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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES BEATRIZ EGOSHI FIGUEIRA GABRIELA ALMEIDA CONTI ISABELLE BANO BONATELLI JULIA CARDOSO DE BARROS LEITE NAYARA DOS SANTOS LOPES MITOSE EM RAIZ DE CEBOLA Mogi das Cruzes/SP 2018 UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES BEATRIZ EGOSHI FIGUEIRA GABRIELA ALMEIDA CONTI ISABELLE BANO BONATELLI JULIA CARDOSO DE BARROS LEITE NAYARA DOS SANTOS LOPES MITOSE EM RAIZ DE CEBOLA Relatório apresentado ao curso de Farmácia da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos de aprovação da disciplina de Biologia I. Prof. Orientador: Me. Douglas Mascara Mogi das Cruzes /SP 2018 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO............................................................................................4 2.OBJETIVOS GERAIS E ESPECIFICOS.....................................................5 3.MATERIAIS.................................................................................................5 4.PROCEDIMENTOS.....................................................................................6 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................7 6.CONCLUSÃO............................................................................................12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................13 4 1.INTRODUÇÃO 5 2.OBJETIVOS Objetivo Geral • Identificar e Analisar as fases do ciclo celular por mitose na célula vegetal. Objetivos Específicos • Contabilizar as fases da do ciclo celular encontradas 3.MATERIAIS a) Microscópio óptico b) Lamínula c) Lâmina d) Lâmina Cortante e) Pincel f) Papel filtro g) Tubo de ensaio h) Placa de petri • REAGENTES UTILIZADOS a) Cebola b) Raiz de Cebola c) Corante Orceina acética d) Agua 6 4.PROCEDIMENTOS A técnica utilizada no experimento, consistia em observar as fases da mitose. Deste modo o experimento iniciou-se com preparo das raízes antes de coloca-las no microscópio. Por meio do auxílio de uma faca cortou-se a base da cebola, onde se encontravam suas raízes, em seguida submergiu as raízes em agua com intuito de estimular a divisão mitótica, e com o uso de palitos de madeira inseridos na lateral da base da cebola pôde-se evitar o bloqueio de entrada de ar. Posteriormente as raízes foram retiradas do bulbo, e colocadas em uma Placa de Petri contendo álcool acético durante dez minutos. Após o período referido, as raízes foram lavas em agua destilada e introduzida em tubos de ensaio com o corante Orceina até ficassem submersas. A Orceina acética é corante formado por Orceina e ácido acético. O ácido acético é um fixador que tem como função manter a integridade das estruturas celulares. A Orceina cora os cromossomos, fazendo com que se destaquem das outras estruturas, podendo ser facilmente identificados ao microscópio. O meristema apical é o tecido da região da ponta da raiz, responsável pelo seu crescimento. Sendo assim, possui células com alto grau de divisão celular (mitose) (UNICAMP – 2011). Após o processo de mistura dos dois componentes (raízes e Orceina), o tubo de ensaio foi aquecido para realizar o cozimento dos mesmos, aproximando e retirando da chama para que não houvesse a desnaturação das estruturas celulares. Realizados três momentos de fervura, o conteúdo do tubo de ensaio foi posto em Placas de Petri para o início do preparo das laminas. Recebendo as raízes, elas foram observadas primeiramente ao microscópio óptico para que pudesse identificar a extremidade que continha o meristema. Sabendo-se a ponta de finalidade pratica, seccionou-se com uma lâmina cortante a parte da raiz da cebola localizado o meristema, medindo cerca de 3 mm. Em seguida aplicou-se o corante com auxílio de um pincel, para que a raiz ficasse úmida. Assim sendo, depositou-se por cima da raiz umedecida presente na lamina, uma lamínula e um papel filtro por cima da lamínula para retirar o excesso do liquido. Imediatamente apertou as ‘’placas’’ todas juntas com o papel filtro sobreposto para esmagar a raiz. Por fim, com a lâmina preparada ajustou-se no microscópio com o foco necessário para observação das células em divisão, e posteriormente fez-se uma contagem de 40 células para a análise e distinção das fases da mitose. 