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Aula 3 - Currículo teoria e prática


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Aula 3 – Currículo teoria e prática
Teorias Críticas do Currículo e seus Contrastes com as Teorias Não Críticas. Articulações Pós-Críticas
Objetivos
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Refletir sobre a distinção entre as teorias do currículo críticas e não críticas e suas implicações para a prática educativa;
2. Analisar as contribuições das teorias críticas para a superação de concepções reducionistas e hierárquicas de currículo;
3. Identificar os contrastes, as convergências e possíveis interseções entre as teorias críticas e pós-críticas.
Novas configurações sociais, novos olhares sobre o currículo
 
A filosofia Marxista e a sociologia crítica: direcionando o olhar para a ideologia, as relações de poder
 
E o que tem a ver com o currículo e a escola?
Tem tudo a ver...
 
 
Um olhar crítico sobre o próprio currículo: o surgimento das teorias críticas
 
 
 
Um olhar crítico sobre a teoria crítica: teorias pós críticas
Nessa aula você:
· Compreendeu que o contexto no qual as teorias críticas do currículo foram produzidas foi marcado por diversos conflitos, tensões e por grandes transformações; 
· Conheceu as contribuições das abordagens marxistas, neomarxistas e fenomenológicas para o surgimento do “movimento de reconceptualização” e para o surgimento das teorias críticas do currículo; 
· Analisou os pontos de convergência e divergência das teorias críticas e o seu papel na superação da visão reducionista e hierárquica das teorias tradicionais do currículo, identificando os pontos de contato dessas com as teorias pós-críticas. 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. As teorias curriculares críticas basearam o seu plano teórico nas concepções marxistas e também nos ideários da chamada Teoria Crítica, vinculada a autores da Escola de Frankfurt, notadamente Max Horkheimer e Theodor Adorno. Outra influência importante foi composta pelos autores da chamada Nova Sociologia da Educação, tais como Pierre Bourdieu e Louis Althusser. Sobre essa teoria, analise as afirmações abaixo e marque a opção CORRETA:
I - Os autores citados compreendem que tanto a escola como a educação em si são instrumentos de reprodução e legitimação das desigualdades sociais propriamente constituídas no seio da sociedade capitalista, atingindo, sobretudo as classes desprivilegiadas socioeconomicamente.
II - O currículo está atrelado aos interesses e conceitos das classes dominantes, não estando diretamente fundamentado ao contexto dos grupos sociais subordinados, uma vez que quem seleciona e organiza os conteúdos escolares são pesquisadores, especialistas no assunto específico da ciência, sendo os conteúdos da escola, muitas vezes, divorciados do significado humano.
III - A função do currículo, mais do que um conjunto coordenado e ordenado de matérias, deveria também conter uma estrutura crítica que permitisse uma perspectiva libertadora e conceitualmente crítica em favorecimento das massas populares.
Estão corretas:
R.: todas estão corretas.
2. "[...] estamos ainda vivendo num ethos e num habitus sociopedagógico que dá preferência ao modelo, à coisa e ao sistema premontado, em detrimento das pessoas, suas demandas formativas, referências culturais e históricas; em detrimento dos contextos e seus interesses indexalizados ao complexo mundo do trabalho e da produção; e em detrimento, por consequência, do debate de sentidos que deve ser formulado no coletivo social. Nestes termos, a concepção de currículo expressa o desejo tecnocrata de uniformidade, de unicidade, como nos diz o educador português João Formosinho (1991, p. 1) "Currículo uniforme - pronto-a-vestir de tamanho único". Ou mesmo, cai nas concepções delirantes de quem acha que as coisas da educação não têm especificidade e que toda fonte de elucidação e debate é válida para compreender o ato educativo a partir, apenas, da sua própria lógica ou linguagem" (MACEDO, 2007, p. 18). O fragmento demonstra um discordância em relação:
R.: à concepção de currículo como algo passível de homogeneização, de uniformidade.
3. Assinale a alternativa correta, após colocar V/F nas afirmativas sobre o que afirma Bourdieu e Passeron. Bourdieu e Passeron afirmam que nas práticas educativas não ocorre uma inculcação de valores da sociedade capitalista para que a estrutura social desta seja aceita, mas sim um processo de exclusão cultural, na medida em que o que vale é o capital cultural da classe dominante. Assim, o capital cultural dos alunos e alunas das classes dominadas é desconsiderado deixando então um hiato entre o seu capital cultural e o capital cultural que é difundido e valorizado pela escola, e que determina o seu fracasso escolar e favorece a manutenção das desigualdades sociais. Nessa perspectiva a saída seria: 
I. (V ) a escola proporcionar aos alunos das classes dominadas condições semelhantes às crianças das classes dominantes. 
II. (V ) colocar as crianças em condições menos desiguais. 
III. (F ) a escola contribuir para que a cultura dominante seja a “cultura” apropriada. 
IV. (F ) impossível, pois, a contribuição dos autores impede um novo olhar para o currículo e para a educação. 
V. (V ) considerar essa afirmativa como uma influência para as teorias críticas produzidas no campo do currículo.
R.: V, V, F, F, V
4. Eis aí a concepção bancária de educação em que a única margem de ação que se oferece aos educadores é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los. No fundo, porém os grandes arquivados são os homens. Arquivados, porque fora da práxis, os homens não podem ser. Educador e educandos se arquivam medida em que, nesta distorcida visão da educação, não há criatividade, não há transformação, não há saber..."afirmou Paulo Freire. A proposta libertadora envolve a defesa de uma concepção de conhecimento, entendido como fruto de uma ...
R.: busca que os homens fazem no mundo e com os outros homens.
Explicação: No contexto de disseminação das ideias da pedagogia crítica, nos anos 80, Freire destaca-se pela ênfase com a qual defende e propõe uma educação que colabore para libertar o homem da opressão dos grupos dominantes, assim como promova sua autonomia de pensamento e atitude na sociedade na qual está inserido. Os conteúdos de ensino possuiriam um papel primordial nesse sentido
5. Do ponto de vista teórico-prático, a teoria crítica aplicada ao currículo escolar se manifesta nas salas de aula, quando:
I. Questiona as relações de poder.
II. Adota procedimentos para hierarquização da estrutura social.
III. Analisa os fatores determinantes do currículo oculto.
IV. Estrutura os conteúdos em blocos de disciplinas.
O(s) item(ns) correto(os) é(são) apenas:
R.: I e III.
6. Sobre a teoria Bobbit (autor de "The Curriculum", 1918) é INCORRETO afirmar que:
R.: Concebe a escola como uma instituição que prepara para uma cidadania plena e emancipadora.
7. Analise as afirmativas abaixo sobre as teorias pré-críticas (tradicionais):
I - São também chamadas de teorias técnicas, foram promovidas na primeira metade do século XX, sobretudo por John Franklin Bobbit.
II - Associava as disciplinas curriculares a uma questão puramente mecânica.
III - Nessa perspectiva, o sistema educacional estaria conceitualmente atrelado ao sistema industrial.
IV - Baseava-se no contexto dos paradigmas da administração científica, também conhecida como Taylorismo.
Assinale a alternativa totalmente correta em relação as afirmações acima
R.: Todas as afirmativas estão corretas.
8. Mostram-se focadas na organização dos currículos, acreditando num posicionamento neutro ou científico de elaboração. Tal foco, restringe-se ao caráter instrumental e técnico das decisões curriculares, negligenciando às razões das escolhas e suas consequências para os alunos nas escolas, tendo predominado na primeira metade do século XX. Tal perspectiva pode ser associada a qual teoria curricular?
R.: Tradicional.