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Aula 02 - Gestão Empresarial e Teorias Administrativas - de Taylor até aos Nossos Dias

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Administração Geral I
2º Aula
Gestão empresarial e teorias 
administrativas: de Taylor 
até os nossos dias
Olá, seja bem-vindo(a) à nossa segunda aula!
Certamente, você já ouviu falar em Frederick 
Winslow Taylor... Agora, teremos uma excelente 
oportunidade para aprendermos sobre esse grande 
pensador da teoria administrativa! 
Chamaremos atenção, nesta aula, para dois grandes 
empreendimentos de Taylor: o modelo científico de 
administração e a organização racional do trabalho. 
Dada a dimensão teórica de ambos os conceitos, 
durante o estudo da Aula, tente resumir aquilo que você 
entendeu. Entretanto, não se preocupe! Oportunidades 
não irão faltar para que, no decorrer desta aula, os 
conceitos fiquem bastante claros.
Leia o material, pesquise e acesse o ambiente 
virtual e continue fazendo parte dessa comunidade 
colaborativa de construção de conhecimentos! 
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, você será capaz de:
• definir o modelo de gestão proporcionado pelo enfoque da teoria científica e pela escola Taylorista.
• identificar métodos racionais de trabalho segundo a escola científica de Administração.
• reconhecer e analisar criticamente o modelo taylorista. 
13
1 - O modelo científico de administração.
2 - Métodos e elementos da administração científica: a 
organização racional do trabalho.
Seções de estudo
Atenção
A Escola Clássica se originou em decorrência de dois motivos: 
• O crescimento acelerado e desorganizado das empresas ocasionou 
uma gradativa complexidade em sua administração e exigiu uma 
abordagem científi ca mais apurada do que o empirismo e a improvisação.
• A necessidade de aumentar a efi ciência e a competência das 
organizações, no sentido de obter o melhor rendimento possível dos 
recursos, face à concorrência e à competição que se avolumavam entre 
as empresas.
Durante a leitura da primeira Seção procure ter sempre a mão um 
dicionário e/ou outros materiais de pesquisa para eliminação de 
eventuais dúvidas pontuais sobre os termos aqui empregados.
Além disso, sugerimos que deixe em local de fácil acesso um caderno 
ou utilize editores de textos (como o Word ou o Bloco de notas, por 
exemplo) para anotar observações, refl exões e conceitos-chave 
sobre os conteúdos aqui disponibilizados. Dentre suas anotações, é 
importante que faça uma linha do tempo: trace uma reta, divide-a em 
intervalos regulares, na parte superior anote cada século e na inferior 
seus principais acontecimentos. Com isso, conseguirá entender melhor 
o contexto geral sobre a trajetória do comércio exterior ao longo dos 
tempos. Dedique-se e bons estudos!
1 - O modelo científi co de administração
O Modelo Científico de Administração começa a ser 
pensando a partir do surgimento da Escola Clássica, entre os 
séculos XIX e XX.
Tomando por base as obras de Frederick Winslow 
Taylor, Henri Fayol, Max Weber e seus seguidores podemos 
afirmar que a Administração pôde ser organizada com o 
surgimento da Escola Clássica, a qual privilegiou duas áreas 
distintas: a operacional, de Taylor, com ênfase nas tarefas; e a 
administrativa, de Fayol, com base na estrutura organizacional. 
Taylor foi um engenheiro americano, nascido 
em uma família de comerciantes de classe 
média. Em toda sua vida foi disciplinado 
quanto a horários e cumprimento de 
tarefas. Perfeccionista e independente, 
começou a trabalhar desde cedo, chegando 
a interromper os estudos para trabalhar 
como aprendiz em uma fábrica de amigos 
da família. De volta aos estudos, formou-
se em engenharia. Ingressando na Midvale 
Steel Co, iniciou a sua carreira de mecânico. Quando deixou a 
Midwale, Taylor foi o primeiro engenheiro a desenvolver consultoria 
empresarial de forma independente. Obcecado por regras desde a 
sua infância, transportou para a sua vida profi ssional as lições que 
aprendera, no caso, o rigor, a disciplina, o cumprimento às regras. 
