Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FARMACOLOGIA BÁSICA LEONARDO KFOURI – MEDICINA XXXVII CONCEITOS DA FARMACOLOGIA DROGA: Substância química, capaz de interagir com o organismo produzindo efeito farmacológico. TÓXICO: Droga que possui efeito farmacológico maléfico. FÁRMACO: substância química bem definida utilizada para modificar ou explorar sistemas fisiológicos. MEDICAMENTO: sinônimo – mais de um fármaco Visa benefício do organismo. MEDICAMENTOS GENÉRICOS: Mesmo princípio ativo (que da nome ao medicamento) + fundos governamentais – São feitos testes de bioequivalência. MEDICAMENTOS SIMILARES: Medicamentos semelhantes aos já lançados, mas com um nome novo que pode ser benéfico à empresa. REMÉDIO: Qualquer coisa que seja boa no tratamento do paciente. SAL: Princípio ativo do medicamento, igual entre medicamentos semelhantes. BIODISPONIBILIDADE: Quantidade de medicamento que atinge a circulação sistêmica (isso não significa que ele fará efeito desejável). BIOEQUIVALENTES: Medicamenetos que a biodisponibilidades não difere em 20%. A administração múltipla aumenta a biodisponibilidade. PLACEBO: Efeito decorrente de mecanismos inespecíficos, não surge de um princípio ativo específico. Inerte (amido, açúcar, talco...) Fatores psicológicos (fé, entusiamo, apoio médico). DOSE EFETIVA MEDIANA: Dose necessária para produzir efeito desejado em 50% dos indivíduos. DOSE LETAL: O efeito é a morte – dose tóxica. ÍNDICE TERAPÊUTICO: Quanto maior for o índice, maior a margem de segurança. 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚𝑜𝑟𝑟𝑒𝑟 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑒𝑟𝑎𝑝𝑖𝑎 SUPERDOSAGEM: Próximo ou mais que a dose máxima tolerada. Cada medicamento possui um efeito de superdosagem específico. CAMINHO PARA APROVAÇÃO DE UMA DROGA ORIGEM: Vegetal, animal, mineral ou sintética. INDICACADO PARA TESTES EM HUMANOS: Após testes em animais, órgãos e células isoladas. Observa-se seu mecanismo fisiológico e sua toxicidade. TESTES EM HUMANOS: Em 300 a 3 mil pessoas (6 a 12 anos) ENSAIOS CLÍNICOS COM 3 FASES: INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS: Função corporal, dose terapêutica e mecanismos farmacocinéticos. AMBULATORIAIS: Efeitos do fármaco na doença, eficácia, ajuste da dose e segurança. GRUPOS EM TERAPIA: Comparam-se os grupos em tratamento e indica-se a melhor terapia. INDICADO AO MERCADO FALTA DE ADESÃO AO TRATAMENTO Muitos medicamentos Dificuldades na compra do medicamento Disponibilidade comercial Esquecimento Dificuldade de administração Falta de orientação sobre as reações adversas ESTUDO GRÁFICO CURVA PLASMÁTICA: Comportamento da droga no sangue PICO PLASMÁTICO: Concentração máxima em um tempo específico. TEMPO DE MEIA-VIDA: Início da queda da concentração Específico para cada droga AUC (AREA UNDER THE CURVE): Quantidade de droga que existe na corrente sanguínea. Aumenta com insuficiência renal DOSE MÍNIMA: Concentração mínima para o efeito. Estabelece horários (tomar de 8 em 8 horas) DOSE MÁXIMA TOLERADA: Concentração acima do pico plasmático, que não deve ser ultrapassada. JANELA TERAPÊUTICA: Concentração sérica do fármaco entre a concentração máxima tolerada e a dose mínima garantindo eficácia e segurança. FARMACOCINÉTICA Movimentação da droga no corpo: Previsível (etapa descrita) PLANEJAMENTO DA DROGA: Via de administração Tempo de dosagem Concentração Tempo de permanência Órgão alvo Quantidade de droga que estará no órgão Permanência da droga em órgão Procedimento em casos de vômito, superdosagem... ABSORÇÃO: Entrada na corrente sanguínea. FÁRMACOS DE AÇÃO LOCAL: Não realizam