Buscar

PETIÇÃO TRABALHISTA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA _ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC.
PEDRO LEMOS, brasileiro, casado, inscrito no CPF sob o n. 123.456.789-00, residente e domiciliado na Avenida Brasil, n. 100, bairro Pioneiros, em Balneário Camboriú/SC, CEP 74.000-000, endereço eletrônico por seu advogado, procuração em anexo, com escritório profissional no endereço rua, número, em Balneário Camboriú/SC, CEP, endereço eletrônico, onde recebe notificações e intimações, com fulcro nos artigo 840 da Consolidação de Leis Trabalhistas e  artigo 7 inciso XXIX da Constituição Federal de 1988 propor vem mui respeitosamente a vossa presença apresenta 
RECLAMAÇÂO TRABALHISTA 
Em face de Fundação de Tecnologia do Estado de Santa Catarina, inscrita no CNPJ sob o n. 50.800.400/0001-15, com endereço na Avenida Atlântica, n. 500, Centro, Balneário Camboriú/SC, CEP 74.100-000, endereço eletrônico. 
DOS FATOS 
O Reclamante foi contratado em 02/01/2017 pela Fundação de Tecnologia do Estado de Santa Catarina para exercer as funções de técnico em informática. Seu trabalho consistia em prestar consultoria na área de informática para diversos clientes da Fundação, entidade esta sem fins lucrativos que se destina a propagar o ensino e o desenvolvimento tecnológico para micro e pequenas empresas catarinenses. 
Desde a contratação, exercia suas atividades em sua residência, como avençado por escrito no contrato de trabalho. Tinha que usar seu próprio computador, assim como arcava com os custos de internet de R$ 100,00 (cem reais) por mês, uma vez que isto era indispensável para a realização de suas atividades profissionais.
O trabalhador não tinha horário fixo para exercer suas tarefas, mas tinha que se conectar ao servidor da Fundação para que fosse possível prestar serviços. Para realizar este acesso tinha que inserir login e senha no sistema informatizado. Neste contexto, restou pactuado com seu empregador que a jornada de trabalho seria de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, pelas quais receberia a remuneração bruta mensal de R$ 5.500,00 (cinco mil e quinhentos reais). Entretanto o reclamante sempre laborava mais do que a referida jornada, trabalhando em média 50 (cinquenta) horas por semana.
No dia 31/01/2018 Pedro foi comunicado da sua dispensa tendo trabalhado durante o aviso prévio, ou seja, até o dia 02/03/2018. Neste período foi observada a redução de duas horas na jornada de trabalho. O pagamento das verbas rescisórias foi feito em 09/03/2018, mediante depósito em sua conta bancária. 
Os documentos necessários para o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e para o recebimento do seguro desemprego somente lhe foram entregues em 16/03/2018.
DA JUSTIÇA GRATUITA
A reclamante não possui condições financeiras de arcar com as custas processuais sem prejuízo do próprio sustento como se infere dos documentos em anexo que comprovam a situação de desemprego (CTPS) e saldo negativo em conta bancária, extrato em anexo (§ 4º do art. 790, CLT)
Ademais, percebia remuneração mensal inferior a 40% do teto da previdência social, preenchendo, portanto, os requisitos para concessão do referido benefício.
Assim sendo, requer a concessão das benesses da gratuidade judiciária prevista no art. 790, § 3º da CLT.
DO DIREITO
DAS HORAS EXTRAS
Cumpre ressaltar que segundo a CLT não se pode fazer distinções entre o empregado que presta serviço no local no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado.
Art. 6o Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.
Parágrafo único.  Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo
Parágrafo único.  O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.
