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Teorias da Administração

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Teorias da 
Administração
1ª edição
2017
Teorias da Administração
3
Palavras do professor
Caro estudante,
Bem-vindo à disciplina Teorias da Administração. A administração é uma 
ciência social aplicada, cujo nascimento está ligado às transformações 
advindas da Revolução Industrial. Esse evento causou amplas mudanças 
sociais, econômicas e políticas no mundo e, consequentemente, provo-
cou transformações na organização do trabalho. O trabalho artesanal 
foi substituído pelo processo fabril de produção, consolidando, assim, as 
organizações empresariais, que são, por excelência, o lugar de aplicação 
das ferramentas de gestão. 
A partir dessa disciplina, conheceremos a Teoria de Gestão Administra-
tiva (TGA) e os antecedentes que marcaram o surgimento da ciência da 
administração, como os movimentos filosóficos, religiosos, militares e a 
Revolução Industrial. Você estudará as transformações que influenciaram 
a emergência dessa ciência tão importante para a gestão dos negócios 
empresariais e para o desenvolvimento de novas tecnologias e produ-
tos úteis à sociedade. Afinal, as organizações são parte importante no 
processo de produção de conhecimento e de tecnologias em nossas 
vidas. Pense em educação, e teremos uma instituição de ensino; pense 
em saúde, e nos lembraremos de hospitais e clínicas; pense em uma 
enchente, e logo virá a defesa civil à nossa mente; e assim por diante. 
Somos rodeados de organizações e precisamos delas. 
Você terá a oportunidade de pensar mais sobre isso no decorrer das 
oito unidades desta disciplina: Os antecedentes históricos da ciência da 
administração; Os antecedentes históricos da ciência da administração; 
A abordagem clássica da administração; A abordagem humanística da 
administração; A abordagem estruturalista da administração; A abor-
dagem sistêmica da administração; A abordagem comportamental da 
administração; A abordagem contingencial da administração; e, na última 
unidade, Novas abordagens da administração. 
Com esse instrumental, você poderá aplicar, na prática, as teorias aqui 
abordadas, alavancando seu sucesso profissional. Bons estudos!
1
4
Unidade 1
Os antecedentes históricos da 
ciência da administração 
Para iniciar seus estudos
A administração como ciência emergiu no início do século XX, com os estu-
dos preconizados por Frederick Winslow Taylor, engenheiro mecânico de for-
mação, conhecido como o pai da administração científica. Taylor tornou-se 
famoso pelos estudos de tempos e movimentos que visavam ao aumento da 
produtividade (homem/máquina/hora) nas indústrias em sua época. 
No entanto, cabe a nós lembrar que a administração, enquanto prática 
cotidiana, é tão antiga quanto a humanidade, pois os homens, para sobre-
viver, precisavam caçar. E essa atividade envolvia planejamento, comando 
e controle, princípios estes que, como veremos, são importantes até hoje 
para a ciência da administração. 
Objetivos de Aprendizagem
A partir do estudo dos antecedentes históricos da administração e da 
evolução do pensamento administrativo, você terá a oportunidade de:
• Saber o pensamento de alguns dos filósofos mais importantes 
para a área da administração, desde a Antiguidade Grega até os 
tempos modernos;
• Conhecer a contribuição das civilizações antigas para a teoria da 
administração;
• Compreender os impactos da Revolução Industrial sobre o desen-
volvimento do pensamento administrativo;
• Entender como as organizações militares e religiosas influencia-
ram as ciências da administração.
5
Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
Introdução
Caro aluno, você sabia que a prática de administrar é tão antiga quanto a existência da humanidade? Ora, toda 
a união de esforços para atingir objetivos comuns significa administrar. Logo, a administração é uma prática que 
remonta os primórdios da humanidade, pois os primeiros agrupamentos precisavam congregar esforços para sua 
sobrevivência. Seja caçando ou se protegendo, os seres humanos lançavam mão de estratégias administrativas. 
Além disso, a moderna administração é herdeira das ferramentas de gestão desenvolvidas nas sociedades anti-
gas, como a egípcia, a mesopotâmica e a chinesa. Ela também tem influência dos empreendimentos militares e 
religiosos, que legaram à ciência da administração suas estruturas organizacionais. Outro acontecimento impor-
tante para a emergência da administração enquanto ciência foi o advento da Revolução Industrial, que repre-
sentou um marco decisivo para o aprimoramento dos processos produtivos. A Revolução Industrial propiciou 
a invenção de novas ferramentas de gestão, diferentes dos modos artesanais de produção utilizados na Idade 
Média. Cada uma dessas influências culminou na ciência da administração que conhecemos hoje e que, a partir 
de agora, veremos nos tópicos a seguir.
1.1  A influência dos filósofos para a administração
A história da filosofia ocidental começa com os gregos, no século V a.C. Os filósofos foram grandes pensadores 
que se puseram a refletir, de maneira racional, sobre a existência do universo. Para eles, já não era mais possí-
vel viver segundo as crenças e os mitos de deuses. Dessa forma, o poder da razão tornou-se o caminho para o 
conhecimento verdadeiro. Conheça, a seguir, os principais filósofos que influenciaram o pensamento adminis-
trativo, de acordo com a visão de Chiavenato (2002).
Sócrates (470-399 a.C.) propõe a administração como uma habilidade pessoal, separada do conhecimento téc-
nico e da experiência. Para ele, o homem tem o potencial de ser um bom administrador, seja de um coro, de uma 
família, de uma cidade ou de um exército, pois ele possui virtudes para tal. 
Figura 1.1 – Sócrates (470-399 a.C.).
Legenda: Para Sócrates, qualquer cidadão livre tem o potencial de ser um administrador, em diferentes esferas.
ID: 123RF 21293745.
6
Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
Outro fator lembrado por Sócrates é que todas as atividades são necessariamente humanas, ou seja, todas as 
ações são obrigatoriamente desenvolvidas por homens, sejam elas privadas ou públicas. De acordo com ele, para 
se chegar ao conhecimento verdadeiro, é necessário abordar do particular para o universal, da opinião à ciência, 
da experiência ao conceito. 
Platão (429-347 a.C.), discípulo de Sócrates, preocupou-se com os problemas políticos e sociais inerentes ao 
desenvolvimento cultural do seu povo. A contribuição de Platão também teve impacto na área da administração, 
especialmente no que se refere à formação democrática do governo e na administração dos negócios públicos.
Figura 1.2 – Platão (429-347 a.C.).
Legenda: Platão elaborou toda uma abordagem para conduzir a administração dos negócios públicos.
ID: 24992906.
No livro “A República”, de Platão, é possível verificar, com clareza, sua contribuição para a área da administração, pois 
a obra trata-se, especificamente, da formação democrática do governo e da administração dos negócios públicos. 
Aristóteles (384-322 a.C.), grande filósofo grego, influenciou profundamente a área de administração, e seus 
ensinamentos se fazem presentes ainda nos dias atuais. Foi discípulo de Platão e realizou estudos sobre a orga-
nização do Estado, distinguindo três formas de administração pública: monarquia, aristocracia e democracia. 
7
Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
Aristocracia: do grego aristokrateia. Representa as classes superiores e educadas, em con-
traposição aos escravos e trabalhadores. Na Antiguidade, a aristocracia dominava o poder 
político sob a alegação de que possuíam maior competência.
Democracia: junção das partículas povo (demos) + poder (kratos). Em oposição aos gover-
nos aristocráticos, que concentravamo poder nas mãos de poucos, na democracia todos 
(seguindo algumas regras) tinham direito de exercer, direta ou indiretamente, o poder. 
Monarquia: sistema político em que o governante detém o poder de maneira hereditária (de 
pai para filho/filha). Na Antiguidade, os monarcas eram considerados detentores de poderes 
divinos, o que justificava a permanência como governantes. 
Glossário
Figura 1.3 – Aristóteles.
Legenda: A categorização de diferentes formas de administração pública é um modelo proposto por Aristóteles.
ID: 123RF 29682002.
Aristóteles também se preocupou com o estudo da ética como o máximo bem comum e escreveu o livro “Ética 
a Nicômaco” sobre o tema. Conforme Chiavenato (2002), esse filósofo diferenciou as técnicas econômicas no 
âmbito da empresa e da família. Além disso, fez a distinção entre valor de uso e valor de troca. 
Francis Bacon (1561-1626), nascido na Inglaterra, discorria que o conhecimento verdadeiro só poderia ser con-
seguido mediante a observação da realidade externa ao homem – dando origem ao modelo científico de enten-
der o mundo. 
8
Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
Figura 1.4 – Francis Bacon (1561-1626).
Legenda: Para Bacon, uma organização deveria manter o foco em sua principal competência.
ID: 123RF, 24153622.
De acordo com Chiavenato (2002), esse filósofo defendia que uma organização devia priorizar seus esforços em 
sua competência essencial, em seu negócio/carro-chefe. 
René Descartes (1596-1650) era racionalista. Para ele, o verdadeiro conhecimento só seria atingido pela facul-
dade da razão, ou seja, através do pensamento, e não das experiências externas ao sujeito do conhecimento. 
Figura 1.5 - René Descartes (1596-1650).
Legenda: Descartes, com sua famosa frase “Penso, logo existo”, fundamenta a impor-
tância do raciocínio lógico como forma de entender o mundo.
ID: 123RF 6221998.