absorção FÁRMACOS ENDOVENOSO: Colocados no sangue ANESTÉSICOS LOCAIS: Entram na forma não ionizada, atravessam a membrana do neurônio, e no citoplasma ionizam-se → Assim, agindo apenas no local específico. Áreas inflamadas: tecido é mais ácido, e a ionização ocorre fora do neurônio, não respeitando a farmacocinética do fármaco = não atingindo o efeito. AFETAM A FARMACOCINÉTICA: LIPOSSOLUBILIDADE: ↑ quantidade de locais alcançados Facilita a movimentação: Compartimentos aquosos do corpo são revestidos por membranas lipídicas. ↑ Absorção = ↑ lipossolubilidade ↓ Absorção = ↓ lipossolubilidade DROGAS LIPOSSOLÚVEIS: Não são ionizadas. COEFICIENTE DE PARTIÇÃO ÓLEO/ÁGUA: Capacidade da substância de se difundir nesses dois meios. ↑ coeficiente ↑ movimentação no corpo: GRAU DE IONIZAÇÃO: Dependerá do local – pH. As drogas se ionizam em busca do equilíbrio do meio DROGAS ÁCIDAS: Se ionizam + em pH básico DROGAS BÁSICAS: Se ionizam + em pH ácido PH DO PLASMA SANGUÍNEO: 7,4 A ELIMINAÇÃO DE UM FÁRMACO: Dois processos: METABOLISMO: Conversão enzimática de uma entidade química em outra dentro do organismo. ELIMINAÇÃO: Saída do fármaco via rins, sistema hepatobiliar ou pulmões (principais vias). FÁRMACOS LIPOFÍLICOS (APOLARES): Não são eliminados pelos rins (reabsorvidos) Metabolizados: Para se tornarem polares. Fígado (sistema citocromo – CYP) Aprisionamento iônico: acúmulo de fármaco em um meio específico Drogas ácidas: Permanecem no meio extracelular. Drogas básicas: Permanecem no meio intracelular. PH E IONIZAÇÃO Constante de dissociação (pkA): Equação de Henderson- Hasselbach: Forma ionizada: Hidrossolúveis – tendem a ficar onde estão. Forma não-ionizada: Lipossolúveis – tendem a sair de onde estão. Ácido em meio básico: Sofre ionização tornando-se menos lipossolúvel e portanto terá menor difusão. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Entrada do medicamento na corrente sanguínea AÇÃO LOCAL: Sem absorção e distribuição – evita efeitos sistêmicos. AÇÃO SISTÊMICA: Boa absorção e distribuição sanguínea. Maiores riscos de efeitos indesejados. VIAS POSSÍVEIS: Oral, sublingual, superfícies epiteliais, inalação, injeção, retal. Local de administração → Plasma → Local de ação ORAL Sem técnica, fácil administração ↑ risco de automedicação, interação com o trato gastrointestinal INJETÁVEL Efeito + rápido, quantidade desejada Difícil reversão, maior risco de contaminação (transmissão de doenças) LOCAL/TÓPICA Sem efeitos indesejáveis Não garante toda a substância desejada no local, pois requer técnica LIPOSSOLUBILIDADE: TRANSPORTES DE MEMBRANA Atravessar a M.P (lipídica): Difusão passiva e transferência mediada por transportadores. LIPOSSOLUBILIDADE: Determina a taxa de difusão passiva através das membranas O peso molecular é menos importante. ÁCIDOS OU BASES FRACAS: Apenas a espécie apolar pode se difundir através das membranas lipídicas. PARTIÇÃO PELO PH → ácidos tendem a se acumular em compartimentos com pH alto, enquanto as bases se acumulam em pH baixo → IONIZAM-SE DIFUSÃO PASSIVA: NÃO-ELETRÓLITOS: Parte da molécula que for hidrossolúvel fica retida na membrana, e sua absorção não será de 100% (absorverá só o que for lipossolúvel). ELETRÓLITOS (ácido e base fracos): absorção efetiva. FILTRAÇÃO: Associam-se proteínas a compostos hidrossolúveis para que apenas as proteínas passem pela membrana. Filtra-se o medicamento. PINOCITOSE: Englobamento de partículas líquidas (hidrossolúveis) pela membrana. PAR DE ÍONS: Íons são englobados aos pares (+ com -), e ao entrar na célula podem se separar. TRANSPORTE FACILITADO: Proteínas de transporte → processo ativo Absorção e distribuição DROGA: Corrente sanguínea → Rede sistêmica → Biodisponibilidade (não significa efeito desejável) Drogas de ação local: Baixa biodisponibilidade Drogas injetáveis: 100% de biodisponibilidade. FÁRMACO DE ↑ BIODISPONIBILIDADE: Baixa metabolização pré-sistêmica (antes de chegar no sangue) PRÓ-FÁRMACO: Medicamentos que se alteram para agir de formasistêmica FÁRMACOS DE ↓ BIODISPONIBILIDADE: Baixa absorção ou ↑ metabolização da substância antes de chegar a corrente sanguínea. DISTRIBUIÇÃO: LIVRE: Forma ATIVA Não exerce efeito na corrente sanguínea, mas chega mais rápido ao órgão-alvo. Eliminação: Rápida. LIGADA A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS: forma INATIVA Demora mais para chegar ao órgão-alvo e fazer efeito. Permanece em forma vesicular ou ligada a proteínas específicas. COMBINAÇÃO DE DOIS MEDICAMENTOS: Medicamentos que se ligam à mesma proteína Disputa pela ligação: Um medicamento ficará mais livre, e exercerá efeito mais rápido; levando a efeitos clínicos importantes. ALBUMINA: Principal proteína de transporte Liga-se principalmente a FÁRMACOS ÁCIDOS VELOCIDADE DE DISTRIBUIÇÃO: Varia entre indivíduos desnutridos, idosos. Tendência de ligação: Alguns fármacos podem se ligar a proteínas e ficarem na forma livre ao mesmo tempo (duas curvas no gráfico). Aqueles ligados à proteína chegarão depois e possuem maior tempo de meia vida. BIODISPONIBILIDADE: Importância da biodisponibilidade: Cada via propõe uma biodisponibilidade. Buscopan via oral: biodisponibilidade de 1%, Buscopan intravenoso: biodisponibilidade de 100% → não devo usar a mesma dosagem da via oral. Bioequivalência: drogas com mesma biodisponibilidade. BIOTRANSFORMAÇÃO Excretar a droga (Principal via: renal) ABSORÇÃO: A droga precisa ser apolar EXCREÇÃO: Só é excretado o produto HIDROSSOLÚVEL (polar). Néfron reabsorve drogas apolares. FASES DE BIOSTRANSFORMAÇÃO: Apolar → Polar QUEBRA: Estrutura da droga é modificada por um ataque químico específico: Busca e expõe grupos polares na molécula. CONJUGAÇÃO: Colocam-se conjugados na molécula a fim de torná-la maior, o que aumentará sua polaridade. ALVO PARA INTERAÇÃO DAS DROGAS Droga: Produto químico que afeta a função fisiológica de modo específico. PROTEÍNAS-ALVO ESPECÍFICAS: As drogas são eficazes porque se ligam a proteínas específicas → Enzimas, transportadores, canais iônicos e receptores. ESPECIALIDADE: É recíproca, classes de drogas se ligam somente a certos alvos, e alvos individuais reconhecem somente certas drogas. ESPECIFICIDADE: Nenhuma droga é completamente específica na sua ação. Em muitos casos, o aumento da dose irá afetar outros alvos que não o principal e causar efeitos colaterais. ADRENALINA: Interação com o receptor β1 no coração Efeito direto: Aumenta os batimentos cardíacos. Agonista de β1: Efeito desejado – taquicardia. ATENOLOL: Interação com β1 possui no coração Efeito indireto: Diminuição dos batimentos cardíacos. Antagonista do β1: Efeito desejado – bradicardia. INTERAÇÃO DROGA X RECEPTOR FORMAS DE ATUAÇÃO DA DROGA: AGONISTA: Tem afinidade no receptor. Eles iniciam mudanças na função celular produzindo efeitos de vários tipos. A potência do agonista depende da afinidade (tendência de se ligar ao receptor) e da eficácia (após ligado o poder de ação sobre o receptor). Os agonistas totais (que produzem efeitos máximos) têm alta eficácia, os parciais (produzem efeitos submáximos) têm eficácia intermediária. ANTAGONISTA: Tem afinidade, mas não eficácia no receptor. Eles podem se ligar aos receptores sem iniciar as mudanças na função celular. Essas