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capsulite adesiva- berta 2

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA VIDA
CURSO DE FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA ORTOPEDICA E TRAUMATOLOGICA 
MARINA TREVIZAN FERNANDES
CAPSULITE ADESIVA
CURITIBA
2020
Sumário
1.DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO	3
2.FISIOPATOLOGIA	3
3.SINAIS E SINTOMAS	4
3.1 COMPROMETIMENTO ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS COMUNS	5
4.DIAGNOSTICO	5
4.1 DIAGNOSTICO CLÍNICO E POR IMAGEM	5
4.2 DIAGNOSTICO FISIOTERAPÊUTICO	6
4.2.1 Avaliação fisioterapêutica	6
4.2.2 Anamnese	6
4.2.3 Palpação	7
4.2.4Testes ortopédicos	7
5.TRATAMENTO	8
5.1 TRATAMENTO CIRURGICO	8
5.2 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICOS	10
6. SINTESE DE ARTIGOS- TRATAMENTO PARA CAPSULITE ADESIVA	12
SINTESE DE ARTIGOS- TRATAMENTO PARA CAPSULITE ADESIVA
ARTIGO: Efficacy of Therapeutic Ultrasound in Adhesive Capsulitis (Eficácia do ultrassom terapêutico na Capsulite adesiva.)
Autores: Hacer Dogru, Sibel Basaran, Tunay Sarpel 
Joint Bone Spine
Referencia: BASARAN Sibel, DOGRU Hacer e SARPEL Tunay.: Efficacy of Therapeutic Ultrasound in Adhesive Capsulitis. Joint Bone Spine 75.4 (2008): 445-450. Acessado dia 20 de abril de 2020. Disponivel em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1297319X08000481?casa_token=Ntk2pnKDVdgAAAAA:KOMDSTCwOy9Wuarm06tRtk5RCnWbkhZNTSd3qCBFms3vtiep7xOF8GQjHtAnU5lzjKi0cxXB14U
Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia da US terapêutica no tratamento da Capsulite articular. Para este estudo foi utilizado um grupo de 49 pessoas com CA e que exigiam uma serie de critérios, sendo randomizados em dois grupos, um US verdadeiro e outro com US falso. Dando para cada grupo um programa de fisioterapia com duração de 2 semanas, com exercícios em casa, composto por exercícios de codmam.
O US foi programado em estado continuo com frequência de 3MHz e 1,5 W/cm com cabeçote de 5 cm por 10 min para o primeiro grupo. Para o segundo grupo foi dado o mesmo aparelho, mas com um falso procedimento de US.
Os resultados desta pesquisa randomizada foi comparado com os valores adquiridos no início do tratamento e analisados de acordo com os valores finais. Foi analisado a ADM do ombro e a dor no ombro durante o movimento. Podemos afirmar que houve uma significativa melhora nos dois grupos, mas que o primeiro grupo de US verdadeiro apresentou mais êxito em comparação com o US falso.
ultra-som quando penetra no corpo ele pode exercer um efeito sobre as células e tecidos mediante dois mecanismos físicos térmicos e atérmicos, nos efeitos térmicos o ultra-som desloca-se através dos tecidos, onde uma parte dele e absorvida, e isto conduz a geração de calor dentro do tecido, onde levam ao alivio da dor, diminuição da rigidez articular e aumento do fluxo sanguíneo, sendo de fundamental importância na fase aguda. Nos efeitos atérmicos pode se observar a estimulação da regeneração dos tecidos, reparo do tecido mole, aumento do fluxo sanguíneo em tecidos cronicamente isquêmicos, síntese de proteínas e reparo ósseo. Supõe-se que um ou mais dos seguintes mecanismos físicos estão envolvidos na produção destes efeitos atérmicos, como cavitação, correntes acústicas e ondas estacionarias.
1.DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
A Capsulite Adesiva (CA), é uma doença idiopática, com duas características principais> dor intensa e diminuição de mobilidade articular (SIZINIO, 2017, p.130). Codman (1934) cria a expressão ombro congelado (OC) para denominar os casos de rigidez dolorosa do ombro, de longa duração e de início muitas vezes relacionado com períodos de imobilização ou de desuso da articulação. Ele afirmava serem os ombros congelados “uma classe de casos difícil de definir, difícil de tratar e de explicar anatomopatologicamente” (FERREIRA FILHO, 2005).
