Abordagens Pedagógicas em 'A escola que sempre sonhei'

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PEDAGOGIA 
CAMPUS GOIÂNIA - FLAMBOYANT
Psicologia do Desenvolvimento e Teoria da Aprendizagem
A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir
ELSIANA GOMES MOURA SIMAAN RA: F11FCC9 
ISABELLA PEREIRA SILVA RA: N4667B2
MAYARA ISABELLA ALMEIDA RIBEIRO RA: N530DC5
NAYRA BEATRIZ PEREIRA NUNES RA: F0982J3
Goiânia, GO
10
2019
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PEDAGOGIA 
CAMPUS GOIÂNIA - FLAMBOYANT
Psicologia do Desenvolvimento e Teoria da Aprendizagem
A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir
ELSIANA GOMES MOURA SIMAAN RA: F11FCC9 
ISABELLA PEREIRA SILVA RA: N4667B2
MAYARA ISABELLA ALMEIDA RIBEIRO RA: N530DC5
NAYRA BEATRIZ PEREIRA NUNES RA: F0982J3
Trabalho apresentado como requisito para aprovação na disciplina Psicologia do Desenvolvimento e Teoria da Aprendizagem (PDTA)– 1oe 2º período do Curso de Pedagogia da Universidade Paulista (UNIP) campus Goiânia - Flamboyant.
Orientadora: Prof. Etiene O. S. Macedo 
Goiânia, GO
2019
Sumário 
1. Introdução....................................................................................................... 4
2. Desenvolvimento........................................................................................... 5
2.2 Abordagem humanista...................................................................................5
2.3 Abordagem histórica cultural........................................................................6
2.4 Abordagem construtivista..............................................................................7
2.5 Inteligências múltiplas....................................................................................8
3. Conclusão........................................................................................................9
4. Referências......................................................................................................10
1. Introdução 
No livro de Rubens Alves “A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir”, o autor nos conta a forma de ensino adotada pela escola onde predomina a abordagem humanista. Rubens, autor e educador usam a escola da ponte em Portugal como fontes de observação, nela todos os desejos dos alunos são atendidos, o ensino e centrado no aluno sendo completamente diferente da abordagem tradicional.Em decorrer da leitura identificam-se também outros tipos de abordagens que foram adotadas tais como a abordagem histórica cultural de Paulo Freire, construtivista de Piaget e também a abordagem da inteligência emocional de Daniel Goleman.
Este trabalho foi desenvolvido com objetivo de apresentar e relacionar os tipos de abordagens presentes em trechos no decorrer do livro, mostrando como e o ensino e a aprendizagem das crianças da escola da ponte.
2. Desenvolvimento 
O livro relata a realidade da escola da ponte localizada em vila das aves em Portugal, à escola nasceu com objetivo de respeitar as diferenças, educando os alunos principalmente com amor. A escola e realmente dos sonhos onde os alunos participam das decisões dos planejamentos de aulas, as salas de aula são amplas e com muitos alunos e nem por isso atrapalha a aprendizagem.
Com a leitura do livro e possível refletir que se pode sim ter uma escola dos sonhos e que se tenha os objetivos alcançados de forma flexível e unificadora, onde cada um tem sua melhor capacidade exposta para a construção da escola dos sonhos.
2.2 Abordagem Humanista
A abordagem humanista e um segmento da psicologia onde indica que o ser humano tem o poder da auto realização, onde acredita no ser humano e em sua absoluta totalidade. Segundo MIZUKAMI (2013, P. 3), “o homem não nasce com um fim determinado, mas goza de liberdade plena e se apresenta como um projeto permanente e inacabado. Não é um resultado, cria-se a si próprio”, onde depende do homem sua aprendizagem. Essa abordagem procura olhar o ser humano em suas totalidades, buscando entender cada parte que compõe o indivíduo. A escola da ponte coloca os alunos como centro, suas vontades são atendidas para que tenha melhor desempenho na aprendizagem, nesta escola eles possuem um plano especifico para aprender, onde eles aprendem o que e útil para eles e o que faz sentido para suas vidas. Para eles e perda de tempo aprender o que não será usado, da forma como e os alunos quem decidem. Diferente da forma tradicional que desenvolve a indisciplina, na escola da ponte os alunos não aprendem de forma forçada, as crianças não acham refutável aprender aquilo que não os desperta a curiosidade e a vontade, as aprendizagem são obtidas de forma prazerosa para melhor desenvolvimento. Assim como objetivo da abordagem humanista a escola busca desenvolver as capacidades de cada aluno, tratando os de forma para que eles apresentem e desenvolvam as suas melhores capacidades.
