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FUNÇÕES DA TIREOIDE E PARATIREOIDE
A glândula tireoide fica localizada abaixo da 
laringe, nos dois lados da traqueia e na sua parte 
frontal. Essa glândula secreta dois hormônios 
extremamente importantes: a tiroxina e a 
triiodotironina, popularmente conhecidos como 
T4 e T3. Esses hormônios exercem diversos 
efeitos no metabolismo. Além disso, a tireoide 
também secreta a calcitonina, que é um 
hormônio que atua no metabolismo do cálcio.
Na ausência de secreção dos hormônios 
tireoidianos, ocorre queda de cerca de 40%, no 
metabolismo basal. Já o excesso de secreção, 
pode causar um aumento no metabolismo 
basal de 60 a 100%. Em princípio, a secreção 
da tireoide é controlada pelo hormônio 
tireoestimulante (TSH), que é secretado pelo 
lobo anterior da hipófise.
HORMÔNIOS TIREOIDIANOS
Os hormônios secretados pela glândula tireoide, 
constituem cerca de 90% de tiroxina, e 10% de 
triiodotironina. Mas a maior parte da tiroxina 
é convertida em triiodotironina nos tecidos. 
Suas funções são qualitativamente as mesmas, 
porém diferem na rapidez e intensidade de ação, 
já que a triiodotironina pode ser considerada 
mais potente que a tiroxina. Apesar disso, ela 
ocorre em quantidades menores na circulação 
do sangue e dura menos tempo que a tiroxina.
ANATOMIA DA GLÂNDULA TIREOIDE
A glândula tireoide é constituída por numerosos 
folículos fechados, que estão repletos de uma 
substância secretora, o coloide. Os folículos 
são revestidos por células epitelioides cúbicas, 
responsáveis pela secreção de seus produtos no 
interior dos mesmos.
O coloide é composto principalmente por uma 
grande glicoproteína, a tireoglobulina, que abriga 
os hormônios tireoidianos em sua molécula. 
Depois que a secreção alcança o interior do 
folículo, ela precisa ser reabsorvida pelo epitélio 
folicular. O fluxo sanguíneo na tireoide promove 
um suprimento muito rico, quando comparado 
a outras áreas do organismo, com exceção do 
córtex suprarrenal.
IODO NA FORMAÇÃO DE TIROXINA
O iodo é uma substância essencial para a 
síntese de quantidades normais de tiroxina. 
Para se ter uma ideia, são necessários cerca de 
50 mg de iodo por ano em um organismo, na 
forma de iodetos. Esse iodo é obtido a partir da 
alimentação. Por esse motivo, o sal comum que 
consumimos é iodado. Para isso, é adicionado 
uma parte de iodeto de sódio para cada 100.000 
partes de cloreto de sódio, evitando assim a 
deficiência dessa substância.
Os iodetos que foram ingeridos, são absorvidos 
pelo tubo gastrointestinal, passando para o 
sangue praticamente da mesma forma que 
os cloretos. Porém, sua maior parte é logo em 
seguida excretada pelos rins, e apenas uma 
pequena parte é removida da circulação pela 
tireoide.
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TIREOGLOBULINA, TIROXINA E 
TRIIODOTIRONINA
FORMAÇÃO E SECREÇÃO DA 
TIREOGLOBULINA 
As células da tireoide são células glandulares 
secretoras de proteínas. A tireoglobulina 
secretada, contém resíduos de tirosina em 
sua molécula. Esses resíduos são os principais 
substratos que se combinam com o iodo 
para formar os hormônios da tiroide, os 
quais são formados no interior da molécula 
de tireoglobulina. Dessa forma, a tiroxina e 
a triiodotironina que são formadas a partir 
do aminoácido tirosina, permanecem como 
parte da molécula de tireoglobulina durante a 
síntese dos hormônios da tiroide. Além disso, as 
células glandulares também processam o iodo 
e fornecem enzimas e outras substâncias para 
que possa ocorrer a síntese dos hormônios da 
tireoide.
SÍNTESE DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE
Durante a síntese dos hormônios tireoidianos, a 
primeira etapa é a conversão dos íons iodeto em 
uma forma oxidada de iodo, iodo nascente (Iº) 
ou como I3-, que pode se combinar diretamente 
com a tirosina. A oxidação é promovida pela 
enzima peroxidase e seu peróxido de hidrogênio, 
constituindo um poderoso sistema para oxidar 
os iodetos. 
