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Introdução a Patologia Veterinária Especial

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PATOLOGIA VETERINÁRIA ESPECIAL
PATOLOGIAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO:
Composição do Trato digestivo: em monogástricos (cavidade oral, esôfago, estômago). E Ruminantes (rúmen, retículo, omaso e abomaso). Intestino Grosso e delgado. Glândulas anexas: glândulas salivares, fígado e pâncreas.
Função do sistema digestivo: obter substâncias necessárias para a manutenção, crescimento e demais necessidades energéticas do organismo.
Sistema digestivo é porta de entrada através de: ingestão, gotículas e infecções sistêmicas.
Mecanismos de defesa do trato digestivo: saliva, vômito (substâncias que causam irritação do estômago), secreções extra intestinal (mecanismos de defesa, eliminação de microrganismo, como ácido gástrico, saliva), flora residente, enzimas intestinais, pH do estomago, células efetoras (macrófagos e fagócitos dentro da submucosa), aumento do peristaltismo, sistema imune adaptativo.
PATOLOGIAS DA CAVIDADE ORAL:
1. Anomalias do desenvolvimento
2. Estomatites e gengivites
3. Estomatites vesiculares
4. Doenças vesiculares específicas
5. Estomatites erosivas e ulcerativas
6. Estomatites papulares
7. Necrosante
8. Bacteriana
9. Hiperplasia e neoplasia
1.    ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO:
        	São alterações congênitas, são anomalias na cavidade oral. Ou o animal nasce morto ou morre depois de nascer, porém, algumas podem ser corrigidas através de cirurgias. Sem causa determinada na maioria das vezes (idiopáticos). A maioria não tem origem hereditária. Normalmente, só se percebe no exame físico da cavidade oral.
A.   PALATOSQUISE OU FENDA PALATINA: pode ser genética ou tóxica através do uso de corticóides na mãe, por exemplo. O palato fica aberto. O animal quando mamar, pode se engasgar e o leite, por exemplo, ir para o pulmão.
B.   QUEILOSQUISE OU FENDA LABIAL (Lábio leporino): falha na fusão da linha médio do lábio superior, a mais comum é unilateral.
C.   AGNATIA OU APLASIA DE MANDÍBULA: a mandíbula não se desenvolve.
2.    ESTOMATITE E GENGIVITE
Estomatite: inflamação da mucosa oral e gengiva. Podem ter diversas origens, como a lesões, ulcerações e necrose.
Lesões classificadas como: (manchas avermelhadas), pápulas (lesões elevadas), vesículas (lesões com líquido no interior), erosões (perda do epitélio superficial) e úlceras (perda do epitélio mais profundo expondo a membrana basal)
Causas: vírus, lesão química, trauma, tóxicos, doenças auto-imune e sistêmicas (lúpus, pênfigo).
Suínos: a celulite faringeana pode ser uma causa de estomatite.
Gatos: gengivite associada a infecção pelo vírus da umunodeficiencia felina (FIV) pode ser uma causa de estomatite
Cães: granulomas pode ser uma causa de estomatite
Ovinos: uso inadequado de pistolas dosificadora (fístula com secreção purulenta) que pode ser uma causa de estomatite.
3.    ESTOMATITE VESICULARES:
No início da doença se forma vesículas do inteiro da cavidade oral, lábios e focinhos. São induzidas por vírus epitelial (capacidade de se replicar no epitélio). Penetra na célula, se replica no epitélio por conta da degeneração hidrópica causando degeneração no tecido. Tipos de vírus que causa estomatite vesicular: febre aftosa, estomatite vesicular dos suínos, doença vesicular suína. Quando ocorre o rompimento da vesícula, também causa ulceras.
4.    DOENÇAS VESICULARES ESPECIFÍCAS:
A. FEBRE AFTOSA: é uma doenãs altamente aguda e infecciosa. É causada pelo vírus da família Picornaviridade – Aftovírus. Acomete animais com casco fendido e tem sua transmissão rápida. Sinais: febre alta, anorexia, salivação, secreção nasal (serosa, purulenta), febre intensa. Além disso, causa lesões vesiculares como no lábio, gengiva, língua que podem formar ulceras, vesículas rompidas, em casos graves, desprendimento do epitélio da mucosa oral. Diagnóstico diferencial, febre aftosa, estomatite vesicular, exantema vesicular suíno e doença vesicular suína. Em animais jovens, a febre aftosa pode causar o coração tigrado (mancha de necrose esbraquiçada no miocárdio).
        	Diagnóstico de febre aftosa: através de lesões macro e micro que não são espeficicas da febre aftosa, espécies afetadas, exames sorológicos e isolamento do vírus. A confirmação da doença é através do teste sorológico retirando liquido da vesículas epitélio e soro sanguíneo.
B. ESTOMATITE VESICULAR (Rabdovírus): Comum em bezerros, não ocorre em ovelhas e cabras, ocorre em eqüinos.
C. EXANTEMA VESCIULAR SUÍNA (Calicivírus): doença de suínos, lesões e sintomas iguais a febre aftosa.
5.    ESTOMATITE EROSIVA/ULCERATIVA:
Formação de erosões e ulceras com desprendimento de epitélio. São causadas por varias etiologias, não apenas vírus, mas como uremia, corpos estranhos e auto-imune. Tipos de vírus que causam a estomatite erosiva e ulcerativa: vírus, BVD, rinotraqueite viral bovina, peste bovina, febre catarral maligna, calicivírus felino, doença da língua azul, complexo granuloma eosinofílico felino, pênfico vulgar, penfigóide bolhoso.
Erosão: perda de parte do epitélio da superfície.
Úlcera: perda do epitélio come xposição da memebrana basal.