drogas possuem eficácia zero. FAMÍLIAS DE RECEPTORES: TIPO 1: Neurotransmissores rápidos, acoplados diretamente a um canal iônico Receptor nicotínico (canal ionico, dependente de ligante pare liberar a passagem de ions Na) da acetilcolina. TIPO 2: Hormônios e transmissores lentos acoplados aos sistemas efetores por uma proteina G Receptores muscarínicos (metabotrópicos, receptor acoplado a proteina G, impares resposta excitatória, pares resposta inibitória) da acetilcolina. TIPO 3: Para insulina e vários fatores de crescimento que estão diretamente ligados a tirosina-quinase. TIPO 4: Para hormônios esteróides, hormônios tireoidiano e outros agentes como o ácido retinóico e a vitamina D. CURVA DE LIGAÇÃO Relação existente entre a concentração e a quantidade de fármaco ligado. Determina a afinidade do fármaco aos receptores, assim como a capacidade de ligação, que representa a densidade de receptores do tecido. CURVA DE CONCENTRAÇÃO X EFEITO: Estima uma resposta máxima que o fármaco é capaz de produzir (Emáx) e a concentração ou dose necessária para produzir 50% da resposta máxima (EC50). Utilidade: Comparação de fármacos diferentes que produzem efeitos qualitativamente similares. NÃO pode ser utilizada para medir a afinidade a seus receptores, pois a resposta produzida não é, via de regra, diretamente proporcional à ocupação dos receptores. Isso ocorre por que os agonistas podem produzir uma resposta máxima mesmo que estes estejam ligados a menos de 100% dos receptores. Nessa circunstâncias, diz-se que o tecido possui receptores de reserva. ANTAGONISMO ENTRE DROGAS: Vários mecanismos ANTAGONISMO QUÍMICO: interação em solução. ANTAGONISMO FARMACOCINÉTICO: Droga que afeta a absorção, metabolismo ou excreção da outra. ANTAGONISMO COMPETITIVO: Drogas que se ligam aos mesmos receptores, pode ser reversível ou irreversível. ANTAGONISMO NÃO-COMPETITIVO: Antagonista interrompe a associação receptor- efetor. ANTAGONISMO FISIOLÓGICO: Agente que produzem efeitos fisiológicos opostos. tetraciclina tomada com leite: a tetraciclina é um quelante de cálcio então se liga no cálcio do leite e não cumpre sua função, é um tipo de antagonismo farmacocinético. ANTAGONISTA COMPETITIVO: Receptor recebe um agonista por vez: Na presença do antagonista competitivo a ocupação do agonista em dada concentração é reduzida. Antogonismo reversível: Aumento da concentração do agonista é capaz de restabelecer sua ocupação. Antogonismo irreversível: Quando o aumento do agonista não é capaz de superar os efeitos do antagonista. AGONISTAS PARCIAIS: Produzem uma resposta submáxima, mesmo ligado a todos os receptores AGOSNISTAS PLENOS: Produzem uma resposta máxima, mesmo que não ligado a todos os receptores. DROGAS E CANAIS IÔNICOS BLOQUEADOR: Bloqueia a permeabilidade. MODULADOR: Regula a permeabilidade (pode aumentar ou diminuir). DROGAS E ENZIMAS INIBIDOR: Reação normal inibida. SUBSTRATO FALSO: um metabolismo anormal é produzido. PRÓ-DROGA: Uma droga ativa é produzida. DROGAS E TRANSPORTADORES TRANSPORTE NORMAL: Ligante exógeno se liga no receptor e é jogado para dentro da célula. INIBIDOR: transporte é bloqueado. FALSO SUBSTRATO: acúmulo de composto anômalo. RESPOSTA DO FÁRMACO Muitos fármacos agem diretamente sobre seus alvos, produzindo uma resposta fisiológica imediata. Se esta situação se mantiver provavelmente causará alterações na expressão de genes que darão origem a efeitos tardios. Alguns fármacos agem primeiramente sobre a expressão de genes produzindo respostas fisiológicas tardias. Os fármacos também podem agir pelas duas vias. NEUROTRANSMISSÃO