Nesse sentido, 
A C Ó R D Ã O
(Ac. 6ª Turma)
GMMGD/rb/vln/jr
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. HOME OFFICE: ENQUADRAMENTO E EFEITOS JURÍDICOS. OUTROS TEMAS: SUBSTITUIÇÃO. ACÚMULO DE FUNÇÕES. HORAS EXTRAS. ADICIONAL NOTURNO. HORAS DE SOBREAVISO. FÉRIAS INTERROMPIDAS. DECISÃO DENEGATÓRIA. MANUTENÇÃO. O teletrabalho e o trabalho em domicílio (home office) tornaram-se freqüentes nas últimas décadas em face da invenção, aperfeiçoamento e generalização de novos meios comunicacionais, ao lado do advento de novas fórmulas organizacionais e gerenciais de empresas e instituições. Isso não elimina, porém, necessariamente, a presença de subordinação na correspondente relação socioeconômica e jurídica entre o trabalhador e seu tomador de serviços, desde que ultrapassado o conceito tradicional desse elemento integrante da relação empregatícia em favor de sua dimensão objetiva ou, até mesmo, em favor do conceito de subordinação estrutural. Dentro deste novo, moderno e atualizado enfoque da subordinação, os trabalhadores em domicílio, mesmo enquadrando-se no parâmetro do home office, podem, sim, ser tidos como subordinados e, desse modo, efetivos empregados. Não obstante, não se pode negar que, de maneira geral, em princípio, tais trabalhadores enquadram-se no tipo jurídico excetivo do art. 62 da CLT, realizando o parâmetro das jornadas não controladas de que fala a ordem jurídica trabalhista (art. 62, I, CLT). Por outro lado, a possibilidade de indenização empresarial pelos gastos pessoais e residenciais efetivados pelo empregado no exercício de suas funções empregatícias no interior de seu home officesupõe a precisa comprovação da existência de despesas adicionais realizadas em estrito benefício do cumprimento do contrato, não sendo bastante, em princípio, regra geral, a evidência de certa mistura, concorrência, concomitância e paralelismo entre atos, circunstâncias e despesas, uma vez que tais peculiaridades são inerentes e inevitáveis ao labor em domicílio e ao teletrabalho. Finalmente, havendo pagamento pelo empregador ao obreiro de valores realmente dirigidos a subsidiar despesas com telefonemas, gastos com informática e similares, no contexto efetivo do home office, não têm tais pagamentos natureza salarial, mas meramente instrumental e indenizatória. Na mesma linha, o fornecimento pelo empregador, plenamente ou de modo parcial, de equipamentos para a consecução do home office obreiro (telefones, microcomputadores e seus implementos, etc.) não caracteriza, regra geral, em princípio, salário in natura, em face de seus preponderantes objetivos e sentido instrumentais. Agravo de instrumento desprovido.
É assegurada constitucionalmente a jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais para os trabalhadores urbanos, sendo que qualquer trabalho acima do fixado na Constituição Federal importará em prorrogação da jornada, devendo o empregador remunerar o serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à hora do normal, consoante prevê o art. 7º da CF, abaixo transcrito. 
"Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;".
Estabelece, também, o art. 58 da CLT: 
"A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite".Art. 59.  A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados;       
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. 
III - os empregados em regime de teletrabalho
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).
Art. 64 - O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se o salário mensal correspondente à duração do trabalho, a que se refere o art. 58, por 30 (trinta) vezes o número de horas dessa duração.
Diante da leitura dos artigos supramencionados, conclui-se que toda vez que o empregado prestar serviços após esgotar-se a jornada normal de trabalho haverá trabalho extraordinário, que deverá ser remunerado com o adicional de, no mínimo, 50% superior ao da hora normal.
No caso em apreço, verifica-se que a Reclamante cumpria diariamente 1 (uma) horas extraordinárias diárias durante o período de vigência do contrato de trabalho, sendo que a Reclamada jamais lhe efetuou o pagamento destas horas extraordinárias e seus reflexos, tampouco em sua rescisão contratual, valores estes que faz jus a Reclamante em receber, conforme demonstrado acima.
Logo, tendo direito há 294 horas x 31,25 = R$ 9. 187,50 (Nove Mil, Cento e Oitenta e Sete Reais e Cinquenta Centavos),
Requer, portanto a condenação do empregador a pagar o valor acima descrito referente a horas extras e seus reflexos.