A organificação da tireoglobulina é o processo 
em que ocorre a ligação do iodo à molécula 
de tireoglobulina. O iodo oxidado, liga-
se de modo direto à tirosina, pela ação de 
enzimas. Primeiramente, a tirosina é iodetada 
a monoiodotirosina e depois a diiodotirosina. 
Depois, quantidades cada vez maiores de 
resíduos de diiodotirosina se acoplam, formando 
a molécula de tiroxina, que constitui parte da 
molécula de tireoglobulina. Uma molécula de 
monoiodotirosina se une a uma molécula de 
diiodotirosina e forma a triiodotironina. 
Para cada dez moléculas de tiroxina, cada 
molécula de tireoglobulina tem de uma a três 
moléculas de tiroxina e cerca de uma molécula 
de triiodotironina. Dessa forma, os hormônios da 
tireoide são armazenados nos folículos, por um 
período de dois a três meses, em quantidades 
necessárias para atender a demanda do 
organismo.
SECREÇÃO DE TIROXINA E TRIIODOTIRONINA
Como foi mencionado, a tiroxina e a 
triiodotironina são inicialmente clivadas da 
molécula de tireoglobulina, e somente em 
seguida os hormônios livres são liberados. 
Porém, cerca de 75% da tirosina iodetada na 
tireoglobulina nunca irá se transformar em 
hormônios da tireoide, permanecendo na forma 
de monoiodotirosina ou diiodotirosina. 
O iodo utilizado para a síntese dos hormônios, 
é clivado por uma enzima, deixando sua maior 
parte disponível para reciclagem no interior da 
glândula, possibilitando a síntese de quantidades 
adicionais desses hormônios.
Durante o processo em que esses hormônios 
entram em contato com os tecidos alvo do 
organismo, grande parte do iodo presente na 
tiroxina é retirado para formar quantidades 
adicionais de triiodotironina. Por isso, o 
hormônio que é liberado e utilizado pelos tecidos 
é principalmente a triiodotironina.
Praticamente quase toda tiroxina e a 
triiodotironina que são liberadas no sangue, 
combinam-se com várias proteínas plasmáticas, 
como a globulina, a pré-albumina e a albumina. 
A quantidade de globulina de ligação da tiroxina 
no sangue é de apenas 1 a 1,5 mg/dl de plasma, 
em contrapartida, sua afinidade pelos hormônios 
tireoidianos é tão grande que ela se fixa a maioria 
deles. A tiroxina apresenta uma afinidade de 
ligação bem maior com a globulina do que a 
triiodotironina. Além disso, a concentração 
plasmática de tiroxina é consideravelmente 
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maior do que a triiodotironina, o que contribui 
para que a quantidade total de tiroxina, 
seja muito maior do que a quantidade de 
triiodotironina ligada à proteína. 
FUNÇÕES DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS
EFEITO NO AUMENTO DA TRANSCRIÇÃO DE 
GENES
Nesse aspecto, o efeito geral do hormônio 
tireoidiano está na capacidade de promover a 
transcrição nuclear de grande número de genes. 
Em quase todas as células do organismo, há 
um aumento no número de enzimas, proteínas 
estruturais, proteínas de transporte e outras 
substâncias. Como resultado desse processo, 
ocorre um aumento generalizado da atividade 
funcional no organismo. 
A maior parte da tiroxina é desiodetada, antes de 
atuar sobre os genes para promover uma maior 
transcrição. Isso ocorre com remoção de um 
íon iodeto e a formação de triiodotironina, que 
possui afinidade de ligação muito elevada com os 
receptores celulares dos hormônios tireoidianos. 
Os receptores desses hormônios ficam fixados 
aos filamentos de DNA ou bem próximos a eles, 
e quando fixam um hormônio tireoidiano são 
ativados e iniciam o processo de transcrição. 
Depois disso, irão se formar diferentes tipos de 
RNA mensageiro, ocorrendo a tradução do RNA 
nos ribossomos e produzindo novas proteínas.
