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ERGONOMIA E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO - Tema 4 - Erro Humano e Humanização - Conceituação de Variáveis Ambientais

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
Projeto Pós-graduação 
Curso Engenharia de Produção 
Disciplina Ergonomia e Qualidade de Vida no Trabalho 
Tema Erro Humano e Humanização: Conceituação de Variáveis 
Ambientais 
Professora Silvana Bastos Stumm 
 
Introdução 
Neste novo encontro, iremos abranger alguns assuntos que, muitas 
vezes, são de discussão constante no trabalho. Você se lembrará de situações 
que talvez já conheça ou de alguém que já as tenha vivido e quando chegar ao 
fim desta aula entenderá como identificá-las. Assista ao vídeo no seu material 
on-line em que a professora Silvana comenta o que vamos estudar. 
Problematização 
Você está ansioso pelo seu novo emprego em uma grande fábrica têxtil. 
Gostou do diretor da empresa, dos futuros colegas de trabalho, mas ficou 
preocupado com as condições do ambiente, contudo, não podia perder essa 
oportunidade. Achou a sala do diretor um pouco escura, o local da fábrica em 
que ficavam os operários desempenhando suas tarefas, muito quente e o 
espaço criado pela empresa para descanso e lazer, muito barulhento, quando a 
área retornava às atividades, outro grupo ia para esse espaço. Você aceitou o 
emprego e, tão logo foi possível, iniciou as melhorias. Estudou todos os locais, 
fez todas as verificações necessárias e em seguida fez o planejamento para 
sua tarefa ter sucesso, afinal, o ambiente de trabalho é onde passamos a maior 
parte do dia. 
Você iniciou pelo ruído, pela iluminação ou pela temperatura? O que o 
levou a decidir a iniciar por um ou por outro? Não responda agora, vamos 
estudar o material e depois voltaremos a falar sobre isso. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Erro Humano e Humanização 
Talvez aqui você possa encontrar explicações mais plausíveis para a 
ocorrência de acidente do trabalho, mas primeiro é preciso entender como 
acontece o erro e por qual motivo. 
Quando falamos em erro humano, imaginamos que alguém tenha sido 
desatento ou negligente. Não é tão simples! Existem tomadas de decisões e 
condições que oportunizaram acontecer determinado acidente. 
E a humanização? Vamos definir os dois para que você entenda as 
diferenças e a importância em um contexto empresarial. Primeiramente, vamos 
conceituar erro e na sequência, humanização. 
Mas antes, vamos assistir à videoaula da professora Silvana no material 
virtual. Ela explicará sobre essas definições e os benefícios da humanização. 
Saurin et al. (2012) afirma não existir uma definição de erro humano 
aceita de maneira ampla. Reason apud Saurin et al. (2012) define como termo 
genérico para definir meios planejados que não atingem seus fins. Para 
Sanders e McCormick apud Saurin et al. (2012), erro humano é uma decisão 
que afeta determinado sistema. Provavelmente você não encontrará uma única 
e simples definição. 
Saiba Mais: para você saber como prevenir acidentes no ambiente de 
trabalho, acesse o link a seguir e leia o artigo que aborda sobre esse assunto. 
http://www.scielo.br/pdf/rbso/v32n115/02.pdf 
 
