01 - Formas Farmacêuticas e Vias de Administração

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Formas Farmacêuticas e Vias de 
Administração
PROF. RODRIGO ALVES DO CARMO
Introdução
As drogas não são administradas aos pacientes no seu estado puro
ou natural, mas sim como parte de uma formulação.
Esses excipientes têm a finalidade de solubilizar, suspender,
emulsionar, preservar, melhorar o sabor, etc.
Introdução
As formas farmacêuticas possuem várias vantagens como:
Possibilidade de administração de doses exatas dos fármacos;
Proteção do fármaco contra a ação do suco gástrico;
Proteção contra o oxigênio e a umidade;
Mascarar sabor ou odor desagradável do fármaco e outras.
Formas Farmacêuticas de Uso Interno –
Via Oral
Sólidos: pós
Aglomerados: pastilhas, comprimidos, cápsulas, drágeas.
Líquidos: soluções, xaropes, suspensões.
Formas Farmacêuticas de Uso Parenteral
Grandes volumes: nutrição parenteral prolongada.
Pequenos volumes: intramuscular, intravenoso, subcutâneo.
Transdérmico.
Formas Farmacêuticas de Uso Externo
Cutâneo (tópico): pomadas, cremes, loções.
Oftalmológico.
Otorrinolaringológico.
DROGA 
FARMACOCINÉTICA 
 Vias de administração 
 Absorção 
 Distribuição 
 Biotransformação 
 Eliminação 
ORGANISMO 
FARMACODINÂMICA 
 Local de ação 
 Mecanismo de ação 
 Efeitos 
 
 
Concentração no local do receptor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vias de Administração
A escolha de determinada via ou sistema de administração das
drogas depende de vários fatores:
Efeito local ou sistêmico da droga;
Propriedades da droga e da forma farmacêutica administrada;
Idade do paciente;
Conveniência;
Tempo necessário para o início do tratamento;
Duração do tratamento;
Obediência do paciente ao regime terapêutico.
Caso Clínico
Um jovem de 17 anos foi atendido pelo serviço de emergência juntamente com
várias pessoas que apresentavam um quadro semelhante, porém, com
intensidades variadas. Apresentava cólicas abdominais intensas, náuseas,
vômitos, hipertermia e repetidas evacuações diarréicas. Na anamnese foi
verificado que todos os pacientes, inclusive o rapaz, haviam jantado em um
mesmo restaurante na noite anterior, onde entre os alimentos consumidos
estava uma maionese.
Caso Clínico
Da família, 2 pessoas não apresentavam os sintomas, pois foram as únicas que
não provaram a maionese. Foi estabelecido o diagnóstico de intoxicação
alimentar, provavelmente devido as toxinas bacterianas presentes na maionese
deteriorada. Foi administrada uma ampola de um antiespasmódico e de um
analgésico (escopolamina e dipirona), prescrevendo-se as demais medidas
dietéticas e medicamentosas. Sobre o caso descrito, explique:
Caso Clínico
a. Apesar desse medicamento também se apresentar nas formas de drágeas, 
gotas e supositórios, porque a via intravenosa foi a escolhida?
b. Para esse quadro clínico, o medicamento poderia ser administrado por outra 
via? Explique.
c. Apesar da via intravenosa ter sido utilizada, quais seriam as desvantagens do 
uso do medicamento por essa via?
d. Apesar do medicamento não ter sido utilizado pela via oral, quais seriam as 
vantagens de se utilizar esta via em outras situações clínicas?
Via Oral
É a mais usada e a mais conveniente.
Os medicamentos dados por v.o. são deglutidos e absorvidos pela
mucosa gastrintestinal.
Está contra-indicada em pacientes em condições inadequadas
como vômitos, síndrome de má absorção e inconsciência.
Via Oral
Além das propriedades dos fármacos, influenciam sua absorção outros
fatores como o esvaziamento gástrico.
A absorção pode ser retardada ou diminuída se a substância ingerida é
instável no líquido gastrintestinal ou se ela se torna ligada a alimentos ou
outros conteúdos do TGI.
Via Sublingual
Permite absorção rápida pela mucosa oral de vários medicamentos.
 Pode provocar irritação da mucosa oral.
Pode ser alcançada uma concentração medicamentosa mais elevada no sangue
do que quando a absorção ocorre em porção mais baixa do TGI, porque é
evitado o metabolismo de primeira passagem pelo fígado, e porque não há
interação da droga com o suco gástrico, nem formação de complexos com os
alimentos.
Via Retal
Está indicada para pessoas que estejam impossibilitadas de deglutir
fármacos (inconsciência ou emese).
A absorção por essa via pode ser irregular e incompleta e muitas
substâncias causam irritação da mucosa retal.
Via Venosa
A concentração sanguínea desejada é obtida rápida e precisamente, de
forma que a ação da droga manifesta-se em seguida.
Se a infusão for contínua é possível manter níveis estáveis constantes.
Os perigos apresentados por esta via são reações desfavoráveis, mais
propensas de ocorrer do que quando qualquer outra via é usada.
Via Intramuscular
Injeta-se a droga profundamente no tecido muscular.
As drogas em solução aquosa são rapidamente absorvidas.
Podemos dissolver ou suspender substâncias em óleos o que faz
sua velocidade de absorção ser mais lenta e uniforme.
Via Subcutânea
Usada apenas para drogas não irritantes dos tecidos.
A velocidade de absorção após injeção subcutânea de uma
substância pode variar conforme as características do veículo
utilizado na formulação.
Via Intradérmica
É usada para testes de sensibilidade e vacinas.
Via Dérmica/Transdérmica
A velocidade de absorção varia com as características físicas de
pele.
Para o fornecimento contínuo de medicamentos, em baixas
concentrações plasmáticas, são utilizados adesivos.
Via Inalatória
Gases e drogas voláteis podem ser inalados e absorvidos através do
epitélio pulmonar ou pela membrana mucosa do trato respiratório e
assim atingem a circulação rapidamente.
Via Inalatória
As vantagens do método são a quase instantânea absorção de uma
substância e quando presente uma doença pulmonar, aplicação local
da droga.
As desvantagens são a dificuldade de regulação da dose, métodos
de aplicação incômodos e o fato de que algumas substâncias
provocam irritação do epitélio pulmonar.