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CADERNO - Direito Processual Penal 3

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Direito Processual Penal 3 – Nulidades e Recursos
Rivelino Amaral
___
Art.9° da CF/88 c/c Lei 7783/89 Direito de Greve
· Art.10 da lei 7783/89 Serviços Essenciais: V – transporte público
· Art.330 – Crime de Desobediência: competência p/ julgá-los é dos Juizados Especiais, conforme determinado nos artigos 60 e 61 da Lei 9.099/95, que estabelece que os crimes com pena máxima cominada de até 2 anos, serão julgados nos juizados especiais. 
· Pena: 15 dias a 6 meses
__
NULIDADE (art.563 a 573 do CPP)
· Conceito:
Nulidade é um vício processual decorrente da inobservância de exigências legais capaz de invalidar o processo no todo ou em parte. 
Para José Frederico Marques, “a nulidade é uma sanção que, no processo penal, atinge a instância ou o ato processual que não estejam de acordo com as condições de validade impostas pelo Direito objetivo”
· Nulidade é uma espécie de sanção!
· Classificação dos vícios processuais
· Irregularidades
Desatende a exigências formais sem qualquer relevância. A formalidade violada não visa resguardar o interesse de nenhuma das partes. Por essa razão, seu desatendimento é incapaz de gera prejuízo, não acarreta a anulação do processo em hipótese alguma e não impede o ato de produzir seus efeitos e atingir a sua finalidade. 
· Nulidade relativa
Viola exigência estabelecida pelo ordenamento legal. A formalidade é essencial ao ato, pois visa resguardar interesse de um dos integrantes da relação processual. Por esta razão, seu desatendimento é capaz de gerar prejuízo, dependendo do caso concreto. O interesse, no entanto, é muito mais da parte do que de ordem condicionada à demonstração do efetivo prejuízo e à arguição do vício no momento processual oportuno.
· Nulidade absoluta
Nesse caso, a formalidade violada não está estabelecida simplesmente em lei, havendo ofensa direta ao texto Constitucional, mais precisamente aos princípios constitucionais do devido processo legal (ampla defesa, contraditório, publicidade, motivação das decisões judiciais, juiz natural etc.).
“O ato processual inconstitucional, será sempre absolutamente nulo, devendo a nulidade ser decretada de ofício, independentemente de provocação da parte interessada”
· Inexistência
Ato inexistente é aquele que não reúne elementos sequer para existir como ato jurídico. Por exemplo, a sentença assinada por quem não é juiz. 
EXERCÍCIO
Qual a Súmula do STF que proíbe o Tribunal de reconhecer ex offício nulidades, absolutas ou relativas, em prejuízo do réu?
· Princípios básicos das nulidades
· Princípio do prejuízo
Nenhum ato processual será declarado nulo, se dá nulidade não tiver resultado prejuízo para uma das partes (art.563 do CPP)
EXERCÍCIO
Esse princípio se aplica à nulidade absoluta? Não, uma vez que na nulidade absoluta todos os atos são nulos, independentemente de qualquer fato, todos os atos praticados a partir do fato gerador da nulidade, são nulos não passíveis de aproveitamento, independentemente de decisórios ou não.
· Princípio da instrumentalidade das formas ou da economia processual
Segundo esse princípio, a forma não pode ser considerada um obstáculo insuperável, pois o processo é apenas um meio para se conseguir solucionar conflitos de interesse, e não um complexo de formalidades sacramentais e inflexíveis. 
Assim, dispões ele que “não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa”
· Princípio da causalidade ou da sequencialidade
A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a nulidade dos atos que dele diretamente dependem ou sejam consequência. Por exemplo, testemunha de defesa. 
· Princípio do interesse
Só pode invocar a nulidade quem dela possa extrair algum resultado positivo. A lei também não reconhece o interesse de quem tenha dado causa à irregularidade.
· Princípio da convalidação
As nulidade relativas estarão sanadas, se não forem arguidas no momento oportuno. O art.571 estabelece o momento em que as nulidades relativas devam ser alegadas, sob pena de convalidação do ato viciado.
· Princípio da não preclusão e do pronunciamento “ex officio”
As nulidades ABSOLUTAS não precluem e podem ser reconhecidas independentemente de arguição pela outra parte, a qualquer tempo, pelo juiz ou Tribunal, enquanto a decisão não transitar em julgado.
EXERCÍCIO
Na incompetência absoluta, todos os atos serão anulados, mesmo os não decisórios, como colheita de prova oral, deferimento de perícia etc.? Sim, por se tratar de uma incompetência absoluta, nenhum ato produzido após o fato gerador da nulidade pode ser aproveitado.
· Nulidades em espécie
O art.564 do Código de Processo Penal elenca os seguintes casos de nulidade:
I – por incompetência, suspeição ou suborno do juiz
II – por ilegitimidade de parte
III – por falta das fórmulas ou dos termos seguinte: (alíneas A a P)
IV – por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
O suborno, no dizer de Bento de Faria, é a expressão de desonestidade funcional, por corrupção passiva ou por prevaricação. Além de afastar o juiz sem dignidade, sujeita-a à sanção penal. É causa geradora de nulidade absoluta do ato.
EXERCÍCIO
· Falta de nomeação de defensor ao réu presente, que não o tiver, ou ao ausente, gera nulidade?
· A falta ou citação do réu traz que tipo de nulidade para o processo?
· A falta ou nulidade da citação poderá ser sanada?
· O que acarreta a ausência de alegações finais no processo penal?
· Falta de exame de corpo de delito nos delitos não transeuntes, gera nulidade?
· Falta de intimação do réu para julgamento no júri gera nulidade?
JULGADO DO STF
NULIDADE. INTERROGATÓRIO REALIZADO NO MESMO DIA DA CITAÇÃO. AUSENCIA DE PREJUÍZO À DEFESA. DENEGAÇÃO DA ORDEM: “1.A utilização do habeas corpus em substituição ao recurso extraordinário, sem qualquer excepcionalidade que permite a preterição do meio de impugnação previsto pela Lei, configura banalização da garantia constitucional, motivo pela qual deve ser combatida. 2. A lei processual não prevê qualquer exigência de interregno entre a citação do réu e a realização do interrogatório. Precedente: HC 69350/SP, rel. Min. Celso de Mello, DJ de 26-3-1993-3. In casu, o paciente estava preso em razão de outro processo e a citação ocorreu no mesmo dia em que o interrogatório foi realizado. Ao ser citado, teve acesso ao inteiro teor da denúncia, aceitando a contrafé e firmando sua assinatura. 4. A alegada nulidade sequer foi arguida no curso do processo, não havendo como reconhecê-la, em sede de habeas corpus, se não demonstrado o prejuízo para defesa. 5. Parecer pela denegação da ordem. 6. Ordem DENEGADA” (STF, 1ª T., HC 100.319/RS, rel. Min. Marco Aurélio, DJe, 22 jun. 2011)
22.08.2019
	IP (Portaria, Auto de prisão em flagrante, Notícia crime) – O IP é uma peça administrativa, informativa e inquisitorial – Prazo: 10 dias réu preso/30 dias réu solto
	Juiz (abre vista ao MP)
	MP (Conteúdo da denúncia - art. 41, CPP/ até 08 testemunhas) - prova existência do crime e indícios suficientes de autoria/ art. 129, I, CF – função do MP é oferecer denúncia
	Relatório
	Denúncia
	Juiz 
	Citação do réu 
	Resposta à acusação (10 dias) – Esse prazo não é preclusivo. O processo fica parado até a manifestação da resposta à acusação. A denúncia é pessoal e intransferível. 
Art. 366, CPP – possibilidade de citar o réu por edital, suspender o processo, o prazo prescricional, determinar a produção antecipada de provas e decretar prisão preventiva.