Considerado o fundador da Administração Científi ca, escreveu o 
seu primeiro livro Administração de Ofi cinas (Shop Management, 
em 1903, quando iniciou os seus estudos). Em 1911, escreveu o 
segundo livro intitulado. Os princípios da Administração científi ca 
(The principles of Scientifi c Management). A publicação do primeiro 
livro de Taylor marca a primeira fase de seus trabalhos, ou seja, a 
primeira fase da administração científi ca. A publicação do segundo 
livro marca a segunda fase. O interessante da vida de Taylor é que 
ele começou por baixo, como ajudante, aprendiz. Os seus estudos 
resultaram de suas observações enquanto trabalhava e atuava 
junto aos operários na fábrica. Taylor acreditava que sempre havia 
“uma forma mais fácil, mais rápida, mais barata e mais efi ciente de 
executar um trabalho”. Em seus estudos verifi cou que um operário 
médio e com o equipamento disponível produzia muito menos do 
que era capaz e esperado. Concluiu que o operário produtivo recebia 
a mesma quantia do operário com produção inferior, fator esse 
que levava os operários a não se interessarem pela empresa e pela 
produção (LLATAS, 2012).
Você Sabia?
Que a Administração surgiu com a Escola Clássica? Na verdade, ela 
é muito mais antiga do que imaginamos: a história da Administração 
iniciou-se na Suméria por volta do ano 5.000 a.C. quando os antigos 
sumerianos procuravam melhorar a maneira de resolver seus 
problemas práticos, exercitando assim a arte de administrar.
Alguns fatos podem ser citados como exemplo para o início da utilização 
da administração em setores políticos, econômicos, sociais..., tal como 
no Egito, Ptolomeu dimensionou um sistema econômico planejado 
que não poderia ter-se operacionalizado sem uma administração 
pública sistemática e organizada. Na China, a necessidade de adotar 
um sistema organizado de governo para o império, a Constituição 
de Chow, com seus oito regulamentos e as Regras de Administração 
Pública de Confúcio exemplifi cam a tentativa chinesa de defi nir regras 
e princípios de administração.
E, ainda, as instituições otomanas, pela forma como eram administrados 
seus grandes feudos. Os prelados católicos, já na Idade Média, 
destacavam-se como administradores natos.
Na evolução histórica da administração, duas instituições se 
destacaram: a Igreja Católica Romana e as Organizações Militares. A 
Igreja Católica Romana pode ser considerada a organização formal 
mais efi ciente da civilização ocidental. Através dos séculos vem 
mostrando e provando a força de atração de seus objetivos, a efi cácia 
de suas técnicas organizacionais e administrativas,espalhando-
se por todo mundo e exercendo infl uência, inclusive sobre os 
comportamentos das pessoas, seus fi éis. As Organizações Militares 
evoluíram das displicentes ordens dos cavaleiros medievais e 
dos exércitos mercenários dos séculos XVII e XVIII até os tempos 
modernos com uma hierarquia de poder rígida e adoção de princípios 
e práticas administrativas comuns a todas empresas da atualidade 
(UNAMA, 2012).
É, em Taylor que recaem nossos interesses imediatos.
O século XX foi palco de grandes realizações em todos 
os campos do saber. Com a Administração não poderia 
ter sido diferente. Apesar de as empresas, em sua forma 
empírica e embrionária, existirem desde os primórdios 
dos tempos, foi só em 1903 que surgiu o primeiro modelo 
de Administração, chamado de Modelo Científico de 
Administração, apresentado por Frederick Winslow Taylor. 
Administração GeraL I 14
Informação complementar: Taylor, em sua primeira obra – Shop 
Management –, pregava que: o objetivo da Administração é pagar 
salários melhores e reduzir custos unitários de produção e que para 
realizar tal objetivo, a Administração deve aplicar métodos científi cos 
de pesquisa e experimentos para formular princípios e estabelecer 
processos padronizados que permitam o controle das operações da 
fábrica. Nesse contexto, os empregados devem ser cientifi camente 
treinados para aperfeiçoar suas aptidões e executar uma tarefa para 
que a produção normal seja cumprida. Finalmente, a administraçãoprecisa criar um ambiente de cordialidade e cooperação com o 
trabalhador, para garantir a permanência desse ambiente psicológico.