De acordo com Almeida (2003) a expressão erro humano ou falha 
humana é regularmente utilizada em Saúde e Segurança no Trabalho, 
especialmente quando determinadas atitudes de trabalhadores associam-se a 
ocorrência de acidentes. 
Já a humanização refere-se ao reconhecimento da natureza 
essencialmente humana juntamente à elaboração de acordos, da ética e de 
atitudes profissionais de respeito. Humanização, filosoficamente falando, é um 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
termo com raízes na corrente filosófica denominado humanismo, que preconiza 
o valor e a dignidade (RIOS, 2009). 
Quando se trata de empresa humanizada, Vergara e Branco (2001) se 
referem àquela voltada aos empregados que, além da maximização do retorno 
para os acionistas, agrega outros valores como a melhoria da qualidade de 
vida e do trabalho, mitigação das desigualdades e contribuição para o 
crescimento e desenvolvimento das pessoas; voltada ao ambiente com ações 
para eliminar os desequilíbrios ecológicos, superar injustiças sociais, apoiar 
atividades comunitárias e o exercer a cidadania corporativa. 
Voltando ao erro, segundo Iida (2005), é um ato involuntário que se 
desvia daquele normal ou esperado. O erro pode ser, ainda, consequência de 
uma ação não esperada, muito menos planejada. Podemos classificá-lo em 
três categorias, a saber: 
 Erros de percepção: falhas de percepção; 
 Erros de decisão: avaliações incorretas; e 
 Erros de ação: movimentos e posicionamentos incorretos. 
Quando pesquisamos o significado de erro, de um modo geral 
encontramos que erro é um desvio. Nós mesmos cometemos erros e, diversas 
vezes, não chegamos a perceber. Um exemplo bastante comum ocorre quando 
estamos redigindo textos, especialmente sob pressão. Quem já não trocou 
determinada letra em alguma palavra e, sem querer, deu outro sentido a frase 
ou expressão? 
O erro ou falha humana pode gerar agravantes, provocando acidentes, 
incidentes ou qualquer outro problema não esperado. Justamente para que os 
erros não aconteçam, existem as normas que devemos seguir e respeitar. 
Relembrando que a norma regulamentadora direcionada à ergonomia é a NR 
17. 
Contudo, se existe a possibilidade de ocorrer algum erro, deve haver 
também a prevenção. Uma das formas de prevenir uma falha é substituindo o 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
homem pela máquina, principalmente em atividades simples e repetitivas. 
Todavia, as máquinas, se erram, não conseguem corrigir, diferente do ser 
humano. 
Veja o vídeo no seu material on-line em que a professora Silvana fala 
sobre o erro, a ergonomia e a prevenção. Não deixe de conferir! 
Conforme Iida (2005), aplicar os conhecimentos da ergonomia para 
melhorar mostradores, controles, postos de trabalho é fundamental na redução 
das falhas. Treinar os operadores reduz consideravelmente a possibilidade de 
erros. Os mais comuns decorrem de erros de percepção e suas ações não 
produzem o efeito esperado (IIDA, 2005). 
Saiba Mais: no link a seguir, você vai encontrar o Guia de campo para a 
análise de erros humanos, o qual aborda sobre os erros humanos segundo o 
professor Sidney Dekker. Confira! 
http://www2.if.usp.br/~cipa/utilidades/m2_erroshumanos.pdf 
 
Mas antes de abordamos sobre a prevenção, vamos falar um pouco a 
respeito da natureza do erro humano. Iida (2005) afirma que a falha humana 
deve ser considerada conforme as variações do comportamento humano. 
Existem faixas de variações aceitáveis, a partir de determinado ponto, se o erro 
persiste e ultrapassa esse limite entende-se como iminente o risco de 
acidentes. 
Provavelmente, você está se perguntando como saber os limites, os 
riscos e as diversas possíveis consequências de um erro, prejudiciais ou não. 
Para isso, existe a análise dos erros, mas tenha em mente: em algumas 
situações identificar o erro pode ser complicado! Cuidado! 
Vamos seguir a abordagem de Iida (2005). O julgamento do erro 
humano pode ser feito por quem o cometeu ou por outras pessoas. Depende 
de quão claro está o objetivo previamente traçado para que possa ser julgado 
pela própria pessoa. O julgamento por outros, normalmente denota um espaço 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
de tempo entre a ação e a análise. 
Saiba Mais: veja no vídeo a seguir um exemplo de análise se foi falha humana 
ou não. 
https://www.youtube.com/watch?v=nu9LlD22cjQ 
 
Outro aspecto a ser considerado são as circunstâncias em que 
acontecem os acidentes originados de um erro ou desvio. Esse é o enfoque 
chamadoanalítico. Lembre-se, os erros não devem ser analisados 
independentemente das condições em que ocorrem. Saber a origem e o 
ambiente em que aconteceu faz parte dessa pesquisa. 
Conforme Almeida e Baumecker (2005), erros que antecedem acidentes 
e incidentes mostram a existência de problemas maiores. Baseados em Dekker 
(2006), há a visão velha e a nova do erro humano. Aquela promove o erro 
como causa do acidente e essa afirma que o erro é o sintoma de outros 
problemas. 
Agora sim trataremos da prevenção! De imediato sabemos que prevenir 
sempre é melhor. E há inúmeras maneiras de se fazer a prevenção, inclusive, 
uma, a qual comentamos anteriormente, que é substituir o homem pela 
máquina. O estudo da ergonomia permite-nos aperfeiçoar os mostradores de 
maquinários e equipamentos, além de melhorar diversos outros dispositivos, 
evitando riscos de acidente. 
Saiba Mais: assista a outro vídeo em que mostra a reportagem de um acidente 
com elevador por causa de falhas técnicas proveniente de falha humana. 
https://www.youtube.com/watch?v=vzXWdP8aarA 
 
