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Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo DISCIPLINA:CÁLCULO II UNIDADE 2: (Parte 6) 2.6 Volumes Definiremos volumes de sólidos cujas seções transversais são regiões planas. Uma seção transversal de um sólido S é a região plana formada pela interseção entre S e um plano. Definição do volume Seja S um sólido que está entre x = a e x = b. Se a área da seção transversal de S no plano Px, passando por x e perpendicular ao eixo x, é S(x), onde S é uma função contínua, então o volume de S é 𝑉 = lim 𝑛→∞ ∑ 𝑆(𝑥𝑖) ∆𝑥𝑖 𝑛 𝑖=1 = ∫ 𝑆(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑎 Quando usamos a fórmula de volume V=∫ 𝑆(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑎 é importante lembrar que S(x) é a área de uma seção transversal móvel obtida pelo fatiamento passando por x perpendicular ao eixo x. Calculando o volume de um sólido 1) Esboce o sólido e uma região transversal típica 2) Encontre uma fórmula para S(x), a área de uma seção transversal típica. 3) Encontre os limites de integração. 4) Integre S(x) usando o Teorema Fundamental do Cálculo. Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo Exemplo: Volume de uma pirâmide Uma pirâmide com 3m de altura tem uma base quadrada com 3 m de lado. A seção transversal da pirâmide, perpendicular à altura x metros abaixo do vértice, é um quadrado com x metros de lado. Determine o volume da pirâmide. 𝑉 = ∫ 𝑆(𝑥)𝑑𝑥 3 0 = ∫ 𝑥2 𝑑𝑥 = 𝑥3 3 | 3 0 3 0 = 9 𝑚3 Volume de um Sólido de Revolução Fazendo uma região plana girar em torno de uma reta no plano, obtemos um sólido, que é chamado de revolução. A reta ao redor da qual a região gira é chamada eixo de revolução. Por exemplo, fazendo a região limitada pelas curvas y = 0, y = x e x = 4 girar em torno do eixo dos x, o sólido de revolução obtido é um cone. Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo Se o retângulo delimitado pelas retas x = 0, x = 1 e y = 3 girar em torno do eixo dos y, obtemos um cilindro. Definição: Seja y = f(x) uma função contínua não negativa em [a,b]. Seja R a região sob o gráfico de f de a até b. O volume do sólido T, gerado pela revolução de R em torno do eixo dos x, é definido por: 𝑉 = lim𝑛→∞ 𝜋 ∑ [𝑓(𝑐𝑖)] 2. ∆𝑥𝑖 𝑛 𝑖=1 (1) Esta soma que aparece em (1) é uma soma de Riemann da função [f(x)] 2 . Como f é contínua, o limite em (1) existe, e então pela definição da integral definida, temos: 𝑉 = 𝜋 ∫ [𝑓(𝑥)]2 𝑑𝑥 𝑏 𝑎 (2) A fórmula (2) pode ser generalizada para outras situações: 1) A função f(x) é negativa em alguns pontos de [a,b]. A Figura (c) mostra o sólido gerado pela rotação da Figura (a), ao redor do eixo dos x, que coincide com o sólido gerado pela rotação, ao redor do eixo dos x, da região sob o gráfico da função |𝑓(𝑥)| de a até b (Figura b). Como |𝑓(𝑥)|2 = (𝑓(𝑥))2, a fórmula (1) permanece válida neste caso. Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo Exemplo: A região R, limitada pela curva 𝑦 = 1 4 𝑥2, o eixo dos x e as retas 𝑥 = 1 e 𝑥 = 4, gira em torno do eixo dos x. Encontrar o volume do sólido de revolução gerado. 𝑉 = 𝜋 ∫ ( 1 4 𝑥2) 2 𝑑𝑥 4 1 = 𝜋 16 . 𝑥5 5 | 4 1 = 𝜋 80 (45 − 1) = 1023𝜋 80 𝑢. 𝑣 2) A região está entre os gráficos de duas funções f(x) e g(x) de a até b. Supondo 𝑓(𝑥) ≥ 𝑔(𝑥), ∀ 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏], o volume do sólido T, gerado pela rotação de R em torno do eixo dos x, é dado por: 𝑉 = 𝜋 ∫ ([𝑓(𝑥)]2 − [𝑔(𝑥)]2) 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 (3) Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo Exemplo: A região limitada pela curva 𝑦 = 𝑥2 + 1 e pela reta 𝑦 = −𝑥 + 3 gira em torno do eixo x para gerar um sólido. Determine o volume. 𝑥2 + 1 = −𝑥 + 3 ⟹ 𝑥2 + 𝑥 − 2 = 0 ⟹ 𝑥 = −2 𝑒 𝑥 = 1 𝑉 = 𝜋 ∫ [(−𝑥 + 3)2 − (𝑥2 + 1)2]𝑑𝑥 ⟹ 1 −2 𝑉 = 𝜋 ∫ [𝑥2 − 6𝑥 + 9 − 𝑥4 − 2𝑥2 − 1]𝑑𝑥 ⟹ 1 −2 𝑉 = 𝜋 ∫ [8 − 6𝑥 − 𝑥2 − 𝑥4]𝑑𝑥 ⟹ 1 −2 𝑉 = 𝜋 [8𝑥 − 3𝑥2 − 𝑥3 3 − 𝑥5 5 ] 1 −2 = 117𝜋 5 𝑢. 𝑣 3) A região R gira em torno do eixo dos y. Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo Neste caso, temos: 𝑉 = 𝜋 ∫ [𝑔(𝑦)2] 𝑑𝑦 𝑑 𝑐 (4) Exemplo: Determine o volume do sólido obtido com a rotação em torno do eixo y, da região compreendida entre o eixo y e a curva 𝑥 = 2 𝑦 , 1 ≤ 𝑦 ≤ 4. 𝑉 = 𝜋 ∫ ( 2 𝑦 ) 2 𝑑𝑦 4 1 ⟹ 𝑉 = 𝜋 ∫ 4 𝑦2 𝑑𝑦 4 1 ⟹ 𝑉 = 4𝜋 ∫ 1 𝑦2 𝑑𝑦 4 1 ⟹ 𝑉 = 4𝜋 [− 1 𝑦 ] 4 1 ⟹ 𝑉 = 𝜋 [− 1 4 + 1] = 4𝜋. 3 4 ⟹ 𝑉 = 3𝜋 𝑢. 𝑣 4) A rotação se efetua ao redor de uma reta paralela a um dos eixos coordenados. Se o eixo de revolução for a reta 𝑦 = 𝐿, temos: 𝑉 = 𝜋 ∫ [𝑓(𝑥) − 𝐿]2 𝑏 𝑎 𝑑𝑥 (5) Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo Exemplo: Determinar o volume do sólido gerado pela rotação, em torno da reta 𝑦 = 4, da região limitada por 𝑦 = 1 𝑥 , 𝑦 = 4 e 𝑥 = 4. 𝑉 = 𝜋 ∫ [ 1 𝑥 − 4] 2 𝑑𝑥 4 1 4 ⟹ 𝑉 = 𝜋 ∫ ( 1 𝑥2 − 8 𝑥 + 16) 𝑑𝑥 4 1 4 ⟹ 𝑉 = 𝜋 [− 1 𝑥 − 8 ln|𝑥| + 16𝑥] 4 1 4 ⟹ 𝑉 = 𝜋 [− 1 4 − 8 ln 4 + 64 + 4 + 8 ln 1 4 − 4] ⟹ Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo 𝑉 = 𝜋 [ 255 4 − 8 ln 16] 𝑢. 𝑣 Se o eixo de revolução for a reta 𝑥 = 𝑀, temos: 𝑉 = 𝜋 ∫ [𝑔(𝑦) − 𝑀]2 𝑑 𝑐 𝑑𝑦 (6) Exemplo: A região R, delimitada pela parábola 𝑥 = 1 2 𝑦2 + 1 e pelas retas 𝑥 = −1, 𝑦 = −2 e 𝑦 = 2 gira em torno da reta 𝑥 = −1. Determinar o volume do sólido de revolução obtido. 𝑉 = 𝜋 ∫ [ 1 2 𝑦2 + 1 − (−1)] 2 𝑑𝑦 2 −2 ⟹ 𝑉 = 𝜋 ∫ [ 1 2 𝑦2 + 2] 2 𝑑𝑦 2 −2 ⟹ 𝑉 = 𝜋 ∫ [ 1 4 𝑦4 + 2𝑦2 + 4] 𝑑𝑦 2 −2 ⟹ Profª. Fabiane Regina da Cunha Dantas Araújo 𝑉 = 𝜋 [ 𝑦5 20 + 2𝑦3 3 + 4𝑦] 2 −2 ⟹ 𝑉 = 𝜋 [ 32 20 + 16 3 + 8 + 32 20 + 16 3 + 8] ⟹ 𝑉 = 448𝜋 15 𝑢. 𝑣
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