Buscar

Enfermidades do cav oral e esôfago

Prévia do material em texto

Professora: Nathalia Fidelis Lins Vieira
Cavidade Oral e Esôfago
Introdução
 Condição Clínica que envolve o trato digestório que 
pode levar a subnutrição
 Interferem nos órgão relacionados à ingestão, deglutição, 
digestão e absorção.
Déficit 
Nutricional
- Limitações na alimentação: 
disfagia/ tumores/ 
estenoses
- Relacionados à 
sintomatologia: Anorexia/ 
náuseas/vômitos / 
diarreias
Doenças relacionadas:
❖Cavidade Oral
❖Esôfago
❖Estômago
❖Intestino
❖Pâncreas
Doenças da Cavidade Oral
 Monilíase Oral: Lesões esbranquiçadas, candidíase que pode
ocorrer de forma isolada ou associada a outras doenças (HIV,
Neoplasia em tto quimioterápico)
Doenças da Cavidade Oral
 Estomatite: lesões ulcerosas (aftas)
Etiologia: Multifatorial
- Trauma: má oclusão dentária ou escovação
- Infecciosas: Virais ou bacterianas
Variam de tamanho, quantidade e localização
Na maioria das vezes resolvem de forma espontânea
Doenças da Cavidade Oral
 Glossite: Lesão numa área central bem demarcada, não
ulcerada, no terço médio da língua , considerada benigna.
 Causas: infecções bacterianas ou virais, irritação mecânica
ou ferimentos provocados por queimaduras, produção de
pouca saliva, exposição a substâncias irritativas (tabaco,
álcool, ácido, pasta de dentes, refrescantes bucais, alimentos
apimentados, entre outras
Característica Recomendação
Consistência Deve ser alterada conforme a tolerância do 
paciente
Pode ser indicada consistência semi-liquida ou 
pastosa que exigem menor mastigação
Evitar Sucos e frutas ácidas, condimentos picantes e 
irritantes, temperos ácidos.
Temperaturas elevadas podem causar dor
Sugestão para 
enriquecer as 
preparações
Leite: acrescentar leite em pó, mel, creme de 
leite, sorvete
Sopas: acrescentar azeite ou óleo vegetal, 
margarina, queijo ralado ou requeijão
Carnes: Incluir ovos
Frutas: enriquecer com farinhas, leite 
condensado, mel, aveia
Pães e cereais: Adicionar gelei, mel, margarina, 
queijo derretido
Disfagia
 Definição:
Qualquer interferência na precisão e sincronia dos
movimentos de músculo e estruturas associadas à deglutição,
que resultam em inabilidade no controle pelo sistema nervoso
central ou disfunção mecânica.
Disfagia Orofaríngea
 Anormalidades que afetam o mecanismo neuromuscular de
controle do movimento do palato, faringe e esfíncter esofágico
superior.
Sintomas: Dificuldade em iniciar o ato de deglutição, na 
transferência dos alimentos da boca para esôfago
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwin3Y2jm_rKAhUJjJAKHWfyAnQQjRwIBw&url=http://experimentoteca.com/biologia/perguntas/banco-de-questoes-fisiologia-processo-de-degluticao/&psig=AFQjCNGvBl2rBJf1Q4JLAfH9FQymfoFkSA&ust=1455640952860804
Disfagia Orofaríngea
Causas:
❑ Sistema Nervoso Central: Derrame, doença de Parkinson, esclerose
múltipla, neoplasias
❑Distúrbios Neuromusculares: Miastenia grave, neuropatia periférica
❑ Lesões estruturais: Divertículo de Zenker
❑Ventilação mecânica ( intubação Orotraqueal por mais de 48h)
Disfagia Esofágica
 Distúrbios que afetam o esôfago , levando a dificuldade na
transferência do bolo alimentar pelo esôfago.
