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MERCADO FINANCEIRO - Exercício de Pesquisa Curso de Administração Professor: Inimá Indio do Brasil Júnior Data: 09 / 2018 1. Qual é a função principal do mercado financeiro e por que é importante que ele seja eficiente? R.: O mercado financeiro atua principalmente na intermediação entre agentes com excesso de recursos (poupadores) e agentes que necessitam desses recursos para desenvolver sua atividade, seja ela produtiva (empresas) ou social (Governo). Em resumo, o mercado financeiro é a “ponte” que liga a poupança ao investimento, que é o combustível indispensável de qualquer economia. Este mercado deve ser eficiente para que as empresas tenham acesso aos recursos mais baratos, tornando o processo produtivo mais eficaz e possibilitando maiores lucros, que serão reinvestidos gerando um círculo “virtuoso”. Um mercado ineficiente funciona como uma “ponte”, onde existe um pedágio muito caro para que a poupança possa atravessá-la e transformar-se em investimento. 2. O que significa o termo spread no processo de intermediação financeira? R.: É a remuneração cobrada pelas instituições financeiras pela prestação dos serviços de intermediação (direta). É, em resumo, a diferença entre as taxas de juros pagas pelos tomadores de recursos e as pagas aos poupadores. Não há spread na intermediação indireta. 3. O que representa o Sistema Financeiro? R.: É o conjunto de instituições e instrumentos presentes no processo de intermediação financeira, cujo objetivo é a conciliação dos interesses de agentes deficitários e superavitários, e a conversão de poupança em investimento. 4. Sabe-se que o Sistema Financeiro Nacional divide-se em dois subsistemas: o normativo e o de intermediação. Como são compostos e para que servem os subsistemas? R.: Subsistema de Intermediação – Instituições bancárias, instituições não bancárias, e demais instituições que atuam direta ou indiretamente na intermediação financeira. Subsistema normativo – Banco Central do Brasil (Bacen), Superintendência de Seguros Privados (Susep), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Conselho Monetário Nacional (CMN) e Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Tem a função de regular e controlar as instituições do Subsistema de Intermediação. Ligados aos dois sub sistemas, estão as instituições especiais: Caixa Econômica Federal (CEF), Banco do Brasil (BB) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 5. O Conselho Monetário Nacional (CMN) é composto por: R.: Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão; Ministro da Fazenda; e o presidente do Banco Central. 6. Apresente algumas funções / atribuições inerentes ao Banco Central: R.: Atuar com Banco dos Bancos. Gerir a dívida pública de emissão do Tesouro Nacional. Executar a política monetária e cambial. Responder pela emissão de moeda. 7. O que é a Susep? R.: Superintendência de Seguros Privados - É uma autarquia vinculada ao Ministério de Fazenda, responsável por regular e fiscalizar as empresas seguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de previdência complementar. 8. O que é a Previc? R.: Superintendência Nacional de Previdência Complementar – É um órgão regulador e fiscalizador. É vinculada ao Ministério da Previdência Social e suas ações recaem sobre as empresas fechadas de previdência complementar. 9. Quais as principais diferenças entre instituições financeiras bancárias e não bancárias? R.: As instituições bancárias são aquelas que podem aceitar depósitos à vista de clientes, o que possibilita a importante característica de criação de moeda pelos bancos comerciais. As instituições não bancárias são aquelas que não podem aceitar depósitos à vista. 10. Segundo a teoria econômica, o que representam os juros? R.: As taxas de juros representam a remuneração de um dos fatores de produção, o capital. 11. Qual é a relação existente entre a taxa básica de juros, definida pelo Copom, e aquelas praticadas pelos bancos no processo de intermediação financeira? R.: As taxas praticadas pelos bancos são formadas a partir de taxa básica, acrescidas de um prêmio, o spred bancário. 12. Quais são os fatores que influenciam na formação das taxas de juros nas instituições financeiras? R.: A tributação, lucro dos bancos, a taxa de inadimplência, a posição de caixa das instituições financeiras, a política monetária praticada pelo governo e o custo futuro do dinheiro. 13. É possível reduzir a taxa de juros cobrada pelos bancos sem reduzir a taxa Selic? De que forma? R: Sim. Basta que um dos fatores que formam o spreed bancário seja reduzido. Essa redução poderia ser na alíquota do compulsório, nos impostos, na taxa de inadimplência ou pela maior concorrência do setor que forçaria as instituições a reduzir seus custos ou sua margem de lucro. 