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FERMENTAÇÃO SUBMERSA PROFA. CELIDARQUE DA SILVA DIAS I. FORMAS DE CONDUÇÃO DO PROCESSO Fermentação Descontinua Fermentação Semicontinua Fermentação Continua Com um inóculo Recirculaçao do inóculo Alimentada Por meio de corte 20 % 80 % Completa o volume e Continua a operação Vazão Vazão constante Adição constante (meio, inoculo) Adição constante (meio, inoculo) A DIFERENÇA ENTRE AS FORMA DE OPERAÇAO • Variação de volume do cultivo • Variação da massa total do produto • Variação da concentração de células • Variação da concentraçao do substrato • Adição de nutrientes FERMENTAÇÃO DESCONTINUA • SINÔNIMOS • Batelada • Fermentação clássica • Batch • CARACTERÍSTICAS • Todos os nutrientes são adicionados ao biorreator • O volume é constante 6 GRÁFICO DE CRESCIMENTO MICROBIANO EM CULTIVO DESCONTÍNUO Aumento da massa e contato inicial com o meio nutriente, pode haver perda inicial de microorganismos Não se acumulou quantidades significativas de substâncias tóxicas Progressão geométrica GRÁFICO DA FERMENTAÇÃO DESCONTINUA Gráfico 1: Fase de crescimento exponencial; Fase estacionária; Morte celular. Gráfico 2: P: Conc. do produto; X: Conc. de células; S: Conc. do substrato. ADAPTAÇÕES DO PROCESSO DESCONTÍNUO (SEGUNDO BORZANI, 1975) • PROCESSOS EM QUE CADA DORNA RECEBE UM INÓCULO: INOCULA-SE CADA DORNAS SEPARADAMENTE COM O MO DE CULTURA PURA. • PROCESSOS COM RECIRCULAÇÃO DO MICROORGANISMO: OCORRE REAPROVEITAMENTO DO MO DA BATELADA ANTERIOR APÓS TRATAMENTO COM ÁCIDO POR 2 A 3 HORAS PARA ELIMINAR CÉLULAS DEGENERADAS E CONTAMINANTES-EX- NAS DESTILARIAS DE ÁLCOOL. • PROCESSOS POR MEIO DE CORTES: INOCULA-SE A DORNA A, ATINGE-SE O ESTÁGIO APROPRIADO (FASE INTENSA DE CRESCIMENTO OU NO FINAL DA FERMENTAÇÃO), TRANSFERE-SE PARTE DE A PARA UM FERMENTADOR VAZIO (B),DEPOIS PREENCHE OS DOIS COM MEIO. “DIZ-SE QUE A DORNA A FOI CORTADA PARA A DORNA B OU AINDA QUE B RECEBEU CORTE DE A. • O RENDIMENTO É QUE VAI DETERMINAR QUANDO PARAR O PROCESSO-PARA INICIAR COM INÓCULO NOVO. • APLICAÇÃO, NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS, PROCESSO FERMENTATIVO DE IORGUTE, CHUCRUTE, PICLES, CERVEJA, VINHO, ENTRE OUTROS 8 Formas de condução de um processo fermentativo Processo Descontínuo Com um único inóculo por fermentação: » Propagado a partir de uma cultura pura. » Oferece poucos riscos de contaminação. Formas de condução de um processo fermentativo Processo Descontínuo Reaproveitamento do inóculo da batelada anterior: » É utilizado como inóculo as células da fermentação anterior. (para isso pode-se utilizar parte do meio de fermentação ainda homogêneo, esperar que o microrganismo sedimente no fermentador ou ainda centrifugar o meio fermentado). » Há uma tendência em aumentar o número de contaminação a cada fermentação. » Técnica comum em destilaria de álcool. Formas de condução de um processo fermentativo Processo Descontínuo Reaproveitamento do inóculo da batelada anterior: Figura 3: X: [células], S: [substrato]; P: Produto; F: Vazão Formas de condução de um processo fermentativo Processo Descontínuo Processo por meio de corte: » O “corte” pode ser feito na fase exponencial, quando deseja-se propagar inóculo, ou após o fim da fermentação. »Inocula-se uma dorna, quando é atingido um estágio apropriado de fermentação, passa- se parte do conteúdo para uma dorna vazia, em seguida enche-se as duas dornas com meio. » O controle do rendimento pode indicar quando deve-se interromper os cortes e iniciar nova fermentação com novo inóculo. Formas de condução de um processo fermentativo Processo Descontínuo Processo por meio de corte: Figura 4: X: [células], S: [substrato]; P: Produto; F: Vazão Fermentação descontínua alimentada ou batelada alimentada TEM IMPORTÂNCIA TANTO NA INDUSTRIA COMO NA PESQUISA (O PRIMEIRO A UTILIZAR O TERMO CULTURA PARA ALIMENTAR MO FOI YOSHIDA E COLABORADORES EM 1973) CARACTERÍSTICA É UMA TÉCNICA EM PROCESSOS MICROBIANOS, ONDE UM OU MAIS NUTRIENTES SÃO ADICIONADOS AO FERMENTADOR DURANTE O CULTIVO E EM QUE OS PRODUTOS AÍ PERMANECEM ATÉ O FINAL DA FERMENTAÇÃO. A ALIMENTAÇÃO PODE SER CONTÍNUA OU INTERMITENTE. A VAZÃO PODE SER CONSTANTE. O VOLUME PODE AUMENTAR OU NÃO DEPENDENDO DA TAXA DE EVAPORAÇÃO E DA CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO. • APÓS O ENCHIMENTO TOTAL DA DORNA O PROCESSO PASSA A TER CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DESCONTÍNUO CLÁSSICO-O PROCESSO TERMINA QUANDO A MASSA DO