HORMÔNIOS TIREOIDIANOS NO 
METABOLISMO CELULAR
As atividades metabólicas da maioria dos 
tecidos do organismo, aumentam com a ação 
dos hormônios da tireoide. Por isso, a velocidade 
de crescimento em indivíduos jovens é elevada, 
pois maiores quantidades desses hormônios são 
produzidas.
Os hormônios tireoidianos também promovem 
o aumento do transporte ativo de íons, através 
das membranas celulares. Por exemplo, a 
quantidade de enzimas NaK-ATPase(NKA) 
aumenta em resposta a esses hormônios. Assim, 
a NKA acelera a velocidade de transporte do 
sódio e do potássio pela membrana celular. Esse 
processo utiliza energia, aumentando o calor 
produzido no organismo. Por essa razão, esse 
poderia ser um mecanismo para aumentar o 
metabolismo do corpo.
HORMÔNIOS TIREOIDIANOS NO 
CRESCIMENTO
Os efeitos dos hormônios da tireoide no 
crescimento, podem ser melhor observados em 
crianças durante a fase de crescimento. Isso 
ocorre, pois indivíduos com hipotireoidismo 
apresentam um retardo na velocidade de 
crescimento, enquanto indivíduos com 
hipertireoidismo podem apresentar um 
crescimento excessivo dos ossos. No entanto, 
nesses casos, os ossos geralmente amadurecem 
antes, assim as epífises acabam se fechando 
prematuramente e isso pode reduzir a duração 
do crescimento ou a altura do indivíduo adulto. 
Outro efeito importante dos hormônios 
tireoidianos no crescimento, é o desenvolvimento 
do cérebro no embrião em formação e nos 
primeiros anos de vida do bebê. Quando a 
secreção for insuficiente, a criança poderá 
apresentar deficiência mental.
EFEITOS DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE
Metabolismo dos carboidratos: vários aspectos 
do metabolismo dos carboidratos são afetados 
pela ação dos hormônios tireoidianos, como 
por exemplo a rápida captação de glicose 
pelas células, o aumento da glicólise e da 
gliconeogênese, além da maior velocidade de 
absorção pelo tubo gastrointestinal e o aumento 
da secreção de insulina.
Metabolismo das gorduras: o metabolismo das 
gorduras também é intensificado pela ação dos 
hormônios da tireoide. A gordura é a principal 
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fonte de suprimento de energia a longo prazo, 
por isso, suas reservas podem sofrer maior 
depleção do que no caso de outros elementos. 
Esses hormônios também aceleram a oxidação 
de ácidos graxos livres pelas células.
Além disso, um maior nível de hormônios 
tireoidianos faz com que ocorra a redução do 
colesterol, de fosfolipídios e de triglicerídios 
no plasma. Da mesma forma, sua secreção 
insuficiente pode elevar o colesterol, os 
fosfolipídios e os triglicerídios, inclusive 
provocando a deposição de gordura no fígado. 
Metabolismo das vitaminas: como as 
vitaminas são constituintes importantes de 
algumas enzimas ou coenzimas e os hormônios 
da tireoide aumentam as quantidades de 
diferentes enzimas, ocorrerá um aumento da 
necessidade de vitaminas. Por esse motivo, pode 
haver deficiência relativa de algumas vitaminas, 
quando esses hormônios são secretados em 
altas quantidades. 
Metabolismo basal: Os hormônios da tireoide 
aumentam o metabolismo em praticamente 
todas as células. Por isso, uma elevação dos 
níveis desses hormônios pode aumentar o 
metabolismo basal (de 60 a 100% acima do 
normal). Da mesma forma, na ausência da 
produção desses hormônios, o metabolismo 
pode cair até para a metade de seu valor normal.
Sistema cardiovascular: com o aumento do 
metabolismo, a demanda por oxigênio também 
é maior e provoca grande liberação de produtos 
de degradação. Isso leva a uma vasodilatação e 
aumento do fluxo sanguíneo nos tecidos. Com 
um maior fluxo sanguíneo, ocorrerá o aumento 
do débito cardíaco, além de aumentar também 
a frequência e a força cardíaca. Porém, quando a 
secreção dos hormônios tireoidianos está muito 
elevada, pode ocorrer uma depleção da força do 
músculo cardíaco. O volume de sangue também 
é aumentado com a ação desse hormônio e 
consequentemente a frequência e profundidade 
da respiração.