14. Apresente alguns objetivos da política monetária: R.: Controle de Inflação; Prover a devida liquidez à economia; & Controlar o nível de taxa de juros. 15. A que denominamos ‘base monetária’? R.: É o total de papel-moeda em poder do público, somado às reservas dos bancos comerciais. 16. Cite uma maneira do Banco Central intervir no poder de criação de moeda dos bancos: R.: Através do depósito compulsório. 17. Quando o Bacen deseja adotar uma política monetária restritiva, o que ele deve fazer com o depósito compulsório e por que? R.: Ele deveria aumentar o percentual de recolhimento do depósito compulsório para que uma parcela maior dos recursos depositados nos bancos não possa ser devolvida ao mercado sob a forma de empréstimos, reduzindo, dessa forma, o poder de multiplicação de moeda pelos bancos. 18. O que é o Open Market? R.: É uma operação de compra e venda de títulos do Tesouro Nacional pelo Banco Central, utilizada para ajustar diariamente a liquidez dos meios de pagamento. 19. Qual é a remuneração de um título público pós-fixado? Qual é o maior problema enfrentado pelo Tesouro Nacional quando sua dívida pública está muito concentrada em títulos pós-fixados? R.: A remuneração é a taxa Selic. O problema maior pelo fato de a dívida estar predominantemente pós-fixada é que qualquer elevação da taxa de juros como instrumento de política monetária afetará imediatamente sua dívida, elevando seu estoque, sua velocidade de crescimento e prejudicando a relação dívida/PIB. 20. Apresente os instrumentos clássicos de política monetária: R.: Emissão de moeda; Controle da taxa de juros; Operações de redesconto; Open Market; & Taxa de depósito compulsório. 21. Quando podemos dizer que a política monetária adotada pelo Banco Central é ativa ou passiva? R.: A política monetária é dita ativa quando o Bacen controla a base monetária e deixa flutuar a taxa de juros; inversamente, a política monetária é passiva quando o Bacen controla a taxa de juros e deixa flutuar a base monetária. 22. Cite algumas consequências do aumento dos juros na economia: R.: Retração da demanda; Aumento da demanda do público por títulos; & Redução o investimento produtivo. 23. Elevar a taxa de juros básica da economia pode ser um instrumento eficiente de política econômica para atingir quais objetivos? R.: Controlar a inflação; Captar recursos para financiar os gastos públicos; & Conter o crédito e consequentemente, a demanda agregada. 24. Quais são os instrumentos utilizados pelo governo federal para financiar seu déficit? R.: Para financiar déficits passados, o governo federal possui como instrumentos a privatização, a emissão de moeda e a emissão de títulos. Para evitar déficits futuros, além desses instrumentos, o governo federal pode também cortar gastos e/ou aumentar os impostos, elevando a carga tributária. 25. Permitir o ajuste automático dos preços relativos da economia diante de mudanças nos fundamentos econômicos do país e preservar as reservas cambiaisdo país, são características de qual regime cambial? R: Flutuante. 26. Apresente algumas consequências de uma significativa desvalorização cambial: R.: Aumento da inflação, via pressão sobre os custos; Incentivo às exportações; & Redução das importações. 27. Cite algumas causas da apreciação cambial: R.: Aumento dos IDE (Investimentos Diretos Externos) líquidos; & Resultado positivo no Balanço de Pagamentos. 28. Qual a consequência de se financiar a dívida pública com emissão de moeda? R.: Inflação. 29. Apresente as definições dos tipos de inflação: R: Inflação de Demanda – refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços na economia. É causada pelo crescimento dos meios de pagamento, que não é acompanhado pelo crescimento da produção. Ocorre apenas quando a economia está próxima do pleno-emprego, ou seja, não pode aumentar substancialmente a oferta de bens e serviços a curto prazo. Inflação de Oferta (Custos) – tem suas causas nas condições de oferta de bens e serviços na economia. O nível da demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores importantes aumentam, levando à retração da oferta e provocando um aumento dos preços de mercado. Inflação Inercial – é a aquela em que a inflação presente é uma função da inflação passada. Se deve à inércia inflacionária, que é a resistência que os preços de uma economia oferecem às políticas de estabilização que atacam as causa primárias da inflação. Seu grande vilão é a "indexação", que é o reajuste do valor das parcelas de contratos pela inflação do período passado. Inflação Estrutural – a corrente estruturalista supunha que a inflação em países em vias de desenvolvimento é essencialmente causada por pressões de custos, derivados de questões estruturais como a agrícola e a de comércio internacional. 