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Fisiopatologia em uro-ginecologia

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1 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
 SISTEMAS GENITAIS 
Os sistemas genitais humanos apresentam diferenças anatômicas sexuais, sendo importantes para a reprodução humana. 
São responsáveis por produzir novos indivíduos e transferir material genético de uma geração para outra. 
As células reprodutoras são espermatozoide, produzida nas gônadas masculinas – testículos; e óvulo, 
produzida nas gônadas femininas – ovários. 
 
 
Comparação dos sistemas genitais. 
SISTEMA GENITAL MASCULINO 
O sistema genital masculino é constituído por: 
(1) Testículos – gônadas masculinas, responsáveis pela produção da célula reprodutora, espermatozoide, 
e do hormônio masculino, testosterona; 
(2) Sistema de ductos – ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra; 
(3) Glândulas sexuais acessórias – próstata, glândula bulbouretral e vesícula seminal; 
(4) Estruturas de suporte – escroto e pênis. 
 
 
Sistema genital masculino e seus componentes. 
 
2 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
TESTÍCULOS (gônadas masculinas) – pares de glândulas reprodutivas, de formato oval, que produzem 
espermatozoides e hormônios masculinos, principalmente testosterona. Estão suspensos no escroto (bolsa 
músculo-cutânea, capaz de contrair e relaxar; m. dartos – sua contração causa enrugamento do escroto no 
frio, auxiliando os mm. cremasteres a manterem os testículos próximos ao corpo, reduzindo a perda de calor), 
que mantém a temperatura ideal, preservando os espermatozoides. O testículo esquerdo geralmente se 
localiza mais abaixo do que o testículo direto, sendo assim o ducto deferente esquerdo apresenta maior 
comprimento que o do ducto deferente direito. As faces do testículo são lateral e medial; as bordas anterior 
e posterior e as extremidades superior e inferior. Na borda posterior, encontra-se uma formação cilíndrica 
denominada: epidídimo – responsável por armazenar os espermatozoides. 
O testículo é circundado por uma cápsula conjuntiva, fibrosa e resistente, túnica albugínea. Ela se espessa em 
uma crista, passando a formar o mediastino do testículo. 
Os túbulos seminíferos estão presentes nos lóbulos dos testículos, caracterizando-se como ductos finos e 
sinuosos, local onde se formam os espermatozoides. Eles formam uma rede (conhecida como Rede de Haller), 
que terminam em ductos eferentes que são direcionados ao epidídimo. 
 
Testículo. 
EPIDÍDIMO – é um órgão em forma de vírgula, localizado na margem posterior dos testículos, sendo um tubo 
espiralado, chamado ducto epididimal. É nele que ocorre a maturação dos espermatozoides, durante um 
 
3 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
período de 10 a 14 dias, tendo sua mobilidade aumentada. Também os armazena por até um mês ou mais; 
após esse período são ejaculados ou reabsorvidos. 
Formado por: 
(1) Cabeça – parte expandida superior, composta por lóbulos de extremidades espiraladas dos ductos 
eferentes; 
(2) Corpo – maior parte é formada pelo ducto contorcido do epidídimo; 
(3) Cauda – continua com o ducto deferente, ducto que transporta os espermatozoides do epidídimo para 
o ducto ejaculatório, de onde são expulsos pela uretra durante a ejaculação. 
DUCTO DEFERENTE – longo par de tubos, dão continuidade ao epidídimo, que termina unindo-se ao ducto da 
glândula seminal para formar o ducto ejaculatório. Apresenta próximo a sua terminação uma dilatação que 
recebe o nome de ampola do ducto deferente. 
 
Ducto deferente e a ampola. 
DUCTO EJACULATÓRIO 
São tubos delgados que se originam pela união dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferente; 
originam-se perto do colo da bexiga e segue atravessando a parte posterior da próstata. É por esse ducto que 
o sêmen (esperma + secreções da próstata, glândula seminal e bulbouretral) é transportado até a ejaculação. 
VESÍCULA SEMINAL 
Localizada acima da próstata, tem função de elaborar um líquido constituído de frutose (fonte de energia para 
o espermatozoide), prostaglandinas e proteínas de coagulação, de caráter alcalino. Constitui 60% do volume 
de sêmen. Tem importância na neutralização do ambiente ácido da uretra masculina e trato genital feminino, 
para sobrevivência dos espermatozoides. 
PRÓSTATA 
É firme, do tamanho e formato de uma castanha. Tem aproximadamente 4cm e 3cm de espessura. Localiza-
se abaixo da bexiga, envolvendo a porção inicial da uretra. Recoberta por uma cápsula fibrosa, dividida em 
lobos formados pela uretra e ductos ejaculatórios, possui ainda uma parte glandular que representa cerca de 
dois terços. A contração do músculo liso libera o conteúdo da glândula e fornece parte da força de propulsão 
 
4 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
necessária na ejaculação do sêmen. A secreção liberada pela próstata corresponde a 30 a 40% do sêmen, 
ajuda na motilidade dos espermatozoides e sua alcalinidade o protege em sua passagem pelo meio ácido da 
vagina da mulher. 
Vascularização – ramos viscerais das artérias retais média e inferior. 
Inervação – simpática e parassimpática originária do plexo pélvico. 
 
 
Próstata + glândula bulbouretral. 
 
GLÂNDULA BULBOURETRAL 
Formam um par do tamanho de ervilhas, localizadas abaixo da próstata. Tem aproximadamente 1cm (cada), 
drenam a uretra através de um ducto de 2,5 cm. Secretam substância mucoide que cobre o revestimento da 
uretra para neutralizar o pH da urina residual, além de lubrificar a glande em preparação para a penetração. 
URETRA 
Serve como tubo comum para os sistemas urinário e genital. Tem aproximadamente 20cm de comprimento, 
em formato de S, dividida em 3 regiões: 
(1) Parte prostática – 2,5cm da porção inicial que atravessa a próstata. 
(2) Parte membranácea – corresponde a 0,5cm da porção que atravessa o diafragma urogenital. 
(3) Parte esponjosa – porção mais longa, 15cm. Estende-se da margem externa do diafragma urogenital 
ao óstio externo da uretra na glande do pênis. Envolvida por tecido erétil. 
PÊNIS 
Quando distendido serve como órgão da relação sexual, na penetração vaginal. O pênis e o escroto compõem 
os genitais externos masculinos. Com a excitação sexual, torna-se ingurgitado com sangue, que resulta no 
enchimento dos espaços de tecido erétil. 
É dividido em: raiz proximal, fixa ao arco púbico; corpo tubular alongado; e uma parte distal em forma de 
cone, a glande do pênis. 
 
