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Termos de Necropsia

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Definições
	TANATOLOGIA
	Do grego tanathos (morte) + logia (estudo).
	MORTE
	Do latim "mors, mortis", de "mori" (morrer).
	CADÁVER
	Do latim "caro data vermis" (carne dada aos vermes)
*
Definições
	TANATOLOGIA
	Estudo da morte (causas, circunstâncias, fenô-menos, repercussões jurídico-sociais).
	MORTE
	Cessação total e permanente das funções vitais (cerebral, respiratória e circulatória).
*
O momento exato da morte
	Longe de se ter um consenso.
	Do ponto de vista biológico, a morte não é um fato único e instantâneo, mas o resultado de uma série de processos, de uma transição gradual. 
	Considerando-se a diferente resistência vital das células, tecidos e órgãos à privação de oxigênio, é um processo que passa por diversos estágios no devir do tempo.
*
Classificação da morte
Quanto à extensão
Celular ou histológica
	Primeiros a morrer: células nervosas
	Últimos a morrer: fâneros (cabelos e unhas).
Anatômica
	Morte do organismo como um todo, seguida da morte dos tecidos.
	
*
Classificação da morte
Quanto à reversibilidade
Aparente
	Estados patológicos que simulam a morte. Inconsciência, batimentos cardíacos e mov. res-piratórios imperceptíveis ou ausentes.
Relativa
	Parada efetiva e duradoura das funções nervo-sas, respiratórias e circulatórias. Reversível por manobras terapêuticas extraordinárias.
Intermédia
	Reaparecem alguns sinais vitais após mano-bras. Pode haver vida artificial por algum tempo.
Absoluta ou real
	Ausência definitiva de todas as atividades bioló-gicas.
*
Classificação da morte
Tipos de morte aparente
Sincopal: A mais freqüente. Perturbações cardiovascu-lares, encefálicas e/ou metabólicas.
Histérica: Letargia e Catalepsia.
Asfíctica: Mecânica ou não mecânica (absorção de CO, cianuretos e venenos metahemoglobinizantes).
Tóxica: Anestesia e uso de morfina ou alcalóides do ópio (heroína) em doses tóxicas.
Apoplética: Congestão e hemorragia na área de uma artéria encefálica. Antecedentes de HA.
Traumática: Quando se produzem outros efeitos gerais simultâneos, como na eletroplessão ou fulguração e nas termopatias e criopatias.
	Causas gerais: Formas terminais de cólera, na eclâm-psia durante o período comatoso e em algumas formas de epilepsia.
*
Classificação da morte
Quanto à causa jurídica
Natural
Conseqüência de um processo esperado e previsível como o envelhecimento natural.
Corolário de uma doença interna, a qual pode ter acontecido e transcorrido sem a intervenção de qualquer fator externo ou exógeno. Strictu senso, não é natural e sim patológica.
*
Classificação da morte
Quanto à causa jurídica
Violenta ou médico-legal
	Causa externa de instalação abrupta (exceto envenenamentos crônicos).
	Pode ser acidental, criminosa ou voluntária.
	Médico-legal, porquanto no seu estudo e apreciação, deve mediar a intervenção médica e judicial, ambas agindo em benefício da segurança coletiva e como tutela dos bens jurídicos da sociedade.
*
Classificação da morte
Quanto à causa jurídica
Morte duvidosa: Súbita e inesperada
	Implica na morte de um sujeito em bom estado de saúde aparente, com agonia breve e que, pelo seu caráter inesperado, desperta dúvidas médico-legais quanto à sua causa jurídica.
	A morte pode ser súbita mas esperada como no caso de úlcera péptica não tratada, que se perfura causando hemorragia fulminante.
*
Classificação da morte
Quanto à causa jurídica
Morte duvidosa: Súbita e inesperada
	Mas quando a patologia do paciente for desco-nhecida da família, essa morte deixa de ser um fato previsível para transformar-se em um fato inexplicável, que a tornará suspeita para eles, exigindo a intervenção do médico-legista.
	É evidente que a conotação de inesperado ou inexplicável de um óbito, é diferente para os populares leigos, que para o médico assisten-te, que sabe da gravidade do caso.
*
Classificação da morte
Quanto à causa jurídica
Morte duvidosa: Súbita e inesperada
	O diagnóstico final pode ser:
Causa (com certeza) da morte
	Achados da necropsia incompatíveis com a vida (ex.: ruptura de aneurisma de aorta).
Causa sugestiva da morte
	Achados da necropsia não incompatíveis com a vida mas, na ausência de outros dados, ex-plicam o óbito (ex.: hipertrofia concêntrica do miocárdio, pneumonia lobar).
*
Classificação da morte
Quanto à causa jurídica
Morte duvidosa: Súbita e inesperada
Causa compatível com a morte
	Decorre da análise da anamnese familiar, existindo ou não achados da necropsia, ou dos exames complementares que possam ser correlacionados com os dados obtidos sobre a doença (ex.: paciente epiléptico, no qual, eventualmente, poderá ser encontrado um tumor cerebral compatível com o óbito). 