E agora, a professora Silvana vai dar algumas dicas de prevenção e 
falar sobre a importância da segurança. Acompanhe no seu material on-line! 
O treinamento e capacitação do trabalhador são fundamentais para a 
execução de tarefas com segurança. Sem dúvida, a chance de falhas torna-se 
 
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6 
mínima. Conhecer o manual de funcionamento, seguir as instruções em caso 
de emergência contribuem para um ambiente de trabalho mais seguro. 
Mas que fatores podem implicar em acidentes? Um posto inadequado de 
trabalho, um comportamento de risco do próprio trabalhador, uma norma não 
respeitada são alguns fatores que aumentam o risco de acidentes. A prevenção 
é um grande desafio, por isso quando falamos em erro humano devemos 
pensar em segurança. 
O ambiente onde as tarefas se desenvolvem tem incidência direta sobre 
os acidentes, afinal, é onde o trabalhador passa a maior parte do dia. 
Acontecimentos que independem de sua vontade, como uma luz mais forte, um 
ruído mais alto, calor ou frio excessivos interferem no comportamento do 
indivíduo. 
De que forma é possível oferecer segurança ao empregado? Por meio 
de análises podemos detectar os pontos mais fracos e vulneráveis de 
máquinas e equipamentos utilizados na jornada diária. Os maquinários 
normalmente têm como pontos críticos a geração e transmissão de 
movimentos (fonte de movimentos e sistema de transmissão), o ponto de 
operação (processa a atividade), correias transportadoras, pontes rolantes e 
outros instrumentos. Como são pontos responsáveis por grande parte dos 
acidentes, requerem bastante atenção. 
Para oferecer segurança, evitando ao máximo a ocorrência de erros 
durante a operação dos maquinários, adotam-se medidas para o equipamento 
e medidas para o operador. Em primeiro lugar está, invariavelmente, a saúde 
do indivíduo e, para atender esse quesito, primeiramente adotam-se 
mecanismos de segurança na fonte e depois no trabalhador. Para isso, existe a 
norma regulamentadora NR 12. 
Saiba Mais: aproveite e acesse essa norma pelo link que segue. 
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D350AC6F801357BCD39D2456A/N
R-12%20(atualizada%202011)%20II.pdf 
 
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Finalmente, a humanização aparece como recurso natural quando se 
vive em estado de tensão, insatisfação e sofrimento no ambiente de trabalho. 
Isso ocorre especialmente em locais de saúde, na convivência médico-
paciente, na existência de abusos, principalmente com a conivência tanto do 
Estado quanto da sociedade (RIOS, 2009). Fácil perceber o quanto humanizar 
pode estar presente em qualquer profissão, seja na medicina, seja na 
engenharia, seja nas áreas humanas e sociais. 
O benefício reflete diretamente nos funcionários da empresa como 
também nos seus familiares, abrangendo as relações interpessoais com o 
consequente fortalecimento da equipe de trabalho. Dessa forma, todos se 
sentem motivados e comprometidos com os objetivos traçados pela empresa 
(SILVA et al., 2013). 
Conceituação de Variáveis Ambientais 
Agora que você está mais integrado com a ergonomia, vamos conversar 
sobre as variáveis ambientais. Essas variáveis exigem do trabalhador alguns 
esforços do tipo físicos, sensoriais e mentais e interferem diretamente nas 
atividades executadas durante a jornada diária. Podem afetar o indivíduo de 
diversas formas, prejudicando seu trabalho. 
O local onde exercemos nossa atividade laboral depende de fatores 
determinados, entendidos como variáveis ambientais. São responsáveis em 
deixar o trabalhador mais ou menos confortável, interferindo diretamente na 
saúde e na produtividade do ser humano. 
Antes de seguir adiante, assista à videoaula da professora Silvana, 
disponibilizado no seu material on-line, em que ela vai falar um pouco mais 
sobre as variáveis ambientais. 
Os ambientes de trabalho dividem-se em ambiente luminoso, térmico, 
sonoro, com vibrações e podemos ainda incluir as cores. De acordo com a NR 
17 (2007), as condições ambientais de trabalho devem considerar as 
 
