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Profª Ma. Maíra Bogo Bruno DIREITO CONSTITUCIONAL II INTERVENSÃO Art. 34 a 36, CF/88 AULA 4 – 22 de fevereiro de 2018 Divisão Espacial do Poder CONTEÚDO PROGRAMÁTICO INTERVENÇÃO AUTONOMIA E EQUILÍBRIO FEDERATIVO CARACTERÍSTICAS CONCEITO MODALIDADES INTERVENÇÃO FEDERAL PRESSUPOSTOS FASES MODOS DE INICIATIVA INTERVENÇÃO FEDERAL CONTROLE POLÍTICO E JURISDICIONAL CESSAÇÃO INTERVENÇÃO ESTADUAL MODOS DE INICIATIVA CONTROLE POLÍTICO MOTIVOS AUTONOMIA E EQUILÍBRIO FEDERATIVO “É A CAPACITADE DE AGIR DENTRO DE CÍRCULO PREESTABELECIDO”. Silva, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 22 ed. São Paulo: Malheiros: 2003 Págs. 482 e 483. “É PODER LIMITADO E CIRCUNSCRITO E É NISSO QUE SE VERIFICA O EQUILÍBRIO DA FEDERAÇÃO”. A. ATO POLÍTICO B. OPOSTO DA AUTONOMIA C. MEDIDA EXCEPCIONAL INTERVENÇAO CARACTERÍSTICAS – ART. 34 E 35 TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. Pág. 1124. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. INTERVEÇÃOCONCEITO “É UM INSTITUTO QUE FAZ PARTE DO SISTEMA FEDERATIVO E TEM A FUNÇÃO DE INTEGRAR A NAÇÃO E MANTER A TRANQUILIDADE PÚBLICA”. SANTOS, Marcelo Neres dos. Intervenção federal – Uma medida de exceção. Revista da EJUSE. Nº 25, 2016 – Doutrina, pág. 234. Disponível em: https://bdjur.stj.jus.br/jspui/bitstream/2011/102600/intervencao_federal_medida_santos.pdf. Acesso em: 20. fev. 2018. MODALIDADES INTERVENÇÃO FEDERAL INTERVENÇÃO ESTADUAL INTERVENÇÃO FEDERAL PRESSUPOSTOS DE FUNDO – CASOS E FINALIDADES: constituem situações críticas que põem em risco: a segurança do Estado (art. 34, I e II, CF/88); o equilíbrio federativo (art. 34, II, III e IV, CF/88); as finanças estaduais (art. 34 , V, CF/88); a estabilidade da ordem constitucional (art. 34, VI e VI, CF/88). Silva, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 22 ed. São Paulo: Malheiros: 2003 Pág. 484. INTERVENÇÃO FEDERAL PRESSUPOSTOS FORMAIS – LIMITES E REQUISITOS: referem-se aos procedimentos que o decreto de intervenção dependerá: da verticalização dos motivos que a autorizam (art. 34, I, II, III e V, CF/88); da competência para iniciativa (art. 34, IV, CF/88); da desobediência a lei federal, ordem ou decisão judicial (art. 34 , VII, CF/88); da inobservância de princípios constitucionais fundamentais (art. 34, VII, CF/88). Silva, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 22 ed. São Paulo: Malheiros: 2003 Págs. 484 e 485. a) INICIATIVA; b) FASE JUDICIAL (SOMENTE EM DUAS DAS HIPÓTESES DE INTERVENÇÃO – ART. 34, VI E VII); c) DECRETO INTERVENTIVO; d) CONTROLE POLÍTICO (NÃO OCORRERÁ NAS HIPÓTESES DO ART. 34, VI E VII). INTERVENÇÃO FEDERAL FASES TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. Pág. 1125. INTERVENÇÃO FEDERAL MODOS DE INICIATIVA ESPONTÂNEA (art. 34, I a V, CF/88). PROVOCADA (art. 34, IV, VI e VII, CF/88) Ex officio (art. 84, X, CF/88) Por solicitação (art. 34, IV, CF/88) Por requisição (art. 34, VI e VII, CF/88) STF, STJ OU TSE AUTORIDADE COACTA O decreto presidencial, que deve especificar a amplitude, o prazo e as condições da execução da intervenção e, se necessário for, afaste as autoridades locais e nomeie temporariamente um interventor, deverá