*
Classificação da morte
Quanto à causa jurídica
Morte duvidosa: Súbita e inesperada
Causa indeterminada da morte
	Casos em que, nem as informações colhidas, nem os achados da necropsia, apontam para uma causa provável que determinara a morte.
	São as denominadas autópsias brancas.
*
Classificação da morte
Morte súbita e inesperada
Morte duvidosa: Súbita e inesperada
Causa violenta da morte
	Quando mesmo na ausência de dados de anamnese ou de sinais externos de violên-cia, o exame necroscópico acaba revelando uma causa violenta.
*
Classificação da morte
Quanto à causa jurídica
Morte duvidosa: Sem assistência
	Óbito sem testemunhas, em locais isolados ou em pessoas que moram sozinhas.
	Proceder ao exame necroscópico, incluindo o exame toxicológico das vísceras, desde que nenhuma outra causa de morte natural exsurja, quer da perinecroscopia, quer da própria necropsia.
*
Classificação da morte
Quanto à causa jurídica
Morte duvidosa: Morte suspeita
	Mesmo com testemunhas, e com alguns dados de orientação diagnóstica, se mostra duvidosa quanto à sua origem, quer por atitudes estra-nhas do meio ambiente, quer por indícios que impedem descartar a violência (possibilidade de intoxicação, presença de ferimentos, etc.).
	Devemos fazer anamnese familiar, exame das vestes e dos documentos, onde podem encon-trar-se dados de valor (carta de suicídio, bilhe-tes anônimos, contas a pagar, etc.) que ajudam a orientar se estamos em presença de um caso de morte súbita, de causa natural ou violenta.
*
Classificação da morte
Quanto ao processamento
Morte súbita
	Instala-se instantaneamente, havendo entre seu início e fim apenas alguns minutos, não dando tempo para um atendimento mais efetivo.
Morte agônica ou lenta
	Arrasta-se por dias ou semanas após a eclo-são da causa básica.
*
TANATOGNOSE
É a parte da Tanatologia Forense que estuda o diagnóstico da realidade da morte.
O diagnóstico da morte é baseado nos fenôme-nos abióticos (cadavéricos):
	Imediatos
	Consecutivos
	Transformativos
	Conservadores
*
TANATOGNOSE
MOMENTO DA MORTE
Genival Veloso de França
	Morte encefálica
	Compromete irreversivelmente a vida de relação e a coordenação da vida vegetativa.
	Morte cerebral ou cortical
	Compromete apenas a vida de relação.
	É difícil precisar o exato momento da morte por-que ela não é um fato instantâneo, e sim uma se-qüência de fenômenos gradativamente processa-dos nos vários órgãos e sistemas de manutenção da vida.
*
TANATOGNOSE
MOMENTO DA MORTE
Genival Veloso de França
	Atualmente, a tendência é dar-se privilégio à avaliação da atividade cerebral e ao estado de descerebração ultrapassada como indicativo de morte real.
	Será que basta apenas a observação do traça-do isoelétrico do cérebro para se concluir pelo estado de morte? Acreditamos que não.
	A morte não pode ser explicada pela parada ou falência de um único órgão, por mais hierarqui-zado e indispensável que seja.
TANATOGNOSE
MOMENTO DA MORTE
Genival Veloso de França
	A Resolução 1480/97 do CFM, dispõe sobre critérios de constatação da morte encefálica.
	Ausência da atividade motora supra-espinhal
	Apnéia
	Ausência da atividade metabólica cerebral ou
	Ausência de perfusão sangüínea cerebral.
	Assim, só há morte quando existe lesão irrever-sível de todo encéfalo.
TANATOGNOSE
MOMENTO DA MORTE
Genival Veloso de FrançaResumindo: O fato de um indivíduo, com priva-ção irreversível da consciência, manter esponta-neamente a integração das funções vitais (respiração e circulação), demonstra que é uma pessoa viva.
	Tal afirmativa, no entanto, não é o mesmo que manter tecnologicamente um simulacro de vida, prolongar de forma artificial um sofrimento ou insistir no medicalismo obstinado da medicina fútil.
RESOLUÇÃO 1480/97 DO CFM
MORTE ENCEFÁLICA
	Art. 1º. A morte encefálica será caracterizada através da realização de exames clínicos e complementares durante intervalos de tempo variáveis, próprios para determinadas faixas etárias.
	Art. 2º. Os dados clínicos e complementares observados quando da caracterização da morte encefálica deverão ser registrados no 'termo de declaração de morte encefálica' anexo a esta Resolução.
	Parágrafo único. As instituições hospitalares poderão fazer acréscimos ao presente termo, que deverão ser aprovados pelos CRMs da sua jurisdição, sendo vedada a supressão de qualquer de seus itens.
RESOLUÇÃO 1480/97 DO CFM
MORTE ENCEFÁLICA
	Art. 3º. A morte encefálica deverá ser conseqüência de processo irreversível e de causa reconhecida.