Com a abordagem humanista Rubens Alves faz uma pergunta “por que é que, a despeito de toda pedagogia, as crianças tem dificuldades em aprender nas escolas?” (p. 48), e essa pergunta se tem a resposta pelos próprios exemplos das escolas do Brasil por exemplo, onde seus ensinos são tradicionais e os alunos acabam ofuscados para desenvolver suas habilidades, nesta falta de oportunidade se tem a falta de interesse da maioria dos alunos nas escolas.
2.3 Abordagem Histórica Cultural
O livro “A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir” de Rubem Alves ela retrata de uma escola que o autor conheceu que jamais imaginou que pudesse realmente existir. Se tratando da abordagem histórica cultural para Paulo Freire observando do ponto de vista do mesmo ele retrata que não há um ser que se desenvolva isolado do contexto social e como podemos observar a escola a qual Rubem Alves conheceu retrata exatamente essa questão, apesar de que a base para construção da mesma tenha sido voltada para uma escola de abordagem humanista. Trazendo então para a abordagem histórica cultural a escola da ponte ele se constrói a partir dos aspectos de cada indivíduo onde não são deixados de lado os aspectos sociais, políticos e socioeconômico. Onde essa abordagem vem como uma ferramenta das organizações governamentais, ela chega para favorecer os menos desfavorecidos, buscando encontrar um equilíbrio, para que não sejam deixados para traz. 
A escola da ponte ela veio com o objetivo de capacitar o aluno para o mundo e não para sociedade onde para que não aconteçam os maiores erros das escolas atuais, que e fazer dos alunos futuros seres alienados, onde não se desenvolve a autonomia. Essa escola ensina a tratar das diferenças sociais, culturais como algo normal, que não há diferença no ambiente em que convivem e assim formar a criança para o mundo onde ao se deparar com um problema lá na frente saber lidar e se lembrar daquilo que lhe foi ensinado. A escola da ponte ela trata de ensinar o indivíduo a se tornar uma ser pensante que questione que tenha capacidade de ter senso crítico, de ter opinião e respeitar a do próximo.
O momento que fica bem explicita essa abordagem, e na forma que a sala e organizada são muitos alunos e todos convivem de forma harmônica, respeitando suas diversidades de saberes e capacidades.
2.4 Abordagem construtivista
A Escola que sempre sonhei tem como o objetivo fazer com que o aluno e o professor tenham uma relação amigável, responsável e de confiança, no decorrer dos artigos escritos pelo o autor Rubens Alves onde ele retrata o dia a dia dos alunos e professor da Escola da ponte pode observar e relacionar com a pedagogia construtivista. 
A pedagogia construtivista vai dizer que o aluno aprende tirando suas próprias conclusões e com suas próprias experiências no decorrer da convivência com seus colegas, assim acontece na escola da ponte. Pequenos grupos são formados com alunos que compartilham do mesmo interesse comum sobre uma matéria a qual desejam ter um conhecimento. Os alunos vão se reunir o professor estimula o tempo de 15dias para que e esses alunos planejem um plano de estudo, após o tempo determinado pelo professor passar os alunos irá se reunir com o professor e vão discutir o que aprendeu dessa matéria.
Os trabalhos em grupos para a pedagogia construtivista segundo Piaget são impostas para o processo de aprendizagem dos alunos, por que através desse método os alunos poderão compartilhar suas experiências e com isso construir seu próprio conhecimento, já o professor será somente um mediador o papel dele e auxiliar o aluno com esse processo o aluno estar construindo seu conhecimento através do meio. 
Piaget destaca como parte mais importante de sua teoria os estágios de desenvolvimento onde tem como objetivo o desenvolvimento cognitivo da criança. O estágio operacional concreto cuja faixa etária e dos sete aos onze anos de idade faz com que a criança se torne consciente do sentimento do outro e de alguns eventos externos. As crianças vão se tornando menos egocêntricas, na escola da ponte o autor relata como as crianças são ensinadas a sempre verem o lá do outro sempre tentando ajudar uns aos outros, ou seja, eles vão trabalhar muito com o companheirismo com isso a criança vai ter um pensamento mais lógico ou operacional fazendo com que a criança aprenda a coisas internamente e não só fisicamente. 