Causas das estomatires erosivas e ou ulcerativas:
        	Virais: DVB/DM, FCM, bluetongue, calicivirus felino.
        	Uremia, corpos estranhos, granuloma eosinofílico, deficiência de vitamina C, pênfigo vulgar, e penfigoide bolhoso.
A.   Diarréia Viral Bovina (DVB): afeta o sistema reprodutivo e digestivo de ruminantes. É uma doença incciosa viral aguda de bovinos (Togavírus). Causa perdas econômicas por conta de abortos e retorno ao cio, pois o virus atravessa a barreira placentária. Em até 100 dias de gestação, causa aborto, mas de 125 a 180 dias ocorre malformações (hipoplasia cerebelar – alteração na postura, ma formação dos olhos), mas após os 180 dias, não causa alterações, são fetos umunocompetentes (persistentemente infectados)
B.   Doença das Mucosas (DM): diarréia aquosa fétida (sangue, fibrina), corrimento nasal e ocular, sialorreia, linfadenomegalia, lesão interdigital e laminite. Necropsia de ambas: lesões GI, necrose do tecido linfático, eritema das mucosas, hemorragia submucosa, hipoplasia cerebelar e cataratas (jovens).
Menos virulento = não citopático. Mais virulento = citopático – doença das mucosas (lesão, destruição celular)
D. FEBRE CATARRAL MALIGNA (FCM): Doença viral causada porvírus adpatas a espécies portadoras. Presente em ovinos (Herpesvírus ovino 2 – sem sintomas) e Gnú (Herpesvirus alcelaphine – sem sintomas). Afeta bovinos. Lesões na cavidade oral, hipertermia, depressão, emagrecimento, lesões nervosas, lesões ulcerativas/erosivas. Lesões: hemorragias e ulceras na mucosa oral e nasal. Opacidade da córnea, ceratoconjuntivite, necreose dos epitélios de revestimento, vasculite com degeneração fibrinoide, necrose das paredes dos vasos. Material enviado ao laboratório: fragmentos do encéfalo, fígado, rim e material refrigerado. Diagnóstico: dados epidemiológicos, sinais clínicos e lesões macroscópicas. Diagnóstico de certeza: lesões histológicas caracterisitcas em diversos órgãos incluindo sistema nervoso, fígado, rim e PCR.
6. ESTOMATITE PAPULAR:
Forma papulas (lesões elavadas na mucosa oral, nasal, esofágica e ruminal). Forma crostas. É induzida por vírus (Parapoxivirus – zoonose). Tipos de vírus que causam estomatite papular: ectima contagioso (boqueira) e estomatite papular bovina. Precisa ter uma lesão para o vírus conseguir se instalar, comum em áreas sem pelo como o ectima contagioso. Lesões em áreas desprovidas de pelo, nos lábios e focinho, boca e língua, áreas interdigitais, genitália e úbere. Microscopia: hiperplasia do epitélio formando colunas que mergulham no córion da mucosa bucal, corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos.
7.    ESTOMATITE NECROZANTE:
A.   NECROBACILOSE (bacteriana): causada pela bactéria Fusobacterium necrophorum, pode causar estomatites profundas. Afeta os bovinos, ovinos e suínos. Pode ser uma infecção secundária, portanto, desenvolve-se a partir de outras lesões já existentes. Macro: lesões amareladas, alo de tecido hiperemico, membrana diftérica. Micro: necrose de coagulação.
8.    ESTOMATITEBACTERIANA
A.   ACTINOBACILOSE: causada por Actinobacillus lignieressi, é um granuloma na língua formando nudulos que são típicos de um granuloma ocorrendo uma inflamação granulomatosa. É chamada de língua de pau – Glossite. Afeta Bovinos, pequenos ruminates e eqüinos. Macro: granuloma com tamanho circular ou irregular, branco, cinza ou amarelado. Micro: bacilos gram-negativos e as colônias são cercadas por uma zona de estruturas eosinofílicas em forma de clavas e arranjadas em paliçada.
B.   ACTINOMICOSE: É uma osteomielite da mandíbula de bovinos. Causada por Actinomyces bovis. Gera granuloma na mandíbula é acompanhada por osteólise (destruição do osso), resultando padrão de “favo de mel”. Micro: semelhante a actinobacilose.
9.    HIPERPLASIA E NEOPLASIAS DA CAVIDADE ORAL:
A. HIPERPLASIA GENGIVAL (crescimento anormal benigno da gengiva)
B.   ÉPULIS (proliferação do tecido gengival, benigno o um maligno – acantomatoso, fibromatoso (variantes do épulis) ligado ao ligamento periodontal)
C.   PAPILOMAS – bovinos e caninos.
D.   CARCINOMAS: carcinomas de células escamosas. Em bovinos, induzido pela intoxicação de samambaia. Em felinos pode ocorrer em animais de pele clara. Sempre é benigno.
E.   MELANOMAS: nódulos de origem dos melanócitos de origem maligna.
F. FIBROMAS (benigno) e FIBROSSARCOMAS (maligno)
PATOLOGIAS DOS DENTES E GLÂNDULAS SALIVARES
DENTES
A.   MALOCLUSÕES: os dentes não estão em contato um com o outro
a.	Prognatia: alongamento da mandíbula/maxilar
b.	Braquignatia: encurtamento da mandíbula ou maxilar.
B.   ALTERAÇÕES DE COR:
a.	Tetraciclina
b.	Fluorose
c.	Porfiria congênita
C.   ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO:
a.	Agenesia: ausência do dente.
b.	Hipoplasia de esmalte: normalmente induzida por vírus (cinomose, sendo assim, o vírus se multiplica na formação do esmalte e por isso fica desprovido de esmalte uma parte do dente)
c.	Poliodontia: aumento no número de dentes
D.   PLACA DENTAL/TÁRTARO/CÁRIE/PERIODONTITE: por formação de filmes bacterianos que contém uma série de tipos de bactérias. Pode formar placas bacterianas na sequência da formação do filme dental e se transformando em tártaro. A periodontite: pode causar endocardite bacteriana caso caia na circulação.
 