	Art. 4º. Os parâmetros clínicos a serem observados para constatação de morte encefálica são: coma aperceptivo com ausência de atividade motora supra-espinal e apnéia.
	Art. 5º. Os intervalos mínimos entre as duas avaliações clínicas necessárias para a caracterização da morte encefálica serão definidos por faixa etária, conforme abaixo especificado:
	de 7 dias a 2 meses incompletos - 48 horas
	de 2 meses a 1 ano incompleto - 24 horas
	de 1 ano a 2 anos incompletos - 12 horas
	acima de 2 anos - 6 horas
RESOLUÇÃO 1480/97 DO CFM
MORTE ENCEFÁLICA
	Art. 6º. Os exames complementares a serem observados para constatação da morte encefálica deverão demons-trar de forma inequívoca:
	ausência de atividade elétrica cerebral ou,
	ausência de atividade metabólica cerebral ou,
	ausência de perfusão sangüínea cerebral. 
Art. 7º. Os exames complementares serão utilizados por faixa etária, conforme abaixo especificado:
acima de 2 A: Um dos exames citados no Art. 6º, alíneas 'a', 'b' e 'c';
de 1 a 2 A: Um dos exames do Art. 6º. Quando optar-se por EEG, serão 2 exames com intervalo de 12 h.;
de 2 meses a 1 A: 2 EEG com intervalo de 24 h;
de 7 dias a 2 meses incompletos: 2 EEG com intervalo de 48 h. 
RESOLUÇÃO 1480/97 DO CFM
MORTE ENCEFÁLICA
Art. 8º. O Termo de Declaração de Morte Encefálica, devidamente preenchido e assinado, e os exames complementares utilizados para diagnóstico da morte encefálica deverão ser arquivados no próprio prontuário do paciente.
	Art. 9º. Constatada e documentada a morte encefálica, deverá o Diretor-Clínico da instituição hospitalar, ou quem for delegado, comunicar tal fato aos responsáveis legais do paciente, se houver, e à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos a que estiver vincu-lada a unidade hospitalar onde o mesmo se encontrava internado.
TANATOGNOSE
PARÂMETROS
Nenhuma respiração espontânea por um mínimo de 60 minutos.
Nenhuma respiração reflexa e nenhuma altera-ção no ritmo cardíaco por pressão ocular ou do seio carotidiano.
EEG isoelétrico, sem ritmo em todas as suas derivações, pelo menos durante 60 minutos.
Dados de laboratório básicos, incluindo estudo eletrolítico e
Divisão da responsabilidade da morte com outros colegas.
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS IMEDIATOS
Aqueles que se seguem à morte, também chamados de presunção:
	Parada cardio-respiratória
	Imobilidade 
	Abolição do tônus muscular
	Ausência de circulação 
	Midríase
	Inconsciência 
	Insensibilidade 
	Palidez
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS IMEDIATOS
Midríase
No vivo, muitas drogas podem causar midríase, tais como anfetaminas, maconha, cocaína, clorofórmio e outras, além de lesões do sistema nervoso.
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
Evaporação tegumentar (desidratação)
Perda de peso (8g/Kg de peso/dia em fetos e RN, e de 10 a 18g/Kg de peso/dia em adultos);
Apergaminhamento cutâneo;
Queda da tensão do globo ocular;
Mancha de Sommer-Larcher;
Opacidade da córnea.
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
Mancha de Sommer-Larcher
Mancha azul-enegrecida da esclerótica, que aparece primeiro no ângulo externo do globo ocular e depois, também, no ângulo interno, nos cadáveres que permaneceram com os olhos abertos depois da morte.
	É conseqüência da desidratação da escleró-tica.
	O processo tem início 2 a 3 h tornando-se negra em 6 horas.
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
	Mancha de Sommer-Larcher e opacidade da córnea
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
	Opacidade da córnea
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
Resfriamento do corpo (Algor mortis)
Tendência ao equilíbrio com o meio ambiente, progressivo e não uniforme.
Velocidade média do resfriamento: 1,5º/h.
Mais lenta nos obesos, nos envoltos em rou-pas, ambientes fechados ou sem circulação de ar, vítimas de insolação, intermação, envene-namento e doenças infecciosas agudas.
Mais rápida em crianças e velhos, doenças crônicas e grandes hemorragias.
A temperatura do cadáver se iguala à do meio ambiente na 24ª hora depois da morte.
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
Rigidez cadavérica (Rigor mortis)
Após a morte há um relaxamento muscular generalizado
A rigidez se inicia 1 a 2 h após a morte, atin-gindo o máximo em 8 h e desfazendo-se 24 h após a morte.
Ordem de aparecimento: face  mandíbula  pescoço  membros superiores e tronco  membros inferiores.
Desaparecimento na mesma ordem.
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
Rigidez cadavérica (Rigor mortis)
Está ligada à incapacidade de ressíntese de ATP, parcialmente suprida pela reserva existente e pelo teor de glicogênio muscular que se converte em ácido lático.
O início do processo é bem variável, na dependência principalmente da reserva de glicogênio do músculo.