O artigo de Rubens Alves sobre a escola que sempre sonhei nos mostra como a escola da ponte ensina os alunos a ter uma visão de mundo melhor de como devem planejar o seu futuro está visão estão ligada ao estágio de desenvolvimento operacional formal cuja faixa etária e dos 12 anos até a fase adulta. 
2.5 inteligências múltiplas 
Antes de refletirmos sobre a relação do livro com as Inteligências Múltiplas, precisamos compreender a definição. Segundo Gardner (1995), "Inteligência é a capacidade de resolver problemas ou criar produtos em um cenário", não existe apenas um tipo de habilidade, o que nos mostra uma crítica ao modelo tradicional de ensino, não é apenas o QI (Habilidade linguística e lógico matemático) que pode definir a inteligência do sujeito. Para Gardner existem oito tipos de inteligências.
Corporal ou sinestésica, Intrapessoal, Interpessoal, Linguística, Lógico matemático, Musical, Naturalista e Inteligência espacial. No livro "A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir", Rubem Alves, compara as escolas como linhas de montagens, onde os conhecimentos e habilidades são definidos, e todos devem seguir. "O resultado da linha de montagem é a produção rápida e controlada de objetos iguais". Muitas vezes nas escolas, é levado em conta apenas um tipo de inteligência, apenas um modo de prova, se não consta em nenhum programa, se não vai cair no vestibular, não serve. Entretanto, Rubem diz que a Escola da Ponte, é uma escola de artesãos, uma escola "retrógrada" que valoriza o fazer e refazer, e no final podem ver olhar feliz e ver seu rosto refletido nas obras. Na Escola da Ponte, as atividades acontecem dentro e fora da sala de aula (aliás, na escola não existe sala de aula, mas ambientes da estudos), a avaliação do aluno é individual e contínua, a cada 15 dias eles propõem uma avaliação, considerando se atingiram ou não os objetivos de aprendizagem que impuseram. Não buscam desenvolver somente uma ou outra habilidade, são estimulados constantemente para o desenvolvimento de novas, quando por exemplo, escutam músicas na sala de trabalho. Por fim, Rubem Alves (2001), conta que levou para a escola, um carrinho feito com lata de sardinha, e perguntou as crianças em que loja se comprava um carrinho assim? Uma menina levantou a mão e disse: "Esse carrinho se compra na loja de mãos" Ela respondeu com Poesia (p.49).
3. Conclusão 
Com a Leitura do livro de Rubens “a escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir”, percebemos que a educação predominante e á humanista , onde a escola é o que os alunos desejam e como ele desejam. A escola se desenvolve a partir da participação de professor e aluno, onde os alunos estão inclusos nas decisões tanto de conteúdos que desejam aprender, mas também como iram aprender, de forma harmônica a aprendizagem tem grandes resultados.
Ao decorrer da leitura fica clara a presença de outras abordagens, tais como a construtivista, histórico cultural, inteligência emocional e múltiplas inteligências.Pode-se dizer que o livro e o oposto da pedagogia tradicional onde o aluno e apenas receptor do conhecimento
A partir de assimilação entre a teoria e a prática, como foi exemplificada no livro, percebe-se que a pedagogia construtivista é uma ótima forma de ensino e aprendizagem, onde se obtém resultados sem a cobrança do mesmo. Tudo que se faz e valorizado buscando despertar a vontade do aluno para mostrar suas habilidades que variam de um para o outro.
Segundo Freire (1996, p.35), “quem forma se forma e reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado”, a necessidade de ter diferenças entre as pessoas presentes em um grupo nos deixa claro a frase de Freire “ não há docência sem discência, pois são essas diferenças que evoluem o processo de ensino e aprendizagem.
4.Referencias 
Psicanálise clinica. Disponível em https://www.psicanaliseclinica.com/abordagem-humanista/
MIZUKAMI, M. G. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 2013.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional. Editorial Kairós, 2012.
ALVES, Rubens. A Escola com Que Sempre Sonhei sem Imaginar Que Pudesse Existir. 1. ed. Campinas: Papirus, 2001.