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Avaliação Pré-Anestésica Lucas Torres H. de Souza (R1) Raquel Santos (R1) Objetivos Diminuir a morbidade e mortalidade do ato cirúrgico-anestésico Preparar paciente clinicamente e psicologicamente Melhorar relação médico-paciente Promover eficiência e reduzir custos Como Fazer? Anamnese Exame físico Exames complementares Anotar tudo em prontuário Após avaliação, informar ao paciente o que será feito, cuidados e preparo prévios e obter assinatura de termo de autorização Policlínica Avaliação de Via Aérea - Mallampati Avaliação de Via Aérea Mallampati sozinho não é bom preditor de via aérea difícil Analisa-se conjuntamente com outros fatores Exames Complementares Não pedir exames “de rotina” Aumento de custos e riscos Avaliar benefício Recomendações de quando pedir Exames Complementares Hemograma Extremos de idade Doença renal ou hepática Uso de anticoagulante Doença hematológica/Coagulopatias Malignidade Tipo de procedimento/Invasividade Exames Complementares Coagulograma Doença renal ou hepática Coagulopatia Uso de anticoagulante Quimioterapia Tipo de procedimento Exames Complementares Bioquímica (Glicose, Ionograma, Função renal e hepática) Doença renal ou hepática ou risco de disfunção perioperatória Diabetes Uso de esteroides, digoxina, diuréticos Doenças do Sistema Nervoso Central Doenças endócrinas Idosos Desnutrição Tipo de procedimento/Invasividade Exames Complementares Radiografia de Tórax Doença pulmonar ou manifestações clínicas Doença cardiovascular ativa Tipo de procedimento/Invasividade Exames Complementares Eletrocardiograma Doença cardiovascular ou fatores de risco Doença pulmonar Tipo de procedimento/Invasividade Exames Complementares Teste de gravidez (BHCG) Possibilidade de gravidez Avaliação do Paciente com Doença Cardiovascular Objetivo: Definir risco de desfechos cardiovasculares maiores (IAM, Morte...) Definir necessidade de intervenção antes da cirurgia Orientar planejamento anestésico Instrumentos: Exame Clínico Exames complementares Testes Funcionais Índices de risco Fatores de Risco Idade avançada Diabetes Mellitus Hipertensão Arterial Passado de IAM e/ou AVE Tabagismo Etilismo ICC Valvulopatias Tipo de procedimento (Vascular não periférica>Abdominal>Torácica>Ortopédica) Obesidade/Sedentarismo Índice de Risco Cardíaco Revisado Biomarcadores Peptídeo Natriurético Cerebral Níveis elevados dentro de 30 dias de cirurgia vascular estão associados a desfechos cardiovasculares PCR Tolerância ao exercício Eletrocardiograma Detectar arritmias, sobrecargas, IAM silenciosos (Onda Q patológica) Recomendações ACC/AHA 2014 Sabidamente com alterações morfológicas cardíacas e DAC Fatores de Risco Não fazer em procedimentos de baixo risco Resultados Baixo Risco Cirúrgico (<1% de risco de evento cardiovascular maior) Não há necessidade de complementar avaliação Cirurgia liberada Alto Risco Cirúrgico (>1% de risco de evento cardiovascular maior) Investigar com testes funcionais Teste ergométrico Sensibilidade 70-80% Especificidade 60-70% Atualmente menos indicado Estresse Farmacológico Indicado para pacientes que não conseguem ou tem contraindicação ao exercício Cintilografia com Dipiridamol ECO stress com Dobutamina DOENÇAS PULMONARES Maior causa de morbimortalidade no pós-op; Mais comuns: Infecciosas, asma, DPOC, difusas Diminuição da ventilação Desequilíbrio V/Q Difusão alveolar Objetivo do Anestesiologista: Evitar HIPOXEMIA, HIPERCAPNIA, BRONCOESPASMOS E PRESSÕES INTRATORÁCICAS ELEVADAS DOENÇAS PULMONARES Fatores de Risco para complicação