Tubo gastrointestinal: a velocidade de 
secreção dos sucos digestivos e a motilidade do 
tubo gastrointestinal também são aumentados 
com o efeito dos hormônios tireoidianos. 
Os hormônios tireoidianos também têm efeito 
sobre outras funções do organismo, como sobre 
o sistema nervoso central, sobre o sono, sobre 
a função dos músculos, sobre a função sexual 
e sobre outras glândulas endócrinas. Nesse 
último caso, seu aumento acelera a velocidade 
de secreção da maioria das outras glândulas 
endócrinas.
HORMÔNIO TIREOESTIMULANTE (TSH)
O hormônio tireoestimulante provoca o aumento 
da secreção de tiroxina e triiodotironina. E além 
disso, pode provocar alguns efeitos específicos 
sobre a glândula tireoide:
1. Produz um aumento da proteólise da 
tireoglobulina armazenada nos folículos;
2. Induz a maior atividade da bomba de iodeto;
3. Leva a um aumento do processo de iodetação 
da tirosina e do acoplamento para formação dos 
hormônios tireoidianos;
4. Induz o aumento do tamanho e da atividade 
secretora das células da tireoide. 
5. Produz maior número de células da tireoide.
É importante lembrar, que a regulação da 
secreção do TSH é realizada pelo lobo anterior 
da hipófise. Assim, a secreção adeno-hipofisária 
é controlada pelo hormônio da liberação da 
tireotropina (TRH). Esse hormônio afeta as 
células da adeno-hipófise e aumenta o débito 
de TSH. 
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A secreção da tireoide pode ser regulada 
também através de um mecanismo de feedback, 
onde o aumento da concentração de hormônio 
tireoidiano nos líquidos do corpo pode diminuir 
a secreção de TSH pela adeno-hipófise.
DOENÇAS DA TIREÓIDE
HIPERTIREOIDISMO
Indivíduos com hipertireoidismo, na maioria 
das vezes, apresentam a glândula tireoide 
aumentada de duas a três vezes mais que o 
normal. Nesses casos, a velocidade de secreção 
de cada célula aumenta também.
Os sintomas da doença são intolerância ao 
calor, sudorese intensa, perda de peso, diarreia, 
fraqueza, nervosismo e outros distúrbios, 
exoftalmia, entre outros. A exoftalmia, que é a 
protrusão dos globos oculares, ocorre na maioria 
dos pacientes com hipertireoidismo.
HIPOTIREOIDISMO
Indivíduos com hipotireoidismo geralmente 
apresentam uma autoimunidade contra a 
própria glândula tireoide, assim como no 
hipertireoidismo. Porém, ao invés da glândula ser 
estimulada ela é destruída. Como a deficiência 
do hormônio tireoidiano provoca um aumento da 
quantidade de colesterol no sangue, geralmente 
isso pode levar a quadros de arteriosclerose.
CRETINISMO
Essa doença aparece devido a um hipotireoidismo 
muito acentuado, que pode ocorrer durante 
a fase de vida fetal, até a infância. Ela pode 
ocasionar retardo mental. A doença pode 
ser resultado de uma ausência congênita da 
glândula tireoide, da incapacidade da glândula 
em produzir os hormônios por defeito genético, 
ou pela insuficiência de iodo na dieta. O 
cretinismo provoca uma inibição do crescimento 
esquelético, em comparação com os tecidos 
moles.
HORMÔNIO PARATIREÓIDEO (PTH)
O aumento da atividade da glândula paratireoide 
pode causar uma rápida absorção de cálcio dos 
ossos, o que leva a um quadro de hipercalcemia 
no líquido extracelular. O hormônio secretado 
por essa glândula, é importante não somente 
no metabolismo do cálcio como também no 
metabolismo do fosfato.
Geralmente, os seres humanos apresentam 
quatro glândulas paratireoides, que ficam 
logo atrás da glândula tireoide. Essas 
glândulas são bem pequenas, sendo difícil seu 
reconhecimento. Por isso, em muitos casos 
quando era realizada a remoção da glândula 
tireoide, as glândulas paratireoides também 
acabavam sendo retiradas, provocando casos de 
hipoparatireoidismo transitório. O lado bom, é 
que mesmo uma pequena quantidade de tecido 
da paratireoide que restava, geralmente era 
capaz de hipertrofiar e desempenhar a função de 
todas as glândulas que haviam sido removidas. 