PRODUTO PERMANECE CONSTANTE. • APLICAÇÃO, PRODUÇÃO DE GLICEROL, ACETONA, BUTANOL, ÁCIDO LÁCTICO E PRODUÇÃO DE MO. PARA MINIMIZAR A REPRESSÃO METABÓLICA, PREVENÇÃO DA INIBIÇÃO POR SUBSTRATO OU PRECURSORES, MINIMIZAR A FORMAÇÃO DE PRODUTOS DE METABOLISMO TÓXICO,EVITAR A PRESENÇA E MUTANTES, ESTUDO DA CINÉTICA FERMENTATIVA,ADEQUAÇÃO AO PROCESSO FERMENTATIVO OPERACIONAL 14 Formas de condução de um processo fermentativo Processo Descontínua Alimentada É definido como um modo de operação no qual um ou mais nutrientes (incluindo substrato), ou mesmo todos os nutrientes são adicionados gradualmente durante o processo de fermentação e os produtos formados permanecem no meio até o tempo final da fermentação. Formas de condução de um processo fermentativo Processo Descontínua Alimentada Figura 5: X: [células], S: [substrato]; P: Produto; F: Vazão Formas de condução de um processo fermentativo Processo Descontínua Alimentada - Com reaproveitamento de células. Figura 6: X: [células], S: [substrato]; P: Produto; F: Vazão Formas de condução de um processo fermentativo Processo Descontínuo Alimentado Características principais: » O volume varia durante o decorrer da fermentação (embora possa ser pequena variação em alguns casos); » A adição de mosto pode ser constante ou variar com o tempo. » É possível controlar a concentração de substrato na fermentação (podendo assim interferir no metabolismo microbiano, levando a diferentes perfis de concentração de células e produto). Formas de condução de um processo fermentativo Processo Descontínuo Alimentado Figura 7: V: volume do meio, Mp: massa de produto; S: [substrato]. Formas de condução de um processo fermentativo Processo Semicontínuo O processo de fermentação é chamado semicontínuo quando, uma vez colocado no fermentador, o meio e o inóculo, as operações que se seguem obedecerem à seguinte ordem: 1º - Aguarda-se o término da fermentação; 2º - Retira-se parte do meio fermentado (80 %), mantendo-se no fermentador o restante do mosto (20 %); 3º - Adiciona-se ao fermentador um volume de mosto igual ao volume de meio fermentado retirado (80 %); Formas de condução de um processo fermentativo Processo Semicontínuo 20 % Mosto inoculad o Mosto fermentad o Inóculo (parte do mosto fermentadofermentado Mosto inoculad o Mosto novo (80 %) Mosto Fermentado (80 %) Um exemplo deste processo é o Melle-Boinot, usado em fermentações alcoólicas Formas de condução de um processo fermentativo • No sistema Semicontínuo é utilizado como inóculo as células da fermentação anterior que podem ser uma fração homogênea do meio ou mesmo células separadas por sedimentação. • A diferente da fermentaçao descontinua por meio de corte é que aqui espera-se concluir a ferrmentação, e na por meio de corte retira-se na fase exponencial de crescimento. • Processo lento • Utilizado para pequeno volume de produçao • Utilizado para produáo de vinagre Processo Semicontínuo Formas de condução de um processo fermentativo Características principais: » O meio fermentado não retirado do reator serve de inóculo para a próxima fermentação. Processo Semicontínuo VANTAGENS E DESVANTAGEMDA FERMENTAÇÃO DESCONTINUA • VANTAGENS • Menor risco de contaminação • Flexibilidade de operação • Estabilidade genética dos microorganismos • DESVANTAGEM • Apresenta “tempo morto”, tempo em que o fermentador não está sendo usado no processo fermentativo propriamente dito, como tempo de carga, descarga e esterilização. Formas de condução de um processo fermentativo Processo Contínuo O processo de fermentação contínua caracteriza-se por possuir uma alimentação constante de meio de cultura com uma determinada vazão (constante), sendo o volume de meio no reator, mantido inalterado através da retirada contínua de caldo fermentado. Pode ser operado por longos períodos de tempo em estado estacionário. Formas de condução de um processo fermentativo Vantagens em relação ao descontínuo: » Aumento da produtividade do processo; » Maior uniformidade do processo; » Menor necessidade de mão-de-obra. Processo Contínuo 27 CULTIVO CONTÍNUO • Parâmetros se mantêm constantes, pois um novo meio de cultura é adicionado constantemente ao sistema, do qual se retira continuamente um volume correspondente. • O gráfico é uma reta, no entanto ainda se observa no inicio a fase lag; • Principal desvantagem desse processo é o aparecimento de mutantes, pois os microorganismos permanecem muito tempo sobre essas condições. 