5 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
O corpo do pênis apresenta três colunas cilíndricas, de tecido erétil, mantidas juntas através de tecido fibroso 
e recobertas por pele. Os espaços superiores são denominados corpos cavernosos do pênis, e o corpo 
esponjoso do pênis encontra-se inferiormente, envolvendo a uretra esponjosa. Torna-se firme e ereto quando 
os corpos estão preenchidos por sangue. 
A glande do pênis é a porção terminal, em forma de cone. Formada pela ampliação do corpo esponjoso. A 
abertura da uretra na extremidade da glande é denominada óstio externo da uretra. Apresenta uma fina 
camada de pele, conhecida com prepúcio. 
 
 
Pênis. 
 
 
6 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
SISTEMA GENITAL FEMININO 
Os órgãos genitais femininos incluem: 
(1) Ovários – gônadas femininas, produzem os gametas femininos (ovócitos); 
(2) Tubas uterinas – local onde são transportados os ovócitos para o interior do útero, onde se verifica a 
fertilização; conduz o embrião em desenvolvimento para o útero; 
(3) Útero – onde ocorre a implantação do óvulo e desenvolvimento embrionário; 
(4) Vagina – recebe o pênis e o sêmen ejaculado durante o ato sexual e através dela passa o feto no 
decorrer do parto; conduz as secreções uterinas para fora do corpo 
(5) Vulva ou pudendo feminino: monte do púbis, grandes lábios e pequenos lábios,clitóris, bulbo do 
vestíbulo; 
(6) Glândulas vestibulares – secretam liquido que umedece e lubrifica o vestíbulo da vagina e óstio da 
vagina durante a estimulação sexual e o ato; 
(7) Glândulas mamárias – fazem parte do sistema genital e endócrino; secretam hormônios e leite 
materno para nutrição da criança. 
Os genitais femininos são responsáveis pela produção dos óvulos e da fecundação, dando condições para o 
desenvolvimento do feto. 
 
Sistema genital feminino. 
OVÁRIOS – órgão par, de aproximadamente 3cm de comprimento, 2cm de largura e 1,5 de espessura. Local 
onde se desenvolvem os oócitos (gametas ou células germinativas femininas). Também são glândulas 
endócrinas que produzem importantes hormônios sexuais – estrógeno (secretado pelas células dos folículos 
maduros) e progesterona (secretada pelo corpo lúteo). 
Cada ovário é suspenso por uma prega peritoneal, o mesovário; subdivisão do mesentério maior do útero, o 
ligamento largo. O suprimento sanguíneo se dá pelas artérias ováricas, que se originam nas laterais da parte 
abdominal da aorta. Possuem inervação simpática e parassimpática a partir do plexo ovárico. 
 
7 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
TUBAS UTERINAS – conhecidas como tubas de Fallopius, transportam os ovócitos dos ovários para o útero. 
Tem aproximadamente 10cm de comprimento (cada tuba); posicionadas entre as pregas do ligamento largo 
do útero. Divide-se em quatro regiões: parte uterina, istmo, ampola e infundíbulo. 
(1) Infundíbulo – parte terminal aberta e em forma de funil da tuba uterina, encontra-se próximo ao 
ovário, mas não está fixa. Apresenta franjas, chamadas fímbrias. Possui movimentos ondulatórios que 
captam um ovócito ovulado para dentro da tuba uterina. 
(2) Ampola – dilatação em que se segue a fecundação; 
(3) Istmo – porção menos calibrosa, o ovulo segue até chegar no útero; 
(4) Parte uterina (intramural) – localiza-se praticamente na região do ovário. 
A parede da tuba uterina consiste em 2 camadas histológicas: 
(1) Túnica mucosa – interna, reveste o lume, constituída por epitélio coluna ciliado; 
(2) Túnica muscular – camada média, composta por espessa camada circular de músculo liso e uma 
camada fina longitudinal externa de músculo liso. Contrações peristálticas e a atividade ciliar da 
mucosa movimentam o ovócito ao longo da tuba uterina. 
 
Tuba uterina 
ÚTERO 
Recebe o ovócito fertilizado, proporcionando local para sua fertilização. Possui uma cavidade envolvida por 
uma musculatura espessa com a forma de uma pêra invertida. É um órgão oco, que apresenta na parte media 
um estrangulamento denominado istmo. A parte superior ao istmo corresponde ao corpo, que possui o fundo 
 
8 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
do útero e a inferior constitui a cérvix (colo, responsável pela produção de muco), há um orifício denominado 
óstio do útero. 
Camadas do útero: 
(1) Perimétrio – camada externa; 
(2) Miométrio – camada média; 
(3) Endométrio – camada interna. (Patologia comum – endometriose, caracterizada pela formação do 
endométrio fora da camada interna. Alguns ginecologistas usam a gravidez como estratégia no 
tratamento.) 
VAGINA 
Caracteriza-se como um tubo musculomembranoso, que superiormente insere-se na cérvix do útero. 
Apresenta duas túnicas, uma muscular lisa e outra mucosa interna. A camada mucosa apresenta pregas, 
conhecidas por rugas vaginais, que são importantes na excitação feminina e masculina. Na mulher virgem, o 
óstio da vagina apresenta um diafragma mucoso, denominado hímen. 
GLÂNDULAS VESTIBULARES 
São estruturas pequenas localizadas ao lado do vestíbulo da vagina, que secretam muco, sendo importantes 
na lubrificação do canal vaginal e controle do pH. São: 
(1) Glândula de Skene – glândulas vestibulares menores; 
(2) Glândula de Bartholin – glândulas vestibulares maiores. 
VULVA 
São duas bordas salientes que recebem o nome de lábios maiores e unem-se anteriormente na comissura 
anterior. Os lábios menores são paralelos aos maiores, encontrando-se na comissura posterior, unindo-se ao 
clitóris (formado por tecido esponjoso, semelhante ao pênis masculino, tornando-se cheio de sangue durante 
a excitação). 
 
Vulva 
 
9 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
MAMAS 
Importante função na produção de hormônios e secreção de leite materno. Composto por: 
(1) Corpo da mama; 
(2) Aréola; 
(3) Mamilos; 
(4) Lóbulos – alvéolos mamários (saco onde o leite é produzido); 
(5) Ductos mamários; 
(6) Ampola mamaria. 
 