30. Considerando-se que existam reservas cambiais suficientes, poderá haver substituição de produtos nacionais por importados em qual situação? R.: Se a inflação interna for proporcionalmente superior à externa, com câmbio fixo, numa economia aberta. 31. Quais as principais características da caderneta de poupança, sob o ângulo de investimento para pessoa física? R.: É o investimento mais seguro e popular disponível no mercado brasileiro, que oferece remuneração de 6% a.a. + TR, capitalizados mensalmente; é isenta de imposto de renda; possui garantia do governo federal para valores de até R$ 5 mil por poupador, em cada instituição financeira; por dispor dessa garantia de liquidez imediata, a poupança tem a menor remuneração entre os ativos de renda fixa disponíveis no mercado. 32. O que são CDB e RDB, e o que os deferência entre si? R.: São mecanismos de captação utilizados por bancos comerciais e consistem numa promessa de pagamento dos recursos captados, numa data pactuada acrescido de remuneração, os juros. Os CDBs podem ser transferidos de um investidor para outro, enquanto que os RDBs são intransferíveis. 33. O que são Comercial Papers (notas promissórias) e quais são suas principais características? R.: São títulos de capitação de recursos de curto prazo emitidos por pessoas jurídicas não financeiras; sua remuneração é prefixada, podendo ser “swapada” com a própria empresa se o investidor desejar remuneração pós-fixada; seu prazo varia entre 30 dias, no mínimo, e 180 ou 360 dias, no máximo, dependendo da forma de constituição de sociedade emissora. 34. Como se classificam as debêntures, segundo suas garantias? R.: Segundo suas garantias, as debêntures classificam-se em Reais – garantidas por bens móveis ou imóveis oferecidos em penhor ou hipoteca pela empresa emissora da debênture, por seu conglomerado ou por terceiros. O montante da emissão não pode ultrapassar 80% dos valor total dos bens oferecidos como garantia. Flutuantes – possui o privilégio sobre os bens que compões o ativo da empresa emissora. O montante da emissão é limitado a 70% do valor contábil do ativo da emissora, líquido de suas dívidas garantidas por direitos reais sobre bens de sua propriedade. Quirográficas – não oferecem aos debenturistas nenhuma espécie de garantia ou preferência no caso de liquidação da empresa. O montante da emissão é limitado ao capital social da empresa. Subordinadas – também não oferecem aos debenturistas nenhuma espécie de garantia ou preferência no caso de liquidação da empresa. A diferença em relação às quirográficas consiste na inexistência de limite para emissão. Covenants – obrigações negociadas entre debenturistas e empresa emissora para garantir o pagamento da dívida. Fidejussórias – fiança que, geralmente, é prestada pelos acionistas da empresa emissora para garantir o pagamento das debêntures. 35. O que é um agente fiduciário? R.: É um agente que atua em uma emissão de debêntures com a finalidade de representar os debenturistas, protegendo seus direitos e interesses, exigindo que a empresa cumpra todas as cláusulas da escritura de emissão. 36. O que são e como são negociados os Títulos Públicos Federais? R.: São instrumentos, títulos de dívida, emitidos pelo Tesouro Nacional e utilizados pelo governo na condução das políticas fiscal e monetária. São negociados por meio dos mercados primários e secundários. No primeiro, o Banco Central oferta títulos do Tesouro ao mercado com a realização de leilões; o mercado secundário representa qualquer negócio realizado com estes ativos posteriores, incluindo as operações de mercado aberto (Open Market). 37. O que representam as ações? R.: As ações representam a menor parte em que se subdivide o capital de uma sociedade anônima. 38. Como se classificam as ações, segundo os direitos conferidos a seus proprietários? R.: Ordinárias: garantem a seus possuidores o direito de voto nas assembleias dos acionistas. Preferenciais: garantem a seus detentores preferências no direito ao rendimento de dividendos em relação às ações ordinárias; não têm direito a voto. 39. Quais os principais eventos na forma de proventos, relacionados às ações? R.: Dividendos e juros sobre capital próprio. 40. Quais os principais eventos na forma de direitos, relacionados às ações? R.: Subscrição, bônus de subscrição, bonificação, desdobramento, agrupamento e a recompra de ações. 41. De que forma uma empresa pode ter suas ações negociadas em outro país? R.: A empresa emite Depositary Receipts (DR) em outro país, com lastro em ações da própria empresa, emitidas ou recompradas do mercado doméstico. 42. O que são ADRs? Como se classificam? R.: ADRs são os DRs negociados nos Estados Unidos. São classificados em níveis 1, 2 e 3. 43. O que são e para que servem as Bolsas de Valores? R.: Bolsas de Valores são associações civis, sem fim lucrativo, cuja atividade fim é funcionar como um ambiente propício para negociação, registro e liquidação de transações com títulos e valores mobiliários. 