Nesse sentido,
Tribunal Superior do Trabalho TST : ARR 15996720125010044 
A C Ó R D Ã O
  (8ª Turma)
GMDMC/Ejr/Vb/tp/cp
A) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELA RECLAMADA. 1. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ACIDENTE DO TRABALHO. Não há como divisar ofensa direta e literal ao artigo 2º da Lei nº 8.078/90, porquanto referido dispositivo não cuida da competência da Justiça do Trabalho. Outrossim, ressalte-se que não se conhece da revista pela alegada ofensa ao art. 114 da CF, porquanto a reclamada se olvidou de indicar expressamente o inciso tido como violado, o que não atende aos ditames da Súmula nº 221 do TST. Divergência jurisprudencial inespecífica à luz da Súmula nº 296, I, do TST. 2. HORASEXTRAS. ATIVIDADE EXTERNA. HOME OFFICE. POSSIBILIDADE DE CONTROLE DA JORNADA. O Regional foi categórico no sentido de que o contrato de trabalho da reclamante, além de não fazer nenhuma alusão ao art. 62, I, da CLT, estabeleceu, em sua cláusula 5ª, a obrigatoriedade de horário, além de haver ficha de registro fixando jornada a ser cumprida. Ressaltou, ainda, que a prova dos autos demostrou a possibilidade do controle da jornada na modalidade de trabalho home office, razão pela qual afastou o enquadramento na exceção do art. 62, I, da CLT. Desse modo, em que pese a reclamante realizar atividade externa, não se vislumbra a alegada ofensa ao artigo 62, I, da CLT. Observa-se, por outro lado, que a decisão não está amparada apenas nas regras de distribuição do ônus probatório, mas também nas provas produzidas e valoradas, de modo que não é possível divisar violação direta e literal dos artigos 818 da CLT e 333 do CPC/15. Divergência jurisprudencial inválida. Agravo de instrumento conhecido e não provido. B) RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELA RECLAMANTE. 1. HORAS EXTRAS. ATIVIDADE EXTERNA. HOME OFFICE. JORNADA DE TRABALHO FIXADA. ÔNUS DA PROVA. O Regional, ao fixar jornada de trabalho de modo diverso do pretendido pela empregada, inclusive em relação à fruição do intervalo intrajornada, não simplesmente desconsiderou a suposta presunção que militava em favor da obreira, na forma prevista na Súmula nº 338 do TST, ao contrário, pautou-se pela efetiva prova produzida pelas partes e, diante das peculiaridades do caso, trabalho na modalidade home office, ou seja, trabalho realizado na própria residência do empregado por meio de celular e notebook, entendeu por fixar o início e o final da jornada de trabalho segundo a jornada contratual e de acordo com os cerca de 300 e-mails constantes do acervo probatório, por serem os meios de controles dos quais se valeu o empregador. Aliás, a jornada arbitrada não decorreu de inversão do ônus da prova, em verdade, encontra-se pautada pelos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Diante do exposto, por certo não restaram violados os artigos 62, I, e 74, § 2º, da CLT, muito menos contrariada a Súmula nº 338 desta Corte. Ademais, sequer há falar em fixação da jornada pela regra da OJ nº 233 da SDI-1 do TST, visto que trata de hipótese diversa dos autos. Divergência jurisprudencial inespecífica à luz da Súmula nº 296, I, do TST. Recurso de revista não conhecido. 2. INTEGRAÇÃO DAS COMISSÕES. O Regional consignou expressamente que os documentos juntados aos autos, notadamente os comprovantes de pagamento e recibo rescisório, comprovaram que o valor pago sob a rubrica "comissões" restou integrado à remuneração para todos os efeitos. Diante desse quadro fático, insuscetível de reexame em sede extraordinária a teor da Súmula nº 126 do TST, não há como divisar violação do art. 457 da CLT. Outrossim, o Regional não examinou a controvérsia sob o enfoque do artigo 302 do CPC/73, razão pela qual resta evidente a ausência de prequestionamento nos termos da Súmula nº 297 do TST. Recurso de revista não conhecido. 3. FÉRIAS VENCIDAS. O Regional concluiu que areclamante não conseguiu demonstrar suas alegações no sentido de que teria deixado de usufruir as férias relativas ao período aquisitivo 2008/2009, bem como que, em relação ao interregno 2009/2010, teria gozado, apenas, 10 dias e após o período concessivo. Para tanto, consignou que os documentos juntados aos autos comprovaram o pagamento de férias acrescidas do terço constitucional e o período em que foram fruídas. Diante desse quadro fático, insuscetível de reexame em sede extraordinária a teor da Súmula nº 126 do TST, não há como divisar violação dos arts. 135 e 818 da CLT. Outrossim, o Regional não examinou a controvérsia sob o enfoque do artigo 302 do CPC/73, razão pela qual resta evidente a ausência de prequestionamento nos termos da Súmula nº 297 do TST. Recurso de revista não conhecido.