Mamas 
SISTEMA URINÁRIO 
É o sistema mais antigo conhecido, por ser similar em todos os mamíferos. Responsável por elaborar a urina 
e armazená-la temporariamente até a sua eliminação. Na urina encontra-se substâncias – ácido úrico, ureia, 
sódio, potássio, bicarbonato. 
Composto por: 
(1) Rins; 
(2) Ureteres; 
(3) Bexiga; 
(4) Uretra. 
FUNÇÃO 
▪ Regulação da composição iônica do sangue (controle do sódio, potássio na circulação sanguínea); 
▪ Manutenção da osmolaridade do sangue (auxilia na retenção de liquido); 
▪ Regulação do volume sanguíneo; 
▪ Regulação da pressão arterial; 
▪ Regulação do pH do sangue; 
▪ Liberação dos hormônios; 
▪ Regulação do nível de glicose no sangue; 
▪ Excreção de resíduos e substâncias estranhas. 
 
 
10 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
RINS 
Órgão par, com formato de “feijão”, apresenta face anterior e posterior, bordas lateais e mediais, formando 
o hilo renal. Situados entre a 11ª costela e o processo transverso da 3ª vértebra lombar. Apresenta 
coloração vermelho-parda. 
Estruturas: 
(1) Córtex renal – área avermelhada de textura lisa; 
(2) Medula renal – área marrom-avermelhada profunda. Consiste em estruturas cuneiformes, 
denominadas pirâmides renais. A base aponta para o córtex e a papila renal aponta para o cálice e 
pelve renal. O córtex entre as pirâmides renais é chamado colunas renais. 
(3) Unidade funcional – néfron. A urina é formada e drenada para os ductos papilares. 
 
Rins 
Néfron 
(1) Corpúsculo renal – cápsula glomerular (de Bowman); glomérulo; 
(2) Túbulo renal – túbulo contorcido; alça do néfron (de Henle); túbulo contorcido distal; túbulo coletor. 
 
Néfron 
 
 
11 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
URETER 
São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga, poucos calibrosos, com menos de 6mm de 
diâmetro e 25 a 30cm de comprimento. Apresenta peristaltismo uretral. Divide-se em duas partes – 
abdominal e pélvica. Pelve renal – extremidade superior do ureter, localizada no interior do rim. 
BEXIGA 
Classificada como reservatório temporário de urina, é um órgão muscular oco e elástico, que possui entre 700 
a 800ml. Quando a bexiga está seca, sua superfície interna é rugosa, exceto por uma área na parede posterior, 
sempre lisa (trígono da bexiga), delimitado por três vértices – entrada dos dois ureteres e a saída da uretra. 
A saída da bexiga contem o esfíncter interno, de ação involuntária; inferiormente possui o esfíncter externo, 
de ação voluntária. 
 
Bexiga 
URETRA 
Tubo que conduz a urina ao meio externo, revestido por mucosas (muco) e que se abre para o exterior através 
do óstio externo da uretra. É diferente entre o sistema urinário feminino e o sistema urinário masculino. A 
uretra masculina apresenta dupla curvatura e é dividida em três porções – prostática, membranácea e a 
esponjosa. Apresenta cerca de 20cm, faz parte dos sistemas urinários e reprodutor. Tem função de conduzir 
a urina e o esperma. A uretra feminina é levemente curva, com a concavidade para frente. Seu orifício externo 
fica a frente da abertura da vaginal. Faz parte exclusivamente do sistema urinário, mede cerca de 3,8cm. 
 
 
12 Fisiopatologia em uro-ginecologiae obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
ANATOMOFISIOLOGIA DO ASSOALHO PÉLVICO 
Pelve óssea – porção inferior do tronco, unindo aos MMII. Formada pelos ossos ilíacos, sacro e cóccix. Protege 
os órgãos do sistema reprodutor, urinário e canal digestório. A pelve feminina é mais rasa e mais larga, 
característica devido a passagem do bebê no parto. 
Articulações – sacro ilíaca e sínfise púbica. 
▪ Pelve maior ou falsa – apresenta diâmetro maior, abertura superior 
da pelve. Limitada pelas asas do ilíaco lateralmente, anteriormente 
pela parede abdominal e sínfise púbica, posteriormente pela 
vértebra L5 e S1. Ocupada por vísceras abdominais, ex. colo 
sigmoide; 
▪ Pelve menor ou verdadeira – entre a abertura superior e inferior da 
pelve. Limitadas pelas faces pélvicas dos ossos do quadril, sacro e cóccix. Inclui a cavidade pélvica 
verdadeira e as partes profundas do períneo. Apresenta importante significado obstétrico e 
ginecológico. 
FUNÇÕES 
▪ Sustenta o peso da parte superior do corpo nas posições sentada e pé; 
▪ Transferir o peso do esqueleto axial para o esqueleto apendicular inferior para ficar de pé e caminhar; 
▪ Oferecer fixação para os fortes músculos da locomoção, postura, parede abdominal e assoalho 
pélvico; 
▪ Conter e proteger as vísceras pélvicas e as vísceras abdominais inferiores. 
Tipos de pelve 
▪ Ginecoide; 
▪ Androide; 
▪ Antropoide; 
▪ Platipeloide. 
 
Tipos de pelve 
PERÍNEO 
Região losangular do tronco abaixo do diafragma pélvico, que recobre a abertura inferior da pelve ou saída 
da pelve. 
Divide-se: 
 
13 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
▪ Trígono urogenital – responsável pela elevação do períneo, comprime o introito vaginal, ereção do 
clitóris, manutenção da continência. 
▪ Trígono anal. 
MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO 
▪ Grupo de músculo da parte inferior da pelve; 
▪ Apresentam controle voluntário; 
▪ Forma de rede; 
▪ Importantes para sustentação de órgãos abdominais e pélvicos; 
▪ Estabiliza a pelve na posição ereta e na marcha; 
▪ Essenciais para continências (urinária e fecal); 
▪ Suporte durante a gestação e parto; 
▪ Ação na resposta sexual. 
Apresentam dois diafragmas: 
(1) Diafragma pélvico 
▪ Músculos levantadores do ânus – puborretal, pubococcígeo, iliococcígeo; 
▪ Músculos isquiococcígeos. 
Funções: suporte visceral e esficterianos. 
(2) Diafragma urogenital 
▪ Músculo esfíncter externo da uretra; 
▪ Músculo transverso profundo do períneo; 
▪ Trígono urogenital – m. bulboesponjoso, m. isquiocavernoso, m. transverso superficial do 
períneo. M. esfíncter externo da uretra, m. transverso profundo do períneo; 
▪ Trígono anal – m. esfíncter externo do ânus. 
ARTICULAÇÕES E LIGAMENTOS 
Articulações 
▪ Sacroilíaca; 
▪ Sínfise púbica. 
Ligamentos 
▪ Longitudinal anterior; 
▪ Ileolombares; 
 
14 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
▪ Sacroilíaco; 
▪ Sacroespinhoso; 
▪ Sacrotuberoso; 
▪ Inguinal. 
FISIOLOGIA DO ASSOALHO PÉLVICO 
(1) FIBRAS TÔNICAS TIPO I (60-70%) – TÔNUS E SUPORTE VICERAL 
▪ Contração muscular lenta e prolongada; 
▪ Capacidade oxidativa; 
▪ Mais resistentes à fadiga. 
(2) FIBRAS FÁSICAS TIPO II (30-40%) – CONTINÊNCIAS 
▪ Contração muscular rápida e forte; 
▪ Capacidade glicolítica; 
▪ Fadigam mais rapidamente. 
 
