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UNIFACOL - Centro Universitário Facol Aluno: Éverton da Silva Lima Curso: Direito Período: 8° C ATIVIDADE COMPLEMENTAR – DIREITO CIVIL VII – SUCESSÕES 1) É possível excluir Rosângela Albuquerque e Eduardo da Cunha do recebimento da herança de Renan? Quais os fundamentos legais aplicáveis ao caso acima exposto? Sim. Tendo em observância que eles praticaram o ato da Indignidade. Conforme descrito na legislação civil: “Atos contra a vida, contra a honra e contra a liberdade de testar do autor da herança, como descreve o artigo 1814 CC/02 e em seu inciso I abrangeu como vitimas o cônjuge ou companheiro e os ascendentes e descendentes”. 2) Trata-se de caso típico de indignidade ou deserdação? Quais as diferenças entre indignidade e deserdação? Sim. Pois, a situação trata-se de indignidade. Indignidade: “é a privação do direito, cominada por lei, a quem cometeu certos atos ofensivos à pessoa ou ao interesse do hereditando.” (Clóvis Beviláqua). Para que ocorra a indignidade, o herdeiro excluído tenha praticado, em síntese, Atos contra a vida, contra a honra e contra a liberdade de testar do autor da herança, como descreve o artigo 1814 do CC/02. Já a deserdação: “É o ato unilateral pelo qual o testador exclui da sucessão herdeiro necessário, mediante disposição testamentária motivada em uma das causas previstas em lei.” (Carlos Roberto Gonçalves). Essa tipificação, o porquê da deserdação, deve estar dentro do rol taxativo dos artigos 1.962 e 1.963 do nosso CC/02. 3) Se por ventura Renan não tivesse falecido e se recuperado do coma, poderia excluir Rosângela e Eduardo da sua vocação hereditária? De que forma isso seria possível? Sim. Caso Renan tivesse sido recuperado, ele poderia exclui-los. Tendo em vista que a forma de exclusão se dá diante da indignidade ou da deserdação. E Renan usaria a modalidade de deserdação, conforme descrito nos artigos 1.962 e 1.963, do CC/02. 4) Para a exclusão, a sentença condenatória na esfera penal é suficiente? Não. Tendo em vista que Independe de condenação criminal. 5) A senhora Cláudia Cunha poderia ter proposto a ação enquanto o neto estava em coma? Sim. Por ela ser avó de Renan e pelo fato dela ser uma beneficiada com o afastamento do indigno ou do deserdado. 6) No caso exposto é possível cumular os fundamentos da indignidade e da deserdação? Rosângela poderia perder o direito à meação e à herança? No caso a indignidade já era suficiente, pois, ao morrer já é um pressuposto de admissibilidade para a ação. Conforme nos casos da prática de atos contra a vida do autor da herança, a parte passiva se estende, podendo ser incluído o seu cônjuge ou companheiro, os seus ascendentes ou descendentes como vítimas. Nesses casos também, quem pratica o ato pode estar atuando como autor, coautor, ou participe. 7) Em vida, se por ventura conseguisse se recuperar do estado de coma, haveria a possibilidade de Renan perdoar seus algozes autorizando o recebimento da herança em momento futuro? Sim, Renan caso viesse a ter sua recuperação, ele teria sim a possibilidade de perdoar. Tendo em vista que Renan o autor da herança tem o poder de perdoar o ato de indignidade, através de declaração expressa dessa sua vontade. Deverá usar o testamento ou outro documento de sua lavra. O ato de perdão do autor reabilita o herdeiro da indignação à herança. Não se admite o perdão tácito e nem presumido.
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