DAS DESPESAS
O reclamante afirma que arcava com as despesas referente ao pagamento de internet que era essencial para o desempenho de sua atividade, no valor de R$ 100,00 mensal. Preconiza a CLT.
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito.
Logo, requer a condenação do empregador ao pagamento das despesas referente à internet.
14 meses x 100,00 = R$ 1.400,00 (Um mil e Quatrocentos Reais).
DO AVISO PRÉVIO.
O aviso prévio foi cumprido apenas 30 dias, ocorre que para cada 1 ano trabalho o trabalhador terá direito a mais 3 dias para serem acrescido no aviso prévio.
Conforme entendimento, 
Tribunal Superior do Trabalho TST - EMBARGO EM RECURSO DE REVISTA : E-RR 19647320135090009
D E C I S Ã O
A Eg. Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, mediante o acórdão de fls. 148/155 da numeração eletrônica, não conheceu do recursode revista da Reclamante no tocante ao tema -AVISO-PRÉVIO. PROPORCIONALIDADE AO TEMPO DE SERVIÇO. DIREITO DO EMPREGADO E DO EMPREGADOR. BILATERALIDADE-, pois não identificou violação do art. 7º, XXI, da Constituição Federal.
A Reclamante interpõe embargos, sob a égide da Lei nº13.015/2014. Transcreve arestos para demonstrar divergência jurisprudencial (fls. 157/162 da numeração eletrônica).
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Considero satisfeitos os pressupostos extrínsecos de admissibilidade do recurso de embargos quanto à tempestividade e à regularidade de representação processual. Inexigível o preparo.
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
2.1. AVISO-PRÉVIO. PROPORCIONALIDADE AO TEMPO DE SERVIÇO. DIREITO DO EMPREGADO E DO EMPREGADOR. BILATERALIDADE
A Eg. Quarta Turma desta Corte entendeu que:
-O aviso-prévio é obrigação recíproca de empregado e de empregador, em caso de rescisão unilateral do contrato de trabalho, sem justa causa, como deriva do art. 487, caput, da CLT.
Com efeito, a circunstância de o art. 1º da Lei nº 12.506/2011 haver regulamentado o aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço do empregado não significa que não se aplica a referida proporcionalidade também em favor do empregador.
A esse respeito, a própria Lei nº 12.506/2011 reporta-se expressamente ao aviso-prévio de que trata -o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho-, cujo art. 487 alude -à parte- que, sem justo motivo, -quiser rescindir-, aplicando a ambos os sujeitos do contrato de emprego a mesma duração do aviso-prévio.
A nova lei, portanto, somente mudou a duração do aviso-prévio, tomando em conta o maior ou menor tempo de serviço do empregado.
Dessa forma, a meu juízo, afrontaria o princípio constitucional da isonomia reconhecer, sem justificativa plausível para tal discrímen, a duração diferenciada para o aviso-prévio conforme fosse concedido pelo empregador ou pelo empregado.