A glândula paratireoide de um adulto, contém 
células principais e células oxífilas (ausentes 
em jovens). Mas são as células principais as 
responsáveis pela secreção da maior parte do 
hormônio da paratireoide.
CONCENTRAÇÕES DE CÁLCIO E DE 
FOSFATO
Dois fatores podem causar a elevação da 
concentração de cálcio no organismo: o efeito 
do hormônio da paratireoide, que absorve 
cálcio e fosfato do osso e também seu efeito na 
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redução da excreção renal de cálcio. O hormônio 
da paratireoidetambém exerce um efeito 
bem forte sobre os rins, que leva a excreção 
excessiva de fosfato, causando o declínio de 
sua concentração no sangue e o aumento da 
absorção dessa substância nos ossos.
EFEITO DO HORMÔNIO DA PARATIREOIDE 
(PTH)
O PTH possui dois efeitos distintos sobre os ossos, 
no sentido de determinar a absorção de cálcio 
e de fosfato. O primeiro efeito ocorre em uma 
fase muito rápida (que dura cerca de minutos), 
resultando na ativação das células ósseas 
que existem, promovendo assim a absorção 
de cálcio e de fosfato (osteólise). Na segunda 
fase, a qual é bem lenta, ocorre a proliferação 
dos osteoclastos e em seguida um aumento da 
reabsorção osteoclástica do osso.
A ativação do sistema osteoclástico pode ocorrer 
em duas etapas: 1. Ativação dos osteoclastos já 
formados e 2. Formação de novos osteoclastos.
PTH na excreção de fosfato e de cálcio pelos 
rins: quando o PTH é administrado, ocorre a 
perda rápida e imediata de fosfato na urina, pois 
a reabsorção tubular proximal dos íons fosfato é 
reduzida. O PTH aumenta também a reabsorção 
tubular de cálcio e diminui a reabsorção de 
fosfato. 
PTH na absorção intestinal de cálcio e 
fosfato: o PTH aumenta tanto a absorção 
de cálcio quanto a de fosfato pelo intestino, 
promovendo o aumento da formação de 
1,25-diidroxicolecalciferol, a partir da vitamina 
D nos rins.
Vitamina D e PTH: a vitamina D tem função 
importante tanto na absorção como na deposição 
óssea. Quantidades altas dessa vitamina, pode 
causar a absorção óssea, assim como o PTH causa. 
No entanto, na sua ausência, o efeito de absorção 
óssea do PTH fica bem reduzido ou nulo.
CONTROLE DA SECREÇÃO DE PTH PELA 
CONCENTRAÇÃO DE CÁLCIO
Quando há uma redução da concentração 
de cálcio no líquido extracelular, ocorre em 
contrapartida, o aumento da velocidade de 
secreção das glândulas paratireoides. Quando 
a baixa concentração de cálcio se mantém, as 
glândulas podem se hipertrofiar. 
Da mesma forma, quando a concentração 
de cálcio aumenta, ocorre a diminuição da 
atividade secretora e do tamanho das glândulas 
paratireoides. Esse quadro pode aparecer em 
casos de quantidades excessivas de cálcio na 
dieta, ou quando há um aumento da vitamina 
D na dieta, e também quando ocorre absorção 
óssea por fatores distintos do PTH.
CALCITONINA
O hormônio calcitonina exerce efeitos fracos 
sobre a calcemia, de maneira oposta ao PTH. 
No entanto, a calcitonina pode reduzir a 
concentração sanguínea de cálcio e é secretada 
pela glândula tireoide.
CALCITONINA E CÁLCIO
A calcitonina apresenta um efeito sobre a 
concentração de cálcio no sangue que é oposto 
ao que ocorre no caso do PTH. Além disso, seu 
efeito é mais rápido. O efeito desse hormônio 
reduz as concentrações de cálcio de duas formas: 
1. Através de um efeito imediato, que diminui a 
atividade de absorção dos osteoclastos, além de 
um efeito osteolítico e 2. Através de um efeito de 
diminuição da formação de novos osteoclastos. 