pós-op; Local da Cx; Idade Estado pré-op (escoliose, TBG...) Cx de Urgência Importância da consulta Pré-Anestésica.... Exames complementares DOENÇAS PULMONARES DPOC: Tendência à dessaturação precoce; Bronquite crônica & Enfisema Pulmonar; ASMA: Fatores de risco: uso recente de anti-asmáticos, sintomas recentes, história de IOT por crise. TTO PRÉ OP DAS DÇAS PULMONARES Metas: remover secreções, eliminar infecções agudas e reverter broncoespasmos Importância de Cessar TBG: 1-2 sem: reduzir volume de secreção; 6-8 sem: melhorar função ciliar e mecânica pulmonar, além de reduzir produção de secreção Aquecer gases inspirados na anestesia e hidratação; Tratar Infecções respiratórias agudas; Fisioterapia pré-operatória (mobilizar secreções...); Drogas Usadas Agonistas B²- Adrenérgicas (*); Anticolinérgicos; Metilxantinas; Cromoglicato; Corticosteróides Mais efetivos no TTO da asma; Uso crônico Sd de Cushing Uso por > 6m: Risco de Supressão da supra-renal. ANESTESIA EM PNEUMOPATAS Sedação leve com DBZ; Evitar opioides, se broncoconstrição ou retenção de CO2; Usa lidocaína IV (0,5-1 mg/kg) antes das IOT para diminuir reflexos; Bloqueios espinhais alto Risco de Insuficiência Respiratória (Diminuem capacidade funcional residual, volume de reserva expiratório e capacidade de tossir) Anestésicos Inalatórios produzem broncodilatação; Não usar BNM que libera histamina; DOENÇAS RENAIS Importância dos rins; Avaliação e riscos da anestesia, independente da causa da disfunção renal: Pctes Conservador Pctes em TRS Pctes Tx AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL Anamnese + EF; Exames complementares: EAS Eletrólitos séricos Ureia Creatinina Clearance de creatinina* AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL DRET em TRS: Submetidos à vários procedimentos; Manejo pré-op das alterações decorrentes da DR (anemia, alterações da coagulação....) Dialisar 24h antes do procedimento cirúrgico; Profilaxia para LAMG; Concomitância de HAS, HVE E alto risco para DAC; Risco de HIPERCALEMIA (stress, acidose e transfusão) AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL DRET em TRS: Não há tecnica anestésica mandatória; Considerar fármacos de eliminação renal e por HD; Barbitúricos, BDZ e opioides em doses menores; A. inalatórios podem ser usados (fluretos não são recomendados) Succinil (risco de hipercalemia) Atracúrio eliminação independe da função renal; AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL DR Conservador: Preservar função renal existente (Cuidados para manter perfusão renal e evitar nefrotóxicos) Manutenção de volume intravascular no perioperatório é a melhor estratégia para evitar piora da função renal PVC, PCP, DU “Substâncias protetoras do rim”???? AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL Rins transplantados Considerar a susceptibilidade à infecção (uso de imunossupressores) Evitar monitorização invasiva; Rins TX são mais sensíveis à quedas da pressão dde perrfusão renal. DOENÇAS DO TGI Tem o potencial de causar desequilíbrio em vários sistemas orgânicos (Tu carcinoide, uso de NPT); Ex.: Obstrução intestinal Proximal: Indica-se IOT com pcte acordado ou SR com manobra de Sellick e uso de anti-H2. Espaços fechados contendo gases NÃO USAR N²O; Obstrução Perfuração peritonite septicemia DMOS Sd consumptivas sec neoplasias aumenta morbimortalidade perioperatória. DOENÇAS HEPÁTICAS Fígado (perfusão dupla) recebe 25% do DC; Funções hepáticas; Vários fatores diminuem a perfusão portal; Tanestésicos reduzem o fluxo sanguíneo hepático por queda da PA sistêmica (*). Objetivo: Evitar piora de doenças hepáticas que possa levar o pacte à insuf. Hepática. DOENÇAS HEPÁTICAS Reconhecimento da Doença Hepática: Exame clínico (Sinais de colestase, insuf. Hepatica) Questionar uso de drogas hepatotoxicas; Exames de função hepática; A hepatite é o tipo MAIS IMPORTANTE A SER DIAGNOSTICADA, pois está associada à elevada morbimortalidade em casos de cirurgia. DOENÇAS HEPÁTICAS CIRROSE Hipoxemia refratária a FiO2 elevadas; Prevenir condiçoes que predisponha à encefalopatia; Escore de Child ajuda na classificação do risco cirurgico HEPATITE POR HALOTANO: DOENÇAS ENDÓCRINAS Maior destaque para Doenças: Tireóide e paratireoides; Pâncreas Córtex e medula da supra-renal; DOENÇAS DA TIREOIDE HIPERTIREOIDISMO: Maior risco está associado ao sistema cardiovascular (atenção ao idoso); Tto: DAT (2 – 5 semanas para agir) Iodoradioativo Iodetos (útil no preparo para a cirurgia) BB Somente uma URGÊNCIA justifica anestesia em pcte descompensado. DOENÇAS DA TIREOIDE TIREOTOXICOSE: Causada por estresse cirúrgico ou infecção; EXACERBAÇÃO: taquicardia, hipertermia, hipotensão grave e até coma Após 6 – 18 horas após cirurgia ou intra-op (DD Hipertermia maligna) TTO: BB, cristalóides, controle de temperatura DOENÇAS DA TIREOIDE ANESTESIA NO PCT HIPERTIREOIDEO: Bócio volumoso (VA difícil ideal IOT acordado ); Extubação em nível superficial e atenção aos riscos cirúrgicos; Atentar para risco de hipoparatireoidismo com hipocalcemia e hematomas cervicais; DOENÇAS DA TIREOIDE HIPOTIREOIDISMO: Sintomas inespecíficos; Casos graves (desencadear patologias cardíacas) Deprime função miocárdica (DC e FC) Tto: reposição hormonal COMA MIXEDEMATOSO: Precipitado por infecção, trauma, exposição ao frio e depressores do SNC DOENÇAS DA TIREOIDE ANESTESIA NO PCT HIPOTIREOIDEO: Permanecer em uso do fármaco; São pacientes sensíveis: efeito hipotensor dos anestésicos fármacos que deprimem respiratório Facilidade à ocorrência de hipotermia DOENÇAS DA PARATIREOIDE HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO: Adenoma produtor de CÁLCIO; Cd pré-op AUMENTAR EXCREÇÃO URINÁRIA HIPOPARATIREOIDISMO: Causa: cx da tireoide e paratireoide; Dosagem de cálcio e pesquisar sinais clínicos; DOENÇAS DA SUPRA-RENAL HIPERFUNÇÃO DO CÓRTEX: Excesso de GC (Sd de Cushing): Exógeno Endógeno Preparo pré-op: Fornecer GC HIPOFUNÇÃO DO CÓRTEX: Insuficiência Adrenal: deficiência GC e minelaro. Crise Adrenal precipitada por estresse e infecção Pre-op: Usar GC, corrigir hipovolemia, hiperK e hipoNa. DOENÇAS DA SUPRA-RENAL HIPERFUNÇÃO DO CÓRTEX: Hiperaldosteronismo primário: Preparo pré-op: Melhora do volume intravasc ular Corrigir DHE, FR Uso da espironolactona HIPOFUNÇÃO DO CÓRTEX: Hipoaldosteronismo (raro) DOENÇAS DA SUPRA-RENAL Feocromocitomas: 25-50% das morte ocorrem durante indução anestésica; Descarga catecolaminérgica; Muito associado à NEM Preparo pré-op: Controle Pressórico: Bloqueio alfa-adrenérgico + expansão volêmica (geralmente em 2 semanas) Bloqueio beta, se arritmias presentes. Boa sedação, evitar estimulação simpática, tratar hipotensão e arritmias, medir PAI DOENÇAS DA MEDULA SUPRA-RENAL DOENÇAS DO PÂNCREAS Hiperfunção pancreática: INSULINOMA: Vigiar glicemia e fornecer doses contínuas de glicose; Pctes em NPT (risco de hipoglicemia); Referências MANICA, James Toniolo. Anestesiologia: princípios e técnicas. 3.ed. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 2004.1384 p. Barash P, ClinicalAnesthesia, 8ª. Edição. Editora Lippincott Williams e Wilkins, 2013. OBRIGADA
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