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principios da fisiologia gastrointestinal

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Princípios da Fisiologia Gastrointestinal 
Profº: Mário Miguel 
Lara Carvalho 
17/10/2019 
 
Tópicos principais: 
1. motilidade ao longo do sistema gastrointestinal 
2. secreções 
3. absorções 
4. fases gastrointestinais 
5. circulação gastrointestinal 
 
Os grandes processos: ingestão? processamento mecânico? excreção?             
secreção? 
 
Corte básico do sistema digestório: controle autonômico de natureza neural,                   
vasculatura de microcirculação (arteríola, vênula, capilar) 
 
Visão geral do processo digestório por dia:  
● 1,5L de saliva  
● 2L de secreções gastricas 
● 2L de secreção pancreática/hepática 
● 6,7L de absorção no intestino delgado 
● 1,5L de secreção intestinal 
● 1,4L de absorção no intestino grosso  
● 100ml de água e 50g de fezes 
 
Controle distante da função digestória:  
Sistema neurovegetativo (ação parassimpática e simpática), nesse sistema,               
funciona como gangorra, ou seja, ​o parassimpático aumentado é compatível                   
com todos os processos de digestão (apesar de haver influência do simpático                       
por sinergismo - saliva). ​Já o simpático, quando predominante, tende a fazer                       
vasoconstrição do sistema gastrointestinal​, o que, por sua vez, está relacionado                     
a uma diminuição da motilidade e das absorções. 
 
Divisão gastroentérica do sistema neurovegetativo: 
Controla dois plexos (submucoso e mioentérico) e garante os reflexos                   
locais, funcionando por conta propria pela retroalimentação de um sinal que é                       
gerado ali mesmo. Apesar disso, não explica a sincronicidade das partes do trato.                         
Uma parte do sinal (alça longa) sobe para o tronco encefálico, outra parte (alça                           
curta) sobe para fazer respostas rápidas de reflexos curtos. 
 
● Fome (central/consciente) → sentidos de alimentação → vago               
controlando glândula e músculo liso → controle de secreção e motilidade.                     
Alça curta (mecanorreceptores, quimioceptores, osmoceptores na parede             
do sistema) interagindo com os dois plexos, e alça longa subindo para o                         
snc. 
● OBS: quando se retira a informação vagal, o estômago não faz                     
relaxamento receptivo. A parede contrai por atividade reflexa e a pressão                     
aumenta logo que o indivíduo começa a se alimentar (apenas o reflexo                       
curto de amassamento). 
 
1 - Motilidade ao longo do sistema gastrointestinal: 
 
Mecânica da digestão:  
Tipos: 
1. Mistura (músculo circular, misturar alimentos). Controle: plexo             
mioenterico e hormônios (fases locais e centrais). Contração de um local e                       
relaxamento de um segmento seguinte. 
2. Peristálticos ​(músculo longitudinal, propulsivo). Controle: plexo           
mioentérico e hormonal. 
 
Primeiro ato: mastigação e deglutição → primeiro dos grandes processos para                     
quebra e umidificação. Movimento em sentido único para levar o bolo alimentar                       
em direção ao seguimento do tubo (parte posterior da língua). ​OBS: fase                       
automática da deglutição. ​OBS2: retroalimentação entre o centro da deglutição                   
(núcleo ambíguo) e o centro respiratório. O esôfago apresenta dois esfíncteres                     
(um superior e um inferior) e um controle de pressão subsequente, o que, com                           
um certo atraso, abre o esfíncter inferior.  
 
Segundo ato: movimentação estomacal ​→ funções autorrealizáveis (movimentos               
em dois sentidos: da parte de cima para a parte de baixo / da parte de baixo para                                   
a parte de cima). Dois movimentos principais: 
1. relaxamento receptivo: parassimpático age a partir de controle central,                 
apenas quando pensa-se em comida.  
2. relaxamento adaptativo: aumento da complacência em função do               
aumento do volume estomacal (reflexo vago-vagal que afeta a                 
musculatura do estômago). 
Deglutição e recepção gástrica: indivíduo engoliu → onda de aumento de                     
pressão no esôfago → inicio do relaxamento esfinctérico esofágico → início do                       
relaxamento do estômago (+ aumento do tônus do esfíncter esofágico inferior).  
Detalhe dos dois padrões básicos de movimento estomacal: 
● movimentos de mistura: ondas contráteis iniciadas na porção superior e                   
corpo percorrem o estômago formando anéis constritivos de alta pressão                   
que ejetam o bolo alimentar para a direção pilórica (3 a 4x por minuto). O                             
piloro permite a passagem de poucos mililitros de conteúdo estomacal                   
para o duodeno a cada onda contrátil. 
● movimento de retropulsão: ​a maior parte do conteúdo antral é ejetada de                       
volta ao corpo. Esses intensos movimentos auxiliam a dissolver o bolo                     
alimentar em quimo. 
 