44. O que são e para que servem os derivativos? R.: Os derivativos são todos os contratos que são referenciados em um ativo básico. São utilizados principalmente com a finalidade de proteção, mas são também instrumentos para quem deseja se beneficiar de distorções momentâneas do mercado. 45. O que é um swap? R.: Swaps são contratos privados firmados entre as partes para a troca de rentabilidades futuras. Por exemplo: o investidor possui em sua carteira uma LTN e decide realizar um swap para DI com o objetivo de aproveitá-las e apurar lucro, sem correr riscos. 46. Como funciona o mercado de futuro? R.: Nos mercados de futuros, são firmados contratos cujos objetivos são preços futuros de mercadorias/ativos. Assim, um produtor de café, por exemplo, pode se precaver e garantir preço e comprador para sua safra que ainda não foi colhida. O comprador, por outro lado, tem a certeza do valor que vai pagar, independente de oscilações de preços que o café venha a sofrer. 47. O que são“opções” e como funcionam? R.: Opções são contratos que conferem a seus detentores o direito de comprar (call) ou vender (put) um ativo específico a um preço predeterminado (preço de exercício) em uma data futura. A contraparte assume a obrigação de vender ou comprar, respectivamente, o ativo objeto e, pela assunção do compromisso, recebe uma quantia: o prêmio da opção. 48. O que é um fundo de investimento? Qual seu principal objetivo? R.: Fundo de investimento é qualquer concentração de recursos financeiros na forma de um condomínio, que pode ser aberto ou fechado, com o objetivo de investir em títulos e valores mobiliários e, posteriormente distribuir os resultados aos cotistas. 49. O que diferencia fundos ativos de fundos passivos? R.: Nos fundos passivos, o gestor tem como meta fazer com que a rentabilidade acompanhe as variações de um determinado benchmark, como por exemplo, o Ibovespa ou o CDI. Nos fundos ativos, com o objetivo de superar o benchmark, o gestor procura aproveitar distorções do mercado, assumindo riscos ao alocar recursos em ativos que podem ter performance melhor ou pior do que o parâmetro contratado. 50. Como podemos definir “gestão de riscos”? R.: Tomar providências, hoje, para garantir a sobrevivência do empreendimento, no futuro, caso ocorra um acontecimento improvável. 51. Dê uma definição para ‘risco’: R.: Incerteza quanto ao resultado futuro de um investimento, que possa ser medida matematicamente. 52. Cite alguns riscos característicos das finanças: R.: Risco de crédito; Risco legal; & Risco de liquidez. 53. Todos os títulos emitidos por um determinado país, no exterior, são utilizados no cálculo do risco-país? R.: Não. Apenas são considerados no cálculo do risco-país os títulos emitidos no exterior, cujo o prazo para vencimento seja, na data da emissão, superior a 2,5 anos. 54. Cite alguns incentivos individuais à participação num plano de Previdência Complementar: R.: Benefício tributário; Manutenção do poder de compra individual/familiar após a aposentadoria; & Portabilidade dos recursos. 55. Por que investir? R.: Para obter ganho futuro. Todo investidor busca a otimização de três aspectos básicos em um investimento: retorno, prazo e proteção. Ao avaliá-lo, portanto, deve estimar sua rentabilidade, liquidez e grau de risco. A rentabilidade é sempre diretamente relacionada ao risco. Ao investidor cabe definir o nível de risco que está disposto a correr, em função de obter uma maior ou menor lucratividade. 56. Apresente e discorra sobre os tipos de investimentos: R.: Investimento produtivo: abertura de empresas com o objetivo de obtenção de lucros através da preção de serviços ou negociação de produtos; Investimentos Imobiliários: envolvem a aquisição de bens imóveis, como terrenos e habitações. Para a economia como um todo, entretanto, a compra de um imóvel já existente não constitui investimento, mas apenas transferência de propriedade. Os objetivos do investidor em imóveis são geralmente distintos daqueles almejados pelos que procuram aplicar em valores mobiliários, sobretudo no que se refere ao fator liquidez de um e de outro investimento. Investimentos em Títulos: abrangem aplicações em ativos diversos, negociados no mercado financeiro (de crédito), que apresentam características básicas com referência a: Renda - variável ou fixa; Prazo - variável ou fixo; & Emissão - particular ou pública. 57. Defina Política Fiscal e apresente os instrumentos utilizados pelo Governo em sua aplicação: R.: Política Fiscal é a manipulação dos “tributos” e dos “gastos do governo” (investimento público) para regular a atividade econômica. Ela é usada para neutralizar as tendências à depressão e à inflação.
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