9
Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
Em “O Discurso do Método”, publicado em 1637, Descartes descreve os princípios fundamentais do seu método, 
conhecido como “método cartesiano”: 
• Princípio da dúvida sistemática: consiste em não aceitar como verdadeira coisa alguma, enquanto não 
se souber, por evidência, aquilo que é realmente verdadeiro.
• Princípio da análise da decomposição: consiste em dividir e decompor cada problema em tantas partes 
necessárias para a sua melhor solução.
• Princípio da síntese ou da decomposição: consiste em conduzir ordenadamente os nossos pensamen-
tos, começando pelos mais fáceis até chegar aos mais difíceis.
• Princípio da enumeração ou da verificação: consiste em fazer recontagens, verificações e revisões 
gerais, para se garantir que nada tenha sido omitido ou deixado de lado.
Você acha que os princípios de Descartes, elaborados há quase 400 anos, ainda são válidos 
atualmente? Você os utiliza em sua vida?
Thomas Hobbes (1588-1679) desenvolveu a Teoria Contratualista do Estado. Para ele, o homem só deixou de 
ser primitivo quando começou a viver em conjunto, socialmente, fazendo da vida uma espécie de pacto: ele 
delega poderes ao Estado e, em troca, recebe benefícios, como segurança, saúde e educação.
Figura 1.6 – Thomas Hobbes (1588-1679).
Legenda: No modelo filosófico de Thomas Hobbes, o Estado pactua com o cidadão um contrato implícito, em 
que se impede que a lei do “vale-tudo” vigore. Sem esse contrato, a convivência social seria impossível.
ID: 123RF 8510848.
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Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
Para Hobbes, o homem em estado de natureza era violento, porém, por meio do pacto social, ele se tornaria bom 
e civilizado. 
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ao contrário de Hobbes, coloca que o ser humano era naturalmente bom, 
e que o processo civilizatório que o corrompia. 
Figura 1.7 – Jean-Jacques Rousseau (1712-1778).
Legenda: Rosseau descreve o processo civilizatório como algo que cor-
rompe a natureza do ser humano, tornando-o mau e egoísta.
ID: 123 RF 8518929.
O filósofo, no entanto, coloca que é possível retornar ao equilíbrio natural original, repactuando os contratos que exis-
tem na sociedade. Ele também valoriza os processos educacionais para resgatar a essência bondosa do ser humano.
Adam Smith (1723-1790), outro importante pensador da modernidade, entendia que o trabalho especializado visava 
à racionalização da produção. Segundo o autor, o princípio da especialização diz respeito à divisão do trabalho. 
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Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
Figura 1.8 – Adam Smith (1723-1790).
Legenda: Adam Smith escreveu um importante livro, no qual estuda como a riqueza das nações é for-
mada. Ele defendia a livre concorrência, dizendo que o mercado se autorregula.
ID: 123RF 6221983.
Para Smith, a riqueza ou obtenção de lucro seria resultado da divisão do trabalho: com a especialização das 
tarefas, os gastos com produção se reduzem, e o lucro aumenta. Esse pensamento será retomado mais tarde por 
Taylor, em seu estudo de tempos e movimentos, base fundamental da Administração Clássica. Smith reforçou a 
importância do planejamento e da organização dentro das funções da administração. Ele dizia que, para ser um 
bom administrador, era necessário cuidar dos aspectos ordem, economia, atenção e controle, inclusive em rela-
ção à remuneração dos trabalhadores. 
Karl Marx (1818-1883) é um importante pensador da modernidade, cujas reflexões e cujos legados estão pre-
sentes no pensamento social contemporâneo, bem como na ciência da administração. Juntamente com Frie-
drich Engels (1820-1895), propôs uma teoria da origem econômica e política do Estado Moderno, sede das orga-
nizações modernas como as conhecemos hoje. Para ambos, o Estado é fruto de uma disputa política entre vários 
segmentos da sociedade após a queda dos valores da Idade Média, período em que imperava o poder da Igreja 
e dos príncipes. 
Idade Média: período iniciado no ano 470 d.C., com a invasão bárbara que derrubou o Impé-
rio Romano, marcando o fim da Antiguidade. O período se estende até o século XV, com a 
queda de Constantinopla – quando se inicia o Renascimento. A Idade Média, do ponto de 
vista econômico, caracteriza-se pelo Feudalismo, modelo de cunho rural (os feudos), e pelo 
domínio da Igreja Católica no mundo ocidental.
Glossário
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Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
Figura 1.9 – Karl Marx (1818-1883).
Legenda: Um dos conceitos-chave do marxismo é o de mais-valia: o poder econômico de pou-
cos é sustentado, porque os trabalhadores não detêm os meios de produção, e o padrão agrega, ao 
valor do produto, os valores relacionados com mão de obra, meios de produção e lucro.
ID: 123RF 15111891.
Para Marx, o Estado provoca desigualdades, pois é controlado e dominado por uma classe social exploradora que 
impõe uma determinada ordem política. O que caracteriza o pensamento de Marx é que ele defende a existência de 
um conflito de base, presente na história da humanidade: a luta de classes entre dominadores e dominados. Nesse 
sentido, o marxismo apresenta leis objetivas relativas ao desenvolvimento econômico da sociedade, em oposição 
ao pensamento metafísico dos filósofos gregos. Isso significa que o marxismo adota uma abordagem teórica com 
uma visão materialista dos fenômenos sociais, fundamentada nas relações econômicas de produção. 
Metafísico: conceito filosófico. Na Filosofia, existe uma visão de mundo que aborda a física, 
ou seja, a realidade tangível. A outra visão de se dedica àquilo que é intangível, busca realizar 
uma reflexão sobre a essência das coisas: é a metafísica (além da física). 
Glossário
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Teorias da Administração| Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
No fórum, apresentamos um desafio de análise de uma empresa no modelo fast food. 
Será que é possível identificar nesse formato de empresa a racionalização da produção, 
ou seja, o princípio da especialização pela divisão do trabalho? Acesse o fórum e veja os 
detalhes do desafio que preparamos para você.
Agora que você já conhece os principais pensadores que influenciaram as teorias da administração, o que a 
organização das civilizações da Antiguidade tem a nos ensinar sobre administração. Como eles distribuíam seus 
suprimentos? Como coletavam impostos? Como atendiam a uma população espalhada por vastos territórios? 
Confira!
1.2  A influência das civilizações antigas no desenvolvimento 
da ciência da administração
Caro aluno, você já deve ter se perguntado como os povos da Antiguidade conseguiram construir obras tão mag-
níficas, como as pirâmides do Egito, sem as tecnologias que hoje dispomos. Uma das respostas encontra-se nas 
práticas de gestão que adotavam para dar conta de empreendimentos tão complexos. Vamos nos debruçar, com 
a ajuda do estudioso da administração Maximiano (2010), nos modelos administrativos adotados na Suméria, 
Babilônia, Egito e China.
As construções feitas por essas civilizações, assim como a administração que exerciam, 
demonstram modelos de organização, gestão e planejamento, que permitiam guiar os 
esforços de milhares de trabalhadores (mesmo que, em muitos casos, fossem escravos) e 
recursos materiais em prol de um objetivo: construir obras monumentais que perduram até 
nossos dias.
 
Suméria
Segundo Chiavenato (2002), os sumérios foram um dos primeiros povos a deixar o nomadismo e se fixar em um 
território. Eles também foram uma das primeiras civilizações a desenvolver a agricultura e os primórdios do que 
se pode chamar urbanização, com a criação de cidades-estados na região da Mesopotâmia. Foi essa transição – 
de uma sociedade nômade para uma fixa – que exigiu novas modalidades de gestão e administração social. 
14
Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
De acordo com Maximiano (2010), na sociedade suméria, a coordenação das atividades laborais ficava a cargo 
dos sacerdotes que, sediados em templos tidos como centros administrativos, comandavam a gestão das comu-
nidades em suas necessidades gerais. Os sacerdotes cumpriam as tarefas administrativas na sociedade suméria. 
Assim, para remunerar os servidores do templo e financiar o comércio marítimo, eles usavam parte do excedente 
da agricultura como moeda de troca. 
Ao estudar a história dos sumérios, podemos perceber alguns aspectos de gestão que foram herdados por nós, 
como o registro. Os sumérios possuíam eficientes modos de registrar suas atividades diárias em placas de argila. 
Nessas placas – verdadeiros livros primitivos de contabilidade – eram registradas a entrada, a armazenagem e a 
saída de produtos. Atualmente, esses livros podem ser encontrados em museus e universidades espalhados pelo 
mundo ou na internet. 
Figura 1.10 Livros Primitivos de Contabilidade
Legenda: Antigo registro em pedra suméria com escrita cuneiforme.
ID: 123RF 36906536.
Outro ponto importante a ser destacado é que, junto da escrita e da contabilidade primitiva, os sumérios criaram 
a administração pública, com seus funcionários e procedimentos burocráticos. Esses procedimentos são estuda-
dos por nós até hoje nos cursos de administração, de acordo com Maximiano (2010). 
Com o declínio do Império Sumério, houve a ascensão da Babilônia e da Assíria, cujas histórias e cujos legados 
veremos a seguir.
Babilônia
A história da Babilônia registra um grande desenvolvimento social, econômico e político. Maximiano (2010) 
relata que herdamos dos babilônios o princípio de que responsabilidade não se delega. A prova disso pode ser 
vista em uma mensagem do rei, ordenando que dez homens construíssem uma ponte e, caso o serviço não fosse 
satisfatoriamente executado, a responsabilidade seria do mestre de obras. 