Já em sua segunda obra - The Principles of Scientifi c Management–, 
defendia que a vadiagem e o desinteresse do operário reduzem 
a produção, ao mesmo tempo em que a ignorância e o engano 
disseminado entre os trabalhadores pelo sindicato e colegas de 
fábrica de que, se trabalhassem mais rápido perderiam o emprego, 
resultava na fraca produtividade. Para ele, o sistema defeituoso, ou 
seja, os métodos empíricos (sem padronização, sem treinamento) 
de trabalho, benefi ciam os operários e resultam na inefi ciência da 
produção. Além disso, a falta de padronização e de uniformidade das 
técnicas e os métodos de trabalho são causadores do desperdício e 
da baixa produtividade.
Curiosidade
O período da história dos Estados Unidos da América entre 1865 
e 1918 é marcado pela ascensão dos Estados Unidos da América 
como uma das maiores potências militares, políticas e econômicas 
do mundo.O início deste período caracteriza-se pela reconstrução 
de um país destruído pela Guerra Civil Americana. O crescimento 
da industrialização americana que se iniciara no início do século 
XIX aumentou drasticamente após a Guerra Civil Americana, 
onde o país passou por uma Revolução industrial. Técnicas mais 
modernas, rápidas e efi cientes de produção industrial aumentaram 
drasticamente a capacidade de produção das fábricas americanas. 
A construção de uma grande malha ferroviária ao longo do país 
fez com o transporte de produtos de um ponto a outro do país 
tornasse prático e rápido. Inventores desenvolveram diversos novos 
produtos. O comércio por atacado e varejo do país prosperou, e 
grandes empresas surgiram.Durante este período, o crescimento 
industrial dos Estados Unidos rendeu-lhes grandes efeitos. Cidades 
tornaram-se os principais centros econômicos do país e a indústria 
de manufaturação e fi nanças superaram a agricultura e a pecuária 
como as principais fontes de renda dos Estados Unidos. O processo 
de industrialização elevou drasticamente a migração rural. No 
fi nal da Guerra Civil Americana, cerca de um quarto da população 
americana vivia em cidades. Em 1918, metade da população do país 
vivia em áreas urbanas. Além disso, este período também é marcado 
pela grande e improcedente imigração de europeus ao país.Porém, 
mesmo com o fi m da Guerra Civil Americana e da derrota dos estados 
do Sul, que haviam se cedido dos Estados Unidos em 1861, o país 
continuava dividido politicamente, socialmente e economicamente. 
Logo após a guerra, a política de Reconstrução perdurou por mais 
de uma década. A política de Reconstrução, tendo imposto termos 
humilhantes aos estados do Sul, ajudou a atiçar a diferença entre o Sul 
e o resto do país. A maior parte da industrialização e do crescimento 
econômico americano entre 1865 e 1918 ocorreu no Centro-Oeste 
e principalmente no Norte - enquanto que a economia do Sul, 
completamente destruída pela Guerra Civil, demoraria décadas para 
recuperar-se, e grande industrialização ocorreria somente após as 
primeiras décadas do século XX (ALGO SOBRE, 2012).
O modelo de Administração Científica de Taylor é o 
marco da aplicação de métodos científicos nas indústrias. 
Tal modelo provocou grandes mudanças nas indústrias nos 
idos do século XX. Foi um modelo pioneiro, que privilegiou 
os moldes da produção, isto é, a forma de produzir. 
Taylor acreditava que alterações na maneira de fazer um 
trabalho poderiam aumentar a produtividade. Para Taylor, 
na época, a forma de produzir carecia de sistematização 
de métodos de trabalho, padronização de ferramentas, 
determinação de tempo padrão para a realização das tarefas, 
estabelecimento dos papéis dos gestores e dos operários. 
As intervenções de Taylor começam nos Estados 
Unidos, entre o fim da Guerra Civil, no século XIX, e o 
começo do século XX, período no qual a indústria expandiu 
aceleradamente e cresceu de forma desordenada.
O volume de produção era enorme, mas a organização, 
quase inexistente para os padrões da época. Para termos 
uma ideia melhor desse período, grandes empresas como 
Goodyear, General Motors, General Eletric e Bell Telephones já 
estavam operando (MAXIMIANO, 2006). 
Vale salientar que essa expansão estimulou pesquisadores 
da época, dentre eles Taylor, a iniciar estudos sobre eficiência 
e produtividade dos processos de produção, uma vez que a 
preocupação com a produtividade não é fruto somente dessa 
escola. 