O surgimento é insidioso e em geral ocorre entre os 40 e os 60 anos e aproximadamente 70% dos pacientes com Capsulite adesiva são mulheres, e 20 a 30% dos afetados subsequentemente desenvolvem Capsulite adesiva no membro não dominante, tendo sua incidência aumentada para 15% a 20% em indivíduos diabéticos (DUTTON, 2010, p.526); não há uma causa conhecida, as limitações além de causarem dor e imobilidade, dão origem a contraturas musculares e retrações miotendíneas. Zuckermam et al.- a mais abrangente de todas- divide a CA em primaria, ou idiopática quando não há causa aparente ou associação com outras doenças e secundaria, quando se identifica uma possível causa ou há associação com ouras doenças. A CA secundaria pode ser intrínseca, quando é desencadeada por fatores internos e extrínseca, quando é desencadeada por fatores externos (FERREIRA FILHO, 2005) 
2.FISIOPATOLOGIA
Apesar da etiologia indefinida e da fisiopatologia não ser totalmente conhecida. Alguns estudos sugerem que, além da capsula articular, muitas estruturas extra articulares participam deste processo, como o ligamento coracoumeral, os tecidos do intervalo dos rotadores, o musculo subescapular e a bolsa subacromial. A maioria dos autores não descreve processo inflamatório da capsula e aderências como achado inicial. Estudos histopatológicos evidenciam um processo ativo de hiperplasia fibroblástica e excessiva secreção de colágeno tipo III, que causa contraturas da capsula e das estruturas adjacentes, ocasionando progressiva limitação de mobilidade (SIZINIO, 2017, p.130).
Enquanto a contratura parece ser ocasionada pelos fatores mencionados, a dor pode ser neurologicamente mediada, sendo encontradas alterações distróficas do sistema-reflexo em pacientes com a patologia. Outras teorias difundidas para explicar as alterações encontradas é da hipovascularização dos tecidos, levando a liberação de radicais livres, os quais iniciam um ciclo de hiperplasia fibroblástica e excessiva decomposição de colágeno e glicosaminoglicanos. O líquido sinovial encontrado é normal, mas o volume da articulação esta sempre diminuído, em torno de 3 a 15 ml, comparado a 20 a 25 ml da capacidade articular normal (SIZINIO, 2017, p.130).
3.SINAIS E SINTOMAS
Essa entidade clínica progride ao longo de uma série de quatro estágios, seguindo um padrão clássico:
Estágio I- Caracterizado pelo surgimento gradual da dor, que aumenta com o movimento e está presente a noite. É comum a perda do movimento de rotação lateral, com força intacta no manguito rotador. Esse estágio tem duração de 3 meses.
Estágio II- Geralmente chamado de “estágio do congelamento”. Caracterizado por dor persistente e mais intensa, mesmo em repouso. Limitação de movimentos em todas as direções, que não pode ser completamente restaurada com injeção intra-articular. Esse estágio dura muitas vezes entre 3 a 9 meses.
Estágio III- “Estágio congelado”. Caracterizado por dor apenas durante os movimentos, presença de aderências significativas e movimentos GU limitados, com movimentos compensatórios na escapula. Pode ser observada atrofia dos musculo deltoide, manguito rotador, bíceps e tríceps braquial. Esse estágio dura de 9 a 15 meses.
Estágio IV- “Estágio de descongelamento”. Caracterizado por mínima dor, sem sinovite, porém com restrições capsulares significativas em virtude das aderências. A mobilidade pode melhorar de forma gradual durante esse estágio. Ele dura de 15 a 24 meses. Os pacientes nunca recuperam seus movimentos completamente (COLBY E KISNER, 2017, p. 547).
3.1 COMPROMETIMENTO ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS COMUNS
· Dor noturna e sono conturbado durante as crises agudas.
· Dor no movimento, com frequência, durante o repouso nas crises agudas.
· Mobilidade: mobilidade intra-articular e ADM diminuídas, geralmente limitações na rotação lateral e abdução com alguma limitação na rotação medial e elevação em flexão.
· Postura: possíveis compensações posturais inadequadas, com escapula pronada e inclinada posteriormente, ombros curvos, elevados e protraídos.
· Diminuição do balanço do braço durante a marcha.