15
Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
Você acha que hoje o princípio da responsabilidade da Babilônia continua sendo aplicado? 
Como você vê o jogo de “empurra”, que muitas vezes ocorre nas empresas, quando o colabo-
rador diz: — “Mas foi o que me mandaram fazer!”. Você já vivenciou alguma experiência de 
conflito de responsabilidade? Qual a diferença entre responsabilidade e culpa?
Falar da Babilônia é também falar do famoso Rei Hamurabi, um habilidoso rei que conquistou várias cidades ao 
redor e, para governá-las, criou severas leis, conhecidas como Código de Hamurabi. Uma das leis mais famosas 
é a Lei de Talião, baseada na máxima “olho por olho, dente por dente”. O que isso quer dizer? Que a pessoa que 
cometia um crime era punida da mesma forma e com a mesma intensidade. 
Confira algumas leis do Código de Hamurabi que muito se aproximam do que chamamos de Princípios da Admi-
nistração:
• Salário: os babilônios recebiam pelo seu trabalho um incentivo salarial individual, conforme produção;
• Controle: os babilônios, ao executarem transações comerciais, faziam um contrato com a assinatura de 
testemunhas; 
• Responsabilidade: de acordo com Maximiano (2010), um pedreiro que constrói uma casa que desmo-
rona e mata seus residentes é condenando à morte.
Durante o governo de Hamurabi, a Babilônia tornou-se uma das regiões mais ricas do período. São também dessa 
época algumas das construções mais luxuosas do Mundo Antigo. As cidades babilônicas, a exemplo das sumérias, 
eram administradas pelos sacerdotes, que também tinham a função de tomar conta das finanças do governo.
Após a morte de Hamurabi, a Babilônia foi invadida e conquistada por diversas tribos da região. Em 605 a.C., os 
babilônicos, sob o comando do Rei Nabucodonosor, voltaram a ampliar suas áreas de domínio e influência. O 
novo rei ordenou a construção de muralhas em volta da cidade e de luxuosos templos e palácios. Conta a história 
que, para sua esposa, Nabucodonosor mandou construir os famosos Jardins Suspensos da Babilônia, considera-
dos uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
Egito
O Egito foi uma magnífica civilização desenvolvida às margens do rio Nilo. Essa civilização legou à humanidade 
as mais enigmáticas construções já registradas e que, ainda hoje, estão abertas à visitação, impressionando a 
todos com o seu tamanho, sua beleza e engenhosidade. O Egito era formado por diversos povoados, espalhados 
pelo Nordeste da África, e somente por volta do ano 3.100 a.C., foi unificado em um poderoso império sob a dire-
ção de um único comando. Pode-se distinguir três fases em sua historia: Antigo Império, Médio Império e Novo 
Império. No final deste último período, o Egito sofreu inúmeras invasões e foi conquistado por outros povos. O 
império finalmente desapareceu durante a conquista pelos romanos, em 30 a.C. 
Segundo Maximiano (2010), durante o esplendor, os egípcios mantiveram um modo de vida estável, com base no 
ciclo de inundação, cultivo e seca, comandado pelas cheias do Nilo. Porém, como os egípcios administravam seu 
vasto território? O que podemos aprender com eles? 
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Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
A sociedade egípcia era organizada em torno de fundamentos religiosos e econômicos. Nessa organização, o 
faraó ocupava o topo da hierarquia, na condição de chefe de Estado e encarnação de um deus, de acordo com a 
tradição dessa civilização. Em seguida, na hierarquia, encontravam-se os sacerdotes, encarregados pelos cultos 
e pelas festividades religiosas. Depois, havia os nobres e os escribas, responsáveis pela realização de tarefas buro-
cráticas para a manutenção do Estado.
Na base da hierarquia ficavam os soldados, mantidos peloEstado para a proteção do poder faraônico. Abaixo dos 
soldados, estavam os camponeses e os artesãos, que cuidavam das plantações, da colheita e da mão de obra para 
as estruturas públicas, necessárias ao desenvolvimento agrícola e comercial. Perceba, então, que a estrutura admi-
nistrativa era piramidal – um conceito que ainda se encontra nas hierarquias organizacionais contemporâneas.
Outra evidência de que os egípcios eram bons administradores pode ser encontrada em sua organização militar. 
Eles, pensando na segurança do império, criaram um exército profissional formado por soldados assalariados 
e construíram uma rede de fortes, com muros de pedras e grandes celeiros, suficientes para suprir centenas de 
homens durante um ano. O conceito de abastecimento preventivo e regulador, portanto, é um legado dos 
egípcios para a administração moderna.
China
A China é um grande exemplo de sociedade, que empregava soluções inovadoras na administração de seu ter-
ritório. Prova disso é que foram os chineses os primeiros a utilizarem o princípio de assessoria para obter mais 
eficiência na administração das vastas terras do seu império: o imperador nomeava, em cada região do império, 
uma pessoa para analisar a situação econômica, sob responsabilidade dele, e relatar suas conclusões aos funcio-
nários do imperador. Essa técnica se tornou tradicional na administração pública da China. 
O país se notabilizou, também, pelas grandes guerras que travou para expandir suas fronteiras e manter sob 
seu domínio os territórios conquistados. Para tanto, desenvolveu estratégias bem fundamentadas de ataque e 
defesa, que podem ser estudadas no livro “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu, muito utilizado nas escolas de admi-
nistração. Segundo Maximiano (2010), esse livro é um manual de recomendações militares que sobreviveram 
por séculos e que abordam temas de planejamento, comando, controle e doutrina, reconhecidos como úteis à 
administração dos mais variados tipos de organizações.
Vejas alguns exemplos extraídos do livro: 
• Comandar consiste em empregar os fatores que um general pode mobilizar, tais como: sabedoria, cora-
gem e humanidade;
• Doutrinar significa organizar, controlar e atribuir corretamente tarefas às pessoas certas;
• Dirigir muitos é bem parecido com dirigir poucos: trata-se de uma questão de organização. 
Como você pode perceber, o manual militar de Sun Tzu consiste em estratégias muito utilizadas atualmente na 
gestão das organizações, pois aborda controle, direção e hierarquia em seus ensinamentos. 
Após analisar o impacto dos modelos administrativos da Antiguidade na administração atual, vamos ver como a 
estrutura das organizações militares e religiosas acabaram por ser absorvidas no âmbito empresarial, com desta-
que para o princípio do comando e do controle.
17
Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
1.3    A  influência  das  organizações  religiosas  e  militares 
para a administração 
Conforme Chiavenato (2002), a organização religiosa conhecida como Igreja Católica foi uma instituição influente na 
Idade Média. Ela possuía uma estrutura organizacional muito semelhante à que encontramos na atualidade: centrali-
zada, hierarquizada e eficiente. Sua organização lhe permite operar, satisfatoriamente, em todos os cantos do mundo, 
sob o comando de uma só cabeça executiva, o Papa, cuja autoridade seria, diretamente, delegada por Deus.
O que importa observar aqui é que a estrutura da Igreja Católica serviu de modelo para muitas organizações 
modernas, as quais, na busca por se tornarem bem-sucedidas, passaram a incorporar uma infinidade de princí-
pios e normas administrativas daquela organização.
O mesmo ocorreu com as organizações militares, que têm influenciado o desenvolvimento das teorias da admi-
nistração ao longo do tempo. Um exemplo disso é o princípio da unidade de comando. Nele, cada subordinado 
só poderia ter um superior, princípio este fundamental para a função de direção. Tal princípio foi retomado pelos 
teóricos da administração no início do século XX, conforme você verá no decorrer das unidades desse livro. 
Segundo Chiavenato (2002), alguns aspectos próprios das organizações militares, como os níveis de comando de 
acordo com o grau de autoridade e responsabilidade, foram, assim, incorporados por outras organizações, como 
empresas, hospitais e escolas. Outras características também podem ser observadas, como: questões relaciona-
das ao sigilo (essencial nas organizações militares e religiosas), lealdade, subordinação à autoridade e trabalho 
colaborativo e coletivo.
Todos os aspectos que vimos até aqui – principais filósofos e pensadores; a administração na Antiguidade e o 
impacto das instituições religiosas e militares na administração moderna – vão desembocar em um marco histó-
rico, divisor de águas em relação aos modelos administrativos: a Revolução Industrial.
1.4 Revolução Industrial
De acordo com Maximiano (2010), os acontecimentos surgidos com a Revolução Industrial conduziram a grandes 
mudanças sociais e econômicas, criando novas formas de organização e de relações produtivas, que perduram 
até os dias atuais. A Revolução Industrial promoveu uma transformação técnico-científica que permitiu alcançar 
uma enorme aceleração da produção de bens. Com ela, a urbanização acelerou-se, criando novas demandas 
administrativas. Esse fenômeno teve início na Inglaterra, no século XVIII, no período de 1760 a 1820, quando se 
iniciou a produção em larga escala de bens, com o uso massivo de máquinas para reduzir tempos e custos de pro-
dução. O impacto foi imenso: novas demandas de insumo e energia, além da possibilidade de tornar disponível 
para muitos o que antes era restrito para poucos. 
18
Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
Figura 1.11 – A Revolução Industrial.
Legenda: A Revolução Industrial alterou profundamente as relações de tra-
balho e, consequentemente, os modelos de gestão.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolução_Industrial
Maximiano (2010) acrescenta que, na Inglaterra, a indústria algodoeira financiou a expansão da produção de 
tecidos com o incremento de teares mecanizados, que serviram como um grande incentivo à expansão indus-
trial. Os avanços técnicos e aperfeiçoamentos dos fornos de fundição permitiram obter ferro de alta qualidade, 
o qual substituiu, vantajosamente, outros materiais na construção de novas máquinas e meios de transporte. 