Na verdade, rigidez cadavérica se instala simulta-neamente em toda a musculatura.
O que sugere a ordem seqüencial alegada, é a óbvia percepção do fenômeno em primeiro lugar nos gru-pos musculares de menor porte, os de maior volume requerendo inevitavelmente, maior margem de tempo para serem englobados por completo pelo processo.
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
Livores hipostáticos (Livor mortis)
Sem circulação, sob a ação da gravidade, o sangue deposita-se nos pontos de maior de-clive, ou seja, nas regiões inferiores do cadá-ver, exceto nas regiões de pressão.
Constantes, exceto nas grandes hemorragias.
Manchas em forma de placas na pele ou livo-res viscerais nos pulmões, fígado, rins, baço, intestinos, encéfalo.
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
Livores hipostáticos (Livor mortis)
Coloração violácea, exceto na asfixia por CO (vermelha, rósea ou carmim) e no envenena-mento por metahemoglobinizantes (marrom).
Aparecem 2 a 3 h após a morte. Fixam-se em 8 a 12 h.
Permite diagnóstico de alteração da cena do crime.
Nos negros, podem não ser evidenciados.
Diagnóstico diferencial com equimose (ao in-cisar, o livor flui).
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
	Livores de hipostase no dorso 
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
	Livores de hipostase no dorso 
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
	Livores hipostáticos
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
	Livores hipostáticos
Manchas vinhosas que constituem sinal de certeza da morte. Com a parada da circulação, o sangue se deposita na luz dos vasos, nas regiões mais inferiores.
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
	Livores hipostáticos
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
	Livores hipostáticos
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
	Livores hipostáticos
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS
Espasmo cadavérico ou rigidez cataléptica
Fenômeno controverso e raro.
Manutenção da última posição antes de mor-rer. Afeta p. ex., a mão que empunhava um revólver. Mas pode afetar o corpo todo.Se instaura no momento da morte. Mantém-se até a instalação da rigidez muscular.
Aparece nos casos de feridas por arma de fogo, grandes hemorragias cerebrais, fulgura-ção, doenças convulsivantes e asfixias mecâ-nicas, sobretudo na submersão.
*
TANATOGNOSE
FENÔMENOS ABIÓTICOS TRANSFORMATIVOS
Destrutivos
Autólise 
Putrefação 
Maceração
Conservadores 
Mumificação 
Saponificação 
Calcificação 
Corificação
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS
AUTÓLISE
	Fenômeno putrefativo anaeróbico intracelular.
	Há diminuição da oxigenação e nutrição celular, metabolismo anaeróbico, acúmulo de ac. lático, rompimento de lisossomos e liberação de enzi-mas proteolíticas.
	Processo sem participação bacteriana.
	As células mais afetadas são as que possuem mais enzimas (mucosa gástrica, mucosa intesti-nal e pâncreas).
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO
	É o prosseguimento da autólise.
	Ação dos microorganismos e suas toxinas.
	As fases da putrefação:
	Fase de coloração
	Fase gasosa
	Fase coliquativa
	Fase de esqueletização
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)
	Mancha verde abdominal
	Esverdeada, na pele da fossa ilíaca direita. Nos RN e afogados, a mancha verde é torácica. 
	Aparece em 18 a 24h no verão e em 36 a 48h no inverno.
	Atividade bacteriana forma o gás sulfídrico que, combinado com a hemoglobina, forma a sulfo-hemoglobina ou sulfometahemoglobina de cor verde. 
	Esta fase se prolonga por uma semana, quando toda a pele fica verde-enegrecido a negro. A cabeça fica muito negra.
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)
	Pigmentação intra-abdominal 
	Causada por pigmento biliar.
	Enegrecimento de parte das vísceras maciças em contato com o intestino grosso.
*
	Mancha verde abdominal
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)
	Mancha verde abdominal
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE DE COLORAÇÃO)
	Fase de coloração em evolução
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Inicia-se na primeira semana e se estende, apro-ximadamente, por 30 dias.
	Ação de bactérias saprófitas.
	Os gases produzidos pela putrefação (gás sulfí-drico, hidrogênio fosforado e amônia) se infiltram o tecido celular subcutâneo modificando a fisio-nomia e a forma externa do corpo.
	Esta distensão gasosa é mais evidente no abdo-me e nas regiões dotadas de tecidos areolares como face, pescoço, mamas e genitais externos.
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Os próprios gases destacam a epiderme do có-rion, formando extensas flictenas putrefativas, cheias de líquido transudado.
	Perda de fâneros.
	Há decomposição protéica e liberação de com-postos nitrogenados, as ptomaínas (odor desa-gradavel).
	Aumento da pressão abdominal, com prolapso do útero (parto post-mortem), prolapso do reto, elevação do diafragma (compressão pulmonar - saída de sangue pela boca e narinas).
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Aspecto gigantesco: protusão ocular, protusão da língua, distensão dos órgãos genitais mascu-linos, posição de lutador.
	Vísceras maciças com amolecimento, superfície de corte com pequenas cavidades (queijo suíço). 
