Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Clínica de pequenos animais ll: Aula dia 11/02: Semiologia da pele A Pele é dividida em:A epiderme é subdivida em: -Camada córnea. -Estrato lucido. -Camada granulosa. -Camada espinhosa. -Camada basal. · Epiderme · Derme · Hipoderme -Todas as células da hipoderme nascem na camada basal, as outras camadas são formadas por células que estão sendo empurradas para cima; as células vão diminuindo, quando chegam na camada granulosa a célula forma os granulomas de proteínas que é para a produção do estrato lúcido; quando a célula chega na camada córnea ela perde o núcleo e proteínas e ganha uma camada de queratina. Materiais de lipídios: colesterol 25%, ácidos graxos 25%, e ceramidas 50% são os componentes formadores da gordura que junta as células da pele. Todos os processos celulares da pele desde o nascimento até a descamação têm duração de 21 dias. Diagnóstico: · Identificação: espécie, definição racial (CRD X SRD), gênero e idade. · História. · Exame físico e dermatológico. · Identificação das lesões elementares (alfabeto dermatológico). · Exames complementares: parasitológico, citológico, citobacteriológico, citofungoscópico, cultura fúngica, cultura bacteriana, biópsia e histopatológico, testes alérgicos, luz de Wood e outros. Anamnese: · Identificação. · História: procedência, viagens, histórico familiar. · Início do quadro tegumentar, como foi a evolução. · Terapia utilizada, dose, frequência, tempo e resposta a ela. · Quadro tegumentar: usar termos técnicos; · Dieta e banhos, ambiente, acesso à rua, contactantes intra e inter-espécies, sintomáticos e assintomáticos. Exame dermatológico: · Inspeção direta. · Observação do comportamento do animal (prurido). · Palpação. · Pelame: untuosidade/epilação. · Alopecia e rarefação pilosa (falacrose): configuração e localização. · Quadro lesional: lesões cutâneas elementares (alfabeto dermatológico). Lesões cutâneas elementares: alfabeto dermatológico Tipos de lesão elementar cutânea Podem ser classificadas em 6 grupos: · Alteração de cor · Elevação edematosas · Formações sólidas · Coleções líquidas · Alterações de espessuras · Perdas e reparações teciduais Alterações de cor: -Manchas ou máculas: são alterações circunscritas da cor da pele sem nenhuma alteração da espessura e textura e, portanto, sem relevo ou depressão. Classificadas em: · Vasculossanguíneas: Eritema: vermelhidão decorrente de vasodilatação, principalmente decorrente da inflamação; cede a digito-pressão. Eritema de evolução aguda: exantema. Eritema de mucosas: enantema (hiperemia de mucosa). Púrpura: vermelhidão decorrente de extravasamento de hemácias; NÃO cede a digito-pressão. Púrpura de acordo com o tamanho da lesão: · Petéquias: lesões com até 1cm de diâmetro. · Equimoses: púrpuras maiores que 1cm. · Víbices: púrpuras lineares. · Pigmentares: É o resultado da diminuição ou aumento da melanina. Manchas leucodérmicas: diminuição da melanina. · Acrômicas: cor branco-marfim por ausência total de melanina. · Hipocrômicas: diminuição de melanina. Manchas hiperpigmentadas ou hipercrômicas: aumento da melanina ou outros pigmentos. · Manchas melanodérmicas. · Hiperpigmentação. Elevação edematosas: São elevações circunscritas da pele provocadas por edema da derme ou hipoderme. · Urtica (urticária): elevação da pele, de cor vermelha ou branca-rosada, de tamanho de formas variáveis, de duração efêmera e muito pruriginosa. · Angioedema: área de edema circunscrito que causa tumefação intensa. Os processos de vasodilatação ocorrem na derme profunda e hipoderme. Formações sólidas: Lesões elementares em que há alteração do relevo cutâneo, surgindo de elevações de conteúdo sólido; podem ser epidérmicas, dérmicas ou hipodérmicas. · Pápulas: lesão sólida, elevada, circunscrita, inferior a 1cm de diâmetro. · Nódulo: lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3cm de diâmetro. · Nodosidade ou tumor: leão sólida, circunscrita, elevada ou não, de mais de 3cm de diâmetro. Coleções líquidas: São as lesões elementares que se caracterizam por apresentar conteúdo líquido, que pode ser sangue, serosidade ou pus. · Vesícula: elevação circunscrita com conteúdo líquido de até 1cm de tamanho. O conteúdo pode ser claro (Serosidade ou hemorrágico). · Pústula: elevação circunscrita com conteúdo líquido de até 1cm de tamanho, contendo líquido turvo (pus). · Bolha ou flictena: lesão elementar de conteúdo líquido, maior que 1cm de diâmetro, pode ter conteúdo seroso, purulento ou sangue. · Abscesso: formação circunscrita, de tamanho variável, superior a 1cm que tem pus. Acompanha-se de calor, rubor, dor e, evolutivamente, apresenta flutuação central por liquefação do conteúdo purulento. · Hematoma: Formação circunscrita, de tamanho variável, decorrente do acúmulo de sangue na pele e nos tecidos subjacentes. Alteração de espessura: Decorrem de aumento dos constituintes normais da epiderme ou da derme e da presença de edema ou infiltrados celulares, inflamatórios ou neoplásicos, na derme. · Ceratose ou hiperqueratose: aumento de espessura da pele, que se torna dura, inelástica, de superfície áspera e cor amarela. É consequente ao aumento da espessura da camada córnea da epiderme. · Liquenificação: espessamento da pele, com acentuação dos sulcos e da cor normal da pele, configurando um aspecto quadriculado da superfície cutânea. Decorrente de aumento da camada malpighiana da epiderme, isto é, acantose. · Edema: aumento da espessura da pele, depressível, decorrente da presença de plasma na derme ou na hipoderme. · Atrofia: diminuição da espessura da pele, que se torna adelgaçada e pregueável. Perdas e reparações teciduais Lesões elementares decorrentes da eliminação ou da destruição patológica de tecidos cutâneos, bem como alterações resultantes de reparações teciduais. · Escamas: resultantes do desprendimento da superfície cutânea em decorrência de alterações da queratinização. Podem ser furfuráceas (pulverulentas) ou micáceas (laminares). · Erosão ou exulceração: solução de continuidade superficial da pele por perda circunscrita da epiderme. Quando há reparação não há cicatriz. · Úlcera: solução de continuidade mais profunda da pele por perda circunscrita de epiderme e derme, podendo atingir tecidos mais profundos. Quando há reparo, forma-se cicatriz. · Escoriações: erosões lineares decorrentes de origem traumática resultantes de coçagem (prurido). · Fístulas: canal com pertuíto na pele que drena à superfície conteúdo de foco profundo de supuração. · Crostas: concreções resultantes do dessecamento de secreção que se formam em áreas de perdas teciduais. Podem ser: · Melicéricas: serosidade ou pus. · Hemorrágicas ou hemáticas: sangue. · Necróticas: necroses. · Colarinho epidérmico: fruto do rompimento da pústula. *Alopecia por diluição de cor* Exames dermatológicos: · Parasitológico. · Tricograma. · Citofungoscópico. · Citobacteriológico. · Citológico. · Histopatológico. · Biópsia para histopatológico. · Fibro-otoscopia. · Tomografia. · Ressonância magnética. Aula dia 18/02: Doenças parasitárias Dermatopatias parasitárias: · Sarna demodécica · Sarna sarcóptica · Sarna otodécica · Sarna notoédrica Sarna demodécica ou demodiciose (sarna negra) Agente etiológico: · Demodex canis (mais comum) · Demodex injai- em animais adultos, apresenta mais prurido, e lesão em dorso. · Demodex cornei- se aloja na camada córnea, é mais achatado. · Demodex cyonis O Demodex é um ácaro que que se aloja no folículo piloso; ele está presente em animais saudáveis, porem não em quantidade para ser patogênico; na falha do sistema imune o ácaro se desenvolve. Patogenia: · Genético: algumas raças são mais predispostas