Distúrbios de Motilidade: Acalásia,
esclerodermia, espasmos esofágicos
Obstruções Mecânicas: Neoplasias,
estreitamento péptico, lesões
esofágicas induzidas por
medicamentos
Disfagia Esofágica
ACALASIA = Dissinérgia esofágica
É um distúrbio de motilidade do esôfago inferior 
falência do EEI para relaxar e abrir durante a deglutição.
Classificação
Primária: Etiologia desconhecida
Secundária: patologia como lúpus ou 
doença de chagas- desnervação do 
esôfago
Megaesôfago Chagásico
 ausência ou diminuição acentuada dos plexos nervosos intramurais do 
esôfago 
 não ocorre transmissão adequada do estímulo da deglutição, fazendo 
com que haja contrações incoordenadas, simultâneas ou mesmo 
ausentes no corpo do esôfago (aperistalse) 
 o esfíncter inferior do esôfago não se relaxa adequadamente em 
resposta à deglutição 
 Brasil: Doença de Chagas, devido à infecção pelo 
Tripanossoma Cruzi, proporção de megaesôfago chagásico, 
comparado com megaesôfago idiopático, é de 20:1.
Megaesôfago Chagásico
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjAyO-HvYzOAhXDWx4KHTQeDaMQjRwIBw&url=http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/doenca-de-chagas/&psig=AFQjCNFwZ4IrtXGhqDQFQWcvK8PDKEXQJQ&ust=1469462552940440
Consequências da Disfagia
Tratamento
OBJETIVOS
 Tratar a patologia de base
 Assegurar a hidratação e a nutrição
 Reduzir o risco de aspiração
TRATAMENTO:
 Mudança da consistência da alimentação/ indicação de NE
 Adaptação da posição ao se alimentar
 Fortalecimento do maxilar, língua e laringe
 Uso de técnicas respiratórias para eliminar o risco de 
aspiração e facilitar o processo de deglutição.
Nível de Severidade da disfagia 
x modificação na dieta
Classificação dos líquidos conforme 
viscosidade
Consistência
Ralo Líquidos regulares, sem alterações
Néctar Líquidos levemente espessados, mas finos 
o suficiente para poder ser ingeridos aos 
goles, sem colher
Mel Líquido espessado que deverá ser 
consumido com colher (por exemplo: 
Mingau grosso)
Pudim Apresentam aparência sólida, devem ser 
consumidos com colher, mas rapidamente
desfazem-se na boca (flan, pudim)
Terapia Nutricional- Disfagia
Terapia Nutricional- Disfagia
Espessantes comerciais
 Nutilis
 ResourceTicken up clear
 Thick & Easy
 Como estamos???
Doença por Refluxo Gastroesofágico
(DRGE)
 O refluxo é o retorno para o esôfago do conteúdo ácido-
péptico gástrico que leva à inflamação da mucosa esofágica, 
que pode resultar em esofagite. 
Sintomas:
Pirose
Plenitude Pós Prandial
Dor epigástrica e Retroesternal
Náuseas
Vômitos (reposição hidroeletrolítica) 
Halitose
Etiopatogenia da DRGE
 Baixa pressão do Esfíncter Esofagiano Inferior
▪ Gastrina : ↑ pressão
▪ Colecistoquinina (CCK) e a secretina: ↓pressão
▪ Cafeína, mate, chá preto: ↓pressão
▪ Álcool: ↓pressão
▪ Chocolate: ↓pressão
▪ Gordura (CCK): ↓pressão
 Aumento da Pressão intra- abdominal
 Vômitos recorrentes
 Esvaziamento gástrico lento
 Hérnia de Hiato
Esôfago de Barret
 É uma doença na qual ocorre uma mudança nas células
do revestimento da porção inferior do esôfago, com
transformação do epitélio escamoso normal do esôfago
para epitélio colunar (típico do estômago e do intestino).
 É causado por uma agressão da porção inferior do
esôfago, pelo refluxo gastroesofágico.
