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O lúdico com facilitador de aprendizagem - paper Gislene e Daniela -

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O LÚDICO COMO FACILITADOR DA APRENDIZAGEM
Acadêmicos: Daniela Mantovani e Gislene Batista
Tutor Externo: Silvana Lazzarini Bulla 
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo destacar o papel do lúdico na preparação e execução dos planejamentos que serão a base do trabalho do professor dentro de sala de aula. A ludicidade, “faz de conta” apresenta uma importância muito grande quando vinculada ao aprendizado das crianças na Educação Infantil. Essa vivência do brincar permite a criança integrar-se ao mundo em que vive de forma natural e sem medo, pois ela sabe que no processo do brincar ela pode se expressar de forma que lhe houver melhor sensação de liberdade do seu eu interno. Propiciar esses momentos e formas diferenciadas de aprendizagem se faz cada vez mais urgente para que possamos interdisciplinarizar processos de saberes e consequentemente produzir um aprendizado de qualidade e prazeroso para as crianças, não sendo apenas a imposição de normas e rotinas desgastantes que não despertem o gosto pela aquisição de conhecimentos. 
Palavras-chave: Ludicidade. Aprendizagem. Educação Infantil. 
1. INTRODUÇÃO
O processo e aprendizagem é algo fundamental na vida do ser humano, pois através dele, passamos por cada fase de nossa existência e ao dar continuidade nesse processo o aprender não está limitado a um momento, e sim, a um ciclo que sempre se renova e produz novos saberes. 
 Ao se falar em aprendizagem faz-se necessário falar sobre Jean Piaget (1896-1980) biólogo, psicólogo e epistemológico suíço estudou com profundidade as etapas do desenvolvimento humano e segundo ele: “ A interação entre o indivíduo e o ambiente é responsável pela formação do conhecimento humano. O equilíbrio de uma ação com outras ações pelo homem (ser humano) propicia a adaptação aos ambientes. A assimilação é o elemento-chave que determina a base de todo esse processo de aprendizagem”. 
O seja, o meio em que vivemos nos proporciona (ou deveria) formas de assimilação e desenvolvimento. Entretanto, como todo processo, o Educacional nem sempre interage com o pensamento e posição de Piaget. Seguindo essa linha o seguinte trabalho tem como objetivo elencar e abordar novas técnicas e formas de desenvolver a aprendizagem de forma lúdica dentro da Educação Infantil.
Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, indispensável à prática educativa. O ato de brincar perpassa gerações, classes sociais e costumes, e hoje, mais que nunca se faz necessário a reinvenção desse processo, uma vez que se nota que essa nova geração parece ter esquecido como o brincar pode ser aliado a outras ferramentas do processo educacional. Percebemos em nossa vivência em sala de aula que as crianças não conseguem ou raramente socializam dentro do que lhe é proposto nas atividades.
O ato de brincar está sendo substituído pelo avanço e acesso desenfreado das novas mídias sociais. Deixamos claro que não há preconceito ou desinteresse pelas novas tecnologias, o que pretendemos debater aqui é a objetividade de cada processo e como aliar ao desenvolvimento e assimilação de conhecimentos na Educação Infantil. Para isso usaremos nosso Estágio Curricular Obrigatório I: Educação Infantil como base para as observações e debates desse paper.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo Edwards, Gandini e Forman (1999): [...] “As crianças possuem um desejo inerente de crescer, de saber e de compreender as coisas à sua volta”. Nesse processo o professor e a escola possuem e devem desempenhar um papel fundamental para esse auxilio no desenvolvimento das crianças. Percebe-se uma falta de interesse ou um certo descaso muitas vezes por parte da classe em fazer mais do que apenas repasse de informações e conhecimentos. Muitos se justificam pela falta de tempo, necessidade de aliar vários empregos, currículos extensos para a não utilização dessa ferramenta tão importante que deveria ser utilizada sempre em nosso cotidiano escolar.
Não vamos aqui massacrar ou inferiorizar a figura do professor em sala de aula. Todos sabemos das deficiências e obstáculos que nos sãos impostos em nosso caminho na docência. O que queremos através deste é despertar para a importância e os frutos que podem ser colhidos quando passamos a olhar o que a ludicidade pode nos proporcionar a longo prazo.
Sabemos que é na Educação Infantil que os pequenos desenvolvem suas primeiras percepções, de 0 a 2 anos onde ocorre o estágio sensório- motor segundo os estudos de Piaget. É nessa fase que a criança começa a ter sensações e interagir com o mundo que ela está percebendo ao seu redor e sente necessidade de atuar nesse meio. É o começo da construção, das experiências, do contato, da imitação, do encanto, criando sua identidade.