do que outras, como Bulldog, Pug, Shihtzu, Pastor... · Falha imunológica: sendo mais comum em animais com menos de 1 ano de idade. · Enfermidade: verminoses, cinomose, leishmaniose, hipotiroidismo, hiperadrenocorticismo, neoplasias. · Medicações: como corticoides, ou quimioterapia. · Animais adultos/idosos:SEMPRE buscar causa base. Manifestações clínicas: · Não é contagiosa. · Linfoadenomegalia (aumento de linfonodos). · Apatia. · Dor. · É pouco pruriginosa, quando apresentar prurido pode existir piodermite secundária. · Lesões primárias: · Rarefação pilosa e alopecia. · Eritema (Causa prurido discreto). · Pápulas (Causa prurido discreto). · Piodermite + pústulas = quando ocorre o rompimento os restos do folículo piloso e outras sujidades têm acesso para a derme, que é muito vascularizada, causa inflamação. · Alopecia, eritema intenso, fístula, começa a coçar mais na fase final e por infecção bacteriana secundária. Diagnóstico: · Identificação e histórico. · Anamnese. · Exames: · Físico · Dermatológicos · Complementares: · Exame parasitológico cutâneo, podendo ser o raspado profundo ou a fita adesiva, ou exame por decalque do exsudato. · Histopatológico para a raça sharpei. -Desvantagem: 90% de positividade. Em animais saudáveis não é encontrado o ácaro. Tratamento: · Diamidina (trianox): semanalmente, tomar cuidado com a diluição correta do produto, é de uso tópico, e ainda é uma opção. · Lactonas macrocíclicas: · Moxidectina: + barato, efeito colateral. (termo de responsabilidade) · Milbemicina. (termo de responsabilidade). · Ivermectina: Pode ser usada para cães e gatos. (termo de responsabilidade) · Doramectina: +barato. *Ivermectina e Doramectina: não devem ser usadas em collie, chipdog, pastor australiano, pastor shetland* · Associar antibiótico: amoxicilina com clavulanato ou cefalexina, ceftiofur, enrofloxacina. · Associar com xampu queratolítico e bactericida: peroxido de benzoila(queratolítico), clorexidina, triclossan ou halogenado. · Isoxazolinas: mais seguros e eficazes; tratamento de eleição. · Fluralaner (Bravecto): a cada 3 meses. · Afoxalaner (Nexgard): a cada 30 dias. · Sarolaner (Simparic): a cada 35 dias. · Lotilaner (Credeli): a cada 30 dias. Sarna sarcóptica ou escabiose canina Agente etiológico: Sarcoptes scabiei /canis Transmissão: direta ou indireta; cão, raposa, felinos e o homem; é uma zoonose. Características: clínica e lesional · Alopecias. · Eritematose · Hiperqueratose · Pápulas nas áreas mais frias do animal (borda do pavilhão auricular, articulação úmero-rádio-ulnar e articulação tíbio-társica). · Prurido intenso Tríade do prurido: - Escavar mecânico. - Reação de hipersensibilidade. - Liberação de substância pruridogênica. Diagnóstico: exame parasitológico de raspado cutâneo, positividade de 50%, deve-se raspar na borda do pavilhão auricular ou na articulação úmero-rádio-ulnar (mais chance de positividade). Tratamento ortodoxo: piretróides, enxofre, amitraz; porém eles têm muitos efeitos adversos. · Terapia sistêmica: · Moxidectina, Ivermectina ou Doramectina (efeitos adversos). · Selamectina: eficácia de 100%, não tem efeitos colaterais observador, tem o uso aprovada para cães, boa aceitabilidade custo. · Fluralaner (Bravecto): a cada 3 meses. · Afoxalaner (Nexgard): a cada 30 dias. · Sarolaner (Simparic): a cada 35 dias. · Lorilaner (Credeli): a cada 30 dias. · Advocate: para cães e gatos, 2 aplicações com intervalo quinzenal ou mensal. · Revolution: eficácia de 100%. Sarna notoédrica ou escabiose felina Agente etiológico: Notoedris cati Características: é uma zoonose e caráter ergodermatósico; Diagnóstico: · Felinos errantes, querenciados e domiciliados. · Contactantes sintomáticos (transmissão Inter e intraespecie). · Exame parasitológico de raspado cutâneo; positividade de 80%, raspar nos bordos da lesão. Tratamento