 Encontrado em cerca de 10% dos pacientes com doença
do refluxo gastroesofágico
 Considerado uma lesão pré-maligna, que pode evoluir
para câncer de esôfago
Hérnia de Hiato
 Protuberância de uma porção do estômago para dentro da
cavidade torácica através do Hiato esofágico no diafragma.
 A pressão proveniente do diafragma força o conteúdo
gástrico ácido para dentro do esôfago.
 Desconforto epigástrico após refeições altamente calóricas e
de grande volume→ Distensãogástrica
Hérnia de Hiato
Fatores de Risco para Hérnia de Hiato
 Envelhecimento
 Gravidez
 Obesidade
 Constipação intestinal
 Vômitos recorrentes
Terapia Nutricional
Terapia Nutricional
Tratamento Clínico
Neoplasia de esôfago
Está entre as 10 neoplasias malignas mais incidentes no Brasil
Geralmente a partir dos 40 anos
Predominância no sexo masculino
Causas: Consumo de álcool
Fumo
Deficiência de vitamina 
(A,C,B)
Contaminação de alimentos 
por fungos 
Bebidas quentes
Refluxo GE
Tratamento cirúrgico 
 Esofagectomia: é a cirurgia para remoção de parte ou de todo o
esôfago.
 O esôfago pode ser reconstruído com outros tecidos como o do
estômago, intestino delgado ou intestino grosso que farão a
função do esôfago que é a de conduzir os alimentos.
Intervenção Nutricional no pós 
cirúrgico
 Jejum: nos primeiros dias
 Terapia Nutrição Enteraldeve ser indicada
 Via oral inicia com dieta líquida evoluindo progressivamente a 
consistência 
Caso clínico
 Um homem de 50 anos de idade e portador de megaesôfago 
chagásico encontra-se internado em um hospital público de 
sua cidade. Na admissão, referiu ao médico dificuldade para 
engolir alimentos sólidos, pastosos e líquidos, o que 
caracterizou um quadro de disfagia grave. De acordo com o 
risco avaliado, a equipe multiprofissional decidiu por 
cirurgia.
1. Durante o período que precedesse a cirurgia no esôfago do 
paciente qual a terapia nutricional deve ser adotada?
Resolvendo questões
 A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) de origem primária em crianças é caracterizada por 
episódios frequentes de vômito. O choro persistente após as refeições ou mamadas, bem como a 
perturbação do sono, a irritabilidade e a recusa alimentar são sinais sugestivos desta situação clínica. 
Manifestações respiratórias, como a aspiração de secreção ácida, e anemia com sangramento por erosão 
da mucosa digestiva são comuns na DRGE. em crianças e da conduta nutricional adequada a esses casos, 
avalie as afirmações a seguir.
I. Deve-se aumentar a oferta de preparações com alta concentração de lipídios.
II. No período pós-prandial, deve-se evitar que a criança fique deitada.
III. A reposição de eletrólitos, como sódio , potássio, deve ser garantida em casos de vômitos frequentes.
IV. A consistência dos alimentos deve ser adequada à idade, com predominância daqueles com maior grau de 
espessamento, semilíquidos a pastosos.
V. Um dos indicadores antropométricos para a monitorização do estado nutricional é o peso em relação à 
estatura.
É correto apenas o que se afirma em
A. II e IV.
B. I, II e V.
C. I, III e IV.
D. I, III e V.
E .II, III, IV e V.
Referências Bibliográficas
• Mahan, L.K; Escott-Stump, S. Tratamento Médico
Nutricional nas doenças do trato gastrointestinal
superior. Krause, alimento, nutrição e dietoterapia. 12º
edição, Ed. Elsevier- Rio de Janeiro, 2010.
• CHEMIN, S. M.; MURA J. D. P. Tratado de Alimentação
Nutrição e Dietoterapia. 2°ed. São Paulo: ed. ROCA, 2010.

Continue navegando