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características psicofisiológicas dos trabalhadores e a tarefa a ser executada. 
Nos locais em que há exigência constante intelectual e de atenção, a NR 17 
recomenda algumas condições específicas de conforto que veremos no 
decorrer de nossa aula. 
Vejamos o agente físico iluminação. No ambiente luminoso o nível de 
iluminamento interfere, segundo Iida (2005), no mecanismo fisiológico da visão, 
bem como na sua musculatura. Muitos conhecimentos no ambiente de trabalho 
dependem da visão, pois são informações diariamente recebidas em forma de 
luzes e mostradores (KRUGER, 2007). 
Em todos os locais de trabalho, seguindo a NR 17 (2007), deve existir 
iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar adequada ao 
tipo de atividade. A iluminação geral deve ser bem distribuída e difusa; essa 
iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada a fim de evitar 
ofuscamento, reflexos, incômodos, sombras e contrastes excessivos. 
A quantidade de luz e tempo de exposição interferem diretamente no 
nosso organismo e no rendimento de tarefas. Nesse mesmo contexto, 
considera-se, ainda, a sensibilidade de cada um em relação à luz e também às 
cores. Um trabalhador daltônico, por exemplo, confunde especialmente as 
cores vermelho e verde. 
Segundo Faria (1984), o correto iluminamento depende de estudo 
especializado para definir a variedade de iluminação, o tipo de luminária, o 
número de lux, o número e a posição das fontes luminosas, a eliminação dos 
reflexos e causas de ofuscamento. Lux deriva do latim e significa luz, por isso 
adotada como unidade. Deve haver, ainda, além da iluminação geral do 
ambiente, a específica do posto de trabalho, pois essa variável está ligada à 
percepção dos sinais de trabalho. 
Preferencialmente, deve-se trabalhar sob luz natural, como isso é quase 
impossível, faz-se a combinação da natural com a artificial, de acordo com a 
exigência de cada tarefa. Um ambiente que não forneça boa iluminação pode 
gerar grande desconforto no indivíduo, chegando, inclusive, à fadiga visual 
 
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decorrente de pouca luz. Prejudica a produção e aumenta a possibilidade de 
acidentes. 
Saiba Mais: para você conhecer um pouco mais sobre o assunto, leia o artigo 
a seguir que trata sobre o projeto de iluminação na análise ergonômica do 
trabalho. 
http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/interiores/ilumina%E7%E3o%20industrial/o_projeto_de_iluminacao_na_analise_ergonomica_do_trabalho.pdf 
 
Há também a influência das cores que afetam positiva ou negativamente 
o trabalhador. O correto planejamento é fundamental para criar um ambiente 
confortável de labor, sendo ideal fazê-lo juntamente com a iluminação. Lembre 
que o local onde mais tempo passamos é no trabalho! Veja o que nos diz Iida 
(2005) em relação ao uso correto das cores: facilita a comunicação, contribui 
na minimização de erros e melhora a eficiência. 
Saiba Mais: neste outro artigo, você poderá ler sobre a influência da cor no 
ambiente de trabalho segundo estudos feitos em ergonomia. Não deixe de 
conferir! 
http://www.palermo.edu/dyc/congreso-latino/posters/16.pdf 
 
Outra variável ambiental condicionada ao meio ambiente de trabalho é a 
temperatura, ou seja, frio e calor. Para que seja confortável a temperatura 
efetiva deve estar entre 20⁰C e 23⁰C (vinte graus Celsius e vinte três graus 
Celsius). Nosso organismo efetua trocas térmicas com o ambiente externo 
constantemente, por isso, há uma influência do ambiente térmico sobre os 
trabalhadores que dependem da temperatura do ar, da umidade relativa do ar, 
velocidade do ar, temperaturas das superfícies das paredes, do teto e do solo e 
do tipo de atividade física exercida durante o trabalho. Muito calor causa 
cansaço, sonolência e reduz a atenção. Da mesma forma o frio excessivo é 
prejudicial. 
 