Resultado: expansão das redes ferroviárias e transformações no sistema de transporte, fatores decisivos para 
o crescimento do comércio. Com estradas e meios de transporte mais eficientes, o tempo de deslocamento foi 
reduzido. Não era mais necessário morar perto do local de produção agrícola: podia-se residir em grandes cen-
tros, de maneira independente. 
Para Chiavenato (2002), o advento da Revolução Industrial permitiu um enorme crescimento da economia 
inglesa, o que provocou um aumento da necessidade de indústrias por matéria-prima, que só poderiam ser 
obtidas no mercado externo. Com a produção crescente, as organizações também precisavam encontrar novos 
consumidores, para ampliar seus mercados. Em decorrência desses dois fatores, houve a expansão do Império 
Colonial Inglês que, é claro, entrou em confronto com outros impérios: as potências da época desejavam garantir 
seus próprios mercados! Nada muito diferente de hoje, em que os países buscam proteger seus mercados inter-
nos e conquistar o consumidor externo.
Conheça mais sobre a divisão de trabalho e as mudanças no processo produtivo que leva-
ram à Revolução Industrial e, consequentemente, ao desenvolvimento da moderna ciência 
da administração: leia o artigo “Marx e a divisão social do trabalho, uma resposta atual”, 
de Daniel Rodrigues, disponível em: <http://www.nodo50.org/cubasigloXXI/congreso08/conf4_rodriguesd.pdf>.
19
Teorias da Administração | Unidade 1- Os antecedentes históricos da ciência da administração 
Nesse período de intensas mudanças, a máquina assumiu funções, antes desempenhadas pelo homem, com 
mais rapidez e menor custo. Desse modo, um número menor de trabalhadores era capaz de produzir maior quan-
tidade de produtos do que com o sistema artesanal tradicional, segundo Maximiano (2010). Perceba que a subs-
tituição do ser humano pela máquina continua no século XXI, com a introdução da robótica e da inteligência 
artificial. Mas isso já é um assunto para as próximas unidades. Até lá!
Preparamos um desafio para que você possa refletir sobre a aplicação prática das teorias da 
administração. Você deverá analisar as práticas administrativas de uma empresa de fast food. 
Em todas as unidades de estudo, você voltará ao fórum para pensar sobre outras problemáti-
cas e discutir, com seus colegas de curso e tutor, quais as melhores soluções administrativas 
a partir dos conhecimentos construídos. Participe e interaja com os colegas: o fórum é um 
dos melhores recursos para a construção do conhecimento de forma colaborativa.
20
Considerações finais
Nessa unidade, você aprendeu que:
• A administração está presente na sociedade desde os primór-
dios da civilização, pois os homens sempre tiveram que planejar e 
organizar suas tarefas cotidianas de caça e segurança, fundamen-
tais para a sobrevivência;
• Os ensinamentos dos filósofos antigos e modernos sobre como se 
constrói o conhecimento e como se aborda a realidade influen-
ciaram as várias escolas de administração; 
• As civilizações da Antiguidade adotaram estratégias sofisticadas 
de gestão para administrar seus vastos territórios, atendendo às 
demandas das populações conquistadas. Os administradores 
modernos podem aprender muito com os imperadores, faraós e 
sacerdotes do Mundo Antigo;
• Muitas ferramentas e princípios de gestão que conhecemos atual-
mente foram modelados a partir de abordagens adotadas por orga-
nizações militares e religiosas, tais como: o princípio do comando e 
do controle, as estruturas de planejamento, a utilização da centrali-
zação administrativa e o estabelecimento de hierarquias;
• As novas tecnologias e máquinas, que caracterizam a Revolução 
Industrial, impactaram profundamente a organização das socieda-
des: os centros urbanos tornaram-se mais independentes; a linha 
de produção barateou o custo de produtos, que se tornaram aces-
síveis a uma ampla parcela da população; a produção em massa 
exigiu o fornecimento de matérias-primas provindas de mercados 
externos, além de novos consumidores. Resultado: expansão dos 
impérios colonialistas e disputa de mercado entre as nações.
Referências bibliográficas
21
CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração. v. 1 e 2. 6. ed. Rio de 
Janeiro: Campus, 2002.
MAXIMIANO, A. Introdução à administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 
2010.
23
2Unidade 2
A abordagem clássica da 
administração 
Para iniciar seus estudos
Na Unidade 1, você estudou os antecedentes históricos da ciência da adminis-
tração, com a influência dos filósofos, das organizações militares e religiosas 
e da Revolução Industrial sobre as bases do pensamento administrativo. Na 
Unidade 2, você será convidado a fazer essa reflexão com o estudo de dois fun-
damentais representantes da Escola Clássica da Administração: Taylor e Fayol. 
Taylor foi o responsável pela proposição dos chamados princípios da admi-
nistração científica e pelo estudo dos tempos e movimentos, para a melhoria 
do processo produtivo, da redução de custos e do aumento de produtividade. 
Fayol preocupou-se em melhorar o processo administrativo, com a formula-
ção de seus famosos princípios de planejar, organizar, comandar e controlar. 
Além disso, nesta unidade, você estudará: os desenvolvimentos de Henry 
Ford, que também contribuíram para solidificar a administração como 
uma ciência da gestão eficiente; e a teoria da burocracia, que, enquanto 
modelo de gestão, desenvolveu-se no âmbito da administração, em mea-
dos do século XX, por Max Weber. 
Veremos, a partir de agora, o pensamento desses importantes teóricos da 
administração. 
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender a teoria da burocracia, a administração científica e 
a teoria clássica da administração; 
• Conhecer as principais características e contribuições para o 
desenvolvimento do pensamento administrativo.
24
Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
2.1 Introdução
No início do século XX, dois importantes engenheiros desenvolveram os primeiros trabalhos a respeito da admi-
nistração. Trata-se do americano Frederick Winslow Taylor, considerado o pai da administração e o criador da 
Escola da Administração Científica, com ênfase nos estudos de tempos e movimentos, e do francês Henri Fayol, 
que veio a desenvolver a chamada Teoria Clássica, com a aplicação dos princípios gerais da administração em 
bases científicas. 
Logo após, o século XX foi marcado por grandes mudanças no ambiente econômico e social das organizações. 
Um exemplo disso foi o grande desenvolvimento econômico dos Estados Unidos da América, no início desse 
século, em virtude do sucesso do modo de produção fordista, idealizado por Henry Ford. Também, em meados 
do século, Max Weber, em seus estudos sobre a ação social, descreveu as formas de autoridade e legitimidade, 
que lhe permitiram refletir sobre as características da burocracia. Estas se encaixam em um tipo de autoridade 
racional-legal e contemplam alguns princípios centrais, como a impessoalidade, o profissionalismo, a hierarquia 
e o formalismo. 
No decorrer desta unidade, veremos, com mais detalhes, cada uma dessas características. Por hora, vamos nos 
ater ao estudo de Frederick Taylor. 
2.2   Frederick Taylor
De acordo com Chiavenato (2002), Frederick Winslow Taylor nasceu em 1856, na Pensilvânia, Estados Unidos da 
América, em uma família abastada, e tornou-se engenheiro mecânico.
Os estudos de Taylor trouxeram uma contribuição direta para maior eficiência nos processos produtivos, em 
especial, para a redução dos custos de produção. 
Eficiência: é atingir o resultado com um mínimo de perda de recursos, isto é, fazer o melhor 
uso possível do dinheiro, do tempo, de materiais e pessoas. Disponível em: <www.dicionario-
informal.com.br/eficiência>. Acesso em: 25 dez. 2016.
Glossário
25
Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
Figura 2.1: Frederick Taylor.
Legenda: Taylor é considerado o idealizador dos princípios que norteiam a Administração Científica.
Imagem: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Frederick_Winslow_Taylor_crop.jpg>.
O engenheiro propôs um sistema mais conciso, fundamentado na divisão do trabalho e organizado de forma 
que tenha supervisores responsáveis por cada setor, com instrumentos de trabalho padronizados e bonificações 
para o bom desempenho na rotina de trabalho. Conforme Maximiano (2010), diante desse cenário, é de praxe a 
realização de cálculos básicos para o conhecimento dos custos na produção.
Em seus trabalhos, Taylor contribuiu de forma decisiva para a estruturação e a execução dos 
fundamentos da administração, vislumbrando sua expansão e consolidação.
Para Taylor, conforme Chiavenato (2002), são quatro os mais importantes princípios da Teoria da Administração 
Científica. Conheça-os a seguir:
26
Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
Quadro 1: Princípios da Teoria da Administração Científica.
Método científico para a realização de tarefas: fundamentado em uma ficha 
que contém as instruções para a realização das tarefas, explicando os movi-
mentos e o tempo, bem como a tabela de bonificações por produtividade.
Abordagem científica de seleção e treinamentodos trabalhadores: pautada 
no método científico citado anteriormanete. No processo de seleção e treina-
mento, a prática da administração leva em conta, inclusive, a questão das 
habilidades e aptidão do trabalhador para realizar determinadas tarefas.
Supervisão e orientação dos trabalhos utilizando a abordagem científica: 
tem por objetivo facilitar o processo de interação entre os trabalhadores de 
diferentes níveis hierárquicos, no intuito de assegurar a execução dos processos 
de trabalho de acordo com o método científico.