FISIOPATOLOGIA DO ASSOALHO PÉLVICO 
Disfunções do assoalho pélvico 
▪ Incontinência urinária de esforço; 
▪ Aumento da frequência miccional; 
▪ Urgência miccional; 
▪ Prolapsos; 
▪ Incontinência e urgência fecal (flatos); 
▪ Disfunções sexuais. 
Indicações para reabilitação 
▪ Disfunções do assoalho pélvico; 
▪ Opção da paciente; 
▪ Faixa etária baixa/elevada; 
▪ Climatério; 
▪ Grávidas/desejosas de gravidez; 
▪ Puérperas; 
▪ Atletas. 
 
 
 
 
15 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
NEUROFISIOLOGIA DA MICÇÃO 
Bexiga – órgão autônomo constituído por músculo liso (m. detrusor); armazena urina sem esforço, sem dor 
e sem perda involuntária; elimina a urina completa e involuntariamente, sem esforço e sem dor; funciona 
como um sistema de baixa pressão (pressão intra-uretral > pressão vesical). 
Fases da micção 
(1) Armazenamento ou enchimento vesical – ausência de contração do m. detrusor; aumento da 
pressão uretral; 
(2) Esvaziamento ou expulsão da urina – contração do m. detrusor; relaxamento do esfíncter uretral. 
Interação do SNS e SNA (simpático e parassimpático). Responde a circuitos neurológicos e reflexos 
miccionais. 
Níveis de controle 
Córtex cerebral 
▪ Representado pelo lobo frontal; 
▪ Participa da fase de enchimento; 
▪ Centro de controle voluntário da micção; 
▪ Inibição voluntária do m. detrusor. 
Tronco encefálico 
▪ Centro de coordenação entre os vários níveis de controle; 
▪ Organização dos estímulos aferentes e eferentes. 
Núcleos da base 
▪ Modula o tônus da musculatura do esfíncter uretral externo; 
▪ Possui atividade inibidora sobre o m. detrusor. 
Sistema límbico 
▪ Regula o comportamento emocional, estando associado ao ato da micção; 
▪ Alterações emocionais podem causar urgência e aumento da frequência miccional. 
Cerebelo 
▪ Participa da coordenação da atividade motora da musculatura estriada; 
▪ Músculos abdominais da postura e equilíbrio durante a micção. 
Medula sacral – centro sacral ou de ONUF 
 
16 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
▪ Via de transmissão dos estímulos sensoriais aferentes do trato urinário inferior; 
▪ Constitui o arco reflexo simples entre o m. detrusor e o sistema esfincteriano uretral; 
▪ Quando aumenta a atividade da musculatura estriada ocorre ativação das vias inibitórias do m. 
detrusor. 
SNS 
▪ Origina-se da medula sacral; 
▪ Transmissão eferente através do n. pudendo que inerva o assoalho pélvico; 
▪ Contração e relaxamento voluntário do assoalho pélvico, atuando no mecanismo de enchimento e 
esvaziamento da bexiga. 
SNA simpático 
▪ O SNA simpático atua na fase de armazenamento urinário; 
▪ Origina-se em T10-T12 (n. hipogástrico), liberam como neurotransmissor a noradrenalina; 
▪ Atua nos receptores alfa e beta. Os receptores alfa predominam na uretra e quando estimulados 
promovem contração do esfíncter interno da uretra; 
▪ Os receptores beta predominam na bexiga e estimulados relaxam o m. detrusor. 
SNA parassimpático 
▪ O SNA parassimpático atua na fase de esvaziamento urinário; 
▪ Origina-se em S2-S4 (n. pélvico), liberam como neurotransmissor a acetilcolina; 
▪ Estimula os receptores muscarínicos, promove contração do m. detrusor e relaxamento do esfíncter 
interno da uretra. 
FISIOPATOLOGIA DA INCOTINÊNCIA URINÁRIA 
Incontinência urinária – consiste na perda involuntária da urina em quantidade e frequência suficiente para 
causar problema social ou higiênico. 
Continência urinária – mecanismos controladores: 
▪ Ponte; 
▪ Centro cortical (pré-frontal); 
▪ Núcleos da base; 
▪ Cerebelo; 
▪ SNA simpático; 
▪ SNA parassimpático; 
▪ Sistema somático; 
 
17 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
▪ Sistema límbico. 
Terminologias: 
▪ Enurese – qualquer perda involuntária de urina; 
▪ Polaciúria – relatada pela paciente quando revela urinar várias vezes durante o dia; 
▪ Nocturia – quando a paciente acorda, durante a noite, 1 ou mais vezes para urinar; 
▪ Urgência – desejo repentino, dificilmente adiável, de urinar; 
▪ Hesitação – dificuldade de iniciar a micção, resultando em um atraso do tempo entre a micção e a 
vontade de urinar; 
▪ Esforço para urinar – esforço para iniciar, manter e aperfeiçoar a micção; 
▪ Jato fraco – redução da força do jato, em comparação com situações anteriores; 
▪ Sensação de esvaziamento incompleto; 
▪ Gotejamento pós-miccional; 
▪ Sensibilidade ao frio. 
Teoria integral da continência:▪ Os sintomas surgem de alterações teciduais dos elementos de suporte uretral, dos ligamentos e 
MAP; 
▪ A tensão sobre a vagina ativa prematuramente o reflexo miccional, desencadeando contrações 
involuntárias do m. detrusor; 
▪ A continência é resultado da interrelação entre os mecanismos periféricos e centrais; 
▪ Existem muitas outras teorias que tentam explicar a IU; 
▪ A IU deve ser vista como um problema resultante de uma associação de fatores que, atuando de 
forma conjunta, levam a este quadro clínico. 
Fatores de risco: 
▪ Idade avançada; 
▪ Mais frequente no sexo feminino; 
▪ Debilidade de extremidades; 
▪ Cirurgias uroginecológicas; 
▪ Multipolaridade; 
▪ Demência. 
 