	Coração amolecido e pardo.
	Pulmões colabados, pardos escuros ou cinza-enegrecido, cavidades pleurais com até 200 ml de líquido pardo-escuro.
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Flictenas putrefativas
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Flictenas putrefativas
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Circulação Póstuma de Brouardel
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Circulação Póstuma de Brouardel 
Vasos subcutâneos, dilatados pela decomposição do sangue e formação de sulfahemoglobina e hematina.
Surge geralmente entre 36 e 48 horas da morte.
Observam-se ainda bolhas na epiderme.
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Circulação Póstuma 
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Circulação Póstuma
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Fase inicial da Circulação Póstuma
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Descolamento epidérmico com gás em seu interior. 
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Destacamento da epiderme
Destacamento da epiderme, sem apresentar reação vital (não ocorreu o extravasamento de serosidade e sangue proveniente da derme).
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Protusão ocular e da língua
As alterações decorrentes da putrefação dependem da temperatura ambiente e das condições anteriores de saúde do indivíduo. No ar é mais rápida que na água e nesta é mais rápida que no solo.
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE GASOSA)
	Fase gasosa em estado avançado
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE COLIQUATIVA)
	Inicia-se no fim do primeiro mês e pode esten-der-se por meses ou até 2 ou 3 anos.
	Amolecimento e desintegração dos tecidos, que se transformam em uma massa pastosa, semilí-quida, escura e de intensa fetidez, que recebe o nome de putrilagem.
	A atividade das larvas da fauna cadavérica (mií-ase cadavérica), auxilia grandemente na des-truição total dos restos de matéria.
	A larvas podem destruir a matéria orgânica do cadáver em 4 a 8 semanas.
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE COLIQUATIVA)
	Fase coliquativa
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE COLIQUATIVA)
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS 
PUTREFAÇÃO (FASE COLIQUATIVA)
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE DE ESQUELETIZAÇÃO)
	Fase que se mescla à coliquativa.
	Final do processo destrutivo cadavérico. 
	O resultado final é o esqueleto livre de partes moles. 
	Início entre a 3ª e a 4ª semana.
	Término: 6 meses.
	Fatores que interferem: clima, ambiente (+ fauna cadavérica), ar livre, inumação, submersão.
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE DE ESQUELETIZAÇÃO)
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO (FASE DE ESQUELETIZAÇÃO)
	Esqueletização
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS
MACERAÇÃO
	Só se observa em feto morto intra-uterinamente.
	Asséptica, pois o feto, morre numa cavidade asséptica (sem bactérias) e cheia de líquido.
	Início: Poucas horas após a morte fetal
	Menor aderência epidérmica: Em 3 a 5 dias, formação de bolhas epidérmicas com líquido avermelhado, coalescência das bolhas, destacamento cutâneo, derme avermelhada exposta, destacamento do couro cabeludo.
*
FENÔM. TRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS
MACERAÇÃO
	Maceração fetal intra-uterina
*
FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
ADIPOCERA OU SAPONIFICAÇÃO
	Fenômeno raro.
	Há transformação da gordura em cera.
	Depende de condições especiais do corpo, da umidade ambiental e de algumas enzimas mi-crobianas que facilitam a reação química.
	Aspecto de cera, consistência untuosa, mole e quebradiça, cheiro rançoso adocicado, colora-ção amarelado, róseo ou acinzentado.
	Pode surgir após a 1ª semana.
	Perceptível aos 3 meses.
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FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
ADIPOCERA OU SAPONIFICAÇÃO
	Necessidade ação bacteriana (principalmente do gênero Clostridium).
	Geralmente limitado a algumas partes do cadáver.
	Predisponentes: obesos, água estagnada e pouco corrente, solo argiloso e úmido, difícil acesso ao ar atmosférico, freqüentemente encontrado em valas comuns.
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FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
ADIPOCERA OU SAPONIFICAÇÃO
FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
ADIPOCERA OU SAPONIFICAÇÃO
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FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
MUMIFICAÇÃO
	Há uma desidratação tão intensa, que nem as bactérias que produzem a putrefação resistem.
	Meio quente,arejado e seco facilita o fenômeno.
	Mais comum nos magros e crianças.
	Peso e volume reduzidos, pele ondulada, endu-recida, aspecto de couro (soa como cartão ao toque), com coloração parda. 
	Pode possibilitar exame de lesões e identifica-ção.
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FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
MUMIFICAÇÃO
	Múmia Guanches de Santo André (Museo Arqueológico del Cabido Insular de Tenerife)
FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
MUMIFICAÇÃO
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FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
MUMIFICAÇÃO
É um tipo de alteração pós morte que detém, em parte, o processo da destruição tissular pela decomposição.
O ressecamento dos tecidos ocorre em condições ambientais de alta temperatura, baixa umidade e boa ventilação. 