Isso porque, assim como é importante o aviso-prévio para o empregado, a fim de buscar recolocação no mercado de trabalho, igualmente o é para o empregador, que se vê na contingência de recrutar e capacitar um novo empregado.
Ademais, ainda que assim não se entendesse, o prolongamento do aviso-prévio concedido pelo empregado ao empregador, observada sempre a mesma duração proporcional ao tempo de serviço, não causa prejuízo ao empregado passível de gerar direito à indenização, haja vista o pagamento de salário correspondente aos dias supostamente trabalhados.
Incólume, portanto, o art. 7º, XXI, da Constituição Federal.
Ante o exposto, não conheço do recurso de revista.- (fls. 150/155 da numeração eletrônica)
Consoante o v. acórdão embargado, o aviso-prévio proporcional previsto na Lei nº 12.506/2011 aplica-se, indiscriminadamente, a empregado e empregador.
O aresto proveniente da Eg. Quinta Turma do TST (fls. 158/159 da numeração eletrônica), da lavra do Exmo. Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, demonstra o pretendido conflito de teses, pois, diferentemente do v. acórdão embargado, concluiu que -esta Corte Superior tem se manifestado no sentido de que o aviso prévio proporcional, previsto na Lei nº 12.506/2011, é direito exclusivo do empregado, sendo que a exigência, pelo empregador, de cumprimento do aviso prévio pelo prazo superior a trinta dias, impõe o pagamento dos dias excedentes. Precedentes-.
Ante o exposto, admito os embargos da Reclamante, nos termos do § 1º do art. 2º da Instrução Normativa nº 35/2012 do TST.
Intime-se a Reclamada para apresentar impugnação, querendo.
Publique-se.
Brasília, 30 de maio de 2017.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
JOÃO ORESTE DALAZEN: Ministro Presidente da 4ª Turma
Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (TRT-20) de 13 de Março de 2018
Parte inferior do formulário
RESCISÓRIAS. NÃO CABIMENTO. 3. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SÚMULA 219, I, TST. A Lei nº. 12.506/2011 é clara em considerar a proporcionalidade uma vantagem estendida aos empregados (caput do art. 1º do diploma legal), sem a bilateralidade que caracteriza o instituto original, fixado em 30 dias desde 5.10.1988. A bilateralidade restringe-se ao aviso prévio de 30 dias, que tem de ser concedido também pelo empregado a seu empregador, caso queira pedir demissão (caput do art. 487 da CLT), sob pena de poder sofrer o desconto correspondente ao prazo descumprido (art. 487, § 2º, CLT). Esse prazo de 30 dias também modula a forma de cumprimento físico do aviso prévio (aviso trabalhado): redução de duas horas de trabalho ao dia, durante 30 dias (caput do art. 488, CLT) ou cumprimento do horário normal de trabalho durante o pré-aviso, salvo os últimos sete dias (parágrafo único do art. 488 da CLT). A escolha jurídica feita pela Lei n. 12.506/2011, mantendo os trinta dias como módulo que abrange todos os aspectos do instituto, inclusive os desfavoráveis ao empregado, ao passo que a proporcionalidade favorece apenas o trabalhador, é sensata, proporcional e razoável, caso considerados a lógica e o direcionamento jurídicos da Constituição e de todo o Direito do Trabalho. Trata-se da única maneira de se evitar que o avanço normativo da proporcionalidade se converta em uma contrafacção, como seria impor-se ao trabalhador com vários anos de serviço gravíssima restrição a seu direito de se desvincular do contrato de emprego. Essa restrição nunca existiu no Direito do Trabalho e nem na Constituição, que jamais exigiram até mesmo do trabalhador estável ou com garantia de emprego (que tem - ou tinha - vantagem enorme em seu benefício) qualquer óbice ao exercício de seu pedido de demissão. Ora, o cumprimento de um aviso de 60, 80 ou 90 dias ou o desconto salarial nessa mesma proporção fariam a ordem jurídica retornar a períodos selvagens da civilização ocidental, antes do advento do próprio Direito do Trabalho - situação normativa incompatível com o espírito da Constituição da República e do Direito do Trabalho brasileiros. Recurso de revista conhecido e parcialmente provido.(Processo: RR - 1682-51.2015.5.17.0006 Data de Julgamento: 24/05/2017, Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 26/05/2017)
Portanto requer o pagamento do aviso prévio proporcional.