 
 
18 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
Fatores envolvidos: 
▪ Integridade anatômica do trato urinário inferior – estruturas, tamanhos, posicionamentos, 
suprimento; 
▪ Mecanismo fisiológicos envolvidos na estocagem e na eliminação da urina; 
▪ Capacidade cognitiva; 
▪ Mobilidade; 
▪ Destreza manual; 
▪ Motivação para ir ao banheiro. 
Classificação – quanto à etiologia 
(1) Estrutural – problemas anatômicos do trato urinário inferior; 
(2) Neurológica 
▪ Bexiga neurogênica hiperativa ou hiperreflexiva – lesão neurológica acima do cone medular de 
T12, tem reflexos segmentares preservados, mas sem regulação dos centros cerebrais 
superiores; pode estar associada a – prostatite, hipertrofia prostática benigna ou uretrite; 
causas – AVE, trauma raquimedular, esclerose múltipla ou diabetes. 
▪ Bexiga neurogênica hipoativa ou hipotônica – lesão de segmentos sacrais S2-S4 ou inervação 
periférica resultando em paralisia flácida; cateterismo vesical; causas – traumatismo, espinha 
bífida ou miolomeningocele. 
(3) Causas secundárias – litíase vesical, cistite intersticial, tumores, enfermidade do aparelho genital 
feminino, patologias anorretais, miogênica (contrações locais). 
Classificação – quanto ao tempo 
(1) Transitória – enfermidade clínica ou cirúrgica; terapia medicamentosa; restrição da mobilidade; 
(2) Crônica – funcional, de esforço, urge-incontinência, transbordamento, mista. 
INCONTINÊNCIA FUNCIONAL 
Não há comprometimento dos mecanismos controladores da micção, mas existe incapacidade em atingir o 
banheiro a tempo de evitar perda da urina. 
▪ Dificuldade física; 
▪ Demência. 
INCONTINÊNCIA DE ESFORÇO 
Perda involuntária da urina durante o aumento da pressão abdominal, na ausência de contração do m. 
detrusor. 
 
19 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
▪ 2º tipo mais frequente em idosas; 
▪ Na mulher pode ser decorrente de dois fatores – hipermotilidade uretral (fraqueza da musculatura do 
assoalho pélvico); deficiência esfincteriana intrínseca (trauma ou doença neurológica); 
▪ Em homens, pode ser por traumas esfincterianos ou neurológicos durante a prostatectomia; 
▪ Sintomas pioram progressivamente; 
▪ Esforços – subir degraus, rir, tossir, espirrar, correr, pular, abaixar-se, levantar peso. 
 INCONTINÊNCIA DE URGÊNCIA 
Súbito desejo de urinar e perda de urina em quantidades moderadas e grandes e volumes residual pequeno. 
▪ Comum em idosos de ambos os sexos; 
▪ Hiperatividade do m. detrusor (fase de enchimento); 
▪ Causas transitórias para instabilidade – processos infecciosos locais; obstrução fecal; próstata 
aumentada. 
INCONTINÊNCIA POR TRANSBORDAMENTO 
Perda de urina frequente em pequenas quantidades, quase intermitente. 
▪ Ocorre em menos de 20% dos idosos; 
▪ Distúrbio neurológico que afeta a contratilidade vesical ou por obstrução anatômica ou funcional da 
via de saída; 
▪ Em homens ocorre por hiperplasia prostática; 
▪ Hesitação; 
▪ Jato fraco; 
▪ Frequência e noctúria; 
▪ Sensação vesical diminuída ou ausente; 
▪ Sensação de esvaziamento incompleto. 
INCONTINÊNCIA MISTA 
Coexistência de mais de um tipo de incontinência. 
▪ Etiologia multifatorial; 
▪ Importante para definição terapêutica; 
▪ Pode ocorrer no período gestacional. 
ANAMNESE 
▪ Queixa principal; 
 
20 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
▪ História clínica; 
▪ Frequência com que ocorre; 
▪ Quantidade da perda; 
▪ O que provoca; 
▪ Tratamentos anteriores. 
Exame físico – inspeção 
▪ Avaliação postural; 
▪ Condições da pele da vulva; 
▪ Avaliação do trofismo; 
▪ Avaliação de distopias; 
▪ Contração voluntária dos MAP; 
▪ Teste de esforço. 
Exame físico – palpação 
▪ Palpação do abdômen; 
▪ Tônus perineal; 
▪ Teste de sensibilidade (avaliação de reflexos); 
▪ Pontos dolorosos; 
▪ Teste do cotonete; 
▪ Testes de força muscular. 
Exames complementares 
▪ Teste do absorvente (PAD Test); 
▪ Stop Test; 
▪ Diário miccional; 
▪ Cones vaginais; 
▪ Perineometria; 
▪ Biofeedback – eletromiografia; 
▪ Estudo urodinâmico; 
▪ Avaliação da qualidade de vida; 
▪ Avaliação da atividade sexual (Questionário de Griss); 
▪ Questionário de incontinência anal (FIQL); 
▪ Exame de urina e urocultura. 
TRATAMENTO 
(1) Clínico (medicamentos) – anticolinérgicos (atividade do m. detrusor) nos casos de bexiga hiperativa; 
estrógenos – favorecer a proliferação do epitélio da uretra; 
 
21 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
(2) Cirúrgico – restabelecer condições anatômicas e fisiológicas normais (indicado para IUE); 
(3) Fisioterapia. 
Qualidade de vida do paciente 
▪ Isolamento social; 
▪ Estresse emocional (depressão); 
▪ Alteração do sono ou do repouso; 
▪ Disfunção sexual ou restrição; 
▪ Limitação ou parada das atividades físicas. 
 
CICLO MENSTRUAL E SUAS ALTERAÇÕES 
Hormônios 
▪ Ativar a síntese de outros hormônios; 
▪ Auxiliar o processo de gametogênese; 
▪ Desenvolvimento e crescimento; 
▪ Manutenção do meio interno. 
Hormônios femininos 
▪ Hormônio de liberação hipotalâmica – GnRH (hormônio de liberação da gonadotrofina); 
▪ Hormônio sexual da hipófise anterior – FSH e LH; 
▪ Hormônios ovarianos – estrogênio e progesterona. 
Receptores hormonais – são macromoléculas celulares as quais os hormônios se ligam para iniciar suas ações; 
cada hormônio tem sua célula-alvo. 
Hormônio de liberação hipotalâmica – GnRH 
▪ Hormônio peptídico; 
▪ Síntese, armazenamento e secreção de FSH e LH; 
▪ Secreção constante e pulsátil. 
Hipófise anterior 
▪ FSH e LH – regulam a secreção de esteroides ovarianos; 
▪ TSH e ACTH – regulam a secreção de glicocorticoides pela suprarrenal; 
▪ GH – estimulação do crescimento linear; 
▪ Prolactina – principal fator para síntese de leite e desenvolvimento das mamas. 
 