CONCEITOS: NEURÔNIO: Unidade funcional do SNC. NEUROTRANSMISSOR: Substância química produzida pelo neurônio. Rápidos (glutamato e GABA): operam através de canais iônicos operados por voltagem; Lentos (dopamina): operam através de receptores acoplados à proteína G. NEUROTRANSMISSÃO ELETROQUÍMICA: eletro = permeabilidade de íons, química = neurotransmissor. Possui todos os locais de ação de um fármaco. POTENCIAL: pode ser de 2 tipos: Excitatório (PEPS): despolarização – Entra Na+ Inibitório (PIPS): hiperpolarização – Entra Cl- NEUROMODULADORES: liberados pelos neurônios e pelos astrócitos e produzem respostas pré ou pós- sinápticas mais lentas. CICLO DE VIDA DO NEUROTRANSMISSOR: Síntese: a partir de um precursor com ação de uma ou várias enzimas. Armazenamento: emvesículas lipídicas. Liberação. Ação dos receptores específicos: ocupa o receptor e desocupa, depois pode ser degradado. Captação. Degradação. O ciclo de vida segue a sequência: Síntese -> Armazenamento -> Ação dos receptores -> Captação -> Degradação Colina: ação central e periférica. É proveniente da alimentação, exemplo do ovo. Colinesterase: enzima de degradação. Tirosina: é uma monoamina. É proveniente da alimentação, exemplo iogurte. TIPOS DE NEUROTRANSM ISSÃO: Adrenérgica: Usa noradrenalina (originada da Tirosina) Age em receptores adrenérgicos alfa e beta. Cuidado: Adrenalina é hormônio, diferente da noradrenalina, que é um neurotransmissor. Colinérgica: Usa acetilcolina Age em receptores nicotínicos e muscarínicos. SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Simpático e parassimpático = têm o primeiro neurônio como sendo colinérgico (receptor nicotínico) e inervam diferentes órgãos. Controla aquilo que não é determinado por consciência: Contração e relaxamento da musculatura lisa, todas as secreções exócrinas, algumas secreções endócrinas, Batimentos cardíacos, Metabolismo, Respiração. SIMPÁTICO: Saída tóraco-lombar Gânglios próximos à medula (por isso possui o primeiro neurônio com axônio curto) Age em receptores noradrenérgicos tipo α e β. PARASSIMPÁTICO: Saída craniossacral Gânglios longe da medula Age em receptores colinérgicos tipo muscarínico. A semelhança entre os sistemas acima é a primeira sinapse que ocorre em um receptor colinérgico do tipo nicotínico. REAÇÕES TÍPICAS SIMPÁTICAS: Globo ocular: midríase (dilatação); Glândulas salivares: secreção viscosa, espessa (diminui a produção de saliva); Coração: aumenta frequência cardíaca e contratilidade; Traqueias e brônquios: relaxam e diminui a produção de secreções nas vias aéreas; Gastrointestinal: diminuição da motilidade e do tono muscular. Contração dos esfíncteres; Ureteres e bexiga: relaxamento do músculo detrusor, contração do trígono e do esfíncter; Rim: estimula produção de renina; Genitália feminina: relaxamento uterino; Genitália masculina: ejaculação; Sufixo: “Mimética” - imita “Lítico” – efeito contrário Agonista – se liga ao receptor e faz efeito semelhante. Antagonista – se liga ao receptor e faz efeito contrário. Vasos sanguíneos: constrição para facilitar o retorno venoso. TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA Presente no SNC (amplamente distribuído) e no SNP (principalmente em nível simpático). Está relacionada ao humor, ao comportamento. RECEPTORES ADRENÉRGICOS ALFA E BETA: Todos são receptores acoplados à proteína G. No SNP: ALFA 1: ativam fosfolipase C, produzindo InsP3 e DAG como segundo mensageiros. EFEITOS: vasoconstrição, relaxamento da musculatura lisa, secreção salivar e glicogenólise hepática. ALFA 2: Inibem a adenilato-ciclase e reduzem a formação de