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FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
MUMIFICAÇÃO
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FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
MUMIFICAÇÃO
	Endoscopia da “Dama de Kemet”, múmia egípcia do período romano (Museu Egípcio de Barcelona)
FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
MUMIFICAÇÃO
	Radiografia convencional realizada na múmia de Dna. Inês Ruiz de Otarola, Reino de Navarra, século XVI.
FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
CORIFICAÇÃO
	Em cadáveres conservados em urnas metálicas (de zinco galvanizado) hermeticamente seladas.
	O ambiente dentro da urna inibe parcialmente os fenômenos de decomposição.
	A pele do cadáver assume o aspecto, a cor e a consistência uniforme de couro recentemente curtido.
	Começa a observar-se no 1º ano de colocação do cadáver na urna, atingindo o seu máximo no 2º ano.
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FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
CALCIFICAÇÃO
	Fenômeno muito raro.
	Petrificação ou calcificação corporal.
	A forma intra-uterina é a forma mais comum. Ocorre na morte fetal retida (litopédio - criança de pedra).
	Putrefação muito rápida.
	Assimilação de sais calcários pelo esqueleto.
	Resultado de aparência pétrea e grande peso (fóssil).
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FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
CALCIFICAÇÃO
	Litopédio
Lesões animais post-mortem
	Vários animais podem produzir alterações post-mortem.
	Animais de médio e grande porte são respon-sáveis por espalhar fragmentos por uma área considerável.
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Lesões animais post-mortem
	Lesões palpebrais produzidas por formigas 
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Lesões animais post-mortem
	A Entomologia Forense estuda os insetos e respectivas larvas necrofágicas.
Cadáver com cerca de 48 a 72 h do óbito. 
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CRONOTANATOGNOSE
DEFINIÇÃO
	Capítulo da Tanatologia que estuda os meios de determinação do tempo transcorrido entre a morte e o exame necroscópico.
	Serve-se de muitos sinais e métodos.
	Baseia-se nos prazos em que se processam os diversos fenômenos transformativos, destrutivos ou conservadores que podem ser encontrados no cadáver.
	Assim é fácil compreender que a maioria das avaliações apenas possuem valor aproximativo. 
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
Resfriamento do corpo
É um bom sinal para a determinação da hora da morte.
	Sofre influência da temperatura e do arejamen-to do ambiente, assim como da temperatura e do estado nutricional do corpo e das vestes que o cobrem.
	Em ambientes com temperatura entre 5° e 15°, nas primeiras 12 h depois da morte, há uma diminuição de 0,8 a 1°/ h; nas 12 h seguintes o resfriamento é de 0,3 a 0,5° / h.
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
Rigidez cadavérica
Instala-se de cima para baixo e desaparece na mesma ordem.
Depende da causa mortis, da temperatura do cadáver, das vestes, da idade, do estado nutri-cional, da temperatura ambiente, etc.
	O frio acelera a rigidez.
	O calor a retarda.
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
Rigidez cadavérica (algumas regras)
	Regra de Bonnet: Inicia-se logo após a morte, atingindo o total desenvolvimento até a 15ª h e depois desaparece lentamente.
	Regra de Fávero: Inicia-se na 1ªh e se genera-liza entre 2 e 3 h, atingindo o seu máximo após 5 a 8 horas.
	Regra de Niderkorn: Precoce a rigidez que o-corre até a 3ª h; normal entre a 3ª e 6ª h; tardia quando sobrevém entre a 6ª e 9ª h; e muito tardia, quando ocorre depois da 9ª h.
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
Livores cadavéricos
Surgem entre a 2ª e a 3ª h, tornam-se fixos entre a 12ª e a 14ª h.
Desaparecem pela compressão inclusive digi-tal, elemento este que serve para diferenciá-las das equimoses, que são constantes.
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
Nível de potássio no humor vítreo
A quantidade de K aumenta progressivamente, à medida que transcorre o tempo de morte.
Os valores são confiáveis, nos climas quentes, apenas nas primeiras 12 h após o óbito.
Em climas frios, a precisão pode estender-se por 24 horas.
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
Cristais de Westenhöffer-Rocha-Valverde no sangue
Resultam da decomposição das hemácias.
Aparecem por volta do 3º dia da morte.
Desaparecem após o 35º dia após o óbito.
Crescimento do pêlo
Pelos e unhas continuam a crescer.
Os pelos crescem 21 micra/h.
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
As fases da putrefação
	a) Período cromático
	Início com a mancha verde, entre a 18ª e 24ªh.
	A sulfometahemoglobina dá cor verde enegre-cida ao corpo todo até o fim da 1ª semana.
	b) Período enfisematoso
	Inicia-se por volta da 24ª h.
	O edema de face, genitália e Circulação Póstu-ma de Brouardel, aparecem entre 48 e 72 h.
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
As fases da putrefação
	c) Período coliquativo
	Inicia-se no fim da 1ª semana e se prolonga de maneira diversa, conforme o local.
	d) Período de esqueletização
	Começa entre a 3ª e 4ª semanas.
	Mais rápida nos cadáveres expostos.
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
Fauna Entomológica
O estágio da metamorfose dos dípteros, cujas larvas têm atividade necrofágica, permite estabelecer uma cronologia da morte.