22 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
Hipófise posterior 
▪ Armazena e secreta ocitocina – estimula a contração muscular uterina durante o parto e contrai os 
ductos lactífero mamário durante a ejeção do leite. 
▪ Produção hipotalâmica. 
Função dos hormônios gonadotrópicos 
▪ Secreção progressiva – puberdade -> menarca; 
▪ FSH – proliferação das células foliculares ovarianas e estimula a secreção do estrógeno, levando as 
cavidades foliculares a se desenvolver e crescer; 
▪ LH – aumenta ainda mais a screção das células foliculares, estimulando a ovulação. 
Hormônios ovarianos 
▪ Sintetizados no ovário, principalmente a partir do colesterol derivado do sangue; 
▪ São responsáveis pelo desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. 
Estrogênio Progesterona 
Proliferação e crescimento de células especificas no 
corpo, responsáveis pelas características sexuais 
femininas; 
Preparação final do útero para a gravidez; 
Secretado pelo ovário e córtex adrenal; Preparação das mamas para lactação; 
Estradiol, estrona e estriol; Útero – alterações secretoras no endométrio; 
diminui as contrações uterinas; 
Responsável pelo desenvolvimento dos ovários, do 
útero, da vagina, dos grandes e pequenos lábios; 
Tubas de Falópio – aumentoda secreção do 
revestimento mucoso (nutrição do ovo fecundado); 
Tubas de Falópio – aumento do revestimento 
mucoso; 
Mamas – desenvolvimento dos lóbulos e dos 
alvéolos (proliferação e aumento das células 
alveolares), aumento do volume. 
Mamas – crescimento e desenvolvimento do 
aparelho produtor de leite; 
 
Esqueleto – aumento da atividade osteobástica; 
Deposição de gorduras; 
Desenvolvimento de pelos da região púbica e axilas; 
Pele macia. 
 
 
23 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
CICLO MENSTRUAL 
▪ Consiste na maturação do gameta feminino, seguido por sua liberação do ovário (ovulação); de caráter 
cíclico. 
▪ A menarca caracteriza o início da fase reprodutiva (ou menacme). Duração com média de 37 anos, até 
a menopausa. 
▪ Ciclo menstrual regular de 24 a 35 dias, primeiro dia da menstruação denominado como dia 1 do ciclo. 
▪ Duração da menstruação em torno de 3 a 7 dias, com fluxo em torno de 20 a 60ml. 
▪ Caracterizado em 3 fases – folicular, ovulação, lútea. 
▪ Interação entre ovário, hipotálamo e adeno-hipófise. 
 
Ciclo ovariano Ciclo uterino ou endometrial 
Fase folicular – desenvolvimento ordenado do 
folículo dominante; duração de 10 a 14 dias. 
Proliferativa 
Ovulação – ocorre em media de 10 a 14 dias após a 
menstruação; aumento progressivo do estradiol (8 a 
10 dias da oulação); estradiol – feedback positivo LH; 
um pouco antes da ovulação -> pico de estradiol 
seguido pelo pico de LH (maturação do folículo); 
LH – teca granulosa -> progesterona (24h antes da 
ovulação; 
Progesterona -> feedback positivo para estradiol e 
LH; 
Ruptura folicular 16 a 23h após o pico de LH; 
Ovulação -> liberação do ovócito que será colhido 
pela extremidade dilatada da tuba uterina. 
Secretora 
Fase lútea – período desde a ovulação até a 
menstruação; duração de 14 dias. Inicia-se no dia do 
pico do LH; termina na próxima menstruação; 
corresponde ao tempo do corpo lúteo. 
 
 
 
 
 
24 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
ALTERAÇÕES DO CICLO MENSTRUAL 
(1) Duração – hipermenoreia > 5 dias; hipomenorreia < 2 dias; 
(2) Quantidade – menorragia grande perda de sangue (sem alteração na duração); oligomenorreia 
volume escasso; 
(3) Intervalo – opsomenorreia 35 a 45 dias; espaniomenorreia 2 a 3 meses; polimenorreia 21 dias ou 
menos; 
(4) Amenorreia – ausência de menstruação 
▪ Primária – 16 anos, com caracteres sexuais secundários, ou 14 anos sem caracteres 
secundários; 
▪ Secundária – falta de menstruação entre a menarca e a menopausa, no mínimo por 3 ciclos 
consecutivos, ou por 6 meses. 
 SÍNDROME DA TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL (STPM) 
▪ Sinais e sintomas físicos e psicoemocionais; 
▪ Presente na segunda metade do ciclo menstrual (fase lútea/secretora); 
▪ Pelo menos 5 sintomas, em 2 ciclos consecutivos: 
➢ Fadiga e indisposição; 
➢ Cefaleia, náuseas e/ou tontura; 
➢ Distensão abdominal e diarreia; 
➢ Dor nas mamas, na lombar e/ou sacro; 
➢ Retenção hídrica; 
➢ Aumento de peso; 
➢ Alteração de apetite; 
➢ Acnes; 
➢ Depressão, irritabilidade, ansiedade e confusão; 
➢ Dismenorreia. 
DISMENORREIA 
▪ Dor pélvica ou abdominal no período pré-menstrual (cólica pré-menstrual); 
▪ Comum de um a dois após a menarca; 
▪ Primaria – aumento na reprodução de prostaglandina pelo endométrio provoca fortes contrações 
uterinas e isquemia do tecido; 
 
25 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
▪ Secundária – associada a algum distúrbio nos órgãos reprodutivos femininos, tais como ovários, 
anexos uterinos ou no próprio útero. Podem ser por endometriose, mioma, inflamação pélvica e 
outras causas. 
Causas 
▪ Desequilíbrio hormonal; 
▪ Deficiência vitamínica (A, B6, E); 
▪ Predisposição genética; 
▪ Alterações de níveis de prostaglandinas; 
▪ Distúrbios de NT (serotonina e gama); 
▪ Deficiência de endorfinas; 
▪ Baixos níveis de glicose; 
▪ Deficiência de cálcio, magnésio, zinco e cobre; 
▪ Oscilações de hormônios tireoidianos. 
CLIMATÉRIO 
Período de transição entre a fase reprodutiva (menacme) e a fase não reprodutiva (senescência) na mulher; 
tem início em torno dos 40 anos de idade; termina ao redor dos 65 anos. 
Caracteriza-se, fisiopatologicamente, por uma deficiência dos hormônios esteroides ovarianos em 
decorrência da falência funcional dos ovários causada pela exaustão folicular. Durante o climatério ocorre a 
menopausa, com a parada permanente da menstruação, geralmente em torno dos 50 anos (diagnóstico 
retrospectivo). 
FASES DO CLIMÁTERIO 
▪ Pré-menopausa – após os 40 anos, mulheres com ciclos menstruais regulares ou com padrão 
menstrual similar ao da vida reprodutiva. Há diminuição da fertilidade; 
▪ Perimenopausa (transição menopausal) – 2anos antes da última menstruação e se estende até 1 anos 
após. Ciclos irregulares e alterações endócrinas; 
▪ Pós-menopausa – após o último período menstrual até 5 anos depois. 
Sintomatologia 
▪ Apesar de ser um fenômeno fisiológico, o climatério tem consequências potencialmente patológicas, 
de repercussões sistêmicas; 
▪ Sintomáticas – manifestações neurovegetativas; 
 