Adam Smith, quando escreveu a Riqueza das Nações, já 
demonstra uma grande preocupação com a Mais Valia como 
forma de melhorar a distribuição da riqueza. As condições de 
trabalho e a maneira como se produzia fez com que Taylor e 
seus seguidores dessem a sua contribuição, criando o modelo 
científico de administração.
Portanto, o modelo científico, como o próprio nome 
deixa revelar, está associado ao fato de se aplicarem métodos 
de pesquisa para identificar a melhor maneira de trabalhar, 
selecionar e treinar cientificamente os trabalhadores.
De Taylor aos nossos dias, a evolução dos trabalhos e dos 
modelos de gestão tem ocorrido de forma assustadora e em 
ritmo vertiginoso. O que se vê atualmente é uma diversidade 
de modelos e de novas propostas para a gestão dos negócios 
empresariais e comerciais. 
Cabe, portanto, ao gestor precavido saber em que grau 
essas propostas se encaixam em sua organização.
Observe que o século XXI foi marcado pelas grandes 
transformações mundiais e mudanças tecnológicas, econômicas 
e sociais. Variáveis do ambiente, muitas vezes incontroláveis, 
impactam importantes decisões empresariais. 
Além disso, os gestores vivenciam diariamente pressões 
internas (conflitos, falta de recursos, mão de obra desqualificada, 
rotatividade de pessoal etc.) e externas (tecnologia, legislação, 
economia, concorrência, consumidor, sindicatos). Tais pressões 
refletem na busca contínua de modelos de administração que 
possam melhorar o desempenho organizacional. 
Para finalizar esta seção, vamos conhecer os seguidores 
que também compartilhavam de ideias similares e se basearam 
no pensamento de Taylor. São eles: Car Barth (1860-1939), 
15
Saber Mais
Para saber um pouco mais sobre a situação dos operários nas indústrias, 
assistia ao fi lme Tempos Modernos, do cineasta britânico Charles Chaplin. 
O fi lme, de 1936, tem como personagem principal “o vagabundo”, que 
tenta sobreviver em meio ao mundo moderno e industrializado. O 
enredo gira em torno, basicamente, da substituição dos homens pela 
máquina, além das facilidades que podem levar à criminalidade.
Curiosidade
Considerações importantes sobre a Administração Científi ca:
• Foi uma teoria pioneira na época, permitindo repensar os moldes de 
produção.
• Contribuiu para a melhoria da produtividade industrial.
• Permitiu a redução da fadiga humana, a redução do desperdício de 
tempo e materiais, permitiu o aumento do rendimento do trabalhador 
e aumentou o ganho fi nanceiro do operário.
• Permitiu a dominação do operário através da alienação do operário 
ao trabalho.
• Valorizou o porte físico. A capacidade de levantar, carregar, 
transportar, montar, colocar, isto é, desfazer e não de pensar.
• Eliminou postos de trabalhos desnecessários.
• Aumentou o rendimento individual do operário.
• Não considerou as condições do ambiente externo (fora da indústria).
• Exagerou na ênfase às tarefas e não à alta administração, restringindo-
Taylor acreditava que era preciso organizar racionalmente o trabalho e 
aplicar os métodos da administração científi ca. Para entender melhor 
esse pensamento, vamos estuda-lo na próxima seção!
Henry Laurence Gantt (1861–1919), Harrinhton Emerson 
(1853–1931), Frank Gilbreth (1868–1924) e Lilian Gilbreth 
(1878–1961).
Salienta-se que os referidos seguidores criaram os 
princípios da administração científica, isto porque, para 
Taylor, a organização e a Administração devem ser estudadas 
cientificamente. Os problemas das organizações devemser 
pesquisados, estudados, medidos, analisados para encontrar 
respostas científicas. A improvisação precisa ceder lugar ao 
planejamento e o empirismo para a ciência. 
2 - Métodos e elementos da 
administração científi ca: a organização 
racional do trabalho
Taylor desenvolveu estudos acerca das técnicas de 
racionalização do trabalho dos operários que, mais tarde, 
ficaria conhecido como organização racional do trabalho. 