	Juiz
	Audiência de instrução e julgamento – Sumário de Execução, Sumário de defesa e Interrogatório. 
	Diligências (art. 402, CPP)
	Alegações finais (orais) 20`prorrogáveis por mais 10 / Memoriais (escritas) motivo de grande repercussão e número expressivo de réus. Prazo: 05 dias 
	Sentença de pronúncia (interlocutória). Em crime doloso contra a vida. Não põe fim ao processo -> Cabe Recurso em Sentido Estrito
Sentença terminativa – condenatória ou absolutório – Cabe Apelação
	RECURSO EM SENTIDO ESTRITO: Tem a possibilidade do juiz se retratar / ao TJ / prazo 05 dias 
	APELAÇÃO:Não há possibilidade de retratação/ ao TJ / prazo: 05 dias
	EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: Não possui efeito modificativo /Prazo de 02 dias/ todas as decisões cabem embargos de declaração. 
OBS: se no exercício apresentar que a sentença for publicada em 03 dias, não cabe embargo de declaração
Na 9.099/95, o prazo para embargos de declaração é de 05 dias. 
	Acórdão – cabe embargos de declaração no prazo de 02 dias
	Recurso Especial (STJ)
	Recurso Extraordinário (STF)
	
	A “sentença” determinada pelo júri é in dubio pro reo
	A sentença de pronúncia não pode entrar no mérito, caso contrário cabe recurso em sentido estrito
	Homicídio simples –
Art. 121 – Matar alguém (preceito primário)
Pena: 6-20 anos
Pena abstrato: não tem sentença. O prazo prescricional é computado pela máxima. (art. 109, CP). 
Pena em concreto: fixada a sentença. EX: 06 anos, o prazo prescricional é 12 anos, conforme o art. 109, CP.
	Sistema trifásico: art. 68, CP – 1º circunstâncias art. 59 – 2º atenuante e agravante – causas 3º de aumento e diminuição. 
	Aceita a transação penal o indivíduo permanece como primário. 
RECURSOS 
· Conceito
Recurso é a providência legal imposta ao juiz ou concedida à parte interessada, consistente em um meio de se obter nova apreciação da decisão ou situação processual, com o fim de corrigi-la, modificá-la ou confirmá-la. Trata-se do meio pelo qual se obtém o reexame de uma decisão.
Segundo Tourinho Filho, “a palavra recurso vem do vocábulo latino recursus, que significa corrida para trás, caminho para voltar, volta” (processo penal, cit., v.4, p.247).
 Lembrete
Juizo a quo: é o órgão prolator da decisão recorrida;
Juizo ad quem: é o órgão a quem se pede o reexame e reforma da decisão
· Pressupostos processuais objetivos
a) Cabimento: 
O recurso deve estar previsto em lei. Logo, de nada adianta interpor um recurso que inexiste no direito processual penal, como, por exemplo, o agravo de instrumento.
b) Adequação: 
O recurso deve ser adequado à decisão que se quer impugnar, pois, para cada decisão, a lei prevê um recurso adequado.
c) Tempestividade: 
A interposição do recurso deve ser feita dentro do prazo previsto em lei.
d) Regularidade: 
O recurso deve preencher as formalidades legais para ser recebido.
e) Fatos impeditivos: 
São aqueles que impedem a interposição do recurso ou seu recebimento, e, portanto, surgem antes de o recurso ser interposto, como, por exemplo, a renúncia
f) Fatos extintivos: 
São os fatos supervenientes à interposição do recurso, que impedem seu conhecimento. São fatos extintivos, tanto a desistência quanto e a deserção.
EXERCÍCIO
Você sabe o que são os princípios da unirrecorribilidade e da fungibilidade dos recursos? Unirrecorribilidade das decisões (art. 809). Apesar disso, por força do princípio da fungibilidade dos recursos, também chamada de teoria do recurso indiferente, a interposição equivocada de um recurso pelo outro não impede o seu conhecimento, desde que oferecido dentro do prazo correto e contanto que não haja má-fé do recorrente. Neste sentido, o art. 579 do CPP, ao dispor: “salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro”. Além da inexistência de má-fé, a jurisprudência tem exigido que o recorrente não incorra em erro grosseiro e obedeça o prazo do recurso correto.
· Pressupostos processuais subjetivos:
a) Interesse jurídico: dispõe o art. 577, §único que “Não se admitirá, entretanto, recurso da parte que não tiver interesse na reforma ou modificação da decisão”.
b) Legitimidade: o recurso deve coincidir com a posição processual da parte.
· Efeitos:
a) Devolutivo: 
É comum a todos os recursos. Consiste em transferir à instância superior o conhecimento de determinada questão. Trata-se da devolução ao órgão jurisdicional para o reexame da matéria objeto da decisão.
b) Suspensivo: 
O recurso funciona como condição suspensiva da eficácia da decisão, que não pode ser executada até que ocorra o julgamento final
EXERCÍCIO
No silencio da lei, o recurso suspensivo é aplicado? 
c) Extensivo: 
Está previsto no art. 580 do Código de Processo Penal. No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos demais. Exige que as situações processuais sejam idênticas (RTJ, 67/685). Mesma participação e mesmo perfil criminoso dos agentes. 
d) Regressivo, iterativo ou diferido: 
É o efeito que possibilita o juízo de retratação por parte do órgão recorrido, possibilitando, assim, ao prolator da decisão, a possibilidade de alterá-la ou revogá-la parcial ou inteiramente (p. ex.: recurso em sentido estrito).
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
· Previsão legal: 
Os embargos de declaração em face de acórdão têm previsão legal no art. 619 do CPP, enquanto os embargos de declaração nas sentenças encontram previsão no art. 382 do CPP. A Lei 9.099/95, que criou os Juizados Especiais criminais, prevê este recurso no art. 83. Os embargos são opostos em peça única
· Cabimento: 
Esse recurso é cabível para sanar ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão na sentença ou acórdão
· Prazo: 
Em regra, no rito ordinário o prazo é de 02 dias corridos. No rito sumaríssimo, o prazo é de 05 dias, também, corridos. 
· Endereçamento: 
Ao juiz da causa que proferiu a sentença ou ao relato do acórdão
· Legitimados: 
A defesa e a acusação, inclusive o assistente de acusação, se houver.
· Pedidos: 
Deve-se pedir a declaração da sentença ou acórdão, a fim de ser sanada a obscuridade, ambiguidade, omissão ou contradição.
30.08.2019 _ HC 126 
APELAÇÃO
Origina-se do latim appellatio, que significa dirigir o palavra a alguém. Tratava-se de um recurso hierárquico com o objetivo de ensejar novo julgamento substitutivo do anterior, com novas provas. Tourinho Filho nos dá conta de sua origem: “A apelação é recurso de largo uso e, salvo engano, deita raízes no direito romano”
 Juízo a quo: é o órgão prolator da decisão recorrida;
 Juízo ad quem: é o órgão a quem se pede o reexame e reforma da decisão. 
 Recurso inominado 
· Conceito
Recurso interposto da sentença definitiva ou com força de definitiva, para a segunda instância, com o fim de que se proceda ao reexame da matéria, com a consequente modificação parcial ou total da decisão. Para Bento de Faria, “a apelação é o recurso manifestado pela parte que se julga prejudicada pela decisão judicial e interposto para o Tribunal superior para que a revogue no todo ou em parte”
· Característica
É um recurso amplo, porque, em regra, devolve o conhecimento pleno da matéria impugnada. “A força extensiva desse recurso devolve ao Tribunal o conhecimento integral da ação, ou da parte da qual se recorra quando assim for interposta”
· Impossibilidade de formulação de novo pedido
É importante frisar que o apelante não pode formular na apelação novo pedido, até então inexistente na instância inferior. Caso isto fosse possível, não haveria recurso, mas nova ação proposta originariamente em segunda instância, com clara afronta ao princípio do duplo grau de jurisdição.