Como resultado, ocorre uma redução da 
atividade osteoclástica e osteoblástica e não 
se observa um efeito prolongado sobre a 
concentração plasmática de cálcio.
A concentração de cálcio também pode 
influenciar na secreção de calcitonina, já que 
em alguns casos um aumento da concentração 
de cálcio em 10%, causa uma elevação de duas 
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a seis vezes mais na secreção da calcitonina. 
Demonstrando um mecanismo de feedback 
hormonal para o controle da concentração de 
cálcio.
Há algumas diferenças entre os sistemas 
de feedback da calcitonina e do PTH. Pois o 
mecanismo de secreção de calcitonina ocorre de 
forma mais rápida do que o do PTH. Além disso, 
a calcitonina funciona como um regulador da 
concentração de cálcio a curto prazo, enquanto 
que o PTH é que ajusta essas concentrações em 
períodos mais prolongados.
HIPOPARATIREOIDISMO
Essa condição ocorre quando as glândulas 
paratireoides não são capazes de secretar 
quantidades suficientes de PTH. Dessa forma, 
a reabsorção osteocítica do cálcio permutável 
diminui, e os osteoclastos se tornam praticamente 
inativos. Como resultado, a reabsorção de 
cálcio no osso fica muito baixa e o nível de 
cálcio nos líquidos corporais também diminui. 
O osso permanece forte quando o cálcio e os 
fosfatos não estão sendo absorvidos do mesmo. 
Mas quando as glândulas paratireoides são 
removidas, ocorre uma queda no nível de cálcio 
do sangue e, em contrapartida, a concentração 
de fosfato pode duplicar. Na presença de valores 
baixos de cálcio, sinais habituais de tetania 
podem surgir. Os músculos da laringe são 
sensíveis ao espasmo tetânico. 
O tratamento dessa condição pode ser realizado, 
em poucos casos, com a administração do 
paratormônio. A terapia com altas doses de 
vitamina D e ingestão de cálcio é bem mais 
comumente utilizada e geralmente é suficiente 
para manter a concentração de cálcio regulada. 
Em outros casos pode ser administrado o 
1,25-diidroxicolecalciferol no lugar da forma 
não-ativada da vitamina D, pois sua ação é mais 
potente e rápida.
HIPERPARATIREOIDISMO
Geralmente, essa condição ocorre como 
resultado de um tumor de uma das glândulas 
paratireoides. É provável que a gravidez 
e a lactação, que estimulam as glândulas 
paratireoides, sejam a causa do aparecimento 
desses tumores, já que são mais frequentes em 
mulheres. 
O hiperparatireoidismo pode provocar uma 
atividade osteoclástica intensa no osso, elevando 
a concentração de cálcio do líquido extracelular, 
e diminuindo a concentração de fosfato, pois 
ocorre uma maior excreção renal desses íons. 
Em casos graves de hiperparatireoidismo o 
osso pode ser quase totalmente descalcificado. 
Os efeitos dos níveis elevados de cálcio no 
plasma, podem causar depressão dos sistemas 
nervosos central e periférico, fraqueza muscular, 
constipação, dor abdominal, úlcera péptica, 
falta de apetite e diminuição do relaxamento do 
coração durante a diástole.
INTOXICAÇÃO POR PTH
Em raros casos pode ocorrer a secreção de 
quantidades muito elevadas de PTH, fazendo 
com que o nível de cálcio nos líquidos corporais 
se eleve de forma muito rápida, atingindo valores 
bem altos. Assim, a concentração de fosfato 
geralmente aumenta ao invés de diminuir. O 
motivo para isso, pode ser o fato de os rins não 
excretarem suficientemente rápido o fosfato que 
está sendo absorvido do osso. Como resultado, o 
cálcio e o fosfato dos líquidos corporais tornam-
se bastante supersaturados, e cristais de fosfato 
de cálcio passam a se depositar nos alvéolos 
dos pulmões, nos túbulos renais, na glândula 
tireoide, na mucosa gástrica produtora de ácido 
e nas paredes das artérias. 
Indivíduos com hiperparatireoidismo geralmente 
possuem tendência para formar cálculos renais, 
pois o excesso de cálcio e de fosfato é excretado 
pelos rins. Dessa forma, cristais de fosfato de 
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cálcio podem se precipitar nos rins e formar 
cálculos. 