Como pesquisador, ele verificou que os operários 
aprendiam a execução das tarefas observando os seus 
companheiros de trabalho. Isso levava a diferentes métodos 
para fazer a mesma tarefa e a uma grande variedade de 
instrumentos e ferramentas em cada operação. 
Não era estabelecido, assim, um método racional ou 
processo mais eficiente, uma vez que era necessário organizar, 
de forma racional, o trabalho. É exatamente daí que advém a 
aplicação de métodos científicos na administração do trabalho 
para assegurar máxima produção e mínimo custo. Por essa 
razão, os seguintes princípios deveriam ser seguidos:
a) Princípio de planejamento: substituir a improvisação 
pela ciência através do planejamento do método de trabalho. 
b) Princípio do preparo: preparar os trabalhadores e 
treiná-los de acordo com suas aptidões. Preparar máquinas e 
equipamentos em um arranjo físico e disposição racional. 
c) Princípio do controle: controlar o trabalho de acordo 
com o plano previsto, com a cooperação da gerência para que 
a execução seja a melhor possível. 
d) Princípio da execução: distribuir atribuições e 
responsabilidades para que a execução do trabalho seja 
disciplinada. 
A partir dos quatro princípios mencionados, seria 
possível traçar os métodos e os elementos necessários para a 
Administração Científica.
e) Padronização de máquinas e ferramentas: padronizar 
as máquinas e ferramentas em tamanhos, tipos, e características 
próprias ao modelo da produção na empresa.
f) Métodos e rotinas para execução de tarefas: 
criar rotinas padronizadas de tarefas, horários, quantidade e 
qualidade.
g) Prêmios de produção para incentivar a 
produtividade: premiar e recompensar os operários que 
produzem mais, criar incentivos para que os demais aumentem 
o ritmo e a produção individual.
h) Divisão do trabalho e especialização do 
trabalhador em uma atividade: dividir o trabalho de um 
operário em etapas de modo que ele faça apenas uma atividade, 
se especialize, aumentando o ritmo da produção.
i) Melhoria das condições ambientais de trabalho, 
com iluminação, conforto etc.: melhorar as condições de 
trabalho para que ele, com conforto e segurança, aumente o 
ritmo de trabalho e a quantidade de peças produzidas.
j) Desenho dos cargos, das funções e de tarefas: 
descrever cada função do operário para evitar que pessoas 
de cargos diferentes façam as mesmas coisas ou, tarefas de 
outros operários. A descrição das tarefas permite estabelecer o 
que o operário deve fazer, como fazer e porque fazer.
k) Conceito de homo economicus: Taylor acreditava 
que todo operário era interesseiro e só aumentaria a produção 
se ganhasse mais. Criou estímulos econômicos para que a 
produção aumentasse com a redução de tempo, de custos e 
de desperdício material.
l) Estudo da fadiga humana: era preciso aumentar o 
ritmo de trabalho, reduzindo os movimentos desnecessários, 
reduzindo a fadiga do operário, através do estabelecimento de 
movimentos corretos para cada tarefa executada. 
m) Análise do trabalho e estudo de tempos e 
movimentos: é preciso analisar e pontuar o tempo de cada 
trabalho realizado, analisar cada tarefa realizada e eliminar os 
movimentos, o esforço humano e as tarefas desnecessárias.
n) Supervisão funcional: estabelecer supervisão 
na fábrica. Ao supervisor cabe o planejamento e o 
acompanhamento das atividades; e ao operário, cabe a 
execução do trabalho.
o) Treinamento do operário: o operário precisa ser 
treinado em atividades ou tarefas específicas. O treinamento 
reduz a perda de tempo e aumenta a eficiência. 
Administração GeraL I 16
se às atividades e aos fatores diretamente relacionados ao cargo e à 
função do operário.
• Precarizou a visão da pessoa (do homem). Os sentimentos não são 
considerados.
• Crença de que o homem é estimulado por incentivos materiais e 
econômicos. Surge o homo Economicus.
• Superespecialização do trabalhador mediante a aplicação da divisão 
do trabalho.
• Ausência de comprovação de seus métodos. Taylor foi criticado por 
criar uma ciência sem o cuidado de apresentar comprovação científi ca 
das suas proposições e princípios. Os engenheiros americanos 
utilizam pouca pesquisa ou experimentação científi ca. Os resultados 
de seus trabalhos correspondia e se baseava em dados singulares, 
observados na fábrica.