ortodoxo: piretróides, enxofre, amitraz; porém eles têm muitos efeitos adversos. · Terapia sistêmica: · Moxidectina, Ivermectina ou Doramectina (efeitos adversos). · Fluralaner (Bravecto): a cada 3 meses. · Advocate: para cães e gatos, 2 aplicações com intervalo quinzenal ou mensal. · Revolution: eficácia de 100%. Lembrar de: tratar TODOS os contactantes, ter cuidados ambientais, e pode-se fazer uso de corticoides (prednisona/ prednisolona 5 dias). Aula 03/03: Doenças fúngicas Micologia clínica: · Micoses superficiais: são menos graves, tratamento por menos tempo; exemplo Dermatofitoses. · Micoses profundas: exemplo esporotricose. · Micoses sistêmicas: são mais graves, uso de antifúngicos sistêmicos por mais tempo; exemplo: Criptococose. Dermatofitose em cães e gatos: Micoses superficiais acometem a camada córnea da epiderme; e necessitam de tratamento tópico. Agente etiológico: fungos queratinofílicos · Microsporum canis- mais adaptado ao gato, no cão é super agressor; 90% casos. · Microsporum gypseum – prurido e inflamação; encontrado na terra, nos cães se apresentam mais comumente na face e patas. · Trichophyton mentagrophytes- adaptado aos roedores, causa prurido. · Trichophyton rubrum- +raro, é adaptado para seres humanos, causa prurido. Lesão por Microsporum canis inflamada é chamada de querion- que é a lesão da Dermatofitose com lesão bacteriana associada. Raças predisponentes: persa e Yorkshire; normalmente em animais jovens com < 1ano de idade, e tem importância em gatis. -Pode permanecer no gato sem deixar sintomas e aparecer na imunossupressão; por ser tão adaptado ao gato. -Dificilmente tem inflamação sem coceira associada (prurido). -Sempre em individuo imunossuprimido. -Maior parte das infecções é em gatos. -Maiores ocorrência em locais úmidos. Lesão: · Alopecia com descamação. · Descamação. · Lesão regular, circular, o fungo vai se alimentando da queratina dos pelos. · Pelos facilmente depilável. · Lesão centrifuga- alopecia circular, fungo sempre na borda da lesão. · Piora com corticoides. · Granulomas dermatóficos, ocorre quando o dermatofito cai na derme e hipoderme; ocorre em animais imunossuprimidos. *Outras doenças que causam alopecia circular: sarna demodécica, piodermite, Dermatofitose e seborreia, animal pode apresentar mais que uma dessas* Diagnóstico: · Cultivo micológico (de eleição, mas demora o resultado); quando vai mandar o material, deve mandar pelos da borda do animal, se o animal não tiver pelos, usartiliza-se a técnica do carpete. · avulsão do pelame; · Lâmpada de Wood. · Exame direto. · Exame histopatológico. *Luz de Wood: só diagnóstica Dermatofitose por M. Canis, que produz ptirdina que gruda no pelo e faz a fluorescência de uma cor verde maça, na luz negra; e somente 50% das cepas produzem. *Exame direto: Tricograma, para Dermatofitose apenas, coleta-se das bordas da lesão; e faz a visualização em microscópio. Tratamento/ planejamento: · Diagnóstico. · Implementar plano de controle: tratamento tópico, tratamento sistêmico associar os dois exceto em animais jovens e idosos, higienização ambiental com vapor quente e água sanitária. Terapia tópica: · Remoção dos esporos · Tosa · Loções, pomadas, cremes ou spray: derivados de imidazólicos ou terbinafina. · Xampus: clorexidine, miconazol, cetoconazol e terbinafina; banhos no mínimo uma vez por semana. Terapia sistêmica: (não fazer em animais muito jovens, ou muito velhos, pois antifúngicos são hepatotóxico). · Griseofulvina: 50mg/kg a cada 24h; é lipofílica, causa anorexia e é hepatotóxica, tem efeito anti-inflamatório e é teratogênica (não pode usar em fêmea prenha). (só tem ação pra dermatofito, não age em esporotricose, malasseziose e outros). Azois: · Cetoconazol: 5 a 10mg/kg a cada 24h, efeitos colaterais, anorexia, hepatotoxicidade, icterícia súbita; serve para outros tipos de