26 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
▪ Silenciosas – sistema cardiovascular, metabolismo ósseo, SNC e aceleração do processo de 
envelhecimento orgânico. 
Quadro clínico 
São constituídos pelos sintomas neurovegetativos e vasomotores (são resultantes da queda dos níveis 
estrogênicos, sendo característicos do climatério, ocorrendo em cerca de 60 a 85% das mulheres e podendo 
persistir por 15 anos), conhecidos como ondas de calor e fogacho, acompanhados em geral de sudorese, 
palpitações e enxaquecas; 
Outros sintomas: insônia, diminuição da memória, falta de confiança, alteração do humor, ansiedade, 
diminuição da libido, dificuldade de concentração, irritabilidade, depressão e importante instabilidade 
emocional. 
Alterações urogenitais 
▪ Queixas em geral tardias, surgindo muitas vezes vários anos após a menopausa. A frequência e 
intensidade dos sintomas depende, sobretudo, da rapidez com que se instala o hipoestrogenismo; 
▪ Os sintomas mais comuns são prurido vaginal, sensação de ardência, episódios de metrorragia, secura 
vaginal e dispareunia; 
▪ Pode haver sintomas como polaciúria, urgência e incontinência urinaria de esforço. 
▪ Mamas – mais gordura, mais pesadas e pêndulas; 
▪ Vulva – perde gordura e pelos pubianos; 
▪ Clitóris – pode aumentar o tamanho; 
▪ Útero – hipotrofia; 
▪ Ovários e tuba uterina – atrofia. 
Sexualidade – de modo ideal, os profissionais de saúde devem conhecer bem as intervenções para abordagem 
da sexualidade no climatério; 
(1) Reestruturar, esclarecendo a relação entre as emoções e a função sexual; 
(2) Reeducar, informando sobre as mudanças na sexualidade; 
(3) Reenfocar a atenção do paciente para experiências prazerosas e sensuais a fim de encarar as 
mudanças que também ocorrem com o parceiro; 
(4) Refrescar, revitalizando a relação com atitudes como conversar, abraçar, segurar as mãos, beijar, 
dançar. 
Alterações metabólicas/patológicas – são numerosas, podendo ser agrupadas em várias categorias. Entre elas, 
destacam-se: 
▪ Obesidade e doenças cardiovasculares – causa de mortalidade entre mulheres americanas; o 
sobrepeso e a obesidade, fatores causadores desse grupo de doenças, são problemas de saúde pública 
 
27 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
em nível global; o pico de obesidade nas mulheres coincide com a fase climatérica, momento em que 
as estruturas ósseas se encontram fragilizadas em função do hipoestrogenismo; 
▪ Osteoporose – deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, redução da massa óssea a níveis 
insuficientes para a função de sustentação elevando o risco de fraturas; é a mais comum das doençasósseas metabólicas, com alta prevalência no climatério devido a queda da concentração de estrógenos 
circulantes, acentuando a reabsorção óssea; 
▪ Doenças neurodegenerativas (Alzheimer) – ocorre perda da capacidade intelectual e crescente 
inabilidade física, sendo a causa mais frequente de demência do idoso, com incidência crescente após 
os 60 anos, 3:1 de mulheres para homem; ocorre deterioração do tecido cerebral, redução dos 
neurônios e comprometimentos dos neurônios restantes; histórico familiar de demência e 
hipoestrogenismo parecem predispor a doença, cujos portadores podem ser beneficiados pela terapia 
e reposição estrogênica; 
▪ Câncer endometrial e mamário – associam o câncer de mama e a ação dos estrogênios sobre o tecido 
fibroglandular mamário, neoplasia maligna com a maior incidência entre as mulheres, especialmente 
no climatério; ro endométrio submetido a prolongada estimulação estrogênica sem oposição da 
progesterona, pode evoluir hiperplasias que elevam a incidência normal de câncer endometrial de 2 a 
10 vezes. O rastreamento do câncer de ovário é obrigatório no climatério, ocorrência entre 65 e 75 
anos; outros tumores comuns – câncer de colo uterino e câncer de vulva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA 
Introdução 
Estimativa do CA de mama 
▪ 49 casos a cada 100mil mulheres; 
▪ 4ª maior causa de morte geral; 
▪ Mais comum entre 50 e 60 anos (mulheres; 
▪ Maior incidência na raça branca (não tem explicação cientifica maior para isso). 
Progressão da doença 
▪ Pessoas com deficiência ou alterações nos estímulos e fatores de crescimento – vimos que hormônios 
sexuais femininos, principalmente o estrogênio e em alto grau também a progesterona, aumentam a 
proliferação de células secretoras na glândula mamária; o que pode ocorrer é que as mulheres podem 
perder a capacidade fisiológica de desenvolver cels. secretoras. Em algum momento pode ocorrer 
alguma alteração genética e essas células desenvolverem uma invasão no tecido que irriga a glândula 
mamaria (estroma). Risco célula tumoral se mover, afetando sistema linfático, ou outra área, levando 
a formação da metástase. 
▪ Invasão e metastização tumoral. 
▪ Crescimento tumoral lento – gradativo. Os mais raros são o que se desenvolvem de forma muito 
rápida, são mais invasivos e violentos. 
▪ Propagação linfática e vascular – maior risco quando atinge o sistema linfático; metástase (predileção 
por alguns tecidos – ossos, pulmão, fígado, cérebro e ovários). 
Fatores de risco 
▪ Idade – 50/60 anos. Acima dos 60 anos não é comum, e também abaixo dos 40 anos. Quando muito 
jovem a mulher, mais comum ser agressivo; 
▪ Menarca e menopausa – menarca precoce e menopausa tardia. Sua fase reprodutiva é ampliada; 
▪ Nuliparidade – nunca pariram. Proteção ao CA de mama – amamentação, o máximo de tempo possível 
– aumento da proteção; 
▪ Primiparidade tardia – 1ª gestação após os 35 anos; 
▪ Antecedentes pessoais, familiar; 
▪ Hábitos de vida – ativ. física – sedentarismo; obesidade; tabagismo; contraceptivos orais; reposição 
hormonal (aumento da disposição aos hormônios); álcool; alimentação precária. 
▪ Causas ambientais. 
 