Consolidação da divisão do trabalho entre os operários conforme especiali-
zação de cada um: os supervisores são responsáveis pelo controle na realiza-
ção dos trabalhos e, portanto, pelos resultados apresentados pelos operários ao 
fim do processo produtivo.
Legenda: A Administração Científica é norteada por quatro princípios.
Fonte: Elaborado pela autora, em 2017.
Para Maximiano (2010), Taylor defende que, sempre, há um método mais fácil e rápido de executar uma tarefa 
e, para tanto, o engenheiro empreendeu o estudo dos tempos e movimentos na produção. Tal fato evidenciou 
que, com observação e análise de dados, a organização poderia produzir mais, tanto para o “patrão”, quanto para 
melhorar, ao máximo, a prosperidade do empregado. Essa abordagem de Taylor ficou conhecida como organiza-
ção racional do trabalho, transformando os métodos de trabalhos empíricos em métodos científicos. 
De acordo com Chiavenato (2002), tais métodos científicos foram fundamentados nos aspectos listados a seguir:
a. Estudo de tempos e movimentos: o trabalho é metodicamente analisado em sua totalidade, visando à 
eliminação dos movimentos desnecessários. Nesse estudo, os movimentos úteis são simplificados, a fim de 
diminuir o tempo médio que o operário leva para desenvolver uma tarefa. Nesse tempo médio, são acres-
centados os períodos considerados mortos, como o tempo de espera pela matéria-prima (com a finalidade 
de padronizar o método de trabalho) e, também, o tempo destinado à execução desse trabalho.
Conforme Chiavenato (2002), Taylor observou as seguintes vantagens no desenvolvimento de um método 
padrão de produção:
 » Elimina o desperdício de esforço humano e movimentos inúteis;
 » Facilita e racionaliza a seleção e o treinamento dos operários e melhora a eficiência e o rendimento da 
produção pela especialização das atividades;
 » Distribui, uniformemente, as atividades e evita períodos de falta ou excesso de trabalho;
27
Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
 » Define métodos e institui normas para a execução do trabalho; 
 » Estabelece uma base uniforme para salários equitativos e prêmios de produção. 
b. Estudo da fadiga humana com base na anatomia e fisiologia humana, contendo uma dupla finalidade: 
 » Evita movimentos inúteis na execução da tarefa, do ponto de vista fisiológico; 
 » Reduz a fadiga para aumentar a eficiência.
c. Divisão do trabalho e especialização do operário: há uma eliminação dos movimentos desnecessários, 
economizando, assim, energia e tempo e, consequentemente, elevando a produtividade do operário. 
d. Desenho de cargos e de tarefas: tem como finalidade criar, projetar e combinar cargos, com o intuito de 
uma tarefa ser executada com os demais cargos existentes dentro da organização. Essa simplificação no 
desenho dos cargos permite algumas vantagens, como: 
 » Admissão de empregados com qualificações mínimas, o que reduz os custos de produção;
 » Minimização dos custos de treinamentos;
 » Redução de erros na execução do trabalho.
e. Incentivos salariais e prêmios de produção: o operário é estimulado a produzir mais e, também, a ganhar 
mais pelos seus serviços, uma vez que a remuneração é baseada na produção e incentiva o indivíduo. 
f. Condições ambientais de trabalho: a eficiência depende não somente do método de trabalho e do 
incentivo salarial, mas de um conjunto dessas condições que visam a garantir o bem-estar do trabalha-
dor, o que inclui: 
 » A adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho e equipamentos de produção para minimizar 
o esforço do operador;
 » Um arranjo físico de máquinas e equipamentos, para racionalizar o fluxo de produção.
g. Padronização: o objetivo é minimizar a variabilidade no processo produtivo e, consequentemente, elimi-
nar o desperdício e aumentar a eficiência. 
Cabe observar, conforme Chiavenato (2002), que a organização racional do trabalho, maior contribuição de 
Taylor à teoria administrativa, é, sobretudo, uma forma de executar melhor as tarefas, tendo como referência a 
observação no chão de fábrica. Ao desenvolver esses princípios, Taylor tinha o objetivo de tornar a empresa mais 
eficiente e produtiva, algo que para a época era impensável. 
Foi também uma preocupação de Taylor desenvolver uma forma de aplicar esses princípios à prática adminis-
trativa nas fábricas reais, porque, para ele, a ferramenta administrativa é uma prática estruturada que ajuda a 
desenvolver não só o processo de administração, mas também a qualidade decisória das organizações. 
Maximiano (2010) observa que, a partir dos estudos apresentados por Taylor e pelo empresário e engenheiro 
Henry Ford, desenvolveram-se três instrumentos administrativos principais:
a. Estruturação da especialização de trabalhos: trata-se de uma forma parcialmente mecanicista, para 
que haja a divisão de atividades desenvolvidas por segmentos no processo de trabalho. Isso proporciona 
uma melhoria na experiência prática dos trabalhos, aumentando a produtividade. 
b. Análise de produção em massa: esse instrumento foi desenvolvido por Henry Ford (1863-1957), no 
sentido de aperfeiçoar as linhas de montagem, porém, ele não conseguiu expandir a visão sobre os indi-
víduos, por desconsiderar o ser humano em sua totalidade. Essa visão redutora sobre o homem fez com 
que Ford se preocupasse, quase que exclusivamente, com a interação máquina/homem, descuidando da 
28
Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
interação homem/homem. Essa ótica restrita da organização prejudicou um entendimento mais coe-
rente da administração. 
c. Estudo dos tempos e métodos: aqui também há a presença de Henry Ford na materialização desse ins-
trumento na indústria automobilística, que se baseou em três princípios:
 » Aumento da produtividade no processo produtivo concomitante ao proveito de todos os envolvidos 
(proprietários, empregados e consumidores);
 » Ampliação da rotatividade do capital circulante, evitando a sua imobilização;
 » Aumento da economicidade do processo produtivo, ou seja, administração correta dos bens, boa dis-
tribuição do tempo, dinheiro e redução dos gastos no orçamento.
Agora que aprendemos a teoria preconizada pelo representante da Escola Administração Científica, Frederick W. 
Taylor, veremos, no próximo tópico, outro representante: Henry Fayol, conhecido pela sua teoria que aprimorou o 
processo administrativo.
Agora que você conhece com mais propriedade as contribuições de Taylor para as práticas 
administrativas, poderá analisar o desafio com mais competência e encontrar soluções para 
a nova etapa da problemática. Acesse o fórum e participe das discussões!
2.3  Henry Fayol
Henry Fayol nasceu em 1841, em Istambul, e faleceu em 1925, em Paris. Ele foi um importante pesquisador da 
Escola Clássica da Administração e dedicou-se a disseminar os princípios da administração, com base em seus 
anos de aprendizado prático na indústria. Para esse engenheiro, a administração compreende, basicamente, 
cinco funções: planejamento, organização, comando, coordenação e controle. 
29
Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
Figura 2.2: Henry Fayol.
Legenda: Fayol analisou cinco funções essenciais que fazem parte do processo administrativo.
Imagem: <https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=Henry+Fayol&title=Special:Search&go=Ir&uselang=pt-br&searchToken=96hrp5zrgffqb4pr7p6slxsv7#/media/File:Henri_Fayol,_1900.jpg >.
De acordo com Maximiano (2010), para Fayol, a administração é uma atividade encontrada em todos os empre-
endimentos humanos, como na família, nos negócios, nas religiões e nos governos. Além disso, exige, mesmo 
que não nos demos conta, o uso de, pelo menos, alguma das cinco funções supracitadas. 
Fayol propôs uma divisão das organizações em seis estruturas de operações específicas que se relacionam mutuamente:
• Técnica (ex.: produção e manufatura);
• Comercial (ex.: compra, venda e troca);
• Financeira (ex.: empréstimos e capital de giro);
• Segurança (ex.: proteção da propriedade privada e das pessoas);
• Contabilidade (ex.: registro de estoques, custos e estatísticas);
• Administração (ex.: planejamento, organização, comando, coordenação e controle). 
Para melhor compreensão dessas atividades e da importância da função administrativa defendida por Fayol, 
observe o quadro a seguir: 
30
Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
Quadro 2: Funções da empresa.
EM
PR
ES
A
Função comercial
Função financeira
Função de
administração
Função de
segurança
Função de
contabilidade
Função técnica
Planejamento
Organização
Comando
Coordenação
Controle
Legenda: Cada área empresarial tem, sob sua responsabilidade, diferentes funções. A área admi-
nistrativa demanda planejamento, organização, comando, coordenação e controle.
Fonte: Maximiano (2010, p. 68).
Perceba que, segundo Maximiano (2010), para Fayol, o conceito de administração está ligado ao ato de adminis-
trar, englobando as funções do administrador descritas a seguir:
• Prever: antever o futuro e traçar o programa de ação;
• Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa;
• Comandar: dirigir e orientar o pessoal;
• Coordenar: unir e harmonizar todos os atos e esforços coletivos;
• Controlar: garantir que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas.
Das funções definidas por Fayol, ele considera a função administrativa a que tem o maior peso 
no sucesso empresarial, pois é em virtude do planejamento eficiente que é possível prover as 
demais funções, com dados para as operações empresariais e para a tomada de decisão.
