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Atividade de Constitucional 16-03

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Atividade de Constitucional
Habeas corpus: O habeas corpus previsto na Constituição de 1988 trata-se de um dos remédios constitucionais, como são chamados instrumentos que visam garantir algum direito fundamental do indivíduo.
Ele pode ser acionado sempre que alguém sofrer ou se sentir ameaçado de sofrer violência, ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. É o que diz o inciso LXVIII do artigo 5º da Constituição. Em outras palavras, o habeas corpus é uma forma de prevenir ou anular a prisão arbitrária, feita por motivos outros que não o estrito cumprimento da lei.
O Código de Processo Penal, entre os artigos 647 e o 667, estabelece praticamente tudo o que diz respeito a este remédio constitucional.
CPP - Decreto Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
Art. 667. No processo e julgamento do habeas corpus de competência originária do Supremo Tribunal Federal, bem como nos de recurso das decisões de última ou única instância, denegatórias de habeas corpus, observar-se-á, no que Ihes for aplicável, o disposto nos artigos anteriores, devendo o regimento interno do tribunal estabelecer as regras complementares
O habeas corpus tem origem na antiga common law inglesa, ainda no século XII. Hoje está presente nos ordenamentos jurídicos de diversos países, como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, boa parte da Europa, Paquistão e Filipinas.
Habeas Corpus Preventivo e Liberatório. 
O habeas corpus pode ter duas formas, concedido em duas situações distintas:
Habeas corpus preventivo: quando ainda existe apenas uma ameaça ao direito. Nesse caso, qualquer pessoa física que se achar ameaçada de sofrer lesão a seu direito de locomoção tem direito de fazer um pedido de habeas corpus. Essa pessoa é chamada de “paciente” no processo. O acusado de ferir seu direito é denominado “coator”.
Habeas corpus liberatório: é o tipo mais comum, usado depois que o cidadão já teve sua liberdade restringida, por exemplo, por prisão preventiva. Se o tribunal ou juiz considerar que a prisão não tem justificativa, ou possui alguma ilegalidade, a pessoa é solta.
Quem pode pedir Habeas Corpus? 
As leis brasileiras garantem que qualquer cidadão pode impetrar uma petição de habeas corpus. Para fazer isso, basta elaborar o documento contendo o nome da pessoa que sofreu a coação ou ameaça a espécie de constrangimento sofrida ou as razões pelas quais se sente ameaçado e a assinatura (tudo isso está no Código de Processo Penal, Art. 654, § 1).
É um direito tão amplamente garantido que até a presença de um advogado é dispensável (ainda que possa ser desejável). O Ministério Público também se encarrega de elaborar pedidos de habeas corpus em favor de cidadãos. A própria Constituição garante que as ações de habeas corpus são gratuitas.
E ainda tem mais: o habeas corpus não é um recurso que protege o cidadão apenas da prisão. Esse recurso pode ser usado em diversas outras situações. 
Quem julga o Habeas Corpus? 
A competência de julgar um habeas corpus é da autoridade judiciária hierarquicamente superior àquela que determinou a coação. Quando o coator da ação for Tribunal Superior, por outro lado, compete julgar o habeas corpus o Supremo Tribunal Federal (STF). O STF também julga habeas corpus de Presidente e Vice-presidente da República, Ministros de Estado e membros do Congresso Nacional, por exemplo.
Mandado de segurança coletivo e individual: O Mandado de Segurança segundo De Plácido e Silva exprime: “[…] a ação intentada pela pessoa no sentido de ser assegurado em um direito, certo e incontestável, ameaçado ou violado por ato de autoridade, manifestadamente inconstitucional e ilegal […] sua finalidade é a de anular o ato ilegal, que violou o direito, ou de impedir que se execute a ameaça contra o direito.” 
O art. 5° inciso LXIX da Constituição Federal discorre sobre a concessão de mandado de segurança para obter proteção de direito líquido e certo; desde que o direito a ser beneficiado pelo mandamus (ação constitucional), não possa ser amparado nas hipóteses de Habeas Corpus ou Habeas Data. Entretanto, não basta o mero desrespeito a direito líquido e certo, a fim de se postular o mandado de segurança, mas que também, o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder seja autoridade pública ou agente de pessoas jurídica no exercício de atribuições do Poder Público competente.