E é nessa construção de identidade que devemos ser atuantes como profissionais da educação, pois nessa fase a concentração deles está voltada as novas sensações e vivencias significativas as quais eles são introduzidos. Usar-se de técnicas e ideias novas favorece na busca pela aquisição e transmissão de conhecimentos. Colocar-se no mundo que eles projetam suas fantasias e desejos nos deixa mais próximos do “faz de conta” que as crianças produzem para manifestar seus medos, seus pensamentos e vontades. 
Nesse “faz de conta” a criança usando da imaginação se põem dentro das relações interpessoais que existem no seu meio, coloca em pratica a vivência acumulada em casa com os pais e familiares e aprende a respeitar os demais se colocando no lugar do outro, aprende a lidar com as perdas e compartilhar trazendo o “faz de conta” para a realidade. Em sua obra Para onde vai a educação? (1973), Piaget afirma que o futuro do ensino deve se abrir cada vez mais à interdisciplinaridade e às necessidades do cotidiano e, para isso, o ambiente de aprendizagem deve ser organizado com práticas pedagógicas que estimulem o espírito de liberdade nos estudantes, de modo que eles possam reconstruir suas verdades.
 É assim também que expõe Santos (1999) “a criança utiliza o faz-de-conta para resolver situações que no real ela não é capaz, que desse modo, seus medos e inseguranças são recriados ao seu modo”.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Ao desenvolver o projeto de Estágio Obrigatório da Instituição de Ensino Uniasselvi na 5 fase curso de pedagogia e durante o processo de observação das aulas e posteriormente na elaboração dos planejamentos e debates com as professoras regentes, observamos que muitas crianças tinham dificuldades em relacionamentos interpessoais e concentração no desenvolvimento das atividades propostas pelas mesmas. 
Nesse momento percebemos que muitas das atividades propostas não contemplavam situações de ludicidade. E quando nos deparamos com a produção desse trabalho percebemos a necessidade de mudar esse cotidiano. Então buscamos aliar a teoria com a pratica e os resultados serão elencados posteriormente. 
Após buscar pela teoria de vários autores e pensadores que serão descritos nos referencias fomos para pratica e elaboração das atividades e ideias para desenvolver os temas escolhidos no Estágio e com iríamos excuta-los em sala de aula. Para isso utilizamos de várias fontes, como: materiais recicláveis, mídias digitais, livros, fantasias para encenações e músicas.
Ao chegar em sala, o planejamento foi executado de acordo com o tema delimitado pela instituição concedente do estágio. Trabalhamos o assunto ludicidade e animais de jardim. Para isso escolhemos a Joaninha para restringir e facilitar o entendimento das crianças. A primeira vivência deles foi experiencial, conheceram vários animais de jardim com o auxílio da lupa. Aguçaram os sentidos ao ouvir, ver e tocar os pequenos animais. 
Ao trabalhar a leitura de histórias infantis pudemos inserir assuntos relacionados a formação de moralidade como respeito, confiança, amizade e relacionamentos interpessoais. E outros momentos foram utilizados materiais recicláveis abordando a necessidade do respeito e preservação do nosso meio ambiente.
Com o auxílio de músicas foi proposto a encenaçãode pequenas peças teatrais desenvolvendo a psicomotricidade, lateralidade e expressão corporal. 
Utilizando da interdisciplinaridade, usamos materiais das aulas de Educação Física como bambolês e macarrões de piscina para atividades que pudessem realçar a noção de espaço e também as formas geométricas.
Lembrando sempre que foi mantida a rotina diária da sala de aula para que as crianças conseguissem se manter em um ambiente conhecido mesmo com a aquisição de novas relações e conhecimentos.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Através desse trabalho foi possível observar que as atividades desempenhas nos trouxeram os resultados que esperávamos. As crianças puderam compartilhar momentos de alegria, coleguismo e encanto ao descobrir sentidos e movimentos com uma nova visão. 
A busca pelo novo nos proporcionou uma grata e significativa resposta das crianças em relação as atividades desenvolvidas. Não só pela participação e envolvimento delas como pela observância posterior onde se utilizaram dos aprendizados novos em brincadeiras e atividades que eles normalmente já faziam. Uma nova visão gerou uma nova perspectiva, o que nos leva a novos pontos de vista sobre um mesmo assunto.
Como já frisando anteriormente o engajamento de todos por parte da educação e da família faz grande diferença no processo de aprendizagem. Aprendizado que pode e deve abranger os ais variados temas sociais, culturais e político-econômico e as brincadeiras podem auxiliar nessas situações pois busca-se no imaginário e no “faz de conta” uma forma mais branda, porém tão eficaz para trabalhar assuntos que precisam ser tratados desde a Educação Infantil. 