MULTA DO ART. 477 § 8º
Preceitua a CLT que com a extinção do contrato de trabalho todos os documentos deveram ser entregues até dez dias a conta da extinção do contrato. Ocorre que o aviso prévio terminou no dia 02/03/2018 e os documentos necessários para o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e para o recebimento do seguro desemprego somente lhe foram entregues em 16/03/2018.
Art. 477.  Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo.
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.
Andamento do Processo n. 0001589-05.2011.5.03.0108 - RR - 22/10/2015 do TST
DECISÃO : , por unanimidade: (1) não conhecer do recurso de revista do Reclamante quanto ao tema "Dano moral"; e (2) conhecer do recurso de revista do Reclamante quanto ao tema "Multa do art. 477, § 8º, da CLT", por divergência jurisprudencial, e, no mérito, dar -lhe provimento para condenar a Reclamada ao pagamento da multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT. Rearbitra-se, provisoriamente, o valor da condenação em R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Custas processuais pela Reclamada sobre o valor da condenação, de momento fixadas em R$ 80,00 (oitenta reais).
EMENTA : RECURSO DE REVISTA. JUSTA CAUSA. REVERSÃO EM JUÍZO. VERBAS RESCISÓRIAS. MULTA DO ART. 477, § 8º, DA CLT 
1. A iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho posiciona-se no sentido de que é devida a multa prevista no art.477, § 8º, da CLT, independentemente de a controvérsia haver sido dirimida em juízo, sendo inaplicável apenas quando o empregado der causa à mora no pagamento das verbas rescisórias.
2. Recurso de revista do Reclamante de que se conhece e a que se
1428 dá provimento.
Dessa feita requer o pagamento da multa no valor R$ 6.250,00 (Seis Mil Duzentos e Cinquenta Reais)
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Requer honorários no importe de 250% ou a critério do M. M juízo, sobre o valor a ser pago ao autor, uma vez que preenchido os requisitos legais para sua concessão, conforme prever a CLT.
Art. 791-A.  Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa
DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, 
a) A citação da reclamada para,  querendo comparecer  a  audiência  e  responder  à presente,  sob  pena  do  decreto  de  sua  revelia  e  consequente  aplicação dos  efeitos  da confissão,  presumida,  quanto  à matéria fática.
b) A condenação da Reclamada ao pagamento das seguintes verbas rescisórias:
1.  horas extras excedentes à 44ª semanal, de 02/01/2017 até 02/03/2018 no valor de R$ 9. 187,50 (Nove Mil, Cento e Oitenta e Sete Reais e Cinquenta Centavos), 
2.       reflexos das horas extras em aviso prévio, férias + 1/3, décimo terceiro salário e na multa de 40% do FGTS
3.       R$100,00 (cem reais) por mês relativo ao gasto com internet durante todo o pacto laboral (02/01/2017 até 02/03/2018) no valor de R$ 1.400,00 (Um mil e Quatrocentos Reais).
4.       multa prevista no art. 477, §8º, da CLT no valor R$ 6.250,00 (Seis Mil Duzentos e Cinquenta Reais).
5.  3 (três) dias de aviso prévio no valor de R$ 562,50 (quinhentos e Sessenta e Dois Reais e Cinquenta Centavos
c) Requer o pagamento da multa Requer o pagamento de honorários advocatício no valor de 15% do valor da causa.
d) Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidas no direito, em especial por meio de provas documentais e oitivas pessoal. 
e) Que todos os valores apurados sejam atualizados monetariamente e que corram juros desde a citação.
Valor da causa R$ 23.000,00 (Vinte e três Mil Reais)
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB

Continue navegando