Terceiro ato: a bomba antral do Cannon e o esvaziamento gástrico ​→ não há                           
trânsito livre na passagem estomacal, há diferenças de tempo para a digestão de                         
líquido x sólidos digestíveis x sólidos indigestíveis.  
O esvaziamento depende do que é recebido no duodeno (quimo). Por seu                       
caráter, seja hipertônico, ácido, rico em gordura ou proteína, haverá diminuição                     
da motilidade estomacal, aumento do parassimpatico, diminuição do simpatico.  
O duodeno não foi feito para receber muita coisa ao mesmo tempo, ele                         
freia o esvaziamento gástrico para garantir a qualidade do que está sendo                       
recebido (tonicidade, acidez e tamanho). 
● reflexo miogênico: resposta local (plexo submucoso e mioentérico) 
● reflexo gastro-gastrico: distensão → contração 
● reflexo enterogástrico: preponderante (inibe o esvaziamento gástrico) 
● reflexo intestino-intestinal: quimo no íleo inibe esvaziamento gástrico 
 
Quarto ato: trânsito intestinal ​→ tubo mais simples (mistura e propulsão).                     
Padrão de movimento “mistura” serve para diminuir o tamanho das coisas                     
(musculatura circular).  
Padrão de movimento “propulsão” serve para levar o conteúdo do tgi no                       
sentido craniocaudal. Diferença de volume, e de qualidade do conteúdo define se                       
vai haver peristalse significativa ou não (mais duro e mais volume, mais estimulo,                         
mais contração por somação temporal). O ​complexo migratório é responsável                   
por definir que a digestão aconteça em um sentido.  
 
Quinto ato: esvaziamento ileocecal ​→ o que está no ceco por causa da irritação                           
e da pressão, inibe a peristalse do ileo e estimula o esfincter. 
 
Ato final: defecação → reflexo parassimpático + controle voluntário (maior do                     
que na bexiga). No final do tubo digestivo, a dilatação do reto                       
(mecanorreceptores) diminui a ação do esfíncter interno, já a ação do esfíncter                       
externo possui forte controle voluntário.  
 
2 - Secreções no TGI: 
 
● Saliva e mastigação:  
○ liberação por ​antecipação ​; 
○ funções: quebra do alimento em partículas menores, formação de                 
bolo coeso, inicio da digestão de lipídeo e carboidrato, facilitação                   
do sabor, produzir o estímulo para o estômago, regulação do                   
comportamento, limpeza e proteção antibacteriana, neutralização           
do refluxo gástrico, crescimento de mucosa e proteção, auxilia na                   
fala; 
○ estágio 1 da saliva (na célula do ácino salivar): isotônico por conta                       
das aquaporinas; 
○ estágio 2 da saliva (na célula do ducto): modulação da saliva (retiraNa+ e Cl- e adiciona K+ e HCO3-). Resulta em uma saliva com o pH                             
maior; 
○ fluxo x composição: fluxo alto = muito sódio (as células do ducto                       
não conseguem retirar), aumento do cloreto, manutenção do               
bicarbonato e do potássio (não da tempo de adicionar). 
○ ↑ parassimpático = ↑ da salivação 
 
● Complexo estomacal: 
○ digestão​ de proteínas (pH baixo) e manter a ​integridade ​ da parede; 
○ secreções integradas às fases do processamento gastrointestinal 
■ fase cefálica​: o alimento ainda não chegou no estômago,                 
pensar em comida, mastigar, preparação estomacal           
(muco)/sinalização central comandada pelo vago;  
■ fase gástrica​: alças curtas, alças longas, gastrina             
(intensificação dos reflexos); 
■ fase intestinal​: reflexos negativos no estômago; 
○ secreção ácida: célula parietal quando estimulada, troca hidrogênio               
por potássio e cloreto por bicarbonato. HCl entra no estômago e K+                       
e HCO3- entram no interstício e consequentemente para o sangue                   
(maré alcalina).  
○ sinalização do H+ na célula D: produz somatostatina e essa inibe a                       
gastrina. Produz menos secreção ácida. 
○ secreção da barreira muco-bicarbonato: pH em torno de 7 na                   
superfície celular - células mucosas do colo/células de               
revestimento; 
 