De acordo com o artigo 5º, inciso LXX, da Constituição Federal de 1988, hipóteses que foram repetidas no artigo 23 da Lei n. 12.016, estão autorizados a impetrar mandado de segurança coletivo:
– partido político com representação no Congresso Nacional;
– organização sindical;
– entidade de classe e
– associação
Assim como todos os remédios constitucionais, o mandado de segurança pode ser acionado por qualquer cidadão que acredite que algum direito seu foi violado, ou que tenha motivos razoáveis para acreditar que seus direitos serão violados. Por outro lado, não é uma ação gratuita, tal como o habeas corpus e o habeas data. Além disso, o cidadão precisa acionar um advogado. Pessoas jurídicas também têm direito ao mandado de segurança.
São exemplos de grupos autorizados a impetrar um mandado de segurança coletivo: 
Partidos políticos; 
Organizações sindicais; 
Entidades de classe;
Associações em funcionamento há mais de um ano.
Competência
Supremo Tribunal Federal (Art. 102, I, “d” da Constituição Federa)- Atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal.
Superior Tribunal de Justiça (Art. 105, I, “b” da Constituição Federal) - Atos de Ministros de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Superior Tribunal de Justiça.
Tribunal Regional Federal (Art. 108, I, “c” da Constituição Federal) - Ato de Juiz Federal ou do próprio Tribunal Regional Federal.
Juiz Federal (Art. 109, VIII da Constituição Federal) - Atos de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos Tribunais Federais.
Tribunais (Súmula 41/STJ e Súmula 624/STF) - Atos dos próprios Tribunais
Exemplo 1: João deseja fechar a sua empresa. A documentação e pagamento de tributos da sua empresa estão em dia, não havendo qualquer irregularidade ou óbice ao fechamento dela. Ao comparecer ao órgão competente para promover a extinção de sua empresa, referido órgão denega o pedido sem justificativas legais, obrigando João a manter a empresa ativa pagando tributos, etc.
João pode impetrar Mandado de Segurança requerendo que seu direito líquido e certo (de fechar a sua empresa quando quiser) seja protegido. Isto porque, ao denegar o fechamento, a autoridade competente agiu com ilegalidade/abuso de poder (uma vez cumpridos os necessários requisitos, não há que se falar em discricionariedade do Poder Público em manter a empresa privada aberta).
Mandado de injunção: O Mandado de Injunção é um writ constitucional, previsto no Inciso LXXI, art. 5º da Constituição Federal, por meio do qual, é outorgado ao legítimo interessado a obtenção, mediante decisão judicial de equidade, a imediata e concreta aplicação de direito, liberdade ou prerrogativa inerente à nacionalidade, à soberania popular ou à cidadania, quando a falta de norma regulamentadora torne inviável o seu exercício (SILVA, José Afonso da. apud Oliveira, Ana Carolina de, 2010)
É notória a importância do mandado de injunção para o ordenamento jurídico brasileiro, uma vez que, além da defesa de direitos e garantias fundamentais, impulsiona a elaboração de normas possibilitem o exercício destes direitos.
Através do Mandado de Injunção, foi permitido o direito de greve para os funcionários públicos, ou então, melhorias previdenciárias referentes à aposentadoria e tempo de serviço.
Não o bastando, atua ainda como um forte meio de controlede constitucionalidade, permitindo inclusive, ao Judiciário, formular normas que regulamentem provisoriamente a situação do seu impetrante, sem que apresente ofensa à separação dos poderes.
Desde sua origem, na Constituição Federal de 88, o Mandado de Injunção sofreu significativas alterações referentes ao seu cumprimento, anteriormente, o Judiciário ordenava a realização de norma regulamentadora, atualmente, ele regulariza a situação previamente.
Conclui-se que o Mandado de Injunção, encontra-se entre os mais importantes remédios constitucionais, pois, através dele é possível cobrar do legislativo a regulamentação de um direito ou garantia fundamental, que em razão da inércia legislativa, o impetrante não consegue exercer.
Mandado de Injunção Coletivo: A análise do cabimento do mandado de injunção coletivo decorre da sistematização da própria Constituição Federal, já que o remédio constitucional está previsto no Título II: Direitos e Garantias Fundamentais, onde em seu Capítulo I, denominado: “Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos”.
