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1. FORMAÇÃO E EFEITO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 Durante os processos cognitivos da Teoria Geral do Direito, a maioria deles introduzidos, também, na matéria de Introdução ao Estudo do Direito, entende -se que qualquer ato, seja da seara administrativa ou jurídica, deve passar por etapas que embatem a sua existência e possibilitem a aplicação desse ato a casos concretos. Segundo os estudos da área administrativa, são 3 fases: perfeição, validade e eficácia. 
1.1 Perfeição
Diz-se que o ato perfeito é aquele que atingiu sua completude de formação, tendo preenchido todos os pré-requisitos necessários à sua existência, tendo início, meio e fim. Ademais, aqui, quando jurídico, é necessário salientar que o ato perfeito está pautado no Instituto tá segurança jurídica, o qual ratifica que este ato não será atingido por nova lei, tendo, assim, a nova norma efeito não retroativo. Isto acontece porque o juízo brasileiro adota a teoria do tempus regit actum, designando que a lei que rege o ato é válida se ele for concluída, versando a nova lei apenas sobre os atos subsequentes. Todavia, por questões de sanar os vícios existentes na área do direito, se houver ilegalidade, poderá ser anulado tanto pela Administração quando pelo poder Judiciário.
A outra faceta da perfeição é a imperfeição. Ela surge quando o ato ainda não foi concluído, quando ele ainda precisa de ações e apetrechos necessários à sua constituição. Com isso, em uma linha basilar de raciocínio, todo ato perfeito, já foi, um dia, imperfeito, mas nem todo ato imperfeito tornar-se à, um dia, perfeito, já que seu processo de formação pode ser abandonado de modo que sua incompletude perdure.
1.2 Validade
Outra das fases ativas é a validade. Ela diz respeito ao ato que respeitou toda a procedimentalização legal, o princípio da legalidade, que para a administração pública, a impede de realizar qualquer ato não previsto em lei, e todo o ordenamento jurídico.
No caso dos atos em questão, será válido aquele que respeitar 5 parâmetros: competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
1.2.1 Competência
Denota a capacidade, atribuída pela lei, do agente público para o exercício de seu cargo e lugar de direito, sendo sempre vinculada. Então, qualquer ato, mesmo o discricionário, só pode ser produzido pela pessoa competente. Essa competência é prevista na lei e atribuída o cargo.
1.2.2 Finalidade
A única e exclusiva finalidade de todo ato administrativo é sempre o interesse público, jamais podendo ser praticado com a finalidade de atender a interesse privado, caso em que será nulo e marcado de vício de desvio de finalidade. Por isso, é outro elemento sempre vinculado. Em obediência ao princípio da impessoalidade, aliado à moralidade, o agente público não pode atuar visando interesses pessoais, seus ou de algum grupo de cidadãos, seja para beneficiá-los indevidamente, ou prejudica-los à margem da lei.
1.2.3 Forma
A forma e o modo através cio qual se exterioriza o ato administrativo, é seu revestimento. É outro elemento sempre essencial à validade do ato. Se não existe forma, não existe ato; se a forma não é respeitada, o ato é nulo. A forma só não é vinculada quando a lei deixar ao agente a escolha dela. Quando a lei a estabelece, deve ser obedecida sempre, sob pena de nulidade.
1.2.4 Motivo 
O motivo é a circunstância de fato ou de direito que determina ou autoriza a prática do ato. Então, é a situação fática que justifica a realização do ato. Ressalta-se que situação de fato é o conjunto de circunstâncias que motivam a realização do ato; questões de direito é a previsão legal que leva à prática do ato. Esse componente do ato nem sempre está previsto na lei. Quando está nela descrito, é vinculante, ou seja, o ato depende da ocorrência da situação prevista. Em outras ocasiões, a lei defere ao agente a avaliação da oportunidade e conveniência da prática do ato que, nesse casso, será discricionário.
1.2.5 Objeto
Por último, objeto é o conteúdo do ato. É através dele que a Administração exerce seu poder, concede um benefício, aplica uma sanção, declara sua vontade ou um direito ao administrador etc. Além disso, juntamente com o motivo, pode não estar previsto expressamente na legislação, cabendo ao agente competente a opção que seja mais oportuna e conveniente ao interesse público, caracterizando, então, o exercício do Poder Discricionário.

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