· Desempenho muscular: fraqueza muscular geral e pouca resistência a fadiga nos músculos glenoumerais com o uso excessivo dos músculos escapulares, levando a dor nos músculos escapulares, levantador da escapula e cervicais posteriores
(COLBY E KISNER, p.547)
4.DIAGNOSTICO4.1 DIAGNOSTICO CLÍNICO E POR IMAGEM
Alguns exames favorecem o diagnóstico de maneira a complementar a avaliação física. A radiografia convencional, que normalmente se apresenta normal, é importante para descartar outras patologias (HARRIS; BOU-HAIDAR; HARRIS, 2014; TURTELLI, 2001). Uma diminuição do espaço articular entre a cavidade glenoide e a cabeça do úmero, porém, pode ocorrer na incidência ântero-posterior (AP); além disso, a presença de osteoporose ou osteopenia pode aparecer nos casos de desuso do membro (FILHO, 2005).
 A ultrassonografia permite identificar estática e dinamicamente o espessamento e a menor elasticidade de um importante ligamento na articulação (coracoumeral) e ajuda na detecção de lesões do manguito rotador e/ou da cabeça longa do bíceps (FILHO, 2005). 
A artrografia do ombro- exame chave- é o mais importante diagnostco da CA porque mostra a drástica redução do volume articular e a obliteração do recesso axilar (FILHO, 2005)
A ressonância magnética (RM) pode revelar espessamento da capsula articular do intervalo rotador (>7mm), espessamento do ligamento coracoumeral (>4mm) e borramento da gordura do intervalo rotador ou subcoracoide, que pode ser parcial ou total (SKAF et al., 2007). A artrorresonância aponta redução das dimensões do intervalo rotador e do volume articular com capacidade volumétrica que gira em torno de 3 ml a 15 ml – normal: de 20 ml a 25 ml de líquido sinovial (VEADO e GONÇALVES, 2011)
4.2 DIAGNOSTICO FISIOTERAPÊUTICO
4.2.1 Avaliação fisioterapêutica 
Avaliação fisioterapêutica tem como objetivo traçar um plano de tratamento adequado e suficiente, pois através destas teremos conhecimento da situação do mesmo, tendo como proposito compreender os problemas do paciente. A avaliação do complexo do ombro, bem como de outras articulações, inclui elementos subjetivos e objetivos da prática propedêutica e deve ser realizada de acordo com suas divisões: anamnese, inspeção, palpação e testes especiais (MATOS, 2014).
4.2.2 Anamnese 
Segundo Rockwood e Matsen (2002), ao examinar um paciente com o ombro rígido ou doloroso devem iniciar com observação da cabeça, pescoço, dorso e cintura escapular, com atenção especial para altura dos ombros e posicionamento da cabeça umeral. O ombro deve ser observado na vista anterior, observando a clavícula e o processo coracóide e a articulação esternoclavicular e acrômioclavicular. Vista posterior e lateral pode ser observada a coluna torácica, escápula, articulação acrômioclavicular, os músculos trapézio, supra-espinhoso, infra-espinhoso, redondo menor e maior e deltoide (MATOS, 2014).
4.2.3 Palpação 
Segundo Rockwood e Matsen (2002), a palpação deve iniciar-se pela coluna cervical, a procura de áreas de maior sensibilidade e espasmos musculares, prosseguindo por toda a musculatura paravertebral e escapular. Deve-se também ser realizado o teste de força muscular com o membro superior pendente de forma isométrica (MATOS, 2014).
4.2.4Testes ortopédicos 
Dor, apreensão, sub-luxação, ruídos ou incapacidade funcional, são os sinais considerados positivos para esses testes, alguns testes são obrigatórios e outros podem ser usados como teste de confirmação ou exclusão, os testes utilizados para identificar uma capsulite adesiva são: manobra de mazion, teste de apreensão, sinal de bryant, teste de calloway, teste de dugas e teste de Hamilton, todos eles ajudam a identificar uma possível capsulite adesiva de ombro (MATOS, 2014).
Os testes específicos, como teste de Neer, ajudam a identificar o grau de amplitude e o local da lesão do complexo do ombro (PILATI, 2018).
E também o teste de gaveta anterior e posterior, no qual o profissional analisa o alcance de deslocamento da cabeça umeral, acerca da fossa glenóide e confronta com o outro membro superior (PILATI, 2018).