Reconhecendo seus princípios, segundo Idalberto 
Chiavenato (2011), o conceito de eficiência foi fundamental 
para o estudo da Administração Científica. 
Eficiência significa a correta utilização dos recursos 
disponíveis e utilizados pelos operários na produção. Ela 
se preocupa com os meios e métodos que precisam ser 
planejados a fim de assegurar a otimização, ou seja, o maior 
e o melhor aproveitamento dos trabalhadores, dos recursos 
materiais, dos recursos financeiros e das máquinas. 
Para Taylor, eficiência é a relação entre o que foi 
conseguido e o que pode ser conseguido. Quanto maior o 
conseguido em relação ao que se espera, maior eficiência. 
Para tanto, a análise do trabalho e o estudo de tempos e 
movimentos seria capaz de identificar habilidades para 
melhor executar uma tarefa e elevar a eficiência do operário.
A organização racional do trabalho busca o melhor 
método para realizar um trabalho, uma vez que entende 
a produtividade como consequência direta do aumento 
da eficiência: quanto maior a eficiência tanto maior a 
produtividade.
Para Refl etir
Para Taylor, à medida que melhoram as condições e os métodos 
de trabalho; é possível melhorar a produtividade, a redução 
de custos, o tempo de produção e o aumento na quantidade 
produzida. Com custos menores, pode-se também obter 
produtos mais baratos. Pense nisso...
Informação complementar - Fordismo:
O que é: fordismo é um sistema de produção, criado pelo empresário 
norte-americano Henry Ford, cuja principal característica é a fabricação 
em massa. Henry Ford criou este sistema em 1914 para sua indústria de 
automóveis, projetando um sistema baseado numa linha de montagem.
Objetivo do sistema: o objetivo principal deste sistema era reduzir ao 
máximo os custos de produção e assim baratear o produto, podendo 
vender para o maior número possível de consumidores. Dessa forma, 
dentro deste sistema de produção, uma esteira rolante conduzia o 
produto, no caso da Ford, os automóveis, e cada funcionário executava 
uma pequena etapa. Logo, os funcionários não precisavam sair do seu 
local de trabalho, resultando numa maior velocidade de produção. 
Também não era necessária utilização de mão de obra muito capacitada, 
pois cada trabalhador executava apenas uma pequena tarefa dentro 
de sua etapa de produção. O fordismo foi o sistema de produção que 
mais se desenvolveu no século XX, sendo responsável pela produção 
em massa de mercadorias das mais diversas espécies.
Declínio do fordismo: na década de 1980, o fordismo entrou em declínio 
com o surgimento de um novo sistema de produção mais efi ciente. O 
Toyotismo, surgido no Japão, seguia um sistema enxuto de produção, 
aumentando-a, reduzindo custos e garantindo melhor qualidade e 
efi ciência no sistema produtivo.
Fordismo para os trabalhadores: enquanto para os empresários o 
fordismo foi muito positivo, para os trabalhadores ele gerou alguns 
problemas como, por exemplo, trabalho repetitivo e desgastante, 
além da falta de visão geral sobre todas as etapas de produção e baixa 
qualifi cação profi ssional. O sistema também se baseava no pagamento 
de baixos salários como forma de reduzir custos de produção (SUA 
PESQUISA, 2012).
Os estudos de Taylor são amplos. Embora tivesse como 
palco as fábricas e aprodução, a sua crença de que sempre 
existe uma forma mais rápida, mais econômica e eficaz de 
se fazer um trabalho, pôde ser aplicada em outros tipos de 
organização.
Devido a isso, o modelo de Taylor, nascido nos Estados 
Unidos, foi adotado, tempos mais tarde, por fábricas e 
empresas de todo o mundo. 
Outros modelos de produção foram criados com 
relativo sucesso. Henry Ford, por exemplo, foi um dos 
industriais que adotou a produção em série nas indústrias 
Ford, como forma de aumentar a produção. Ford acreditava 
que a condição chave da produção em massa é a simplicidade. 
Conheça alguns dos seus postulados:
a) A progressão do produto por meio do processo 
produtivo deve ser planejada, ordenada e contínua.
b) O trabalho deve ser entregue pelo supervisor ao 
trabalhador, em vez de esperar que este tome a iniciativa de 
ir buscá-lo.
c) As operações de trabalhos devem ser analisadas em 
todos os seus elementos e fases. 