 
 
 
 
 
 
tipo da célula  substância 
secretada 
estímulo para a 
liberação 
função da 
secreção 
mucosa  1 - muco 
2- bicarbonato 
1 - secreção 
tônica; irritação 
da mucosa 
2 - secretado com 
o muco 
1 - barreira física 
entre o muco e o 
epitélio 
2 - tamponar o 
ác. gástrico para 
proteger epitélio 
parietal  1 - HCl  
2 - fator 
intrínseco 
acetilcolina, 
gastrina, 
histamina 
1 - ativar a 
pepsina e matar 
microorganismos 
2 - combina-se 
com a B12 para 
permitir sua 
absorção;  
semelhantes às 
enterocromafins 
histamina  acetilcolina, 
gastrina 
estimula a 
secreção de ác. 
gástrico 
principais  1 - pepsinogênio 
2 - lipase gástrica 
acetilcolina, ácido  1 - digere 
proteínas 
2 - digere 
gorduras 
D  somatostatina  ácido no 
estômago 
inibe a secreção 
de ác. gástrico 
G  gastrina  acetilcolina, 
peptídeos e aa’s 
estimula a 
secreção de ác. 
gástrico 
 
 
● Pós-estômago e fase intestinal: 
○ pâncreas: duas vias, sendo uma para o CCK e uma para secretina.                       
Mais enzima e mais secreção de HCO3-. CCK e Secretina vão pelo                       
sangue. 
○ ácido no estômago: secretina no duodeno; 
○ gordura e proteina → cck → suco pancreático com enzimas                   
pancreáticas. 
○ secreção do bicarbonato: bomba NKCC 
○ vesícula biliar recebe sinalização da secretina (pH baixo no                 
duodeno) para carregar de bile, secretar a bile. O estímulo vagal já                       
causa contração da vesícula biliar. O CCK amassa a vesícula biliar e                       
relaxa o esfíncter que está no limite do duodeno. 
 
3 - Absorções no TGI: 
 
● absorção de ​gorduras​: sais biliares transformam grandes pedaços de                 
gorduras em pedaços pequenos (micelas) - fenomenos de parede - ácido                     
graxo para o capilar linfático; 
 
● absorção de ​carboidratos​: sglt (glicose e galactoe) e glut (frutose) -                     
amilase pancreática quebra o amido até monossacarídeo; 
 
● absorçao de ​proteínas​: protease pancreatica e estomacal - quebra em                   
aminoácidos - simporte com sodio pela membrana; 
 
● absorção de ​íons​: tudo parte do transporte do Na+ - água e K+ são                           
transportados por via paracelular - ver transportes eleltrolíticos nas                 
regiões do intestino 
 
 
4 - Controle da circulação gastrointestinal: 
 
● a artéria intestinal forma um sistema de microcirculação ao redor do                     
intestino: ​sistema porta-hepático ​. 
○ aumento de área dos vilos precisa ser compatível com uma                   
vasculatura bastante ramificada; 
● esse sistema utiliza uma grande fatia do débito (o fígado devolve pela veia                         
porta 1.3L de sangue por minuto) 
● no capilar, quando há baixa no fluxo de sangue, existe um “esforço” para                         
manter o fluxo de sangue, fazendo vasodilatação local (por demanda)  
○ hipoxia local metabólica → vasodilatação → relaxamento da               
arteriola → relaxamento do esfincter precapilar → aumento do                 
fluxo → feedback negativo para regular 
○ na alimentação​: aumento do parassimpatico para o processo               
digestório finda por aumentar a hipoxia local no vilo e uma                     
diminuição do fluxo em outros tecidos (por direcionamento               
sanguíneo para o tgi). O simpático atua para reestabelecer a PA                     
sistêmica. Ambos juntos possuem o efeito de aumentar o fluxo local,                     
o parassimpatico pela vasodilatação local por demanda metabólica               
e o simpático pelo efeito central sistêmico. 
● antecipação cardiovascular de preparação para a alimentação             
(parassimpática); 
● controles: 
○ reflexo miogênico 
○ hiperemia pós-prandial (elevação do fluxo pela recepção do               
alimento) 
○ vasodilatação (gene da calcitonina possui via de síntese de NO) 
● hipertensão porta-hepática:  
○ drena menos → queda do volume diastólico final e ativação                   
barorrefelxa (aumento do simpático) → vasodilatação hepática alta               
(edema) →  
○ elevação da resistência vascular intra-hepática → fibrose → padrão                 
de fluxo mesentérico hiperdinâmico  
● hipotensão pós-prandial

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