7 5.RESULTADOS E DISCUSSÃO Figura 1: Fases de divisão celular, de célula vegetal observadas no microscópio óptico Fonte: Acervo pessoal, Beatriz Egoshi. Onde estão representadas pelas respectivas cores: Interfase Fase de Prófase Fase de metáfase Fase de anáfase Fase de Telófase 8 Considerando uma amostra de 40 células da divisão celular, foi possível realizar uma estimativa quantitativa de cada fase observada. Assim sendo, a contagem conferiu a presença de 30 Interfase, 6 prófases ,1 metáfase, 2 anáfases, e 8 telófases; relação exposta no gráfico 1. Gráfico 1: Estimativa de frequência das fases de divisão celular Fonte: Resultados obtidos no experimento A mitose vegetal se chama centrifuga, acêntrica e anastral, devido à ausência de centríolos; consequentemente não existem fibras do áster, por isso a mitose é definida como anastral. A divisão mitótica tem por função promover o crescimento e a reparação de partes perdidas. Existem partes nas plantas em que a mitose ocorre continuamente, por exemplo, os meristemas dos ápices das raízes e caules. (SCHWAMBACH,2014) A “decisão” de uma célula individual de se dividir (entrar no ciclo celular), permanecer em repouso (G0) ou então se diferenciar depende da presença e da capacidade de percepção a vários sinais, dentre eles os níveis hormonais, nutrientes, luz, temperatura etc. (KERBAUY,2017) Assim sendo a raiz da cebola foi submetida a exposição luminosa e aquecimento, o que emitiu a percepção para o início da divisão celular. 0 5 10 15 20 25 30 35 Interfase Prófase Metafase Anafase Telófase 9 Os meristemas apicais são encontrados no ápice de todas as raízes e caules e estão envolvidos, principalmente, com o crescimento em comprimento do corpo da planta. O termo “meristema” (do grego: merismos, divisão) enfatiza a atividade de divisão da célula como uma característica do tecido meristemático.” (RAVEN,2014) Com base no trecho do livro Biologia Vegetal, vê-se que o tecido meristemático é rico em divisões celulares, pois nele ocorre constante mitose, por isso é o mais adequado para o estudo de divisões celulares, nesse tecido cada fase é vista com clareza. No animal vertebrado adulto, o tecido que corresponde ao meristema seria o das células tronco, onde as divisões são constantes, por se tratarem de células não especializadas, o estudo também se dá de uma melhor forma. De acordo com CAMPBELL,2015). Em 1882, o anatomista alemão Walter Flemming desenvolveu corantes que lhe permitiam observar, pela primeira vez o comportamento dos cromossomos durante a mitose e a citocinese. A Orceina utilizada no experimento geralmente é usada associada ao ácido acético e, nessa combinação, possui ampla aplicação como contraste em microscopia como base para indicadores químicos e bioquímicos. (BRAMMER.2013) Portanto, o uso do corante Orceina acética contribui para a visualização dos componentes citoplasmáticos de uma célula. No experimento ela foi importante para caracterizar diferentes totalidades de cores através do seu potencial de contraste e assim poder observar com clareza as imagens. Nos resultados obtidos pôde-se observar que a Interfase é a fase que é visualizada em maior quantidade.É o estágio anterior ao início de divisão celular através de mitose. Neste estágio ocorre a produção de organelas, outros componentes citoplasmáticos e tem o papel de reunir as estruturas necessárias para desencadear a mitose. (EVERT,2014) Um dos principais eventos que ocorrem na interfase é a migração do núcleo para o centro da célula, onde é possível notar sua localização pelo vacúolo central (mancha) localizado próximo a parede celular (Figura 1.2). A justificativa para o presente resultado se deve porque a interfase possui a fase mais longa, responde por 90% do ciclo, e é caracterizada por intensa atividade metabólica onde se adquire nutrientes, acontece crescimento e duplicação de DNA, pelas fases conhecidas de G1, Fase S, e G2. (CAMPBELL, 2015) 10 Deste modo com a realização de corte do caule da cebola, provocando a morte da célula vegetal, ficou-se inerte abundantes interfases visualizadas no microscópio. Figura 1.2 Ampliação Interfase A prófase é o primeiro estágio da mitose; onde acontece a