31
Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
Conforme Maximiano (2010), Fayol concebe o planejamento como sendo uma ferramenta útil para administrar o 
futuro e uma etapa importante do processo decisório. Assim, planejar, nessa perspectiva, é:
• Estabelecer objetivos a serem atingidos;
• Definir os meios para o alcance dos objetivos traçados;
• Tomar decisões no presente para minimizar as incertezas do futuro.
Cabe observar que, para manter sua eficiência e eficácia, uma organização precisa dedicar esforços na elabora-
ção de seu planejamento e colocá-lo em prática, lembrando-se, ainda, de revê-lo constantemente, já que vive-
mos em um ambiente marcado por crescente complexidade e frequentes mudanças. Assim, Maximiano (2010) 
observa que a busca dessa excelência em termos de planejamento pode ser justificada em função de que as 
rápidas mudanças econômicas e tecnológicas afetam os negócios de maneira drástica. 
Eficácia: Qualidade daquilo que alcança os resultados planejados; característica do que pro-
duz os efeitos esperados, do que é eficaz. Capacidade de desenvolver tarefas ou objetivos de 
modo competente; produtividade. Fonte: Disponível em: <www.dicionarioinformal.com.br/
eficácia>. Acesso em: 25 dez. 2016.
Glossário
De acordo com Chiavenato (2002), esses elementos são transversais a empresa inteira, ou seja, a todos os níveis 
hierárquicos que constituem o processo administrativo. 
Para finalizar, destacamos que, em seus estudos sobre os melhores modos de administrar, Fayol, segundo Chia-
venato (2002), desenvolveu os 14 princípios gerais da administração. Conheça-os a seguir:
1. Divisão de trabalho: refere-se à alocação de tarefas específicas para cada indivíduo, resultando na espe-
cialização das funções, favorecendo a eficiência da produção e aumentando a produtividade. 
2. Autoridade e responsabilidade: refere-se ao direito que os superiores têm de dar ordens que, teorica-
mente, serão obedecidas, sendo a responsabilidade a contrapartida da autoridade, que acompanha o 
exercício do poder. 
3. Disciplina: refere-se ao respeito e cumprimento dos acordos estabelecidos entre a empresa e seus tra-
balhadores. 
4. Unidade de comando: cada indivíduo terá apenas um superior. 
5. Unidade de direção: um só gerente e um só programa para um conjunto de operações que visam ao 
mesmo objetivo. 
6. Subordinação de interesses individuais aos interesses grupais: os interesses gerais da organização 
devem prevalecer sobre os interesses individuais. 
7. Remuneração do pessoal: precisa ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria 
organização. 
8. Centralização: a tomada de decisão cabe à cúpula da organização.
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Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
9. Cadeia de comando (linha de autoridade ou hierarquia): refere-se à série dos chefes, que vai do escalão 
mais alto ao mais baixo.
10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
11. Equidade: a justiça deve prevalecer em toda organização, e todos precisam ter direitos iguais.
12. Estabilidade e duração do pessoal: deve haver estabilidade do pessoal e manutenção das equipes 
como forma de promover seu desenvolvimento e evitar a rotatividade, que tem consequências negativas 
sobre o desempenho da empresa e o moral dos funcionários. 
13. Iniciativa: deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo. 
14. Espírito de equipe: o trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe. 
Após aprendermos que Fayol focou sua teoria na estrutura da empresa, e não nas tarefas, como Taylor, veremos, 
no próximo tópico, que Henry Ford implementou essas teorias preconizadas por Taylor e Fayol, colocando-as em 
prática na sua linha de produção e inovando os conceitos. Vamos conhecer?
2.4 Henry Ford
Segundo Chiavenato (2002), Henry Ford nasceu em 30 de julho de 1863, na cidade norte-americana de Sprin-
gwells. Em 1903, superando inúmeras adversidades, fundou a Ford Motor Company, com mais 11 acionistas, 
e ficou com 25% das ações. Com o passar dos anos, ele foi comprando as ações dos demais investidores e, em 
1919, passou a ser o controlador da companhia. Sua grande ambição sempre foi construir um carro para o povo 
e, então, em 1913, inaugurou a primeira fábrica com linha de produção em série.
Figura 2.3: Henry Ford.
Legenda: Ford tinha o sonho de construir um carro popular, e conseguiu realizá-lo.
Imagem: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Henry_ford_1919.jpg?uselang=pt-br>.
33
Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
Talvez muitos de nós não tenhamos conhecimento dessa interessante história de Henry Ford, 
mas todos associamos a palavra Ford a uma marca específica de carro, correto?
A palavra Ford refere-se ao nome da fábrica de automóveis criada por Henry Ford no início do século XX. Os 
desenvolvimentos técnicos levados a cabo na produção de seus automóveis auxiliaram na evolução do pensa-
mento administrativo. 
Conforme Chiavenato (2002), Ford foi pioneiro no que ficou conhecido como linha de montagem e produção 
em série. Produzir em série significa fabricar produtos iguais e em grande quantidade, fato que reduz os custos 
de produção e aumenta sua velocidade. Pensando nisso, Ford entendeu que seria vantajosa a fabricação de auto-
móveis padronizados. 
Vamos entender melhor o significado de Fordismo? 
2.4.1 O Fordismo
O processo produtivo inventado por Ford, conhecido como Fordismo,funcionava da seguinte maneira: o auto-
móvel passava por uma esteira de montagem em movimento, e os operários colocavam as peças. Isso era pos-
sível em função da especialização dos funcionários, ou seja, cada um executava uma função específica ou única 
no processo. Por exemplo: alguns trabalhavam com a pintura; uns colocavam os pneus; outros retificavam os 
motores, e assim por diante. Em um tempo de apenas 98 minutos, o automóvel ficava pronto. 
O modelo de automóvel T foi o mais famoso produzido por Henry Ford. Também conhecido como “Ford Bigode”, 
esse veículo foi o mais vendido no final do século XIX. Nessa época, segundo Maximiano (2010), ficou famosa 
para os clientes uma frase de Ford que dizia que eles “poderiam pedir a cor que quisessem em seus automóveis, 
desde que fosse preta”.
34
Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
Figura 2.4: Modelo T.
Legenda: Com a produção de veículos padronizados, sempre da mesma cor, Ford reduziu os cus-
tos e popularizou os automóveis, colocando-os no mercado a preços acessíveis.
Imagem: <http://pt.123rf.com/search.php?word=ford+Modelo+T&imgtype=&t_word=ford+model+t&t_lang=pt&oriSearc
h=ford+bigode&srch_lang=pt&sti=m4q0fwgckqd3kcaddx|&mediapopup=49013339>.
Então, de acordo com Chiavenato (2002), o engenheiro e empresário Henry Ford, utilizando as abordagens da 
administração científica, aplicou de forma intensiva o novo conceito de linha de montagem na sua indústria Ford 
Motor Company. Esse sistema revolucionou o mercado de automóveis em virtude da produção em massa, tor-
nando os automóveis mais baratos. 
Cabe destacar que as inovações de Ford em suas indústrias permitiram eliminar quase todos os movimentos desne-
cessários às atividades dos trabalhadores. Para Ford, a fim de ganhar velocidade no processo produtivo, era impor-
tante organizar o trabalho de forma a requerer o mínimo possível de consumo do esforço físico dos trabalhadores. 
Figura 2.5: Linha de montagem fordista.
Legenda: Na linha de montagem fordista, cada trabalhador era responsá-
vel por executar uma atividade específica e especializada.
Imagem: <https://commons.wikimedia.org/w/index.php?title=Special:Search&profile=images&search=Ford+Motor+Company&
fulltext=1&uselang=pt-br&searchToken=8j030yujvh8mqisjta7z8hrl4#/media/File:Ford_Motor_Company_assembly_line.jpg>.
O sucesso do invento de Ford foi tão grande que, na década de 1920, chegou a produzir 2 milhões de automóveis 
por ano. O sistema de Ford foi de extrema importância para a sociedade, uma vez que democratizou o acesso 
para aquisição de automóveis. A estratégia de negócio no Fordismo era produzir o automóvel o mais rápido pos-
sível e vendê-lo no mercado dentro do menor prazo.
35
Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
A rapidez nesse processo foi um fator essencial, pois se considerava que, quando a linha de montagem estava 
parada, ela não estaria gerando lucros, o que deveria ser evitado. Então, era preciso ter um estoque de peças de 
reposição indispensáveis para que a linha de montagem não parasse. Juntamente a essa forma de produção, Ford 
desenvolveu um sistema de pagamento com base em bônus, que crescia à medida que a produtividade aumentava. 
Caro aluno, vimos que o Fordismo é um modo de produção em massa que conta com máxima 
eficiência na utilização da mão de obra operacional para a fabricação de mercadorias. A 
América não foi descoberta, foi construída. O nome de Ford é sinônimo do chamado “sonho 
americano”. Confira essa história na série “Gigantes da Indústria”, do Discovery Channel. 
Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=9zAvJpMF_w4&list=PL1TQqShDpIm__YTlSR-
TBzaKsM7mjYCq7t>.
Dito isso, pedimos a você, caro aluno, que pense se os princípios do Fordismo podem ser 
aplicados nas organizações atualmente. 
O Taylorismo e o Fordismo são sistemas de trabalho que visavam à racionalização extrema da produção e, conse-
quentemente, à maximização da produção e do lucro. O sucesso desses dois modelos fez com que várias empre-
sas adotassem as técnicas desenvolvidas por Taylor e Ford, sendo utilizadas até hoje por algumas indústrias. O 
Fordismo baseou-se nas propostas do Taylorismo e desenvolveu alguns avanços. Assim, enquanto Taylor tinha 
como foco a divisão eficiente e racional das tarefas dentro da fábrica, Ford buscou colocar seus trabalhadores em 
posições fixas no sistema produtivo, enquanto a esteira rolante levava as peças para cada trabalhador. 