· Residual
É um recurso residual, que só pode ser interposto se não houver previsão expressa de cabimento de recurso em sentido estrito para hipótese. 
· Previsão Legal – Cabimento
· Art.593 e incisos do CPP e art.82 da Lei n°9.099/95.
· Este recurso é cabível para enfrentar as seguintes decisões
· Sentenças definitivas condenatórias ou absolutórias proferidas por juiz singular ou pelo Tribunal do Júri; 
· Decisões definitivas ou com força de definitiva, para as quais não esteja previsto recurso em sentido estrito;
· Decisão que rejeita a denúncia ou a queixa, bem como, a decisão que aplica a pena após o aceite da transação penal, nos casos do rito sumaríssimo.
· Prazo
Este recurso também é composto por uma peça de interposição e outra de apresentação das razões. O prazo para a interposição é, em regra, 5 dias. Porém, no caso de apelação por assistente de acusação que não está habilitado, o prazo é de 15 dias, iniciando o prazo a partir do término do prazopara o Ministério Público. 
O prazo para a apresentação das razões é de 8 dias. 
 Atenção: no rito sumaríssimo (Lei n°9.099/95), a apelação tem o prazo de 10 dias e a peça de interposição já deve trazer também as razões.
· Endereçamento - Legitimados
A interposição é dirigida ao juiz da causa que proferiu a Sentença. As razões, ao Tribunal competente ou à Turma Recursal. 
 Legitimados: a defesa e a acusação (MP ou querelante), inclusive o assistente de acusação, se houver, conforme os interesses em causa.
· Pedidos
Na interposição devem ser pedidos:
a) O recebimento do recurso
b) O seu processamento 
c) A remessa ao tribunal. Nas razões, pede-se a reforma da sentença ou decisão. 
· Efeitos
São efeitos da apelação:
a) Devolutivo (tantum devolutum quantum appellatum): 
Devolve o conhecimento da matéria à instância superior
b) Suspensivo: 
Trata-se do efeito da dilação procedimental, que retarda a execução da sentença condenatória. Aplicava-se nos casos de primariedade e bons antecedentes. O art.594 do CPP foi revogado expressamente e o réu somente será preso se estiverem presentes os requisitos da prisão preventiva (CPP, art.387, §1°)
c) Extensivo (CPP, art.580): 
O corréu que não apelou beneficia-se do recurso na parte que lhe for comum. Para ser extensivo a condição dos réus para o que condiz aquele processo deve ser semelhante e os antecedentes, também, ou seja, o efeito de um recurso só terá efeito extensivo ao demais réus não recorrentes, se estes tiverem ação semelhante e antecedentes semelhantes.
EXERCÍCIO
· Diferencie “Reformatio in pejus” e “Reformatio in mellius”
Reformatio in pejus É a possibilidade de o tribunal prejudicar a situação processual do réu, em virtude de recurso da defesa. Por exemplo: o réu apela visando a absolvição e o tribunal não só mantém a condenação como ainda aumenta a pena, sem que haja recurso da acusação neste sentido. O art. 617 do CPP proíbe a reformatio in pejus, ao dispor que o Tribunal não pode agravar a pena quando só o réu tiver apelado. Diz a Súmula 160 do S TF: “É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício”. Assim, a menos que a acusação recorra pedindo o reconhecimento da nulidade, o tribunal não poderá decretá-la ex officio em prejuízo do réu, nem mesmo se a nulidade for absoluta.
Reformatio in mellius Consiste na possibilidade do tribunal, em recurso exclusivo da acusação, melhorar a situação processual do acusado. Por exemplo: o promotor apela para aumentar a pena e o tribunal absolve o réu. No entanto, o entendimento contrário prevalece na jurisprudência. Assim, hoje é pacífico que, como a lei só proibiu a reformatio in pejus, não há qualquer óbice em que o Tribunal julgue extra petita, desde que em favor do réu. O S TJ adotou este entendimento (RE 2.804-SP, DJU, 6 ago. 1990).
· No caso de divergência entre o réu e seu defensor quanto a conveniência da interposição do recurso de Apelação, deve prevalecer a vontade da defesa técnica. 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Se assemelha a apelação, é interposto quando da prolatação de sentença interlocutória. Há a possibilidade de retratação do juízo quando do recurso em sentido estrito.
Tal recurso possibilita ao próprio juiz, sobre o qual foi impetrado o presente recurso, uma reanálise, nova apreciação da questão, antes da remessa dos autos à segunda instância, ou seja, tal recurso é utilizado quando da necessidade que a parte tem de que seja reexaminada uma decisão (art.581, quais decisões em que cabe a aplicação do RESE), pelo próprio juízo que a proferiu e, caso este não entenda ser o caso de retratação, os autos são remetidos a segunda instância, para apreciação e acolhimento ou não do RESE. 
· Previsão legal: art.581 e seus incisos do CPP. 
Trata-se de um rol taxativo (numeros clausus). Há previsão de RESE(recurso em sentido estrito), também, no artigo 294 do CTB (Lei 9.503/97).
· Finalidade: visa atacar decisões interlocutórias (Simples/ Mistas)
As Decisões Interlocutórias não possuem caráter terminativo, ou seja, tais decisões não tratam de mérito, por isso são decisões, em regra, simples. Ex.: decisão que recebe/rejeita denúncia. Contudo, existem decisões interlocutórias que possuem um caráter misto, uma vez que discutem, em parte, questões de mérito, um exemplo, são as sentenças de pronúncia que levam o acusados a júri popular.
Portanto, as decisões interlocutórias tratam de questões incidentais, paralelas ao mérito do processo. Deste modo a finalidade do recurso é REFORMAR (total ou parcial), ANULAR, ESCLARECER ou INTEGRALIZAR decisões interlocutórias, ou seja, a finalidade do recurso em sentido estrito é atacar decisões interlocutórias, visando a sua reforma ou anulação. 
· Cabimento: 
Esse recurso é cabível para enfrentar as seguintes decisões, despachos ou sentenças
a. Decisão que rejeita a denúncia ou a queixa: 
Assim da decisão que as recebe não cabe recurso, por ausência de previsão legal, podendo, entretanto, ser combatida por habeas corpus. 
Ex.: decisão que rejeição da denúncia, neste caso o MP impetrará com RESE (recurso em sentido estrito), 
b. Decisão que concluir pela incompetência do juízo: 
Do contrário, da decisão que concluir pela competência não cabe recurso por ausência de previsão legal, cabendo o combate por via de habeas corpus.
Assim, no rito do Júri, da decisão que desclassifica a infração para outra que não seja dolosa contra a vida, cabe recurso em sentido estrito (art.419, CPP).
c. Decisão que julga procedente as exceções, salvo a de suspeição:
Então, das decisões de rejeição das exceções de incompetência, suspeição, ilegitimidade, litispendência e coisa julgada não cabe recurso, mas cabe HC. 
d. Decisão que impronunciar o réu
e. Decisão que concede, negar, arbitrar, cassar, julgar idônea a fiança ou ainda que julgá-la quebrada ou perdido o seu valor.
f. Decisão que indeferir o pedido de prisão preventiva
Este é um recurso para a acusação. Já se for deferido o pedido de prisão preventiva (PP), a defesa poderá impetrar habeas corpus.
g. Decisão que conceder liberdade provisória sem arbitramento de fiança.