28 CRESCIMENTO EM CULTIVO CONTÍNUO 100 50 0 1 2 4 8 16 h C re s c im e n to lo g Formas de condução de um processo fermentativo Desvantagens em relação ao descontínuo: » Maior investimento inicial; » Possibilidade de ocorrência de mutação genética espontânea (com consequente queda da produtividade); » Maior possibilidade de contaminação. Processo Contínuo Formas de condução de um processo fermentativo Aplicações: A utilização do processo contínuo de fermentação encontra grandes aplicações práticas, como: fermentação alcoólica, tratamento de resíduos. Estes casos citados são processos não assépticos. Em processos em que se necessita de maior assepsia, como produção de enzimas e antibióticos, o processo contínuo encontra ainda aplicações restritas. Processo Contínuo Formas de condução de um processo fermentativo Formas de operação no sistema contínuo: A operação inicia-se como um processo descontínuo e a partir de um dado momento inicia-se a alimentação de nutrientes e a retirada de meio fermentado (vazão) Após um tempo o sistema convergirá ao estado estacionário (stedy state) Processo Contínuo Formas de condução de um processo fermentativo Formas de operação no sistema contínuo: O sistema contínuo é extremamente versátil quanto as suas várias possibilidades de operação, tais como: Processo Contínuo Único estágio Múltiplos estágios Sem reciclo de células Com reciclo de células Com uma única alimentação Com múltiplas alimentações Processo contínuo Sem reciclo de células Com reciclo de células Sem reciclo de células Com reciclo de células CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS BIORREATORES Classificação dos biorreatores Único estágio Sem reciclo de células Processo contínuo S[substrato]; X[células]; F[vazão]; P[produto] Cada porção do meio alimentada é instantaneamente misturada, assim o liquido efluente possuirá a mesma composição [célula, substrato e produto]. Único estágio Sem reciclo de células Com reciclo de células Processo contínuo CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS BIORREATORES Classificação dos biorreatores Uma fração de células é mantida no reator através do emprego de um filtro na saída de liquido do reator. Objetiva obtenção de alta densidade celular. Múltiplos estágios Com uma única alimentação Processo contínuo Sem reciclo de células CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS BIORREATORES Classificação dos biorreatores Alimentação de meio apenas no 10 estágio. Nos demais reatores a alimentação é o liquido efluente do reator anterior. Com reciclo de células Múltiplos estágios Com múltiplas alimentações Processo contínuo Sem reciclo de células CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS BIORREATORES Classificação dos biorreatores Com reciclo de células Duas alimentações, uma de meio de cultura e a outra de efluente do fermentador anterior. Diferença 39 Processos de Fermentação Vantagens Desvantagens Descontinua Menor risco de contaminação, grande flexibilidade de operação, devido ao fato de, utilização dos reatores para fabricação de diferentes produtos; facilidade de determinar todos os materiais relacionados no mesmo lote. Baixos rendimentos e/ou produtividade; o substrato adicionado de uma só vez exerce efeitos de inibição, repressão, ou desvio do metabolismo celular a produtos que não interessam. Apresenta tempos mortos (tempo em que o fermentador não está em uso para o processo fermentativo propriamente dito; nos tempo de carga e descarga, lavagem e esterilização). Contínua Aumento da produtividade do processo, (redução dos tempos mortos); Obtenção de caldo fermentado uniforme, facilitando a recuperação do produto; menor necessidade de mão de obra; possibilidade de associação de outras operação contínuas na linha de produção; Maior controle; manutenção de células no mesmo estado fisiológico , facilitando o estado de regulação metabólico. Aplicação na fermentação alcoólica Maior investimento inicial; possibilidade ocorrências de mutações genéticas espontâneas, resultando na seleção de mutantes menos produtivos; Maior possibilidade de ocorrência de contaminações, por se tratar de um sistema essencialmente aberto, necessitando de manutenção das condições de assepsia; dificuldade de manter a homogeneidade no reator; dificuldade de operação (espuma, crescimento do microorganismo nas paredes do reator e nos sistemas de entrada e saída VANTAGENS E DESVANTAGENS
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