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Saiba Mais: veja no vídeo a seguir um caso de um cortador de cana ganhou 
adicional de insalubridade por trabalhar com excesso de calor. 
https://www.youtube.com/watch?v=jBz09wbavsA 
 
Outra condição ambiental é o ruído. Estar exposto a sons muito altos, 
além de prejudicar o desenvolvimento da atividade, pode levar à surdez. A 
surdez provocada por ruído no ambiente de trabalho é irreversível e, pior, não 
há como perceber quando está ficando surdo. Você apenas saberá quando 
sentir-se isolado, pois devido à dificuldade em ouvir o indivíduo, 
automaticamente, afasta-se dos colegas. Para isso, existem normas a serem 
seguidas. 
A exposição sonora acima dos limites, que logo veremos, pode provocar 
aumento da pressão arterial, aceleração cardíaca, contração dos vasos 
sanguíneos da pele, diminuição da atividade dos órgãos responsáveis pela 
digestão e aumento da tensão muscular. 
Saiba Mais: assista a mais um vídeo, nele é possível entender a importância 
de se evitar altos ruídos e como a poluição sonora é a causadora de doenças. 
https://www.youtube.com/watch?v=w2-EjKzCudc 
 
Veja que interessante, um ruído inesperado ou intermitente perturba 
mais do que um ruído contínuo; atividades que ainda estão na fase de 
aprendizado são mais perturbadas pelo ruído do que aquelas já rotineiras; 
ruídos com certo conteúdo de informações perturbam mais do que ruídos sem 
significado como conversas, por exemplo. 
Quer saber mais sobre esses problemas que podemos encontrar no 
ambiente de trabalho? Então, assista à videoaula no seu material virtual, a 
professora Silvana comentará mais sobre suas consequências. 
Existem, ainda, as vibrações como parte dos agentes físicos. São 
definidas, segundo Iida (2005), como qualquer movimento ou oscilação que o 
 
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corpo ou parte dele executa em torno de um ponto fixo. Essa oscilação 
caracteriza-se por variações tanto regulares quanto irregulares. 
Saiba Mais: veja, no vídeo que segue, como o trabalho com máquinas que 
fazem fortes vibrações podem impactar na saúde do trabalhador. 
https://www.youtube.com/watch?v=Y_2E1FVr3QI 
 
As vibrações são de dois tipos: de corpo inteiro e localizadas. A de corpo 
inteiro é de baixa frequência e envolve oscilações de energia mecânica 
entrando pelo corpo do trabalhador, como o uso de escavadeiras. A localizada 
origina-se pelo uso de ferramentas manuais como furadeiras e marteletes 
(BREVIGLIERO; POSSEBON E SPINELLI, 2006). 
Saiba Mais: no site a seguir, você verá uma notícia sobre a revisão da NR15. 
Confira! 
http://www.abho.org.br/nr-15-revisao-dos-anexos-3-calor-e-8-vibracao/ 
 
Quando falamos em ergonomia, a preocupação é com as ferramentas e 
máquinas que afetam, em especial, as mãos e com os veículos que afetam os 
pés e as nádegas (KRUGER, 2007). Um dos efeitos na saúde, com a vibração 
localizada, é a síndrome do canal cárpico, provocando dores, dormência e 
fraqueza em parte das mãos, conforme Brevigliero, Possebon e Spinelli (2006). 
As vibrações de corpo inteiro podem causar dores no peito, falta de equilíbrio, 
distúrbios vasculares e até impotência masculina, de acordo com os autores. 
Podemos falar, também, para que você saiba um pouco mais sobre 
algumas outras influências no ambiente de trabalho, sobre os gases, as 
fumaças, os vapores, os agrotóxicos, os metais pesados, os solventes e a 
sílica. As radiações, as bactérias e fungos também podem acarretar problemas 
de saúde dando origem às doenças ocupacionais (KRUGER, 2007). 
Outro agravante e que diversas vezes não se percebe é a monotonia. 
Como efeitos, têm-se a fadiga, a sonolência, a morosidade e a desatenção, 
 