Este também é um recurso da acusação. Já se o juiz negar o requerimento de liberdade provisória cabe a defesa impetrar habeas corpus. 
h. Decisão que relaxar a prisão em flagrante
Nesse caso, o recurso é para a acusação. Se a prisão em flagrante ilegal não for relaxada, deve-se impetrar HC.
i. Decisão que julgar extinta a punibilidade ou que indeferir o pedido de extinção da punibilidade
j. Decisão que conceder ou negar habeas corpus. 
Nesse caso, o recurso é quando a decisão for do juízo de 1ª instância, pois, quando proferida pelos tribunais, cabe o Recurso Ordinário Constitucional.
k. Decisão que anular a instrução criminal no todo ou em parte.
l. Decisão que incluir ou excluir jurado da lista geral.
m. Decisão que denegar a apelação ou julgá-la deserta.
n. Decisão que ordenar a suspensão do processo por questão judicial. 
Neste caso, o recurso é para a acusação. Da decisão que indefere essa suspensão não há previsão de nenhum recurso, podendo ser impetrada a ordem de habeas corpus. 
o. Decisão do incidente de falsidade.
· Prazo e forma:
O RESE é um recurso composto de duas peças, quais sejam: interposições e razões. O prazo para a interposição é de 5 dias e para a apresentação das razões é de 2 dias. Porém, no caso de recurso contra a decisão que inclui ou exclui jurado da lista geral, o prazo é de 20 dias. 
· Endereçamento: 
A interposição é dirigida ao juiz da causa que proferiu a decisão. Já no caso do recurso contra a decisão que incluir ou excluir jurado da lista geral o endereçamento será para o Presidente do Tribunal.
As razões são dirigidas ao Tribunal competente.
· Legitimidade:
A defesa, a acusação e, inclusive o assistente de acusação, se houver, de acordo com o interesse. 
· Pedidos: 
Na peça de interposição deverão ser requeridos o recebimento e o processamento do recurso, além da reforma da decisão que se recorre e, caso seja mantida a decisão, a remessa aotribunal. Já nas razões, devem ser requeridas: a reforma da decisão recorrida e o seu direito que fora negado na 1ª instância. 
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
· Previsão legal: art.609 e parágrafo único do CPP
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária.
Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.
· Cabimento: este recurso é cabível quando o acórdão for contrário à defesa, desde que proferida em sede de apelação, recurso em sentido estrito ou agravo em execução e desde que a votação não tenha sido unânime. 
“Infringentes” são os embargos que tratam de matéria substantiva (material);
“De nulidade” são os embargos que versam sobre matéria processual.
· Prazo: 10 dias
· Endereçamento: esse recurso é composto de uma peça de interposição e de uma peça para apresentação de razões, sendo a de interposição endereçada ao relator do acórdão embargado e a de apresentação de razões ao mesmo tribunal, que proferiu o acórdão. Veja que, neste caso, o recurso não vai para a instância superior. 
· Legitimidade: é um recurso privativo da defesa.
· Pedidos: na peça de interposição, deve-se pedir o recebimento, bem como, o processamento do recurso. Nas razões, pede-se o acolhimento do voto vencido.
CARTA TESTEMUNHAL
· Previsão legal: art.639 do CPP
Art. 639. Dar-se-á carta testemunhável:
I - da decisão que denegar o recurso;
II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem.
· Cabimento: a carta testemunhal tem cabimento no combate à decisão que denegar ou negar seguimento a recurso em sentido estrito e agravo em execução. O cabimento é residual, tendo em vista que, se couber outro recurso, não caberá a Carta Testemunhável.
· Prazo: 48 horas, para interposição e dois dias para as razões
· Endereçamento: como a Carta Testemunhável é composta por duas peças, à interposição é dirigida ao escrivão do cartório e as razões ao tribunal competente.
· Legitimado: quem interpôs o recurso denegado.
· Pedido: na interposição que o tribunal determine ao juízo a quo receba o recurso antes denegado. Caso a carta esteja devidamente instruída (traslado). Poderá o juízo ad quem julgar diretamente a próprio mérito do recurso antes obstado. 
· Tratamento: testemunhante. 
· Testemunhado: o juiz que denegar o recurso
CORREIÇÃO PARCIAL
· Conceito: correição parcial é uma providência administrativo-judiciária contra despachos do juiz que importem em inversão tumultuária do processo, sempre que não houver recurso específico previsto em lei. 
· Natureza jurídica: trata-se de recurso, uma vez que visa a reforma de uma decisão judicial. 
· Legitimidade ativa: têm legitimidade para interpor correição parcial o réu, o Ministério Público, o querelante e o assistente da acusação.
· Objeto do recurso: corrigir o erro cometido pelo juiz em ato processual, que provoque inversão tumultuária no processo (error in procedendo). Não é adequada a correição quando se pretende impugnar error in judicando, ou seja, quando seu objeto versar sobre decisão que envolve matéria de mérito. A correição parcial só é admissível quando não existir recurso específico para impugnar a decisão. 
20.09.2019
AGRAVO EM EXECUÇÃO
Art. 176 POSSIBILIDADE_ Em qualquer tempo, ainda no decorrer do prazo mínimo de duração da medida de segurança, poderá o Juiz da execução, diante de requerimento fundamentado do Ministério Público ou do interessado, seu procurador ou defensor, ordenar o exame para que se verifique a cessação
De acordo com o art.197 da Lei de Execução Penal (Lei n°7210/84), das decisões proferidas pelo juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo. Portanto, tratando-se de decisão proferida pelo juízo das execuções, o recurso adequado será o agrado em execução
· Hipóteses de cabimento
Considerando que o recurso de agravo em execução é o instrumento adequado para a impugnação das decisões proferidas pelo juízo das execuções, parece-nos que, antes mesmo de analisarmos as peculiaridades desse recurso, é de fundamental importância relembrarmos o competência do juízo da execução.
Acerca do assunto, o art.66 da LEP preceitua que compete ao Juiz da execução.:
· Art.66 da LEP
Art. 66 ROL TAXATIVO_ Compete ao Juiz da execução:
I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado;
II - declarar extinta a punibilidade;
III - decidir sobre:
a) soma ou unificação de penas;
b) progressão ou regressão nos regimes;
c) detração e remição da pena;
d) suspensão condicional da pena;
e) livramento condicional;
f) incidentes da execução.
IV - autorizar saídas temporárias;
V - determinar:
a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua execução;
b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liberdade;
c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos;
d) a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança;
e) a revogação da medida de segurança;
f) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior;
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca;
h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do artigo 86, desta Lei.
VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança;
VII - inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade;
VIII - interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver funcionando em condições inadequadas ou com infringência aos dispositivos desta Lei;
IX - compor e instalar o Conselho da Comunidade.
X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir.
· Previsão Legal – RESE
Por falta de previsão legal o procedimento a ser observado é semelhante ao do RESE, conclui-se que o agravo em execução pode ser interposto por petição ou por termo nos autos, facultando-se ao recorrente a apresentação das razões em momento subsequente à interposição das razões em momento subsequente à interposição, ou se preferir, sua imediata juntada. 
Nos mesmos moldes que o RESE, o agravo em execução deve subir para o Tribunal competente por meio de instrumento. Daí por que a parte deve indicar, no ato da interposição, as peças dos autos que pretende traslado. 
· Prazo
O prazo é semelhante ao RESE: 05 (cinco) dias para interposição (CPP, art.586, caput) e 02 (dois) dias para apresentação de razões e contrarrazões (CPP, art.588, caput).
· Efeitos
Em relação aos efeitos, é sabido que, como todo e qualquer recurso, o agrava em execução também é dotado de efeito devolutivo. 
No tocante ao efeito suspensivo, o art.197 da LEP é categórico ao dizer que o agrava em execução não o possui. 