Também se inclui o teste de Jobe, que avalia o paciente, elevando-se os MMSS, em extensão de cotovelo, na lateral em diagonal do corpo, na altura da linha da escápula, contra a oposição imposta por quem examina. Este exame afere notadamente o músculo supraespinhal (PILATI, 2018).
O fisioterapeuta em sua avaliação, além dos testes clínicos especiais, pode realizar uma inspeção nos planos anterior, posterior e laterais e observar a posição da escápula e nivelamento dos ombros; palpação das estruturas a partir de referencias ósseas e goniometria (PILATI, 2018).
5.TRATAMENTO 
Na capsulite adesiva, o tratamento numa fase inicial é baseado em anti-inflamatórios, isto é, medicamentos ou remédios dirigidos para o controle da inflamação e dor. A fisioterapia precoce também pode ajudar nestes objetivos, assim como fazer a aplicação de gelo e/ou calor alternados.
O tratamento fisioterapêutico, numa fase em que a dor já esteja controlada, baseia-se na realização de exercícios para a recuperação da amplitude articular normal. Este processo é, por vezes, muito longo e poderá demorar entre 9 a 12 meses.
Para além dos exercícios recomendados pelo seu médico especialista de Fisiatria, de forma complementar poderá realizar exercícios aeróbicos, exercícios de pilates supervisionados pelo seu treinador pessoal com vista à reabilitação completa ser atingida de uma forma mais rápida e natural.
Nos casos mais resistentes aos tratamentos não invasivos, poderemos recorrer à realização de uma infiltração com lidocaína e corticosteroides ou a uma hidrodistensão capsular com soro fisiológico, realizada com controle de ecografia.
Nos casos em que a abordagem conservadora não esteja a ser eficiente, ou bem tolerada pelo paciente, poderá ser necessário recorrer a anestesia para manipulação ou tratamento cirúrgico.
5.1 TRATAMENTO CIRURGICO 
A capsulite adesiva ou “ombro congelado” é uma patologia que habitualmente se resolve com tratamento não cirúrgico. Embora a resolução definitiva do quadro seja demorada, com a orientação adequada, a recuperação da mobilidade é completa.
A cirurgia é sempre o último recurso nestas situações e quando todos os restantes tratamentos falharam. A operação a realizar pelo seu médico especialista de ombro consiste numa artroscopia do ombro para fazer a distensão capsular e eventualmente capsulotomias circulares.
Como qualquer outra cirurgia, está também não é isenta de riscos, nomeadamente a de lesão iatrogénica de estruturas nervosas próximas à articulação. Outras complicações poderão também ocorrer no pós operatório, sendo a mais frequente a recidiva do quadro de rigidez se a recuperação não for reiniciada o mais precocemente possível.
O ligamento-capsulotomias cirúrgicas por via aberta, de indicação limitada, que eram feitas em passado não muito distante, nos últimos anos perderam terreno para as ligamen-to-capsulotomias e sinovectomias por via artroscópica, hoje o tratamento de escolha para as CA recalcitrantes.
A cirurgia por via artroscópica, além de menos agressiva e, portanto, potencialmente menos propícia à formação de novas bridas cicatriciais numa articulação já comprometida por aderências fibrosas, é também mais eficiente porque permite não só a capsulotomia completa e o amplo desbridamento sinovial, ambos difíceis nas operações abertas, como também possibilita o tratamento, no mesmo ato, das lesões intrínsecas do ombro.
No paciente sob bloqueio do plexo braquial (é deixado cateter de demora para bloqueios pós-operatórios) associado à anestesia geral, fazem-se o desbridamento do tecido sinovial afetado, a abertura do espaço rotatório com secção do ligamento coracoumeral e a capsulotomia ântero-inferior e posterior próximo à borda da glenóide. Dessa forma, consegue-se a liberação dos movimentos articulares já no ato cirúrgico. 
O bloqueio anestésico do plexo braquial pós-operatório é repetido algumas vezes, por dois dias, durante os quais são executados exercícios passivos adequados, repetidos a cada duas horas, para manter a mobilidade conseguida. O esquema medicamentoso é o mesmo descrito acima e a crioterapia é feita durante 30 minutos a cada duas horas. 