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12 
afirma Kruger (2007). Tudo que você viu até agora em variáveis ambientais, se 
não houver um planejamento adequado, pode piorar a monotonia: ciclo de 
trabalho curto, movimentos corporais restritos, iluminação deficiente e cor não 
condizente, calor excessivo, ruído alto e isolamento social. 
Você sabe como se sente o trabalhador? Segundo Kruger (2007), há um 
conflito interno entre o dever de trabalhar e uma grande vontade de parar de 
trabalhar. Com certeza muitos já passaram ou passam por isso. 
Assista ao último vídeo no material virtual em que a professora Silvana 
explica melhor sobre a vibração e outros problemas que podemos encontrar no 
trabalho que influenciam na saúde do trabalhador, bem como suas 
consequências. 
 
 
 
 
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13 
Revendo a Problematização 
Lembra-se da situação apresentada no início do tema? Caso não se 
recorde, assista novamente ao vídeo no material virtual e escolha a melhor 
alternativa a seguir. 
a. Você pode tratar as questões individualmente e iniciar por aquele que 
está sendo mais prejudicial. Se você optou em iniciar pelo ruído, 
ótimo, pois é a sala de descanso e lazer. Talvez os trabalhadores 
sintam-se animados com essa possibilidade, quando você estiver 
concluindo já dará início a outra correção, seja a iluminação ou o 
calor. 
b. Você decidiu começar pela iluminação na sala do diretor. Optou por 
isso por ser mais simples e demandar menos tempo. Criou mais um 
ponto de luz e instalou mais uma luminária, além de ter invertido a 
posição da existente que não aproveitava bem o espaço da sala. 
c. O excesso de calor estava incomodando muito os funcionários da 
fábrica, portanto, você decidiu primeiramente resolver a questão da 
temperatura alta. Você criou pontos de ventilação natural e instalou 
alguns aparelhos de ar-condicionado, tornando o local dos operários 
mais confortável. 
 
Para consultar o feedback de cada uma das alternativas, acesse o material on-line. 
 
 
 
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14 
Síntese 
Finalizamos este encontro. Tenho certeza que você encontrou um tema 
bastante discutível e que infelizmente vemos muitas situações nas quais 
empregadores exercem pressão nos empregados, além de ambientes sem 
condições adequadas. 
Vamos assistir à síntese que a professora Silvana fez do que estudamosneste tema na material on-line. 
 
 
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15 
Referências 
ALMEIDA, Ildeberto Muniz de.; BAUMECKER, Ivone Corgosinho. Guia de 
campo para análise de erros humanos. Revista CIPA. São Paulo, n. 294,. Ed 
Grupo Cipa Fiera Milano, 2004. 
 
ALMEIDA, Ildeberto Muniz de. Quebra de paradigma: contribuições para a 
ampliação do perímetro das análises de acidentes do trabalho In: ______. 
Caminhos da análise de acidentes do trabalho. Brasília, 2003. cap. 3, p. 67-
83. 
 
BREVIGLIERO, Ezio; POSSEBON, José e SPINELLI, Robson. Higiene 
ocupacional: agentes biológicos, químicos e físicos. São Paulo, 6 ed., Editora 
Senac, 2006. 
 
DEKKER, Sidney. The field guide to understanding the human error. 
England. 236 p. Ashgate Publishing Company. Ed. 1, 2006. 
 
FARIA, Nivaldo Maranhão. Organização do trabalho. São Paulo: Editora 
Atlas, 1984. 
 
IIDA, I. Ergonomia. Projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher, 2005. 
 
KRUGER, José Adelino. Ergonomia e segurança do trabalho. Apostila para 
curso de pós-graduação em gestão da produção. Faculdade de Tecnologia 
SENAI de desenvolvimento gerencial. FATESG. Goiânia, 2007. 
 
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Normas Regulamentadoras de 
Segurança e Saúde no Trabalho. NR 17 – Ergonomia. Disponível em: 
<http://www.mtb.gov.br>. Acesso em: 20 Jun. 2014. 
 
RIOS, Izabel Cristina. Humanização: a essência da ação técnica e ética nas 
práticas de saúde. Revista Brasileira de Educação Médica. São Paulo, v. 33, 
n. 2, p. 253-261, 2009. 
 