Existem estudos adaptando as observações dos autores europeus para o Brasil mas são pouco usados.
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
Estimativa da sobrevivência fetal 
	No encontro de cadáver de recém-nato, a estimativa do tempo de sobrevivência fetal até o óbito pode ter interesse.
	Salientar dificuldades práticas, tendo em vista fatores mesológicos, variabilidade individual e condições do local e do corpo (e.g. vestes).
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
Estimativa da sobrevivência fetal 
	Minutos ou poucas horas no post-parto
	Tumor do parto acentuado, sangue materno sobre o corpo, pele avermelhada coberta por vérnix caseoso, cordão umbilical branco azula-do com perda progressiva do brilho e turgên-cia, estômago com ar, saliva e muco, pulmões com áreas de expansão e atelectasia.
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
Estimativa da sobrevivência fetal 
	Várias horas até 24 horas
	Tumor do parto em fase de absorção, vérnix caseoso ressecado, cordão umbilical achatado e com início da orla de eliminação, evacuação de mecônio, mielinização do nervo óptico.
	24 a 48 horas
	Tumor do parto mais reduzido, descamação epidérmica, cordão bastante dessecado com orla de eliminação quase completa, maior quantidade de mecônio eliminado.
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
Estimativa da sobrevivência fetal 
	48 a 72 horas
	Tumor do parto quase desaparecido, cordão umbilical coriáceo, aumento da descamação epidérmica, inocorrência de mecônio.
	4º a 5º dias
	Sem tumor do parto, cordão umbilical mumifi-cado, intensa descamação epidérmica; mielini-zação completa do nervo óptico.
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CRONOTANATOGNOSE
TÉCNICAS
Estimativa da sobrevivência fetal 
	6º dia
	Queda do cordão umbilical, redução da desca-mação epidérmica, início da obliteração e fi-brose dos vasos umbilicais intra-abdominais.
	Acima de 8 dias
	Diminuição maior da descamação epidérmica, obliteração completa dos vasos umbilicais intra-abdominais e fechamento da CIA (foramen Botalis).
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CRONOTANATOGNOSE
PROVAS DE VIDA EXTRA-UTERINA
	Nos casos de suspeita de infanticídio, torna-se necessário verificar se estamos em presença de uma figura delituosa possível ou de um crime impossível.
	Faz-se necessário saber se a vítima do supos-to infanticídio teria vivido antes do cometimen-to do ilícito ou se, apenas, se tratava de um natimorto, cuja condição não chegou a ser constatada pela mãe antes da prática de seu ato.*
CRONOTANATOGNOSE
PROVAS DE VIDA EXTRA-UTERINA
	No âmbito jurídico, se a pessoa vem à luz viva ou morta, as conseqüências jurídicas serão diferentes em cada caso.
	Exemplos:
	Quando um homem, ao morrer, deixa a mulher grávida e a criança vêm à luz morta, o patrimô-nio do de cujus transmitir-se-á aos herdeiros deste, que poderão ser seus genitores.
	Se, por outro lado, a criança nascer viva e morrer imediatamente após o nascimento, o patrimônio do pai passará aos seus herdeiros, no caso, a mãe da criança.
CRONOTANATOGNOSE
DOCIMASIAS
	São provas destinadas à verificação da vida fetal "extra útero“.
	Podem ser divididas em três modalidades:
	Respiratórias diretas e indiretas;
	Não respiratórias, e
	Ocasionais.
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CRONOTANATOGNOSE
DOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETAS
	1. Prova hidrostática de Galeno
	Realizada em quatro tempos, iniciando-se pela ligadura da traquéia logo após a abertura do cor-po e preparando-se um recipiente grande conten-do água abundante:
	1º tempo: Mergulha-se o bloco das vísceras torá-cicas na água: havendo flutuação houve respira-ção, logo, houve vida.
	2º tempo: Sem retirar o bloco da água, separam-se os pulmões e após secionar os hilos dos ór-gãos observa-se se há flutuação: a interpretação é a mesma do primeiro tempo.
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CRONOTANATOGNOSE
DOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETAS
	3º tempo: Ainda sob a água, separam-se os lobos pulmonares, e se cortam em pequenos fragmentos para verificar o comportamento de cada um deles: se afundam, o pulmão não respirou; caso flutuem, houve respiração.
	4º tempo: Os fragmentos secionados no tempo anterior são espremidos, sempre sob a água, contra a parede do recipiente observando-se a saída de pequenas bolhas de ar junto com sangue; abandonados os fragmentos, estes também vêm à superfície quando, então, a prova se considera positiva.
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CRONOTANATOGNOSE
DOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETAS
	Causas de erro na realização desta prova:
	Putrefação (discutível)
	Insuflação
	Respiração "intra útero“
	Congelação
	Cocção (ação de cozinhar)
	Hepatização
	Atelectasia secundária (expansão incompleta de um pulmão ou parte dele)
	Asfixias mecânicas internas etc.