Pede-se ao juízo, quando da aplicação de agravo, para que este: RECEBA, PROCESSE, RETRATE-SE e REMETA
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Recurso constitucional de competência exclusiva do STF, destinado a discutir matéria de direito e jamais reexame de matéria fática, cabível das decisões que 
 Art.102, III, a, b, c e d
Recurso extraordinário (de sigla RE), no direito processual brasileiro, é o meio pelo qual se impugna perante o Supremo Tribunal Federal uma decisão judicial proferida por um tribunal estadual ou federal, ou por uma Turma recursal de um juizado especial, sob a alegação de contrariedade direta e frontal ao sistema normativo estabelecido na Constituição da República.
Não se trata de recurso que contesta apenas decisões do TJ ou TRF, pois a CF em seu art.102, III não faz qualquer menção à origem do julgado, então poderia impugnar qualquer acórdão, não somente dos TJ e TRF, assim como os oriundosde Turmas Recursais dos JECrim, ao contrário do que diz a CF quanto ao Recurso Especial, pois este destina-se apenas as decisões de única ou última instância proferidas por TRF e TJ.
· Previsão legal: art.102, III, a, b, c e d, da CRFB e Lei 8.038 de 1990
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal
· Cabimento: 
Este recurso é cabível nos casos em que a decisão não comporta mais recurso. 
A. Quando a decisão contrariar dispositivo constitucional
B. Julgar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal
C. Julgar validade lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição
D. Julgar válida lei local contestada em face de lei federal
Com a EC 45/04, um novo requisito passou a ser exigido: a demonstração da repercussão geral das questões constitucionais debatidas in casu.
· Prazo: 15 dias 
O prazo é de 15 dias para interposição, contudo, é necessário que haja um PREQUESTIONAMENTO da matéria.
REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS DA EMENDA CONSTITUCIONAL 45/2004
De acordo com o art.102, §3° da CF, no recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros, em votação do Pleno. 
Trata-se de nova condição de admissibilidade do recurso, exigindo-o a sua verdade natureza de Corte Constitucional de Justiça.
· Endereçamento: esse recurso é composto de uma peça de interposição e de uma peça para apresentação de razões, sendo a de interposição endereçada ao presidente do Tribunal que proferiu a decisão recorrida e a de apresentação de razões ao STF.
· Legitimados: MP, assistente de acusação, querelante e defesa.
· Pedidos: neste recurso deve-se pedir a reforma da decisão que se recorre e o provimento das razões, a fim de que não seja ferida a Constituição Federal.
 PARA ESTUDO: O efeito suspensivo do recurso extraordinário, a luz do novo entendimento do STF quanto as prisões em segundo grau, comparado ao princípio constitucional da presunção de inocência. 
RECURSO ESPECIAL
· Conceito: 
Conceitua-se o recurso especial como o recurso destinado a devolver ao STJ a competência para conhecer e julgar questão federal de natureza infraconstitucional, suscitada e decidida perante os TRFs ou Tribunais dos Estados e do Distrito Federal.
O recurso especial, também de previsão constitucional, é dirigido a discussão de matéria de direito, não se admitindo reexame dos fatos. A competência para julgamento é exclusiva do STJ e caberá da decisão proferida pelos Tribunais Estaduais ou Tribunais Regionais Federais quando: 
· Admissibilidade:
a. Causa decidida em única ou última instância
b. Prequestionamento
c. Questão federal de natureza infraconstitucional: para que o recurso especial seja conhecido, afigura-se indispensável que a causa decidida em única ou última instância suscite questão federal de natureza infraconstitucional. 
A própria Constituição Federal, no art.105, III, cuida de arrolar as questões que ensejam o julgamento do recurso em tela. São as hipóteses de cabimento do recurso especial:
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
· Fundamento: art.105, III, a, b e c, da CF/88
a. contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b. julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c. der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
O recurso especial deve ser interposto perante o tribunal recorrido e estará sujeito a rigoroso exame de admissibilidade. Além da verificação de seu cabimento, só será admitido se houver esgotamento das vias recursais e houver também prequestionamento da matéria.
· Prazo: 
O prazo para interposição é de 15 dias, com as razões inclusas. Caso seja negado seguimento pelo tribunal recorrido, caberá agravo de instrumento (ou agravo de despacho denegatório de recurso especial) no prazo de 5 dias.
04.10.2019
REVISÃO CRIMINAL
Ação penal de caráter rescisório, dirigida contra sentença condenatória transitada em julgado. Muito embora esteja elencada no Código de Processo Penal entre recursos, vigora o entendimento de que se trata realmente de ação.
Ação penal rescisória promovida originalmente perante o tribunal competente, para que, nos casos expressamente previstos em lei, seja efetuado o reexame de um processo já encerrado por decisão transitada em julgado.
· Natureza jurídica
Embora eventualmente possa assumir função de recurso, inequivocamente é uma ação rescisória. A este respeito, Aristides Milton: “A revisão de que estou agora me ocupando não é, contudo, simplesmente um recurso; é antes uma ação sui generis; tanto assim que ela só tem lugar com referência a processos findos, isto é, processos que não pendem mais de recurso algum, que já foram decididos em última instância, e cujas sentenças passaram em julgado”. 
Pontes de Miranda, citado por Tourinho Filho, anota que “a ação rescisória e a revisão não são recursos; são ações contra sentenças, porquanto remédios com que se instaura outra relação jurídica processual”
· Admissibilidade
É admitida nas seguintes hipóteses: sentença contra texto expresso de lei ou contra a evidência dos autos; ou sentença fundada em provas falsas; ou quando surgirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstâncias que autorizem a redução da pena.
I. Quando a sentença condenatória for contrária a texto expresso da lei: a sentença condenatória é contrária à lei quando não procede como ela manda ou quando nela não encontra respaldo para sua existência. Por exemplo: réu condenado por fato que não constitui crime ou condenação a pena superior ao limite máximo previsto em lei. Importante lembrar que a revisão criminal é meio inadequado para a aplicação da lei posterior que deixar de considerar o fato como crime (abolitio criminis), uma vez que a competência é do juiz da execução de primeira instância, evitando-se seja suprimido um grau de jurisdição (Súmula 611 do STF; LEP, art. 66, I).
II. Quando a sentença condenatória for contrária à evidência dos autos: contrária à evidência dos autos é a condenação que não tem apoio em provas idôneas, mas em meros indícios, sem qualquer consistência lógica e real.
III. Quando a sentença condenatória se fundar em provas comprovadamente falsas: como bem observa Tourinho Filho, “Não basta a existência de um depoimento mendaz, de um exame ou documento falso. É preciso, isto sim, que o Juiz, ao proferir a decisão condenatória, tenha-se arrimado no depoimento, nos exames ou documentos comprovadamente falsos. A falsidade não vai ser apurada, investigada no juízo revidendo. Cabe ao requerente encaminhar-lhe a prova da falsidade a fim de que o juízo revidendo simplesmente se limite a constatar a falsidade”234. Portanto, a prova da falsidade deve ser colhida em processo de justificação, sentença declaratória, processo criminal por falso testemunho ou falsa perícia etc. N unca, porém, será admitida discussão e controvérsia sobre a validade da prova no próprio processo da revisão ( RT, 622/261).
IV. Quando surgirem novas provas da inocência do condenado ou de circunstâncias que autorize a redução da pena: provanova é aquela produzida sob o crivo do contraditório, não se admitindo, por exemplo, depoimentos extrajudiciais. É também aquela que já existia à época da sentença, mas cuja existência não foi cogitada.