condensação dos cromossomos por meio de enrolamento da cromatina. Os cromossomos estão distribuídos de modo homogêneo no nucleoplasma, e produzem um espaço vazio no centro do núcleo e também acontece a desintegração do envoltório nuclear. (DE ROBERTIS,2017). As características presentes na literatura se confirmam através dos resultados obtidos na pratica laboratorial, que mostra uma granulação, e homogeneidade, conforme (figura 1.3). Entretanto não se pôde visualizar os cromossomos por possuírem dimensões muito pequenas. O tempo e a taxa da divisão celular em diferentes partes de uma planta ou de um animal são cruciais para a normalidade do crescimento, do desenvolvimento e da manutenção. A frequência da divisão celular varia de acordo com o tipo de célula. (CAMPEBELL,2015) Assim sendo, esta fase também é caracterizada por ter uma duração longa, justificando sua grande quantidade captada. Figura 1.3 Ampliação Prófase 11 A segunda fase da mitose é a metáfase. Nesta fase os cromossomos chegaram ao máximo de seu espessamento e visibilidade; cada cromossomo prende-se a fibra do fuso mitótico, pelo seu centrômero, na região mediana da célula. Na figura 1.4, obtida no experimento, é possível notar que os cromossomos dispõem de grande parte da célula e estão bastante agrupados. Figura 1.4 Ampliação Metáfase A anáfase é a fase mais curta de todo o ciclo celular. Conforme figura 1.5. observa-se que os cromossomos são puxados para polos opostos dentro da célula. Esta característica se deve ao fato do acontecimento de separação simultânea de todas as cromátides-irmãs junto aos centrômeros Figura 1.5 Ampliação Anáfase Nesta fase foi possível observar dois núcleos como apresentado na figura 1.6. Nota-se que se formaram um envoltório nuclear ao redor de cada ‘’lote’’ de cromossomos. Neste período termina a mitose e começa outro ciclo chamado de citonese. Figura 1. 6 Ampliação Telófase 12 6.CONCLUSÃO Pode-se concluir que a mitose é um processo importante para os vegetais, pois possibilita o seu crescimento e desenvolvimento. Por meio da correta manipulação e preparação dos materiais e dos procedimentos para a observação do meristema das raízes de cebola, observou as células através de aspectos relevantes, tendo como resultado as fases de interfase, prófase, metáfase, anáfase e telófase, não podendo distinguir na interfase os estágios S, G1 e G2. 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BRAMMER, Sandra Patussi ; TONIAZZO, Claudia ; POERSCH, Liane Balvedi . Corantes comumente empregados na citogenética vegetal. São Paulo – SP/Brasil: [s.n.], 2013. 2 p. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/aib/v82/1808- 1657-aib-1808-1657000192013.pdf>. Acesso em: 28 maio 2018. DE ROBERTIS, Edward M.; HIB, José. Biologia Celular e Molecular. 16. ed. Rio de Janeiro-RJ: Guanabara Koogan, 2017. 18 p. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2386-2>. Acesso em: 28 maio 2018. KERBAUY, Gilberto Barbante. Fisiologia vegetal 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 191 []p. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-1990-2>. Acesso em: 28 maio 2018. PREPARO de lâmina para observação de mitose de célula vegetal ao microscópio óptico. Campinas-SP: Universidade Estadual de Campinas, 2011. 4 p. Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/19278/9_E_2_2_16_mitose.pdf?sequence=5>. Acesso em: 28 maio 2018 RAVEN, Peter H , EVERT, Ray F.; EICHHORN, Susan E .Células e tecidos do corpo da planta : Meristemas apicais e suas derivadas. Biologia Vegetal. 8°. ed. [S.l.]: Guanabara Koogan, 2014. cap. 23, p. sem página. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2384-8>. Acesso em: 03 jun. 2018. REECE, Jane B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre/ RS: ARTMED EDITORA LTDA., 2015. 235,242 p. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582712306>. Acesso em: 28 maio 2018 SCHWAMBACH, Cornélio; SOBRINHO, Geraldo Cardoso. Fisiologia Vegetal Introdução às Características, Funcionamento e Estruturas das Plantas e Interação com a Natureza. 1. ed. São Paulo – SP/Brasil: Érica, 2014. 16- 17 p. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536521572>. Acesso em: 28 maio 2018.
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