RAQUITISMO
Essa condição pode ocorrer em crianças que 
apresentam deficiência de cálcio ou de fosfato 
no líquido extracelular. No entanto, é mais 
comum que a doença apareça devido à falta 
de vitamina D. A exposição à luz solar promove 
a produção do 7-desidrocolesterol na pele, o 
qual é ativado pela ação dos raios ultravioleta, 
formando vitamina D.
Em casos prolongados de raquitismo, o aumento 
da secreção de PTH, promove uma absorção 
osteoclástica do osso muito intensa, fazendo 
com que o mesmo fique cada vez mais fraco. 
Também pode ocorrer tetania em estágios mais 
avançados de raquitismo, quando os ossos 
sofrem depleção total de cálcio, fazendo com que 
seus níveis no sangue fiquem muito reduzidos. 
ANOTAÇÕES
192
EX
ER
CÍ
CI
OS
EXERCÍCIOS
1
2
3
5
6
4
7
Qual dos hormônios abaixo tem sua secreção 
estimulada por altos níveis de cálcio no sangue? 
a) paratormônio.
b) colecalciferol. 
c) calcitonina. 
d) tiroxina. 
e) cortisol. 
Observe o gráfico abaixo e explique como ocorre a 
regulação da calcemia, ou seja, como são mantidosos níveis plasmáticos de cálcio no sangue.
 FIGURA 1- Concentrações de paratormônio (PTH) e de calcitonina 
(CT) em relação às concentrações de cálcio no sangue (GUYTON, 
1997) 
Coloque em ordem, de 1 a 7, os eventos que ocorrem 
no processo de síntese dos hormônios da tireoide. 
a. (2) Oxidação do iodo e ligação à tirosina da 
tireglobulina (TG).
b. (1) Captação de iodo pela célula folicular via NIS. 
c. (5) Fagocitose da TG+T3/T4. 
d. (3) Armazenamento da TG+iodotirosinas (MIT ou 
DIT) no colóide. 
e. (7) Difusão das moléculas de T3/ T4 para os 
capilares.
f. (4) Acoplamento de MIT e DIT para formar T3 ou T4. 
g. (6) Digestão intracelular da molécula de TG e 
liberação na célula de T3 e T4. 
São efeitos dos hormônios tireoidianos, EXCETO: 
a) aumento do consumo de oxigênio e da atividade 
da Na+-K+ ATPase. 
b) aumento do débito cardíaco por aumentar a 
frequência cardíaca e o débito sistólico. 
c) amadurecimento do sistema nervoso central. 
d) inibição do crescimento ósseo. 
e) aumento da absorção de glicose pelo trato 
gastrintestinal. 
O T3 reverso é produzido perifericamente pela ação 
das desiodases e tem como objetivo:
a) potencializar os efeitos do T4. 
b) aumentar o metabolismo basal. 
c) inativar o T4 em uma situação adversa. 
d) estimular a síntese de T3. 
e) estimular a síntese do hormônio tireo-
estimulante. 
Explique como ocorre a regulação da secreção dos 
hormônios tireoidianos pela glândula tireoide em 
uma situação de aumento da ingesta de iodo. 
Observe o gráfico abaixo e leia as afirmativas.
Figura 2. Concentrações plasmáticas dos hormônios tireoidianos 
(T3, T3 reverso e T4) avaliadas em indivíduos submetidos a 
diferentes condições de tratamento alimentar. Dieta normal com 
40%C (carboidratos), 40%F (gorduras) e 20%P (proteínas); jejum 
e ingesta oral de glicose (WARTOFSKY & BURMAN, 1994).
193www.biologiatotal.com.br
EX
ER
CÍ
CI
OS
10
9
ANOTAÇÕES
Leia as seguintes afirmativas: 
I- Os indivíduos que receberam uma dieta normal 
apresentaram concentrações de T3 elevadas e de T3 
reverso baixas. 
II- Durante o jejum as concentrações de T3 
diminuíram, as de T3 reverso aumentaram e as de T4 
permaneceram inalteradas. 
III- O jejum estimulou a conversão periférica do T4 
a T3 reverso como uma forma de poupar energia e 
diminuir o metabolismo nessa situação adversa. 