V. Quando surgirem novas provas de circunstância que autorize a diminuição da pena à Atenção: no caso de revisão criminal contra condenação manifestamente contrária à prova dos autos, proferida pelo júri popular, o tribunal deve julgar diretamente o mérito, absolvendo o peticionário, se for o caso. De nada adiantaria simplesmente anular o júri e remeter o acusado a novo julgamento porque, mantida a condenação pelos novos jurados, o problema persistiria sem que a revisão pudesse solucioná-lo. Portanto, dado que o princípio da soberania dos veredictos não é absoluto e a prevalência dos princípios da plenitude de defesa, do devido processo legal (incompatível com condenações absurdas) e da verdade real, deverão ser proferidos os juízos rescindente e rescisório.
A revisão criminal, como dito, só pode ser proposta para rescindir sentença condenatória, nunca contra sentença absolutória, ou seja, não é admitida “pro societate.”
· Legitimidade
Tem legitimidade para figurar no polo ativo o próprio sentenciado ou procurador habilitado. Se for ele falecido, poderão ingressar o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
· Prazo:
Nota-se, então, que não há prazo para a propositura da revisão criminal, podendo ocorrer o ingresso até mesmo após a morte do sentenciado. 
· Competência
Ao Supremo Tribunal Federal compete rever, em benefício dos condenados, as decisões criminais em processos findos, quanto a condenação tiver sido por ele proferida ou mantida (CF, art.102, I, j). Ao Superior Tribunal de Justiça, quando dele tiver emandado a decisão condenatória (CF, art. 105, I, e). Se a decisão condenatória for proferida pelo TRF em única ou última instancia caber-lhe-á julgar a revisão (CF, art. 108, I, b). Nos demais casos, ressalvados os casos de jurisdição especializada, competirá ao tribunal de justiça estadual.
· Objetivo:
Acolhido o pedido revisional, o Tribunal poderá absolver o sentenciado, reduzir sua pena ou declarar a nulidade do processo. 
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Aula 18.10.2019
MANDADO DE SEGURANÇA (Criminal)
· Previsão Legal: 
· Lei 12.016/09 – Revogou a Lei 1.533/51 (revogação Expressa)
· Art. 5, LXXI, CF
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
· Função (Objeto)
Tutela de Direito Líquido e certo, violado ou ameaçado em decorrência de ilegalidade ou abuso de poder cometidos por autoridade, independentemente de sua categoria e das funções que exerça.
· Direito Líquido e certo: ele consiste no direito ao qual não há nenhuma dúvida quanto à sua existência, encontrando-se delimitado na sua extensão e comprovado de plano. Por direito líquido e certo se entende aquele que não necessita de dilação probatória para ser comprovado, porque está demonstrado através de provas pré-constituídas. É aquele para o qual não há, quanto à sua existência, qualquer dúvida. Por ser evidente, notório e incontestável prescinde de provas.
Obs.: considerando que na ação de mandado de segurança não há dúvida que não se produz provas
· Expressões utilizadas nos tribunais
· “Mandamus” refere-se ao mandado de segurança.
· “writ” refere-se ao mandado de segurança
· “writ of mandamus” refere-se ao mandado de segurança
OBS.: Usamos sempre impetrar, ação autônoma de natureza mandamental. Ou seja, utiliza-se sempre a expressão impetrar mandado de segurança, não ajuizar ou propor ou interpor.
· Sujeitos
 Ativo (impetrante): se impetra a ação de mandado de segurança; pode ser qualquer pessoa, seja nacional ou estrangeiro (um acusado, um ofendido, o querelante, terceiros interessados)
 Passivo (impetrado): é o coator (somente autoridade pública); autoridade pública coatora, coator. A que praticou o ato ou que ordenou a prática. 
· Requisitos 
· Art. 6º, §3; lei 12.016/09
Art. 6o. A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. 
§ 3o. Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. 
· Art. 1º, §1º
Art. 1o. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
§ 1o. Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. 
· Súmula 510, STF
Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.
Obs.: diferentemente das ações em geral proposta contra o Estado, que se dão em desfavor da pessoa jurídica do direito público (união, estados, municípios e distrito federal), no mandado de segurança, figurará no polo passivo a autoridade (ou seja, o agente que representa a pessoa jurídica de direito público), ou seja, figurará contra uma pessoa física.
Obs.: diferentemente das outras ações, o mandado de segurança (HC contra pessoa física) o mandado de segurança somente contra a autoridade pública.
· Vedações ao uso do mandado de segurança
 Art. 5º, LXIX, CF
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
 Art. 1º da lei 12.016/09
Art. 1° - Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
A. Ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo independente de caução X Súmula 429, STF
A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade.
Na pendência de recurso administrativo com efeito suspensivo, não há possibilidade de mandado de segurança.
 Súmula 429 STF: 
A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade.
Para efeitos práticos aplica-se a lei e não a Súmula.
B. Decisão Judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo X Súmula 267, STF
Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
La não fez qualquer observância com o efeito do recurso, se vai ter ou não efeito suspensivo, então só cabe MS no caso onde o recurso não tem efeito suspensivo.
 Súmula 267, STF: Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição. 
O mandado se segurança só cabe em recurso sem efeito suspensivo. Com efeito suspensivo não cabe mandado de segurança.
C. Decisão judicial transitada em julgado + Súmula 268, STF
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.
Súmula 268, STF: Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.
D. Vedação Geral: 
Quando couber habeas corpus ou habeas data não cabe mandado de segurança.
· Competênciapara julgamento
O que rege ele é o princípio da hierarquia, quem vai julgar é o superior (EX. o juiz cometeu o abuso de poder e ele vai ser julgado pelo TJ). O mandado de segurança é regido pelo princípio da hierarquia. O superior hierárquico que julgará a autoridade coatora.
· JUIZ DE DIREITO: 
Irá julgar o mandado de segurança; julgará MS impetrado em desfavor de delegado de polícia, comandante da PM.
· JUIZ FEDERAL: 
Um órgão federal (são todas as autoridades federais em geral, exceto o art. 109, VIII, CF; julgará MS impetrado em desfavor de autoridade pública federais em geral, exceto as elencadas no inc. VIII da CF/88. Ou seja, o que não for julgado pelos TRFs, cabe julgamento pelo juiz federal.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
· TJ’S E TRF’S: 
Os TJ vão julgar os MS contra o juiz de direito, e o TRF vão julgar os juízes federais (art. 108, I, c)
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;
Para Promotores, o órgão competente é o TJ. Procurador da república é o TRF
· TURMAS RECURSAIS: 
Vai julgar o ato do juiz do JECRIM; se for um ato ilegal da turma recursal, elas mesma julgam. 
Então, as turmas recursais julgarão mandados de segurança em desfavor dos juízes do juizado especial. Se o ato ilegal for da turma, a própria turma julgara (Súmula 376, STJ)
 Súmula 376, STJ: Compete a turma recursal processar e julgar o mandado de segurança contra ato de juizado especial.
· STJ (art. 105, I, b, CF): julgará MS contra ministros de estado, comandantes da marinha, exército e segurança, ministros do STJ.
· STF (art. 102, I, d, CF): presidente da república, presidente das mesas da câmara e senado, ministros STF, procurador geral da república, TCU.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio supremo tribunal federal;
· Natureza jurídica, forma e prazo
A. Ação própria, de natureza mandamental -> não é recurso!
Ação de MS é ação própria de natureza mandamental. São ações autônomas de impugnação.
· PODERÁ TER EFICÁCIA:
· CAUTELAR: sustenta no pilar da ação cautelar (periculum in mora e fumus boni iuris). Ex.: quando se visa, atribuir efeito suspensivo em recurso que não possui
· CONSTITUTIVA: vai visar a criação, modificação ou extinção de situação jurídica. Ex.: decisão que determinou sequestro de um indivíduo, mas sem observar os requisitos legais; juiz que sequestrou o bem do réu sem observar os requisitos.
· DECLARATÓRIA: quando ele tiver como objeto a declaração de existência ou inexistência de situação jurídica. Ex.: nega acesso para o advogado de observar o IP.