É preciso salientar - e o paciente deve ser devidamente esclarecido - que oprocedimento cirúrgico não restaura de imediato e completamente a mobilidade completa almejada; há mesmo, no pós-operatório, certa perda dos movimentos conseguidos no ato cirúrgico. Dessa forma, após a alta hospitalar, o tratamento clínico e fisioterápico intenso deve ser reiniciado, com o mesmo empenho já referido, até que se obtenha a mobilidade completa do ombro. 
5.2 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICOS
O objetivo da fisioterapia é de eliminar o desconforto e de restaurar a mobilidade e a função do ombro. Levando em consideração a fisiopatologia da capsulite adesiva de ombro, existem várias modalidades de tratamento físico. Cada procedimento é parte integrante do programa de fisioterapia e deverá estar de acordo com os aspectos clínicos e com o estágio do quadro (MATOS, 2014).
As aplicações de calor, tais como o ultra-som, ondas curtas ou microondas, são auxiliares empregados para o alívio da dor e para diminuição da excitabilidade neuromuscular local. Todavia não são os agentes determinantes da recuperação funcional. Os efeitos fisiológicos restringem-se ao aumento do fluxo sanguíneo local e da distensibilidade tecidual, importante para a realização dos exercícios. A mobilização passiva ou ativa é a medida mais eficaz, os exercícios passivos são os procedimentos fundamentais para o aumento da amplitude de movimento (SIZINIO, 2017, p.133)
Os possíveis métodos de tratamento para a Capsulite Adesiva são muitos, mas podemos citar como alguns deles: cinesioterapia, crioterapia, TENS, Ultrassom, mobilizações articulares ativo e passivo.
As mobilizações ativas e passivas são medidas profiláticas e curativas os exercícios passivos são fundamentais para o aumento da ADM. Assim, desempenha papel importante a mobilização passiva oscilatória controlada, em que são realizados movimentos acessórios combinados com movimentos que chegam ao limite imposto pelas patologias. As dosagens da imobilização passiva oscilatória controlada foram classificados em graus I e II (analgesia) e II e IV (alongamento). A analgesia é obtida pela estimulação dos proprioceptores mecanossensiveis da capsula articular da região do ombro. Quando tais fibras são ativadas, imediatamente ocorre inibição recíproca das fibras rápidas condução dolorosa (A-delta). O alongamento decorre de mobilizações executadas e mantidas próximas ao limite articular disponível (SIZINIO, 2017 p. 133)
Em condições de extrema dor (fase inflamatória), em que qualquer mobilização exacerba os sintomas, a estimulação elétrica neuromuscular transcutânea (TNS) é empregada para estimular os proprioceptores mecanossensíveis e alívio da dor espontânea. A mobilidade convencional com freqüência entre 100 e 150 hertz em baixa intensidade é a eleita para a inibição da dor intensa (21). Os principais pontos de aplicação envolvem o gânglio estrelado e a cápsula anterior da articulação glenumeral. 
Quando a rigidez é o problema primordial, as mobilizações passam a ser mais, vigorosas, havendo dor apenas por estiramento capsular,
REFERENCIAS 
DUTTON, Mark. Fisioterapia ortopédica: exame, avaliação e intervenção. Artmed Editora, 2009.
FERREIRA FILHO AA. Capsulite adesiva. Revista Brasileira Ortopedia. 2005;40(10):565-74. Acessado em 20 de abril de 2020. Disponivel em: http://rbo.org.br/detalhes/31/pt-BR
HEBERT, SIZÍNIO. ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA: PRINCÍPIOS E PRÁTICA. 4 ed. ARTMED EDITORA LTDA.
KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 6.ed. ed. Barueri : Manole, 2016, p. 547
MATOS, T.; MEJIA, D. Tratamento fisioterapêutico na capsulite adesiva de ombro. Faculdade Cambury.[citado em 17 de setembro de 2017]. Disponível em: 
PILATI, ANDRÉ LUIZ et al. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DA CAPSULITE ADESIVA DO OMBRO ATRAVÉS DO MÉTODO DE MAITLAND. 2018. Faculdade de Educação e Meio Ambiente – FAEMA,http://portalbiocursos. com.br/ohs/data/docs/34/284__Tratamento_fisioterapYutico_na_capsulite_adesiva_de_ombro. pdf, 2014
VEADO, M. A. C, GONÇALVES, E. L. N. Capsulite adesiva do ombro. Rev. Mineira de Ortopedia e Traumatologia, v.2, n.2, p. 16-22, 2011.
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