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Psicologia do Desenvolvimento Humano: Infância e Adolescência Contexto histórico Na antiguidade, os gregos utilizavam palavras ambíguas para classificar qualquer pessoa que estivesse num estágio entre a infância e a velhice, não havendo portanto, um conceito para designar a infância ou mesmo uma diferenciação nas etapas do seu desenvolvimento. Nessa época, não existia restrições morais, ocorrendo a prática do infanticídio. INFÂNCIA: do latim IN (não) FANCIA (capacidade da fala), nessa perspectiva, a fase da infância seria caracterizada pela ausência da fala e de comportamentos esperados, considerados como manifestações irracionais. Na idade média, o comportamento era caracterizado pela infantilidade entre todas as idades. Nesse período, a infância durava até os sete anos de idade, pois a partir daí a criança passa a compreender o que os adultos dizem. “A fascinação pelos anos da infância é um fenômeno relativamente recente.” (HEYWOOD, 2004, p.13) Até o século XII, as condições gerais de higiene e saúde eram muito precárias, o que tornava o índice de mortalidade infantil muito alto. As crianças que conseguiam atingir uma certa idade não possuíam identidade própria, só vindo a tê-la quando conseguiam fazer coisas semelhantes aquelas realizadas pelos adultos, com as quais estavam misturadas. Vale ressaltar, também, que o tratamento dado a uma criança do sexo masculino era, em muitos casos, diferente do tratamento recebido por uma criança do sexo feminino. “As meninas costumavam ser consideradas como o produto de relações sexuais corrompidas pela enfermidade libertinagem ou a desobediência a uma proibição.” (HEYWOOD, 2004, p.76). Na Bretanha do século XIX, a chegada de uma criança do sexo masculino era saudada com três badaladas de um grande sino. Já a chegada de uma criança do sexo feminino era saudada com apenas duas badaladas e de um sino pequeno. Mesmo na arte, a infância foi ignorada. “Até por volta do século XII, a arte medieval desconhecia a infância ou não tentava representá – la.” (BUJES, 2001, p.13). Até o fim do século XIII, não existem crianças caracterizadas por sua expressão particular, sendo retratadas então, como homens de tamanho reduzido. “A “descoberta” da infância teria de esperar pelos séculos XV, XVI e XVII, quando então se reconheceria que as crianças precisavam de tratamento especial, “uma espécie de quarentena”, antes que pudessem integrar o mundo dos adultos.” ( HEYWOOD, 2004, p.23). A mudança de paradigma, no que se refere ao conceito de infância, está diretamente ligada ao abandono da crença de que as crianças eram adultos imperfeitos. “Este percurso (da história), por outro lado, só foi possível porque também se modificaram na sociedade, as maneiras de se pensar o que é ser criança e a importância que foi dada ao momento específico da infância.” (BUJES, 2001, p.13) Uma infância que requer “especialistas” não é, certamente, uma infância qualquer, mas sim, uma que supostamente, necessita de um séquito de “conhecedores para lhe revelar sua verdade”. Assim, a noção de infância na modernidade se articula dentro de uma política de verdades, amparada pela autoridade do saber de seus porta vozes. (CIRINO apud CASTRO, 1999, p.24) PARÂMETROS ETÁRIOS PARA A INFÂNCIA Os limites cronológicos da infância são definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) entre 0 e 9 anos. Organização das Nações Unidas (ONU) entre 0 e 14 anos. Ministério de Saúde do Brasil, os limites da faixa etária de interesse são as idades de 0 a 9 anos. PARÂMETROS ETÁRIOS PARA A ADOLESCÊNCIA Os limites cronológicos da adolescência são definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) entre 10 e 19 anos. Organização das Nações Unidas (ONU) entre 15 e 24 anos. Ministério de Saúde do Brasil, os limites da faixa etária de interesse são as idades de 10 a 24 anos. PARÂMETROS PARA DEFINIÇÃO DO CONCEITO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA. FISIOLÓGICOS. COGNITIVOS. CULTURAIS. GEOPOLÍTICOS. ECONÔMICOS. JURÍDICOS. …
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