B. Forma de impetração: art. 6º e art. 10 - Lei 12.016/2009
Art. 6o. A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. 
01 via para a autoridade julgadora e outra para a autoridade coatora
Deve preencher os requisitos da petição inicial civil, com juntada de todos os documentos, indicar a autoridade pública e a pessoa jurídica a qual pertence (EX: Juiz de direito fulano de tal, do Poder Judiciário Estadual do Espírito Santo).
Art. 10.  A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração. 
Obs.: tem que ter os documentos probatórios 
Obs.: diferentemente o HC, o mandado de Segurança deve ser subscrito por quem capacidade postulatória (capacidade de postular em nome da pessoa; só quem pode assinar é o advogado ou membro do MP)
Obs.: art. 4, é aceito a impetração de HC por meio de eletrônico, desde eu comprovada a necessidade. Ou seja, conforme o artigo 4°, em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos legais, impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada.
Art. 4o. Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos legais, impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada. 
C. Prazo (art. 23 da lei de MS)
Art. 23.  O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. 
Obs.: prazo decadencial, corre direto; tem uma corrente minoritária, de que por um acaso (perdeu o prazo, e se tratando de direito subjetivo público indisponível do acusado/réu, vai caber HC, mesmo passado o prazo de 120 dias). Deste modo, o prazo decadencial, só sofre interrupção e suspensão. 
A corrente minoritário que trata que em caso de perdimento do prazo, e tratando-se de direito subjetivo público indisponível do acusado, caberá habeas corpus. 
· Procedimento
I. TRIBUNAIS- segue a regra do regimento interno dos tribunais
II. JUIZ SINGULAR – procedimento específico
A. Impetração em 02 vias
B. Indeferir falta de documentos provando o direito líquido e certo
Deferir citar a autoridade coatora com entrega da cópia da petição inicial para prestar esclarecimentos em 07 dias (art. 7º, I Lei MS) -> abre-se vista ao MP para apresentação de parecer em 10 dias (art. 12 lei MS) -> sentença em 30 dias (art. 12, § único, Lei MS)
Art. 7o. Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações; 
Obs.: art. 8, lei de MS
Passando os 10 dias de manifestação do MP, tendo apresentados ou não, o juiz tem 30 dias para sentenciar.
· Recursos em relação às decisões de mérito proferidas em sede de Mandado de Segurança
	PROLATOR
	DECISÃO
	RECURSO
	BASE LEGAL
	
	JUIZ
	DEFERIR/INDEFERIR
	APELAÇÃO – concessão segurança -> reexame necessário.
	Art. 14 caput e §1º da Lei do MS
	
CAMARAS DE TJs E TURMAS DO TRFs
	DEFERIR
	RE para STF 
Resp: STJ
	Art. 102, III, e aart. 105, III CF/88
	
	INDEFERIR:
	Recurso Ordinário Constitucional STJ
Art. 105, II, b da CF/88
Art. 33 e 35 da Lei 8.038/90 e art. 18 da Lei de MS)
	Art. 26 e 27 8.038/ 90 e Art. 18 da Lei de MS
	
TURMAS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES, EXCETO STF
	DEFERIR
	RE para STF
	Art. 102, III CF/88.
Art. 26 e 27 da Lei 8.038/90 e art. 18 da Lei de MS
	
	INDEFERIR
	Recurso Ordinário Constitucional para o STF
	Art. 102, II, a CF/88.
	ORGÃO DO STF
	DEFERIR/INDEFERIR
	Não existe recurso previsto 
	Regimento interno STF
Exemplos de casos em que cabem Mandado de Segurança:
· Decisão que indefere habilitação do assistente de acusação, cabe MS
· Decisão que determina o sequestro de bens do réu, cabe MS (pode decretar o sequestro de bem, mas tem que seguir o CPP)
· Impetração visando agregar o efeito suspensivo no recurso que não tenha.
· Quando o delegado nega ao advogado o acesso aos autos do inquérito. 
· Registro não excluído quando entra com ação de habilitação criminal.
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Aula 25.10.2019
MANDADO DE SEGURANÇA
Ao mandado de segurança é necessário que se tenha prova pré-constituída; bem como que tenha sido violado um direito líquido e certo; não é admitida instrução (audiência); o prazo é de 120 dias; ele é impetrado.
· Conceito
É a Ação destinada a proteger direito líquido e certo não amparado por Habeas Corpuse Habeas Data, quando houver ilegalidade ou abuso de poder por autoridade pública ou particular no exercício de atribuições do Poder Público (art.5°, LXXIX da CF/88).
· Cabimento do mandado de segurança
· Direito de acesso ao inquérito policial pelo advogado
· Direito do advogado acompanhar o cliente em fase de inquérito direito do advogado entrevistar-se com seu cliente
· Direito de obter certidões
· Direito de juntar documento em qualquer fase do processo penal, de acordo com o art.231 do CPP
· Direito de Terceiros de boa fé obter a restituição de seu bens apreendidos
· Contra despacho que não admite assistente de acusação 
· Contra apreensão de objetos que não tem nenhuma ligação com o crime
· Para assegurar o processamento da correição quando denegada pelo juiz corrigido 
· Para separar preso provisório de preso definitivo
· Competência
Na caso de decisão judicial, competente será o tribunal incumbido de julgar a questão em grau de recurso. 
No tocante as competências originárias do STF e STJ vide art.102 (I, d) e 105 (I, b).
· Admissibilidade
O mandado de segurança tem cabimento bastante reduzido na esfera penal, uma vez que boa parte dos atos ilegais são impugnados por Habeas Corpus. 
Mister estarem presentes direito líquido e certo, isto é, direito apto a ser comprovado de plano, mediante prova documental. Não há instrução processual no mandado de segurança. 
· Direito Líquido e Certo
Por direito líquido e certo se entende aquele que não necessita de dilação provatória para ser comprovado, porque está demonstrado através de provas pré-constituídas. É aquele para o qual não há, quanto à sua existência, qualquer dúvida. Por ser evidente, por notório e incontestável prescinde de provas. 
· Requisitos
· Ilegalidade: e a desconformidade de atuação ou omissão do agente público ou delegado, em relação e lei.
· Abuso de poder: quando a autoridade competente realiza ato diverso da finalidade da Lei (desvio de poder) ou quando ultrapassa os limites que lhe eram permitidos (excesso de poder)
· Processamento e prazo
Seu processamento segue o determinado pela Lei 12.016/2009, impondo-se como prazo para a impetração 120 dias a contar da ciência do ato praticado pela autoridade coatora.
O processamento do Mandado de Segurança dar-se-á de acordo com os requisitos dos artigos 282 e 283 do Código de Processo Civil, e na conformidade com a Lei 12.016/2009.
Na esfera criminal o mandado de segurança é meio para questionar quaisquer atos jurisdicionais – despachos, decisões, decisões interlocutórias, sentenças ou acórdãos – se constituindo em garantia para o cidadão insurgir-se contra possíveis arbitrariedades dos agentes públicos, aqui concebidos nas pessoas dos juízes e dos membros dos tribunais – desembargadores ou ministros.
· Súmulas 
· STF – 266, 267 e 268
· STJ – 41
· Exercício
· OAB/SP – modificado Jojô, conhecido pela alcunha de Kiko, teve o seu veículo subtraído e posteriormente localizado e apreendido em auto próprio, instaurando a autoridade policial (Dr. Delegado Vinicius Capelete) regular inquérito, já que estabelecida a autoria. Requereu a liberação do veículo, indiscutivelmente de sua propriedade, o que foi indeferido pelo Delegado de Polícia Civil local, a afirmação de que só será possível a restituição depois do processo penal transitar em julgado, conforme despacho cuja cópia está em seu poder. 