AMPc. EFEITOS: menor liberação de noradrenalina no terminal pré-sináptico, agregação plaquetária, contração da musculatura lisa vascular, neurônio do SNC. BETA 1: Estimula adenilato-ciclase. EFEITOS: aumento da frequência e da força cardíaca, relaxamento da musculatura lisa gastrointestinal. BETA 2: Estimula adenilato-ciclase. EFEITOS: relaxamento endométrio, broncodilatação, vasodilatação, relaxamento da musculatura lisa visceral, glicogenólise hepática e tremor muscular. BETA 3: Estimula adenilato-ciclase. EFEITOS: lipólise no fígado, relaxamento do musculo detrusor AÇÃO DAS DROGAS: Interferem em Quantidade disponível de noradrenalina e na transmissão noradrenérgica. Receptores adrenérgicos. EXEMPLOS DE FÁRMACOS: Interferência na quantidade disponível e na transmissão noradrenérgica: METIL-DOPA: Falso precursor (correspondente a dopa) → gera um falso transmissor (correspondente a noradrenalina). É utilizado quando não se deseja a produção ou ação da noradrenalina. É agonista de α2, então ele inibe a liberação de noradrenalina. Nota-se que esse tipo de fármaco altera a síntese e a liberação do neurotransmissor. Ele pode ser usado, por exemplo, na hipertensão. AMINAS SIMPATICOMIMÉTICA: Anfetaminas (ritalina) Fármacos de ação indireta Influencia na neurotransmissão: ↑ liberação de noradrenalina. Não há armazenamento, degradação ou receptação, mantendo esse neurotransmissor na fenda sináptica. Pode ocorrer a inibição da enzima MAO. EFEITO: Utilizadas como vasoconstritor nasal e antidepressivos tricíclicos (quando inibem a receptação da noradrenalina), por exemplo. Interferência nos receptores adrenérgicos: AGONISTAS ADRENÉRGICOS: Mesma ação da noradrenalina. Podem ser seletivos, que agem somente em α OU β, ou não seletivos, que agem em α E β podendo levar à várias alterações. Exemplos: Dobutamina (seletiva) que age somente em β1 levando ao aumento da frequência cardíaca. EFEITO: Insônia, arritmias cardíacas, náuseas, cefaleia, hiperatividade e tremores. ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS: Ação contrária à da noradrenalina. Podem ser seletivos ou não seletivos (muito usados no tratamento da hipertensão). EFEITOS: hipotensão, bradicardia, fadiga e sonolência. Seletivos: Fármacos com ação em α1 que tratam a hipertensão pela vasodilatação. E os de ação em β1, como o alprenolol, que agem diminuindo apenas a frequência cardíaca, sem riscos de broncoespasmo. Não seletivos: β-bloqueadores, amplamente utilizados, como o propranolol. Esses por não serem seletivos agem em vários receptores, portanto, além da diminuição da frequência cardíaca, por agir em β1, podem levar ao broncoespasmo, por ação em β2. Além disso, levam à diminuição da produção de renina pelo rim, possuindo como efeito indireto a vasodilatação e a diurese. TRANSMISSÃO QUÍMICA NO SNC Semelhantes aos processos químicos ocorridos no SNP. BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA: a penetração de fármacos requer que as moléculas atravessem as células endoteliais vasculares em vez de passar entre elas. Apenas as pequenas moléculas apolares podem se difundir passivamente através das membranas celulares. Alguns fármacos, porém, atravessam a barreira através de transportadores, que facilitam a entrada no cérebro ou a diminuem bombeando o composto do interior da célula endotelial de volta para a corrente sanguínea (Exemplo: L- dopa). Para atravessar precisa de alta lipossolubilidade. Afinidade (tendência de se ligar) Atividade (poder de ativação) Efeitos Agonista + + + direto Antagonista + - - indireto (atrasa o poder de afinidade do agonista)
Compartilhar