Conforme Maximiano (2010), cabe destacar, ainda, que o Fordismo era visto como um modelo de gestão da 
produção. Porém, a partir de 1930, esse modelo passou a ser concebido como técnico-econômico, irradiando-se 
pelo mundo no pós-guerra. Antes do Fordismo, a produção de veículos era artesanal, dependente da habilidade 
técnica da mão de obra disponível e sem padronização. 
Outro fator importante que contribuiu para as ferramentas de gestão diz respeito à aplicação dos princípios de admi-
nistração científica no sistema Fordista de produção, que levou à redução da complexidade das tarefas e à padroniza-
ção e ao controle do processo produtivo. Este saiu das mãos dos trabalhadores e passou para a gerência, levando até as 
últimas consequências a ideia de separação entre o planejamento (engenheiros) e a execução (operário).
Essa administração clássica do Taylorismo e do Fordismo recuperou o ideário do homem economicus, ou seja, o 
homem sendo um ser racional que toma suas decisões com conhecimento de todas as possibilidades de ações 
viáveis, bem como de suas consequências. 
Ideário: conjunto de ideias a serem colocadas em prática.
Glossário
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Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
Segundo Maximiano (2010), esse modelo de homem, reduzido e simplificado, serviu de fundamento para a cons-
trução de uma teoria da administração que tinha como base a concepção de um homem racional e previsível, 
que se satisfazia com incentivos financeiros, vigilância e treinamento. Investir nesses quesitos, portanto, auxiliaria 
o aumento da produtividade esperada. 
Como consequência dessa visão de homem, os pensadores clássicos – Taylor, Fayol e o empresário Ford – com-
partilhavam a ideia de que o comportamento humano não era um problema em si. Isso quer dizer que, quando os 
gerentes percebiam nos trabalhadores um comportamento inadequado, deduziam que o problema era decor-
rente de defeitos na estrutura da organização ou no processo produtivo. Contudo, essa visão sobre o homem vai 
ser questionada pela Escola das Relações Humanas, como veremos na Unidade 3. 
De acordo com Chiavenato (2002), a premissa da produção em massa é orientada pela simplicidade e conta com 
três aspectos que suportam o sistema:
• A progressão do produto é planejada, ordenada e contínua;
• O trabalho é entregue ao trabalhador, ao invés de deixá-lo com a iniciativa de ir buscá-lo (uso da esteira);
• As operações são divididas em seus elementos constituintes.
Ainda na visão de Chiavenato (2002), Ford adotou três princípios básicos para conferir eficiência ao processo 
produtivo, a saber: 
• Princípio de intensificação: trata-se de diminuir o tempo de produção com a rápida colocação do pro-
duto no mercado; 
• Princípio de economicidade: consiste em reduzir, ao mínimo, o volume do estoque da matéria-prima 
em transformação;
• Princípio de produtividade: fundamenta-se em aumentar a capacidade de produção por meio da espe-
cialização do trabalho e da linha de montagem. 
Aprendemos que os princípios da administração da produção, desenvolvidos por Ford, foram 
complementares àqueles estudados e legados a nós por Taylor, sendo a principal diferença 
entre os dois estudiosos o foco de suas preocupações. Note que Taylor tinha como foco a racio-
nalização das tarefas, enquanto Ford se preocupava com a linha de montagem, para que o tra-
balhadorse movesse o mínimo possível e, com isso, evitasse desperdício de energia humana.
Vejamos, agora, outro importante teórico e pensador que contribuiu para agregar novas visões aos processos 
administrativos.
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Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
2.5  Max Weber 
Max Weber nasceu no dia 21 de abril de 1864, na Alemanha. Chiavenato (2002) afirma que ele foi um sociólogo 
que se preocupou com o estudo da organização burocrática e, por isso, propôs uma teoria da burocracia. 
Figura 2.6: Max Weber.
Legenda: O sociólogo Max Weber contribuiu para a Teoria da Administração ao estudar os processos burocráticos.
Imagem: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Max_Weber_1894.jpg?uselang=pt-br >.
Conforme Maximiano (2010), o ponto central dos estudos de Weber é a investigação sobre a ação social. Para 
esse sociólogo, as normas que compartilhamos na sociedade só se tornam concretas à medida em que elas se 
manifestam em cada um de nós sob a forma de motivação. Cada sujeito age levado por um motivo que se orienta 
pela tradição, por interesses racionais ou pela afetividade. 
Para Weber, a ação social consiste na conduta humana dotada de sentido e orientada pela ação de outros. Ela 
apresenta quatro formas distintas:
• Ação racional com relação a fins: determinada pela expectativa de alcançar os objetivos racional-
mente avaliados e perseguidos. 
• Ação racional com relação a um valor: definida pela crença consciente no valor (moral, religioso 
e estético) de uma determinada conduta. 
• Ação afetiva: ditada por afetos ou estados sentimentais e emocionais. 
• Ação tradicional: ditada pelos hábitos, pelos costumes e pelas crenças. 
Além do estudo sobre a ação social, Weber interessou-se, também, em descrever o alicerce formal-legal que 
sustenta as organizações e, portanto, estudou a questão da autoridade e legitimidade que se apresentam nos 
ambientes institucionais. Assim, segundo Chiavenato (2002), a autoridade pode ser distinguida baseada em três 
tipos básicos:
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Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
• Autoridade racional-legal: sustenta-se em um aparato legal de regras que legitimam o próprio poder 
de mando, que é intransferível a outrem. Fundamenta-se em regras legais, cuja autoridade é regida pela 
impessoalidade. Os limites de seus poderes são determinados pelas esferas de competência, defendidas 
pelas normas. Exemplos de autoridade racional-legal: o gerente de uma empresa, o presidente de um 
país, o técnico de um time de futebol etc.
• Autoridade tradicional: trata-se da crença no senso de justiça do dominador, que tem o direito de emitir 
ordens, desde que respeite os costumes e hábitos da sociedade. Fundamenta-se em costumes e hábi-
tos considerados legítimos, porque sempre existiram como tal e são aceitos em nome de uma tradição 
reconhecida como válida. Exemplos de autoridade tradicional: o chefe de uma tribo indígena, um senhor 
feudal, o príncipe de uma monarquia etc. 
• Autoridade carismática: diz respeito à crença em qualidades excepcionais e até messiânicas de uma 
pessoa, para conduzir outras. Consiste na obediência dos subordinados, devido ao carisma e às carac-
terísticas pessoais do líder, que estabelece, com seus seguidores, uma relação de lealdade. Exemplos de 
autoridade carismática: o sacerdote, um governante populista, heróis, líderes sindicais etc.
Ao analisar os ambientes institucionais, Weber descobriu que as instituições burocráticas são uma forma ins-
taurada de autoridade racional-legal e, com isso, dedicou-se a analisar tal estrutura social e suas características. 
Vamos conferir.
2.5.1 Burocracia
Em um primeiro momento, não se percebe quais seriam os benefícios de modelos burocráticos. No entanto, 
a burocracia tem uma função – e é por isso que ela existe e se instaurou com tanto sucesso. No tipo ideal de 
burocracia proposto por Weber, ela desempenha as funções de: organizar, disciplinar e estruturar. A burocracia 
impede que os indivíduos ajam como bem entendem, pois devem seguir uma organização e um sistema preesta-
belecido. Sempre que você encontrar um sistema rígido, em que tudo é controlado por regras e hierarquias bem 
definidas, você estará frente a um sistema burocrático. É o que ocorre no exército e nas igrejas, ou quando você 
deseja regularizar a aquisição de um imóvel ou de um veículo que adquiriu. 
Características da burocracia
Conforme destaca Chiavenato (2002), os sistemas burocráticos apresentam as seguintes características:
• Existência de normas e regulamentos: a organização possui uma normatização interna, que indica 
como os funcionários e colaboradores devem agir e proceder, não apenas para produzir bens e serviços, 
mas também para definir como atuar em determinadas circunstâncias. São os manuais de procedimento, 
a missão e os valores expressos formalmente, os códigos de ética etc. Com isso, ninguém age a seu bel 
prazer: tudo é institucionalizado e padronizado.
• Sistema de comunicações formal: as comunicações são documentadas (atas, relatórios, memorandos, 
formulários etc.). Assim, tudo pode ser vigiado, comprovado e conferido. Fica, então, estabelecida uma 
rotina de procedimentos.
• Divisão de trabalho racional: a eficiência da organização é alcançada com a divisão do trabalho. Cada 
um faz o que é de sua competência, sem interferir no trabalho do outro. Assim, a pessoa sabe exatamente 
o que está sob sua responsabilidade e a que ela dever responder. Existem fronteiras bem definidas de 
ação, que não devem ser ultrapassadas.
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Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
• Relações impessoais: como tudo está normatizado, os cargos são definidos por superestruturas, e não pelo 
perfil das pessoas presentes no ambiente. A hierarquia é rígida: o poder é definido pela ordem hierárquica, e 
não pelas características da pessoa. Por exemplo, mesmo que o chefe saiba menos sobre um determinado 
assunto, suas ordens devem ser obedecidas e cumpridas, pois ele ocupa uma posição superior.