O Supremo Tribunal Federal reconhece a possibilidade de impetração de mandado de injunção coletivo, mesmo que não tenha sido expressamente previsto na letra da norma constitucional, mas o admite com base no § 2o. do artigo 5o. da Carta Magna, que expressa que:
“Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”.
Assim, é cabível, por exemplo, a impetração de mandado de injunção coletivo com o objetivo de que seja criada norma jurídica regulamentadora do direito de seus associados pelo Juiz, desde que atendidos os pressupostos contidos no art. 5o., LXXI. Nesse sentido, Nery Junior (2009, p. 244) transcreve em sua obra um precedente proferido pela Corte Suprema, por intermédio do julgamento do MI 472-2, e fez contar que: Mandado de Injunção. Organismos sindicais e entidades de classe. O STF firmou-se no sentido de admitir a utilização... (STF, MI 472-2, Rel. Min. Celso de Mello, j. 16.11.1994, DJU 22.11.1994, p. 31867).
Sendo o mandado de injunção coletivo destinado à tutela de direitos coletivos em sentido lato, é o que se depreende da leitura do artigo 21 da Lei Federal número 12.016/2009, que Disciplina o mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências, aplicável ao mandado de injunção individual ou coletivo, no que for cabível. Nota-se que o inciso XXI do artigo 5o. da CF/88, expressa que “as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente”.
A competência para o mandado de injunção é fixada tendo em vista o órgão ou autoridade que deveria ter elaborado a norma regulamentadora e se omitiu. O artigo 102, inciso I, alínea q da Carta Magna expressa que será competente para processar e julgar o mandado de injunção o Supremo Tribunal Federal, quando estiver no polo passivo o Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de quaisquer das Mesas dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, dos Tribunais Superiores ou do Supremo Tribunal Federal.
Já o artigo 105, inciso I, alínea h, da Carta Constitucional expressa que será competente para processar e julgar o mandado de injunção o Superior Tribunal de Justiça, quando estiver no polo passivo entidade ou autoridade federal da administração direta ou indireta, excetuando os casos que são de competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal.
 Habeas data: é um remédio constitucional, previsto no artigo 5º, inciso LXXII, destinado a assegurar que um cidadão tenha acesso a dados e informações pessoais que estejam sob posse do Estado brasileiro, ou de entidades privadas que tenham informações de caráter público. Ou seja, é o direito de saber o que o governo sabe (ou afirma saber) sobre você. Ele também pode ser acionado para corrigir dados pessoais que estejam inexatos.
O habeas data surgiu no ordenamento jurídico brasileiro com a Constituição de 1988. Foi inspirado pelas legislações de Portugal, Espanha e Estados Unidos, que desde os anos 1970 passaram a incluir o direito de cidadãos acessarem dados pessoais em bancos de entidades governamentais. Segundo Arnoldo Wald e Rodrigo Fonseca, a inclusão do habeas data na Constituição foi motivada por um fator político: o Sistema Nacional de Informações (SNI), banco de dados mantido pelo regime militar (1964-1985), reunia diversas informações sobre os cidadãos brasileiros. O remédio facilitou o acesso aos dados do SNI.
É garantido a todo cidadão brasileiro o direito a requerer habeas data. A ação é gratuita, não são cobradas custas judiciais. Mas o cidadão precisa acionar um advogado. É importante perceber também que o impetrante pode apenas pedir acesso a seus próprios dados, e não de terceiros. Uma exceção a essa regra ocorre no caso de um cônjuge pedir a liberação de dados do parceiro falecido. Além disso, pessoas jurídicas também têm direito de ajuizar ações de habeas data.
Segundo súmula do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o habeas data só é cabível se antes disso o cidadão solicitar o acesso a dados pessoais a um órgão público e esse órgão se negar a disponibilizar os dados. Sem essa recusa prévia, o pedido de habeas data é negado.
Por conta disso, o cidadão precisa observar o rito estabelecido pela lei 9.507/97, que regula o habeas data. Antes de qualquer coisa, a pessoa interessada deve apresentar um pedido de acesso aos dados para o órgão público, que por sua vez tem dois dias para analisar o pedido. Feita a análise, o cidadão é informado em 24 horas da decisão do órgão. Se recusado o requerimento, cabe o habeas data. Em casos de inexatidão de dados, o interessado deve fazer uma petição com documentos que comprovem o problema. Apresentada a petição, o órgão tem 10 dias para corrigir os dados inexatos e comunicar a correção para o requerente.
