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PROCESSOS PROLIFERATIVOS NÃO NEOPLÁSICOS E LESÕES QUÍMICAS Prof. Ealber Luna o Introdução o Processos Proliferativos Não-Neoplásicos - Características Clínicas - Características Histopatológicas - Tratamento e Prognóstico o Tatuagem por amálgama o Lesões Químicas o Considerações Finais ROTEIRO DA AULA PROCESSOS POLIFERATIVOS NÃO NEOPLÁSICOS Os processos proliferativos não-neoplásicos (PPNN), também podem ser denominados de aumentos teciduais de origem traumática ou lesões proliferativas não-neoplásicas, sendo lesões decorrentes de processos inflamatórios, onde o organismo responde a inúmeros tipos de agressões: cálculos subgengivais; próteses com má adaptação; restaurações com excessos interproximais. INTRODUÇÃO GRANULOMA PIOGÊNICO GRANULOMA PIOGÊNICO Crescimento semelhante a tumor da cavidade oral, sem natureza neoplásica; Apesar de seu nome, não é um granuloma verdadeiro: Originalmente se acreditava que a lesão fosse causada por organismos piogênicos Resposta tecidual a um irritante local ou a um trauma. GRANULOMA PIOGÊNICO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Nódulo; Gênero: /Crianças e adultos jovens; Gengiva: 75% /Gengiva superior, dentes anteriores e região vestibular; GPs extragengivais: comumente ligados a uma história de trauma; Geralmente é pedunculado; Superfície ulcerada e sangrante; Coloração: varia do rosa ao vermelho; Tamanhos variados; Pode apresentar um rápido crescimento. GRANULOMA PIOGÊNICO o Sinônimo: tumor gravídico; o Aumentos dos níveis de estrogênio e progesterona; o Após a gravidez → resolução do quadro ou maturação fibrosa. GRANULOMA GRAVÍDICO GRANULOMA GRAVÍDICO GRANULOMA GRAVÍDICO PROGESTERONA E ESTROGÊNIO CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS Proliferação vascular; Vasos sanguíneos de diferentes tamanhos; Vasos congestos; Vasos sanguíneos podem se encontrar arranjados em agregados lobulares; Membrana fibrinopurulenta; Infiltrado inflamatório misto; Áreas de aparência mais fibrosa.* GRANULOMA PIOGÊNICO GRANULOMA PIOGÊNICO GRANULOMA PIOGÊNICO GRANULOMA PIOGÊNICO GRANULOMA PIOGÊNICO TRATAMENTO E PROGNÓSTICO Excisão cirúrgica conservadora, que usualmente é curativa; Lesões gengivais, a excisão deve ser estendida para a região subperióstica e os dentes adjacentes devem ser raspados; Granuloma gravídico; Ocasionais recidivas GRANULOMA PIOGÊNICO LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES Crescimento semelhante a tumor da cavidade oral, sem natureza neoplásica; Lesão reacional causada por irritação local ou trauma; LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES Próteses Extração dentária Restaurações má adaptadas Placa Periodontite Cálculos dentais CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Gênero: /Idade média entre 3ª e 4ª décadas; Exclusivamente na gengiva ou rebordo alveolar; Nódulo séssil ou pedunculado; Superfície lisa ou ulcerada; Coloração que variando do vermelho ao vermelho- azulado; Mandíbula > Maxila. LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES Fonte: redoe.com Fonte: MANNEM; CHAVA, 2012 Fonte: OLIVA et al., 2014 CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS Proliferação de células gigantes multinucleadas permeadas por células mesenquimais volumosas ovoides e fusiformes; Hemorragia abundante; Ulceração (50% dos casos); Infiltrado inflamatório predom. crônico; Osso reacional e calcificações distróficas; Figuras de mitoses nas células mesenquimais; Células gigantes de diferentes aspectos. LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES TRATAMENTO E PROGNÓSTICO Excisão cirúrgica local, abaixo do osso subjacente; Os dentes adjacentes devem ser cuidadosamente raspados; Recidiva em aproximadamente 10% dos casos. LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES Granuloma piogênico Lesão central de células gigantes Tumor marrom osteoclástico LPCG FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO Lesão de natureza reacional; Patogênes incerta: - Granulomas piogênicos que sofrem maturação fibrosa e subsequente calcificação; - Produto mineralizado advindo das células do periósteo ou do ligamento periodontal. FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Gênero: /adolescentes e adultos jovens; Região de incisivos e caninos: maxila; Gengiva; Nódulo, séssil ou pedunculado, usualmente se originando da papila interdental; Coloração varia do vermelho ao rosa, e a superfície pode ser ulcerada; FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS Proliferação de fibroblastos associada á formação de material mineralizado; Membrana fibrinopurulenta com faixa de tecido de granulação subjacente; Osso, material cementóide ou calcificações distróficas; Osso trabecular imaturo ou lamelar maduro; Trabéculas de osteóide não mineralizado; Células gigantes multinucleadas em associação ao material mineralizado. FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO Fonte: Arquivo pessoal FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO Fonte: Arquivo pessoal FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO Fonte: Arquivo pessoal FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO Fonte: Arquivo pessoal FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO Fonte: Arquivo pessoal FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO NEVILLE et al., 2009. o Excisão cirúrgica o Raspagem de dentes adjacentes; o Recidiva em 8% a 16% dos casos. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO NEVILLE et al., 2009. FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO Granuloma Piogênico Fibroma FOP HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA Hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso, semelhante a um tumor, que se desenvolve em associação com as bordas de uma prótese total ou parcial mal adaptada. HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA Adultos de meia-idade e idosos/Gênero: Nódulo: única prega ou múltiplas pregas de tecido hiperplásico; O tamanho da lesão pode variar de hiperplasias menores que 1 cm, a grandes lesões que envolvem grande parte da extensão do vestíbulo; Face vestibular do rebordo alveolar. HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA NEVILLE et al., 2009. o Hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso aliado a um infiltrado inflamatório crônico variável; o Epitélio de revestimento • Frequentemente hiperparaceratinizado com hiperplasia irregular das cristas epiteliais CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA NEVILLE et al., 2009. o Excisão cirúrgica; o Prótese mal adaptada deve ser refeita ou corrigida. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA HIPERPLASIA PAPILAR INFLAMATÓRIA É uma lesão de natureza reacional que usualmente se desenvolve abaixo da dentadura. Hiperplasia Papilar Inflamatória NEVILLE et al., 2009. Má higiene da prótese Próteses mal- adaptadas Uso contínuo da prótese o 20% dos pacientes que usam prótese continuamente possuem HPI; o Candida? o Palato duro abaixo de uma prótese; o Toda extensão do palato; o Mucosa de superfície pedregosa ou papilar e eritematosa; o Associação com estomatite por dentadura. NEVILLE et al., 2009. Hiperplasia Papilar Inflamatória CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Fonte: sdpt.com Fonte: sdpt.com Fonte: sdpt.com o Superfície epitelial exibindo crescimentos papilares recobertos por epitélio escamoso estratificado hiperplásico; o Tecido conjuntivo de densidade variada; o Infiltrado inflamatório linfoplasmocitário. Hiperplasia Papilar InflamatóriaCARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS Hiperplasia Papilar Inflamatória o Lesões precoces: remoção da dentadura; o Lesões avançadas: excisão cirúrgica; o Terapia antifúngica tópica ou sistêmica; o Instrução de cuidados com a prótese NEVILLE et al., 2009. Hiperplasia Papilar Inflamatória TRATAMENTO E PROGNÓSTICO TATUAGEM POR AMÁLGAMA A implantação do amálgama dental no interior dos tecidos orais é uma condição iatrogênica comum e ocorre com maior frequência do que qualquer outro material. O amálgama pode adentrar os tecidos de várias maneiras: • Área de abrasão prévia da mucosa; • Fragmentos de amálgama em locais prévios de extração; • Fio dental contaminado; • Retro-obturação endodôntica; Tatuagem por amálgama NEVILLE et al., 2009. o Gengiva, mucosa alveolar e mucosa jugal; o Manchas pretas, azuis ou cinzas de bordas bem definidas, irregulares ou difusas; . NEVILLE et al., 2009. Tatuagem por amálgama CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Fonte: fousp.br Fonte: estomatologia1.rssing.com Fonte: ricardogomez.com Fonte: perioclinic.com o Em muitos casos não são visíveis; o O metal mostra-se menor do que a área clínica; o Fragmentos densamente radiopacos. NEVILLE et al., 2009. Tatuagem por amálgama CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS Fonte: unioeste.br Fonte: estomatologia1.rssing.com Fonte: revistasobrape.com.br NEVILLE et al., 2009. o Fragmentos sólidos, escuros, grandes e dispersos ou grânulos marrom-escuros, negros e finos no interior do tecido conjuntivo; o Sais de prata do amálgama coram as fibras reticulares; o Resposta biológica do amálgama está relacionado com o tamanho da partícula; Tatuagem por amálgama CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS Fonte: path.uab.edu Tatuagem por amálgama Fonte: ricardogomez.com Tatuagem por amálgama Fonte: ihcworld.com Fonte: aaomp.com Tatuagem por amálgama o Se for evidenciado fragmentos metálicos no raio-x, não precisa de biópsia; o Biópsia para excluir neoplasia melanocítica; o Excisão cirúrgica conservadora para lesões que causam comprometimento estético. Tatuagem por amálgama NEVILLE et al., 2009. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO LESÕES QUÍMICAS NA CAVIDADE ORAL Um grande número de substâncias químicas e drogas entram em contato com a mucosa oral diariamente. No entanto, algumas delas são cáusticas e podem causar danos aos tecidos. Geralmente os próprios pacientes causam essa condição. Lesões químicas NEVILLE et al., 2009. Orais • Aspirina; • Bisfosfonatos; • Clorpromazina e promazina. Tópicos: • Álcool isopropílico; • Fenol; • Peróxido de Hidrogênio; • Eugenol. Agentes cáusticos usados na prática odontológica: • Nitrato de prata; • Formocresol; • Hipoclorito de sódio; • Ácidos; • Vernizes cavitários; • Fenol. Lesões químicas o Mucosa de aparência pregueada e branca; o Epitélio separa-se do conjuntivo em lesões mais avançadas; o Mucosa móvel é destruída mais rapidamente; o Erosão dentária; o Estomatite por rolo de algodão. NEVILLE et al., 2009. Lesões químicas CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Fonte: aaomp.com Fonte: LOUREIRO et al., 2004 Fonte: TYDESLEY, 2003Fonte: TYDESLEY, 2003 Lesões químicas o Necrose de coagulação do epitélio; o A necrose começa na superfície e avança basalmente; o Tecido conjuntivo subjacente com infiltrado inflamatório misto. NEVILLE et al., 2009. Lesões químicas CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS NEVILLE et al., 2009. Lesões químicas o O melhor tratamento é a prevenção; o Uso de diques de borracha; o Orientação sobre a ingestão de medicamentos; o 10 a 14 dias há repitelização sem deixar cicatrizes; o Extensas áreas de necrose: debridamento cirúrgico e cobertura antibiótica NEVILLE et al., 2009. Lesões químicas TRATAMENTO E PROGNÓSTICO CONSIDERAÇÕES FINAIS Anamnese detalhada + Exame clínico Características da lesão/ Hipótese Diagnóstica Tratamento adequado/ Prognóstico OBRIGADO
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