• Hierarquia de autoridade: os cargos hierárquicos organizam-se e são estruturados no formato de pirâ-
mide, ou seja, cada nível obedece a uma instância superior, a qual, como já foi visto, é estabelecida buro-
craticamente (e não por valores pessoais).
• Existência de rotinas: em um sistema burocratizado, os participantes só podem realizar aquilo que está 
determinado para sua função, isto é, eles não possuem liberdade para agir por conta própria.
• Meritocracia: os sistemas burocráticos privilegiam a competência (fazer aquilo que é exigido que seja 
feito), e não as características pessoais subjetivas. Todo o processo – da seleção à contratação, do treina-
mento a eventuais promoções – é realizado com a análise de critérios universais (valem para todos), pre-
viamente estabelecidos e cujos resultados são quantificados. A meritocracia está na base da realização 
de concursos, exames, vestibulares e boa parte das provas utilizadas em nossa sociedade.
• Especialização e profissionalização: como cada um só faz o que lhe compete, e deve fazer da melhor 
forma (meritocracia), nos sistemas burocráticos observa-se uma crescente especialização. Em decorrên-
cia disso, surgem os planos de carreira (subir na hierarquia pelo mérito e, inclusive, pela especialização 
conquistada com o tempo de serviço) e os incentivos monetários (o salário aumenta devido à ascensão 
da especialização e produtividade).
Nos sistemas burocráticos, o funcionário é assalariado e os meios de produção não lhe 
pertencem.
• Funcionamento previsível: como os integrantes devem operar conforme as normas existentes, pres-
supõe-se que os resultados a serem atingidos sejam sempre iguais. Considera-se que, ao controlar o 
ambiente, domina-se o comportamento dos seus componentes.
De acordo com Chiavenato (2002), a descrição deWeber sobre a burocracia não levou em conta a chamada orga-
nização informal e, também, o excesso de formalismo, que são fontes das denominadas disfunções da burocracia. 
2.5.2  Disfunções da Burocracia
Quando as características da burocracia são levadas ao extremo – e você já deve ter enfrentado situações assim! 
–, o excesso de rigidez e a falta de flexibilidade levam a disfunções da burocracia: no lugar de propiciar segu-
rança e qualidade, ela acaba por emperrar o andamento dos serviços e a produção de bens. Então, é como se o 
sistema criasse vida própria: é a burocracia pela burocracia, que perde seu sentido e sua finalidade e chega ao 
absurdo, ao exigir carimbos e comprovantes desnecessários. Confira, a seguir, as principais características e dis-
funções da burocracia, conforme colocado por Chiavenato (2002).
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Teorias da Administração | Unidade 2- A abordagem clássica da administração
Características das disfunções da burocracia
• Engessamento de regras e regulamentos: no modelo ideal de burocracia de Weber, as regras e regu-
lamentos têm o objetivo de normatizar os procedimentos, ajudando, assim, a aumentar a produtividade 
e melhorar a qualidade do que é produzido e realizado. No entanto, a falta de flexibilidade na aplicação 
de regras e regulamentos faz com que estes deixem de ser um meio para se atingir um dado fim, trans-
formando-se em um objetivo próprio: é o momento em que as pessoas cumprem regras e regulamentos 
sem saber o porquê.
• Excesso de documentação: para formalizar tudo e controlar a qualidade e a produtividade, é produzida 
uma quantidade excessiva de documentos, que geram perda de tempo, tanto no preenchimento de for-
mulários e papéis, quanto para resgatar as informações, sempre que necessário: é o momento em que as 
pessoas preenchem formulários muitas vezes redundantes (informações já fornecidas). 
• Despersonalização dos relacionamentos: como nos sistemas burocráticos o poder está no cargo, e não 
nas pessoas, as relações interpessoais caem para segundo plano. No entanto, o ser humano necessita de 
interações sociais, e a despersonalização pode provocar um estresse excessivo.
• Hierarquização do processo decisório: as decisões partem do topo, ou seja, de quem detém o poder 
maior dentro da hierarquia – mesmo que não seja a melhor decisão, esta pessoa será a única autorizada 
a tomar decisões.
• Autoridade aparente: como a autoridade é exercida pelo cargo, busca-se exibir sinais exteriores que 
reforcem tal posição, como uniformes, crachás de identificação com o cargo em destaque, placas na 
porta etc.
• Autoridade descontrolada: como a pessoa está em um cargo de autoridade, ela passa a utilizar este 
poder de maneira agressiva. É o momento do “– Sabe com quem está falando?”.
Franz Kafka (1883-1924) é um famoso escritor alemão que escreveu várias obras sobre a 
angústia do ser humano frente a uma burocracia que o esmaga, como em “O Processo”.
Nesta unidade, aprendemos sobre a teoria da burocracia, a administração científica e a teoria clássica da admi-
nistração, além de suas principais características e contribuições para o desenvolvimento do pensamento admi-
nistrativo. Na próxima unidade, estudaremos a organização informal da Escola das Relações Humanas.
Nesta unidade, aprofundamos os conhecimentos baseando-se nas visões de Taylor, Fayol 
e Weber, além da metodologia Fordista. Então, no Desafio, pedimos que analise o fast food 
pesquisado na Unidade 1 e identifique se a administração dá ênfase nas tarefas e/ou na 
estrutura. Participe!
41
Considerações finais
Nesta unidade, você aprendeu que:
• A administração científica desenvolvida por Taylor deixou, como 
legado à ciência da administração, o estudo sobre a eficiência das 
tarefas e o estudo dos tempos e movimentos, para a melhoria do 
processo produtivo;
• A administração clássica de Fayol dividiu a organização em seis 
áreas funcionais, dando destaque para a função administrativa de 
planejar, organizar, dirigir e controlar;
• O Fordismo tem estreita relação com o Taylorismo, pois ambos os 
sistemas de gestão buscaram a redução de custos de produção e 
o aumento da produtividade;
• Enquanto Taylor teve como foco a divisão racional do trabalho e 
a especialização da tarefa, Ford atentou para a racionalização da 
produção, criando a linha de montagem e a produção em massa;
• Para Weber, a ação social consiste na conduta humana dotada de 
sentido e orientada pela ação de outros e apresenta quatro for-
mas distintas: tradicional, afetiva, racional-fim e racional-valor; 
• A autoridade pode ser distinguida em três tipos básicos: a racio-
nal-legal, a tradicional e a carismática;
• Weber analisou os sistemas burocráticos e os benefícios e as 
características da burocracia;
• A burocracia excessiva leva a disfunções: é a burocracia pela buro-
cracia, que, no lugar de tornar o sistema mais eficiente e produ-
tivo, emperra-o, levando o modelo à sua deterioração.
Referências bibliográficas
42
CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração. v. 1 e 2. 6. ed. Rio de 
Janeiro: Campus, 2002.
MAXIMIANO, A. Introdução à administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 
2010.
44
3Unidade 3
A abordagem humanística da 
administração
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade, você conhecerá os fatores que contribuíram para o sur-
gimento da Teoria das Relações Humanas e os motivos que a levaram a 
contrapor-se à Escola Científica, sobretudo a Taylor e Ford. 
Você verá que essa escola da administração nos legou grandes descober-
tas, como a importância dos grupos informais e a noção de homem como 
um ser social, que não age somente orientado por benefícios econômi-
cos, mas também por benefícios sociais.
A partir do estudo dessas teorias, poderá compreender quais foram as 
suas contribuições para o desenvolvimento do pensamento administra-
tivo, de forma a relacioná-las com o seu ambiente de trabalho. Prossiga!
Objetivos de Aprendizagem
• Identificar as teorias das relações humanas e demonstrar as suas 
principais características e contribuições para o desenvolvimento 
do pensamento administrativo;
• Relacionar as características dessa teoria com o ambiente de tra-
balho.
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Teorias da Administração | Unidade 3- A abordagem humanística da administração
Com o grande impacto causado pelos estudos de Taylor, Fayol e Ford nos processos produtivos – aumento de 
produtividade e redução de custos, ampliação do mercado consumidor e a profissionalização –, houve, também, 
a necessidade de olhar mais especificamente para o elo dessa corrente, para o ser humano em sua complexidade, 
e não somente como um recurso a ser maximizado. 
Assim, conforme Maximiano (2010), o surgimento da Escola Humanista é uma crítica à Escola Clássica da Admi-
nistração e o resultado dos estudos da Sociologia e da Psicologia. A Escola Humanista também questionou a 
necessidade de produtividade a qualquer preço, bem como estudou a influência dos sindicatos que lutavam por 
maior justiça e condições de trabalho nas organizações.
Chiavenato (2002) observa que, com a Teoria das Relações Humanas, criada em 1930, nos Estados Unidos, a 
administração sofre uma verdadeira revolução. Nesse momento, a transferência da ênfase, antes colocada na 
tarefa (Taylor e Ford) e na estrutura organizacional (Fayol), passa a ter como foco as pessoas e o seu grupo social, 
isto é, dos aspectos técnicos e formais para os aspectos psicológicos e sociológicos.
Nos primeiros anos da emergência da Teoria das Relações Humanas, dois assuntos básicos ocuparam duas eta-
pas do seu desenvolvimento. Observe-os a seguir.
A análise do trabalho domina o aspecto voltado à eficiência produtiva, com a verificação das características 
humanas que cada tarefa exigia. Como decorrência desse interesse, havia a seleção científica dos empregados, 
baseada em testes para identificar as características

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