Ford era um industrial inteligente e com forte visão 
de mercado. Sua obra complementou e fortaleceu a 
Administração Científica.
Retomando a aula
Até aqui tudo correu muito bem, correto? Mesmo assim, 
é necessário sintetizar o que foi visto até agora para 
eliminarmos quaisquer dúvidas. Fique atento!
1 - O modelo científico de administração
Nesta seção, você estudou sobre os principais pontos da 
Administração Científica de Frederick W. Taylor. Aprendeu que 
Taylor e seus seguidores criaram um modelo de administração 
que contribuiu para resolver os problemas industriais relativos 
à produção nos Estados Unidos, entre os períodos do pós-
guerra e da Revolução Industrial. A Revolução Industrial foi 
o marco para o surgimento dessa teoria, hoje denominado de 
Modelo Científico de Produção e Administração. 
2 - Métodos e elementos da administração científica: 
a organização racional do trabalho 
17
Esperamos que todos tenham entendido e aproveitado o conteúdo 
da Aula 02! 
Mas, se ainda existirem dúvidas, acesse o ambiente virtual e utilize as 
ferramentas apropriadas para dialogar com colegas e docentes. Além 
disso, é importante que refl itam sobre os conteúdos e as estratégias 
didáticas empregadas para a aprendizagem desta aula: o que foi bom? 
O que pode melhorar? 
Lembrem-se de que estamos esperando suas sugestões para 
melhorar nossos recursos e técnicas didáticas utilizados no curso. 
Afi nal, na EAD, a construção de conhecimento é um trabalho de todos. 
Participe! Ah, não se esqueça de realizar as atividades disponibilizadas 
no ambiente virtual, as quais representam a avaliação continuada para 
o estudo desta Aula.
Nesta seção, você aprendeu que a Administração 
Científica de Taylor prioriza as tarefas e o modo de executá-
las, criando meios, elementos, princípios e métodos para a 
sua melhor execução. Dentre os seus elementos, destaca-se 
a Organização Racional do Trabalho. A divisão do trabalho 
permitiu a especialização do operário, o aumento do ritmo de 
trabalho e o melhor ganho salarial do operário. 
A Teoria de Taylor resultou na primeira tentativa de 
produzir levando em conta métodos científicos, calculados e 
padronizados. No primeiro período, Taylor voltou-se para a 
racionalização do trabalho dos operários. No segundo período, 
definiu e criou os princípios de Administração, aplicáveis a 
todas as situações das empresas. 
A forma encontrada por Taylor para obter a colaboração 
dos operários foi à criação de incentivos salariais, prêmios de 
produção, melhoria nos horários de trabalho, redução da fadiga 
humana.
O modelo de Taylor preconizava a eficiência e a 
produtividade da produção. Foi uma teoria limitada aos aspectos 
internos e voltada à produção. Contudo, essas limitações 
não tiram o mérito na tentativa de buscar a melhoria das 
condições de trabalho e a melhoria dos resultados industriais 
e empresariais.
Taylor acreditava que com métodos científicos, calculados, 
racionais, sempre seria melhor forma de fazer uma tarefa.
BRAGA, Ruy. Nostalgia do fordismo. São Paulo: Xama, 2003.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da 
administração. 8. ed. São Paulo: Campus, 2011. 
COSTA, Paulo Moreira. Taylorismo: após 100 anos, nada 
superou o modelo de gestão? Rio de Janeiro: Qualitymark, 
2010.
GRAMSCI, Antonio. Americanismo e fordismo. Rio de 
Janeiro: Hedra, 2008.
KUMAR, Krishan. Da sociedade pós-industrial à pós-
moderna. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. 
PINTO, Geraldo Augusto. A organização do trabalho no 
século 20. São Paulo: Expressão Popular, 2006. 
ALGO SOBRE. História. Disponível em: <www.
algosobre.com.br/historia/guerra-fria.html>. Acesso em: 
15 abr. 2012. 
COELHO. José Márcio; GONZAGA, Ricardo 
Martins. Administração científica de Taylor: o homem do tempo. 
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Vale a pena
Vale a pena ler
Vale a pena acessar
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