Digamos que você tenha pedido seus dados pessoais a um órgão público e este se recusou a entregá-las. E agora, quais são os próximos passos?
A primeira coisa que você deve fazer é elaborar uma petição inicial, que precisa cumprir os requisitos mínimos (art. 319 do Código de Processo Civil), além de incluir provas. Essa petição precisa ser entregue em duas vias ao tribunal. O órgão processado (chamado de coator) recebe uma dessas vias e tem 10 dias para prestar esclarecimentos.
Após esse prazo, o Ministério Público deve se manifestar em cinco dias e por fim, o juiz terá outros cinco dias para proferir a sentença. Se aceito o pedido de habeas data, o juiz marcará uma data para que o órgão coator disponibilize os dados ao cidadão. E é assim que o habeas data garante, em questão de dias, o acesso aos dados solicitados.
Ação Popular: O inciso LXXIII do artigo 5º da Constituição descreve a ação popular como instrumento destinado à anulação de atos lesivos ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Ou seja, os cidadãos brasileiros podem propor uma ação popular sempre que considerarem que uma ação do poder público foi prejudicial a algum desses itens. O remédio é regulamentado pela Lei 4.717, de 1965.
Segundo doutrinadores como Hely Lopes Meirelles e Alexandre de Moraes, a ação popular visa proteger direitos difusos, coletivos. Por isso, o maior beneficiário de uma ação popular não é a pessoa que a criou, e sim a população em geral.
Ao contrário de ações como o habeas data e o mandado de injunção, que foram criados apenas na Constituição de 1988, a ação popular está presente no ordenamento jurídico brasileiro há muito tempo, mais precisamente desde 1824, quando foi criada a primeira constituição brasileira.
Apesar de que a lei se refere à ação popular como um remédio a ser usado para anular atos já tomados, é possível usar esse instrumento deforma preventiva, evitando que o ato lesivo se concretize. Isso é possível no caso de ameaça de dano ao patrimônio cultural. Por exemplo: se algum órgão público determina que um prédio histórico tombado deve ser demolido, um cidadão pode entrar com uma ação popular pedindo a suspensão desse ato, evitando que a demolição aconteça.
A Constituição garante que qualquer cidadão pode ser parte de uma ação popular. Isso inclui todos os eleitores, até mesmo os que possuem 16 ou 17 anos de idade. Além disso, é uma ação gratuita: o reclamante não precisa pagar custas judiciais, a não ser que seja comprovado que agiu de má fé. Também não precisa pagar os chamados honorários de sucumbência – a obrigação da parte vencida do processo em pagar os honorários do advogado da parte vencedora.
Por outro lado, é obrigatória a contratação de um advogado, o que, na avaliação de Jeferson Marin e Ailor Brandelli, torna-se um obstáculo para que mais ações populares sejam feitas.
Segundo a lei, a ação popular deve ser julgada pelo juiz de primeiro grau do estado onde foi feito o ato questionado. O Supremo Tribunal Federal (STF), que julga outros remédios, tem competência originária apenas sobre ações populares cujas decisões possam causar conflitos entre os entes da federação brasileira (estados, municípios, Distrito Federal e União).
Se o juiz aceita uma ação popular, o ato que foi objeto da ação é invalidado e a instituição responsável por ele é condenada a pagar uma indenização. Se for comprovado que um ou mais funcionários públicos tiveram dolo ou culpa no ato, o Estado entra com uma ação de regresso para cobrar desses funcionários o pagamento da indenização.
Referencia: 
Lei 4.717/65 – Marin e Brandelli: “O controle da Administração Pública pela Ação Popular” – Para Entender Direito: honorários de sucumbência
Constituição, art. 5º, LXXII – Lei 9.507 – Súmula 2 do STJ – Revista de Informação Legislativa: “O habeas data na Lei 9.507/97” – STJ: HD 147
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MEIRELLES, Hely Lopes. MENDES, Gilmar Ferreira. WALD, Arnoldo. Mandado de Segurança e Ação Constitucionais. 24ª Ed. Malheiros Editores. São Paulo. 2012.
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