IV- Após a administração de glicose, os indivíduos 
apresentaram um aumento ainda maior nas 
concentrações de T3 reverso. 
Estão corretas: 
a) I, II, IV 
b) II, III, IV 
c) I, II, III 
d) I, III, IV 
e) I e II
Observe a figura abaixo e assinale a alternativa 
correta. 
FIGURA 3 - Esquema da regulação da secreção hormonal da 
glândula tireóide (AIRES, 1999). 
A figura acima ilustra um sistema de retroalimentação: 
a) positiva: o TRH hipotalâmico estimula a 
produção do TSH hipofisário que estimula a tireoide 
a produzir T3 e T4 e estas inibem a produção do 
TRH e do TSH. 
b) positiva: o TRH hipotalâmico estimula a 
produção do TSH hipofisário que estimula a 
tireoide a produzir T3 e T4 e estas estimulam a 
produção do TRH e do TSH. 
c) negativa: o TRH hipotalâmico estimula a 
produção do TSH hipofisário que estimula a tireoide 
a produzir T3 e T4 e estas inibem a produção do 
TRH e do TSH. 
d) negativa: o TRH hipotalâmico estimula a 
produção do TSH hipofisário que estimula a 
tireoide a produzir T3 e T4 e estas estimulam a 
produção do TRH e do TSH. 
e) positiva: o TRH hipotalâmico inibe a produção 
do TSH hipofisário que inibe a tireoide de produzir 
T3 e T4 e estes inibem a produção do TRH e do 
TSH. 
O hipotireoidismo é ocasionado por uma diminuição 
nas taxas dos hormônios T3 e T4, sendo que uma de 
suas causas pode ser uma dieta deficiente em:
a) cálcio.
b) potássio.
c) iodo.
d) magnésio.
e) ferro.
A glândula tireoide, localizada em uma região na 
base do pescoço, está relacionada com o controle do 
metabolismo de quase todo o corpo. Ela é responsável 
pela produção de três hormônios denominados:
a) Tireotrófico, tiroxina e tri-iodotironina.
b) Tireotrófico, tiroxina e ocitocina.
c) Tiroxina, tri-iodotironina e ocitocina.
d) Tireotrófico, tri-iodotironina e calcitonina.
e) Tiroxina, tri-iodotironina e calcitonina.
8
194
FIS
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GABARITO DJOW
HORMÔNIOS DA HIPÓFISE
ANOTAÇÕES
1- C
2- A concentração de cálcio deve permanecer entre 8 e 10mg/dl de 
sangue. Em uma situação de hipocalcemia, ou seja, baixos níveis 
plasmáticos de cálcio no sangue, a secreção do paratormônio 
é estimulada e este promove aumento da reabsorção renal de 
cálcio e indiretamente aumento da atividade dos osteoclastos, 
promovendo a reabsorção óssea e, consequentemente, a saída 
de cálcio do osso para a circulação. Isso faz com que os níveis 
de cálcio voltem ao normal. Em uma situação de hipercalcemia, 
ou seja, excesso de cálcio plasmático, a tireoide é estimulada 
e produz a calcitonina, que promove a deposição de cálcio no 
osso, diminuindo a concentração plasmática de cálcio. 
3- 2 - 1 - 5 - 3 - 7 - 4 - 6
4- D
5- C
6- A secreção dos hormônios tireoidianos é regulada pela 
hipófise anterior e também pela própria tireoide, conforme a 
REFERÊNCIAS
GUYTON, Arthur, Fisiologia Humana, Guanabara Koogan, 
13ª Ed. 2017.
oferta de iodo. O iodo pode exercer efeitos estimulatórios ou 
inibitórios na glândula. Quando ocorre um aumento da ingesta 
de iodo, inicialmente a glândula aumenta a captação de iodo 
e a secreção dos hormônios. Se o efeito persistir, a síntese e a 
secreção hormonal voltam ao normal por diminuir a atividade 
do transportador NIS e a organificação do iodo, provavelmente 
por saturação da enzima peroxidase, necessária à síntese das 
iodotironinas. Este efeito é chamado de “Efeito Wolf-Chaikoff”. 
7- E
8- C
9- C
 
10- E

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