ser submetido à apreciação do Congresso Nacional, em 24 horas (art. 36, §§ 1º e 2º), que poderá rejeitar (cessa a intervenção, sob pena de crime de responsabilidade – art. 85, II) ou aprovar (expede decreto legislativo), conforme art. 49, IV. Na intervenção espontânea o Presidente deve ouvir os Conselhos da República ´(art. 90, I)e o de Defesa Nacional (90, II) e, após, poderá discricionariamente decretar a intervenção. INTERVENÇÃO FEDERAL CONTROLE POLÍTICO Não há sobre o ato de intervenção (decreto presidencial), nem sobre esta, salvo: - manifesta infringência às normas constitucionais, sobretudo na intervenção que dependa de solicitação (art. 34, IV) ou requisição (art. 34, VI e VII); - inobservância da suspensão da intervenção mediante controle político do Congresso Nacional (art. 85, I). INTERVENÇÃO FEDERAL - CONTROLE JURISDICIONAL CESSAÇÃO DA INTERVENÇÃO FEDERAL CAUSAS: suspensão ou transcurso do prazo CONSEQUÊNCIAS: as autoridades afastadas de seus cargos a eles voltarão, salvo impedimento legal (art. 36, §4º, CF/88): Fim do mandato (cassação ou extinção); Renúncia ao mandato; Morte; Perda ou suspensão dos direitos políticos. Em tais casos deverão assumir aqueles que a Constituição Estadual indicar (Vice-Governador ou Presidente da Assembleia Legislativa. INTERVENÇÃO ESTADUAL FUNDAMENTO: Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. INTERVEÇÃO ESTADUAL MODOS DE INICIATIVA ESPONTÂNEA (art. 35, I, CF/88). PROVOCADA (art. 35, IV, CF/88) Por solicitação Por requisição TRIBUNAL DE JUSTIÇA AUTORIDADE COACTA O decreto governamental, que deve especificar a amplitude, o prazo e as condições da execução da intervenção e, se necessário for, afaste as autoridades locais e nomeie temporariamente um interventor, deverá ser submetido à apreciação da Assembleia Legislativa, em 24 horas (art. 36, §§ 1º e 2º), que poderá rejeitar (cessa a intervenção sob pena de intervenção federal no estado, art. 35, cput) ou aprovar (expede decreto legislativo). Só haverá controle político nos casos de intervenção estadual espontânea (art. 35, I a III, CF/88). INTERVENÇÃO ESTADUAL CONTROLE POLÍTICO CESSAÇÃO DA INTERVENÇÃO ESTADUAL CAUSAS: suspensão ou transcurso do prazo CONSEQUÊNCIAS: as autoridades afastadas de seus cargos a eles voltarão, salvo impedimento legal (art. 36, §4º, CF/88): Fim do mandato (cassação ou extinção); Renúncia ao mandato; Morte; Perda ou suspensão dos direitos políticos. Em tais casos deverão assumir aqueles que a Constituição Estadual indicar (Vice-prefeito ou Presidente da Câmara de Vereadores). A CONSTITUIÇÃO FEDERAL não faz menção a intervenção distrital e municipal, mesmo porque no DF não tem municípios. A CONSTITUIÇÃO FEDERAL não admite a intervenção da União nos municípios, salvo nos localizados em Território Federal. #Brasil. Constituição Federal de 1988. 8. Ed. São Paulo: EDIPRO, 1999. SANTOS, Marcelo Neres dos. Intervenção federal – Uma medida de exceção. Revista da EJUSE. Nº 25, 2016 – Doutrina Silva, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 22 ed. São Paulo: Malheiros: 2003. TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. REFERÊNCIAS PRÓXIMA AULA DIVISÃO ORGÂNICA DO PODER AULA 5 – 1º de março de 2018