29 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
Diagnóstico 
▪ Clínico – anamnese, exame físico, autoexame. 
▪ Por imagem – mamografia (não determina se é benigno ou maligno), US (já indica melhor o aspecto – 
maligno ou benigno), RNM, termografia (avaliação a condição térmica – vermelho (cel. tumoral), etc; 
▪ Biopsia – exame complementar, punção da massa para estudo histológico para identificar malignidade 
ou não; 
▪ Linfonodo sentinela – quando há certeza da necessidade cirúrgica para retirada de CA. Precisa 
descobrir se a via linfática foi acometida. Injeta um contraste na área do tumor, em seguida aguarda 
um tempo, e faz o exame de imagem visualizando as áreas que mais absorveram o contraste. 
Rastreamento do linfonodo. 
 
Exame linfonodo sentinela 
Obs. Nos exames por imagem a massa tumoral delimitada1 tem mais chance de ser benigno, enquanto o 
maligno não apresenta uma delimitação2. 
1. 2. 
Mamografias com indicação de massa tumoral 
 
 
 
30 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
 
Recomendações para rastreamento 
 
Grupo de risco – CA de mama 
Fisiopatologia do CA (carcinogênese) 
Células normais se desenvolvem e conseguem interromper o desenvolvimento a cada ciclo menstrual. Pode 
acontecer que alguma dessas células sofram alterações genéticas (fatores ambientais, pessoais, hábitos) e 
perdem a capacidade de interromper o desenvolvimento. Ela fica produzindo mitoses e meioses formando 
massa tumoral (carcinoma) – células que não param de se desenvolver. 
e 
Fisiopatologia do CA de mama 
 
31 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
 
Saudável Carcinoma 
 
Classificação histológica 
(1) Carcinoma in situ (restrito a uma localidade) – proliferação desordenada no tecido de origem sem sinais 
de invasão do estroma; doença local (restrita ao epitélio); 
(2) Carcinoma ductal in situ – considerada lesão precursora do CA de mama; proliferação de células 
epiteliais malignas que se originam dos ductos mamários e crescem em suas luzes sem romper a 
membrana basal e sem infiltrar o estroma; quase sempre prognóstico favorável. Restrito ao ducto 
mamário. Tratamento tranquilo, cirurgia local. Obs. Pacientes que já tiveram indicação carcinoma 
ductal in situ liga o alerta, pois pacientes com carcinoma maligno tem o histórico de carcinoma 
benigno. 
(3) Carcinoma lobular in situ – neoplasia não-invasiva; originam-se dos lóbulos e ductos terminais da 
mama; detectado mais frequentemente na pré-menopausa, sugerindo influência hormonal no 
desenvolvimento ou manutenção; apresenta maior risco para tumor invasivo. 
(4) Carcinoma ductal infiltrante – tipo mais comum, 70-80% das lesões invasivas; maligno; massa palpável 
de consistência pétrea ao exame clínico; bom prognóstico em caso de carcinoma ductal isolado e 
péssimo em casos de metástase. 
(5) Carcinoma lobular invasivo – pouco frequente, 5-10%; área mal definida, infiltrada, espessada na 
mama; pouca expressão mamográfica – percepção boa do autoexame; prognóstico tende a ser 
favorável. Evolução muito rápida, importante a realização dos exames periodicamente. 
 
 
 
32 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
Definição do CA maligno x CA benigno – encapsulamento – delimitação; crescimento tumoral benigno é mais 
lento, não permite que o corpo reaja como um corpo estranho; o maligno cresce muito rápido, o corpo 
entende que não é normal; morfologia – fases das células em diferentes etapas (maligno); benigno – células 
na mesma fase de desenvolvimento; metástase – formação tumoral equidistante sem ligação com a massa 
tumoral indica malignidade. 
Estadiamento – classificação do CA em escala de gravidade 
Classificação TNM (UICC-2002) – tumores malignos 
a. T – tamanho do tumor; 
b. N – linfonodos regionais; 
c. M – metástase à distância. 
EXTENSÃO DO TUMOR (T) LINFONODOS (N) METÁSTASE (M) 
TX – não pode ser avaliado; NX – não foi possível avaliar; MX – não pode ser avaliado; 
T0 – não há evidência de tumor; N0 – ausência de metástase; M0 – ausência de metástase a 
distância; 
Tis – carcinoma in situ; N1 – metástase em linfonodo 
axilar homo, móvel; 
M1 – metástase à distância. 
T1 – tumor <2 cm; 
T1a – <0,5cm; 
T1b – >0,5 e <1,0 cm; 
T1c – >1 cm e <2,0cm. 
N2 – metástase em linfonodos 
axilares fixos; 
 
T2 – tumor >2cm <5cm; N3 – metástase em linfonodo 
mamária interna homolateral. 
 
T3 – tumor >5cm; 
T4 qualquer tamanho com 
extensão direta à parede torácicaou à pele. 
T4a – extensão a parede torácica; 
T4b – edema ou ulceração; 
T4c – T4a + T4B; 
T4d – carcinoma inflamatório. 
 
 
 
 
33 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
Prognóstico e mortalidade 
Tratamento oncológico 
 
▪ Locoregional – radioterapia, cirurgias; 
▪ Sistêmico – quimioterapia; hormonioterapia; 
▪ Momento – neo-adjuvante; adjuvante, 
Radioterapia 
▪ Planejamento – dosagem; tatuagem; 
▪ Mama residual; 
▪ Plastrão; 
▪ Cadeias de drenagem (FSC e axila); 
▪ Acelerador linear; 
▪ Posicionamento do pcte – com o braço; 
▪ Por feixes externos – braquiterapia; 
▪ 
Quimioterapia no CA de mama – drogas citotóxicas; eliminar o inibir metástases. 
Hormonioterapia – estrogênios dependentes; tamoxifeno – ocupa o receptor do estrogênio; arimidex – 
bloqueia a formação do estrogênio – aromatase. 
Cirurgias no CA 
▪ Conservadoras; 
▪ Mastectomias; 
▪ Linfandenectomia axilar (LA); 
▪ Biopsia linfonodo sentinela; 
 
34 Fisiopatologia em uro-ginecologia e obstetrícia. Isabela Lima, Fisioterapia 2019.1 
▪ Reconstruções mamárias. 
Efeitos adversos das cirurgias 
(1) Linfedema; 
(2) Mama fantasma; 
(3) Alterações posturais; 
(4) Alterações neurológicas; 
(5) Alterações cutâneas; 
(6) Alterações respiratórias. 
A fisioterapia entra com papel primordial no tratamento dos efeitos adversos. Importante no período pré e 
pós-operatório.

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