SAURIN, Tarcísio Abreu; GRANDO, Mara Lucia e COSTELLA, Marcelo 
Fabiano. Método para classificação de tipos de erros humanos: estudo de 
caso em acidentes em canteiros de obras. Produção, Porto Alegre, v. 22, n. 2, 
p. 259-269, Mar./Abr., 2012. 
 
SILVA, Alessandra Soares Mariano Ramos da; PENÃO, Jackson Luís Pedroso; 
PEREIRA, João Nicacio; DELLALIBERA-JOVILIANO, Renata. Liderança, 
motivação e humanização no ambiente organizacional. Curso de MBA 
Gestão de Pessoas. Bebedouro, SP. 
 
 
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16 
VERGARA, Sylvia Constant e BRANCO, Paulo Durval. Empresa humanizada: 
a organização necessária e possível. Revista de Administração de 
Empresas. São Paulo, v. 41, n. 2, p. 20-30, 2001. 
 
 
 
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17 
Atividades 
 Você viu como é difícil definir erro humano por ter um significado bastante 1.
amplo. Também chamado de falha humana, essa expressão é utilizada 
com certa frequência em Saúde e Segurança no Trabalho, especialmente 
quando determinadas atitudes de trabalhadores associam-se à ocorrência 
de acidentes. Quais são as três categorias em que o erro se classifica? 
Marque a alternativa correta. 
a. Erros de percepção, erros de audição e erros de visão. 
b. Erros de percepção, erros de decisão e erros de ação. 
c. Erros de visão, erros de audição e erros de ação. 
d. Erros de percepção, erros de decisão e erros de audição. 
 
 Uma empresa humanizada, segundo a filosofia, preconiza valor e 2.
dignidade. Preocupa-se com seus empregados pensando na qualidade de 
vida e do trabalho, contribui para o crescimento e desenvolvimento das 
pessoas. Além disso, há outras características que igualmente fazem parte 
de uma empresa humanizada. Marque a alternativa que apresenta essas 
características. 
a. Maximização de retorno para os acionistas, lucro próprio e satisfação de 
todos os empregadores. 
b. Maximização de retorno para os acionistas, superação de injustiças 
sociais e lucro próprio. 
c. Maximização de retorno para os acionistas, superação de injustiças 
sociais e mitigação das desigualdades. 
d. Mitigação das desigualdades, lucro próprio e satisfação de todos os 
empregadores. 
 
 A NR 17, norma regulamentadora voltada à ergonomia, preocupa-se com o 3.
conforto, segurança e desempenho do trabalhador. Para tanto, baseia-se 
em características fundamentais do indivíduo para que isso seja possível. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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Que características são essas? Assinale a alternativa correta. 
a. Características psicofisiológicas. 
b. Características psicológicas. 
c. Características fisiológicas. 
d. Características psicossociais. 
 
 Quando falamos em variáveis ambientais, devemos pensar o que influencia 4.
um ambiente de trabalho. Tem-se aí a iluminação, o ruído, a vibração e 
outros. Associe a coluna da direita com a variável ambiental que está na 
coluna da esquerda e depois marque a alternativa correta. 
I. Ruído ( ) Cansaço e sonolência. 
II. Vibração ( ) Interfere no mecanismo da visão. 
III. Calor ( ) Síndrome do canal cárpico. 
IV. Iluminação ( ) Pode provocar aumento da pressão 
arterial. 
a. III, IV, II, I. 
b. IV, III, II, I. 
c. IV, III, I, II. 
d. III, IV, I, II. 
 
 Fadiga, sonolência, morosidade e desatenção são graves consequências 5.
de um ambiente de trabalho monótono, mas existem fatores que podem 
contribuir ainda mais para essa monotonia. Que fatores são esses? Marque 
a alternativa correta. 
a. Movimentos corporais expansivos, forte iluminação e isolamento social. 
b. Movimentos corporais restritos, ciclo de trabalho curto e convívio social. 
c. Ciclo de trabalho curto, calor excessivo e ruído alto. 
d. Boa temperatura, ciclo de trabalho curto e convívio social. 
 
Para consultar o gabarito das questões, acesse o material on-line.

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