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CRONOTANATOGNOSE
DOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETAS
	Nestes casos, o exame histológico do órgão pode esclarecer eventuais dúvidas, ao verificar o aspecto histológico do pulmão cujo epitélio de monoestratificado cúbico, quando o órgão não respirou, passará a monoestratificado plano após as primeiras inspirações.
CRONOTANATOGNOSE
DOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS DIRETAS
	2. Tátil de Rojas
	Na palpação interdigital, o parênquima pulmonar dá a sensação de fofura e crepitação, se houve respiração. 
	3. Óptica de Bouchut & Casper
	Observado a superfície do pulmão, tem um as-pecto parenquimatoso quando não houve respi-ração e de mosaico quando houve.
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CRONOTANATOGNOSE
DOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS INDIRETAS
	Verificam se houve respiração, usando para tan-to outros órgãos que não os pulmões.
	1. Docimasia gastrintestinal de Breslau
	Baseia-se na existência de ar no tubo digestivo, ingressado por deglutição toda vez que o feto tenha respirado.
	Após forte ligadura acima do cárdia e na ampola íleo-cecal, secciona-se o tubo digestivo que é, então, retirado e colocado em um recipiente com água. Se flutuar, o feto respirou; se afundar, não houve vida extra-uterina.
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CRONOTANATOGNOSE
DOCIMASIAS RESPIRATÓRIAS INDIRETAS
 	Nos casos em que durante as manobras de res-suscitação houve insuflação de ar no estômago do feto, apenas este órgão flutuará, enquanto que o resto do tubo digestivo afundará na água. 
	2. Docimásia auricular de Wreden-Wendt-Gelé
	Baseia-se na ocorrência de ar dentro do ouvido médio que lá ingressara através da Trompa de Eustáquio desde que o RN tenha respirado. Consiste na punção da membrana timpânica, com a cabeça do feto mergulhada na água. Caso o mesmo tivesse respirado, surgirá uma bolha de ar que sobe até a superfície da água.
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CRONOTANATOGNOSE
DOCIMASIAS NÃO RESPIRATÓRIAS
	São provas que não se baseiam na respiração fetal, mas em outras atividades vitais desenvol-vidas pelo RN, como a deglutição.
	1. Docimasia siálica de Dinitz-Souza
	Consiste na pesquisa de saliva no estômago do feto. A reação positiva é um indicativo de que existiu vida extra-uterina. 
	2. Docimasia alimentar de Bothy
	Consiste na pesquisa de leite ou outros alimen-tos no estômago do feto. Referidos elementos não existem no natimorto. 
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CRONOTANATOGNOSE
DOCIMASIAS NÃO RESPIRATÓRIAS
	3. Docimasia bacteriana de Malvoz
	Os fenômenos putrefativos, no feto natimorto, começam pelos orifícios da boca, nariz e ânus. Nos casos em que o feto teve vida extra-uterina, a putrefação se inicia pelo tubo digestivo e pelo sistema respiratório.
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CRONOTANATOGNOSE
DOCIMASIAS OCASIONAIS
	Não são provas técnicas, mas observações para cuja ocorrência se torna necessário que o feto tenha tido vida extra-uterina.
	1. Corpos estranhos
	Sua presença vias respiratórias implica que o feto tenha feito a sua inspiração.
	2. Sinais de sobrevivência
	Como descamação cutânea, orla de eliminação peri-umbilical, dessecamento e mumificação do cordão umbilical etc.
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CRONOTANATOGNOSE
DOCIMASIAS OCASIONAIS
	3. Lesões traumáticas
	Quando o feto apresenta lesões traumáticas com características inequívocas de terem sido produzidas "intra vitam", é irretorquível que o mesmo teve vida extra-uterina.
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CRONOTANATOGNOSE
LESÕES POST-MORTEM
	Esquartejamento
Inumados apenas a cabeça e as mãos, na tentativa (frustrada) de evitar a identificação.
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CRONOTANATOGNOSE
LESÕES POST-MORTEM
	Esquartejamento
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CRONOTANATOGNOSE
LESÕES POST-MORTEM
	Esquartejamento
CRONOTANATOGNOSE
LESÕES POST-MORTEM
	Esquartejamento
CRONOTANATOGNOSE
LESÕES POST-MORTEM
	Perda post-mortem dos dentes
Cadáver em adiantado estado de putrefação, com larvas de moscas.
Nota-se a perda post-mortem de dentes (alvéolos íntegros).
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CRONOTANATOGNOSE
LESÕES POST-MORTEM
	Perda post-mortem dos dentes
	Alvéolos carbonizados e parcialmente destruídos guardam as formas radicula-res e indicam que as perdas dentárias ocorreram provavelmente post-mortem.
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CRONOTANATOGNOSE
LESÕES POST-MORTEM
	Perda post-mortem dos dentes
À esquerda, remodelação óssea alveolar completa significando perda dentária bem antes da morte.
À direita, alvéolos com margens afiladas e persistência da lâmina cribiforme alveolar, indicando perda dentária provavelmente post-mortem.
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