GLÂNDULAS SALIVARES
A.   SIALOADENITA: inflamação da glândula salivar.
B.   RÂNULA: acontece quando a rompimento do ducto salivar, acumulando mucina que é uma das secreções produzidas pelas glândulas salivares.
C.   MUCOCELE (pseudocisto): é um pseudocisto, pois se forma uma cápsula que acumula saliva, sem rompimento de ducto.
 
PATOLOGIAS DO ESÔFAGO
1.    Anomalias de desenvolvimento
a.	Acalásia: diminuição da motilidade do esôfago. Pode se congênito
b.	Megaesôfago ou Ectasia esofágica: congênito pode ser causado pela persistência do arco aórtico direito e acontece a dilatação do esôfago cranial e outra por deficiência de enervação se tornando mais flácido. Pode ser adquiro também.
c.    Dilatação do esôfago por insuficiência ou incoordenação do peristaltismo do esôfago médio e distal.
 
2.    Parasitas esofágicas: sem importância. Os mais comuns são Gasterophylus spp (eqüinos), Spirocerca lupi (Canídeos – predispõe ao fibrossarcoma).
3.    Inflamações:
a.	Esofagites: pode ser química, traumática, por refluxo, micótica. As mais importantes: DVB (causa arranhões de gato no esôfago), FCM (causa erosões e úlceras longitudinais) e IBR (erosões e úlceras arredondadas. 
4.    Asfixia por corpo estranho
a.	Obstrução: Pode ser total ou parcial, pode ser por corpos estranhos, por neoplasias como CCE Samambaia, fibrossarcoma, linfoma.
5.    Neoplasias

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