Education, 18 (8), p. 888-901, 1996. GIL-PÉREZ, D.; FURIO M.C.; VALDES, P.; SALINAS, J.; MARTINEZ- TORREGROSA, J.; GUISASOLA, J.; GONZALEZ, E.; DUMAS-CARRE, A.; GOFFARD, M. e CARVALHO, A.M.P. Tiene sentido seguir distinguiendo entre aprendizage de conceptos, resolucion de problemas de lapis y papel y realización de prácticas de laboratorio? Enseñanza de las Ciencias, v. 17, n. 2, p. 311-320, 1999. POZO, J.I. (Org.). A solução de problemas. Porto Alegre: Artmed, 1998. PRO, A. Se pueden enseñar contenidos procedimentales en las classes de ciencias? Enseñanza de las Ciencias, 16 (1), 21-41, 1998. ROCHA, José Cláudio. A Reinvenção Solidária e Participativa da Universidade: Um Estudo sobre Redes de Extensão Universitária. EDUNEB: Salvador, 2008.