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Aula – 01.11.2019
HABEAS CORPUS
· LIBERATÓRIO: soltura
· PREVENTIVO: impedir uma prisão
 CONTRA ILEGALIDADE/ABUSO DE PODER
· MINISTROS (STF)
· MINISTROS (STJ)
· DESEMBARGADOR (TJ)
· JUIZ*
· DELEGADO
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
§ 1° Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
§ 2° No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.
OBS: Via de regra, a autoridade coatora é o juiz pois de acordo com o art. 306, §1º, quando o delegado prende ele é a autoridade coatora, ao notificar o juiz em 24h, o juiz passa a ser a autoridade coatora.
SÚMULA 691 STF
Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.
Da decisão liminar (apenas do relator) não pode lançar mão de outro habeas corpus a instancia superior, pois não há julgamento de mérito e haverá supressão de instancia.
· Hipóteses excepcionais de afastamento da Súmula 691
1. Na hipótese dos autos, entendo caracterizada situação apta a ensejar o afastamento da Súmula 691/STF. Monocraticamente, os Ministros do STF têm aplicado a jurisprudência do Supremo no sentido de que a execução provisória da sentença já confirmada em sede de apelação, ainda que sujeita a recurso especial e extraordinário, não ofende o princípio constitucional da presunção de inocência, conforme decidido no HC 126.292/SP. (...) No julgamento do HC 126.292/SP, o Ministro Dias Toffoli votou no sentido de que a execução da pena deveria ficar suspensa com a pendência de recurso especial ao STJ, mas não de recurso extraordinário ao STF. (...) Recentemente, a Segunda Turma julgou o HC 152.752/PR, DJe 27.6.2018, de modo que novamente manifestei-me no sentido de que o julgamento pelo Superior Tribunal de Justiça é a opção que confere maior segurança à execução provisória da pena. Isso porque (...) o STJ pode corrigir questões relativas a tipicidade, antijuridicidade ou culpabilidade do agente, alcançando inclusive a dosimetria da pena. (...) No caso, após o desprovimento da apelação, a defesa opôs embargos infringentes no TRF/4ª, mas até a presente data inexiste julgamento de mérito. Assim, considerando a pendência no julgamento do referido recurso, entendo que a concessão da ordem do presente writ é medida que se impõe, principalmente, pelo fato de a jurisdição não ter sido exaurida em segunda instância. Trata-se de medida que se impõe, por extensão, diante do decido no HC 160.296/RS. Ante o exposto, concedo a ordem para que o réu aguarde em liberdade até o julgamento colegiado de possível RESP/ARESP pelo Superior Tribunal de Justiça, ou de habeas corpus que verse sobre questões iguais ou mais abrangentes que aquelas perfiladas nos recurso endereçados aos Tribunais Superiores.
[HC 163.010, rel. min. Gilmar Mendes, dec. monocrática, j. 5-10-2018, DJE 215 de 9-10-2018.]
2. Em apertada síntese, a discussão gira sobre a necessidade ou não da prisão preventiva do paciente. (...) É bem verdade que o rigor na aplicação de tal entendimento tem sido abrandado por julgados desta Corte em hipóteses excepcionais em que: a) seja premente a necessidade de concessão do provimento cautelar para evitar flagrante constrangimento ilegal; ou b) a negativa de decisão concessiva de medida liminar pelo tribunal superior importe na caracterização ou na manutenção de situação que seja manifestamente contrária à jurisprudência do STF (cf. as decisões colegiadas:...). (...) Na hipótese dos autos, vislumbro a ocorrência de constrangimento ilegal ensejadora do afastamento da incidência da Súmula 691 do STF. Explico. (...) Com a entrada em vigor da Lei 12.403/2011, nos termos da nova redação do art. 319 do CPP, o juiz passa a dispor de outras medidas cautelares de natureza pessoal diversas da prisão, permitindo, diante das circunstâncias do caso concreto, seja escolhida a medida mais ajustada às peculiaridades da espécie, viabilizando, assim, a tutela do meio social, mas também servindo, mesmo que cautelarmente, de resposta justa e proporcional ao mal supostamente causado pelo acusado. Verifico ainda que o argumento utilizado no decreto de prisão para justificar a segregação do peticionário, por supostamente exercer relevante posição de operadorfinanceiro da organização criminosa, não é suficiente para manter o encarceramento, já que o risco pode ser contornado por medidas menos gravosas que a prisão.
[HC 146.813, rel. min. Gilmar Mendes, 2ª T, j. 10-10-2017, DJE 260 de 16-11-2017.]
3. (...). I. - Pedido trazido à apreciação do Plenário, tendo em consideração a existência da Súmula 691-STF. II. - Liminar indeferida pelo Relator, no STJ. A Súmula 691-STF, que não admite habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em HC requerido a Tribunal Superior, indefere liminar, admite, entretanto, abrandamento: diante de flagrante violação à liberdade de locomoção, não pode a Corte Suprema, guardiã-maior da Constituição, guardiã-maior, portanto, dos direitos e garantias constitucionais, quedar-se inerte. III. - Precedente do STF: HC 85.185/SP, Ministro Cezar Peluso, Plenário, 10.8.2005. Exame de precedentes da Súmula 691-STF. IV. - Prisão preventiva decretada por conveniência da instrução criminal. Conversa, pelo telefone, do paciente com outro co-réu, conversa essa interceptada com autorização judicial. Compreende-se no direito de defesa estabelecerem os co-réus estratégias de defesa. No caso, não há falar em aliciamento e constrangimento de testemunhas. Ademais, o co-réu já foi ouvido em Juízo. V. - Paciente com residência no distrito da culpa, onde tem profissão certa; não há notícia de que haja procrastinado a instrução ou o julgamento, tendo se apresentado à prisão imediatamente após a decretação desta. A prisão preventiva, principalmente a esta altura, constitui ilegalidade flagrante. VI. - Liminar deferida.[HC 86.864 MC, rel. min. Carlos Velloso, P, j. 20-10-2005, DJ de 16-12-2005.]
· REMÉDIO CONSTITUCIONAL
· PACIENTE
· IMPETRAR (endereçamento é para o presidente do tribunal, salvo motivo de prevenção)
· FUNDAMENTAÇÃO: art. 5º, LXVIII, CF/88 – art. 647 e seguintes CPP
HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO: 
· Objetivo: Concessão da ordem -> expedição de alvará de soltura
· Presidente TJ -> 1ª/2ª Câmara – decisão monocrática -> procurador de justiça -> 
· Pedido Liminar: 
· Julgamento do mérito: 
HABEAS CORPUS PREVENTIVO: 
· Concessão de ordem -> expedição de salvo conduto
· DENEGAÇÃO DA ORDEM: 
· Art. 312 CPP: 
· Garantia da ordem pública
· Garantia da ordem econômica
· Assegurar a aplicação da lei
· Conveniência da instrução criminal
· Flexibilização do art. 5º, LVII
· Réu preso: habeas corpus e recurso ordinário constitucional. 
· Da decisão denegatória do mérito, cabe recurso ordinário constitucional, no prazo de 05 dias. 
· Da decisão denegatória da liminar do HC, não há o que fazer pelo motivo da sumula 691
Flexibilização do art. 5º, LVII
Réu preso: habeas corpus e recurso ordinário constitucional. 
Da decisão denegatória do mérito, cabe recurso ordinário constitucional, no prazo de 05 dias. 
Da decisão denegatória da liminar do HC, não há o que fazer pelo motivo da sumula 691
Sumula 691 cai na prova
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL – ROC
Fundamento art. 102, II, a CF/88
Denegar Habeas Corpus 5 dias
Denega Mandado de Segurança 15 dias
· Da decisão denegatória da liminar não cabe recurso nenhum SENTA E CHORA

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