5. CONCLUSÃO
A ludicidade apresentada através das brincadeiras e jogos é muito rica e proporciona uma vivencia única em cada criança. Segundo O Referencial Curricular para a Educação Infantil (1988, p. 27), “a brincadeira é uma linguagem infantil que mantém vínculo essencial com aquilo que é o não brincar”.
O professor desempenha função primordial no desenvolvimento e ajuste desse processo educativo voltado para o brincar/educar/cuidar. Passa por ele o planejamento e organização dos locais dispostos para a socialização das crianças. 
Agregar conhecimentos através de metodologias que possibilitem a livre expressão, desenvolvimento de novas habilidades e reconhecimento de regras e limites. Aperfeiçoam sua atenção, memória e imaginação, e começam a formar sua personalidade a partir de suas interações com outras experiências trocadas enquanto brincam. 
O brincar está presente no cotidiano da criança, pois é a fase fundamental e mais importante para o desenvolvimento. Sabendo-se que um dos principais objetivos da escola é proporcionar a socialização, por esse motivo não se deve deixar as crianças presas em suas bancas, porém incentivar os trabalhos em grupos, a troca de ideias, a cooperação que acontece por ocasião dos jogos. É importante ressaltar que brincadeiras e jogos que contribuem para o desenvolvimento da autoestima da criança pode ser o início para se trabalhara ludicidade e também investigar como a criança vivencia atividades lúdicas na sala de aula, no seu contexto familiar, além de analisar se a criança consegue aprender um conhecimento mais rápido através das atividades lúdicas.
Ao brincar a criança constrói o conhecimento, afirmação esta, encontrada em Grassi quando diz: 
Brincando, a criança vai elaborando teorias sobre o mundo, sobre suas relações, sua vida. Ela vai se desenvolvendo, aprendendo e construindo conhecimentos. Age no mundo, interage com outras crianças, com os adultos e com os objetos, explora, movimenta-se, pensa, sente, imita, experimenta o novo e reinventa o que já conhece e domina. (Grassi 2008, p. 33)
Porém, com tantas mudanças e transformações na nossa sociedade atual, as brincadeiras perderam espaço para as novas tecnologias e principalmente para as televisões que acaba por tomar muito temo das crianças e ser uma aliada dos pais que precisam de tempo para outros afazeres. E sem notar esse temo e espaço acaba por se tornar muito pequeno para o desenvolvimento criativo das crianças que necessitam de estímulos para se desenvolver. Ao aplicar essas metodologias lúdicas o professor torna-se o mediador de forma ativa nesse processo onde a criança pensa, sente e interage com seus pares e com o mundo ao seu redor. 
Trabalhar recursos lúdicos necessita de planejamentos rigorosos e que sejam claros nos seus objetivos, distinguindo faixas etárias, com lugares apropriados e materiais disponíveis. Sabemos que na teoria aparenta ser fácil, mas não é. É necessário sim, termos conhecimento das realidades que cercar a docência no Brasil atualmente, sem recursos, sem estímulos, com leis e normas muitas vezes não aplicáveis ao cotidiano escolar. Mas também precisamos entender que nosso papel com educador anseia por aperfeiçoamentos e novas técnicas de desenvolver o que passamos anos na faculdade aprendendo. 
Temos que sair do comodismo do repasse de informações e conteúdo. Aprimorar essas técnicas usando a Educação Infantil nos permite plantar nos pequenos a vontade pelo aprender, o encanto por uma escola que lhes permitam desenvolver seu pleno potencial. 
Nós temos de fazer a diferença para que possamos ser a esperança daqueles que viram a fazer a educação futuramente. 
REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR-6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e cultura. Revisão técnica e versão brasileira adaptada por WAJSKOP, G. São Paulo: Cortez, 1995.
GRASSI, T. M. Oficinas psicopedagógicas. 2ª ed. rev. e atual. Curitiba: IBPEX, 2008.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.
PIAGET, J. O Direito à Educação no Mundo Atual. In: Para onde vai a educação? Trad. Ivette Braga. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974. p. 31-90.
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, Introdução, Vol. 1e 2, Brasília: MEC, 1998. 
SANTOS, Marli Pires dos. Brinquedo e Infância: um guia para pais e educadores em creche. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
https://neurosaber.com.br/quais-sao-as-etapas-do-processo-de-aprendizagem/
1 Daniela Mantovani e Gislene Batista
2 Silvana Lazzarini Bulla
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso (1101) – Prática do Módulo I – 06/11/2019

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