fungos também. (muito efeito colateral, somente via tópica). · Itraconazol: 5 a 10mg/kg a cada 24h, é lipofílica, menos efeitos colaterais (hepatotoxicidade); serve para outros tipos de fungos também. (DE ESCOLHA). Alilaminas: · Terbinafina: 10 a 20 mg/kg a cada 24h, efeitos gastrointestinais, ela impede o crescimento do fungo, mas não o mata, só pode ser usada em pacientes imunocompetentes; Duração da terapia: mínimo de seis semanas; tratar os animais sintomáticos e assintomáticos; cuidados com atividade sérica das enzimas hepáticas (ALT, AST, GGT E FA);monitoramento pré e pôs terapia. Ambiente: M.Canis fica até 18 meses no ambiente. -A higienização deve fazer parte da terapia; Técnica tripla de higienização: · Aspirador. · Lavar com desinfetantes. · Hipoclorito de sódio 1:10 água. · Higienizar com frequência. · Vapor quente, duas vezes por semana. Remoção mecânica dos esporos (Aspirar pelos). Esporotricose A esporotricose é uma micose de implantação; Sua transmissão é clássica: implantação traumática do fungo na pele (material vegetal em decomposição, solo e plantas). Acomete derme e hipoderme. É uma zoonose, tem afinidade pelos felinos e é altamente patogênica, com proporção alarmante no brasil. Classificação: · S. schenckii – mais leve. · S. brasiliensis- mutação piorada. Gatos são reservatórios: · 100% das lesões cutâneas. · 66,2% cavidades nasais. · 41,8% cavidade oral. · 39,5% garras. · Outras espécies como cães, mas não são reservatórios. Epidemiologia em felinos: · Machos. · Faixa etária média: 24 meses. · Evolução clínica: média de 8 semanas. · Apresentação clínica: duas, três ou mais áreas acometidas. · Topografia: cefálica, membros torácicos e mucosas. Transmissão: · Implantação traumática. · Contato direto com exsudato de lesões de gatos infectados. · Fezes. Lesões cutâneas: · Lesão papular ou pápulo-nodular. (formação sólida de até 1cm de diâmetro, se vai até 3cm é nodular, que tendem a ulcerar). · Úlcera. · Goma (nódulo que necrosa no meio). · Linfagite (menos comum). · Onicomadese. · Em humanos, tem lesões em rosário. Diagnóstico: · Exame citopatológico/ citofungoscópico: na rotina é o usado, é fácil, prático e rápido; os materiais pode ser: aspiração de nódulos, impressão de lesão ulcerada; corar com panótico. · Cultura fúngica: para diagnóstico definitivo. · Histopatológico: é de grande importância, tem efetividade de 95 a 100%, geralmente faz em cães. Tratamento: Tempo médio de tratamento: de 4 a 9 meses + 1 mês após a cura. -Recorrência da doença (possibilidade de reativação das lesões e efeitos adversos). · Itraconazol: dose de 10 a 20mg/kg 24/24h; tempo prolongado de terapia, continuando 30 dias após a cura; Efeitos adversos: no trato gastrointestinal, e efeitos de hepatotoxicidade (inferiores ao do cetoconazol). Em casos graves associar Itraconazol com iodeto de potássio, em casos graves. Criptococose É uma micose profunda e sistêmica, que acomete gatos e é uma levedura. Agente etiológico: Criptococcus neoformans. Encontrado em: eucaliptos, fezes de aves como pombos, e é transmitida para o gato, humanos, cachorros pela inalação. Em gatos imunossuprimidos causa uma lesão ulcerada na região da narina. Não é uma zoonose passada pelos gatos. Lesão: · Granuloma na região das narinas. · Úlceras. Diagnóstico: · Exame citopatológico/ citofungoscópico; é rápido e barato, os materiais são de aspiração de nódulos, ou impressão de lesão ulcerada; corar com panótico, tinta china ou nankin. · Exame histológico: tem grande importância, e é bom fazer. Tratamento: · Itraconazol: 10mg/kg 24/24h Por tempo prolongado de terapia, continuando 30 dias após a cura. Efeitos adversos: no trato gastrointestinal, e efeitos de hepatotoxicidade (inferiores ao do cetoconazol). · Controlar a causa de base, a imunossupressão. Aula do dia: 10/03: Dermatopatias bacterianas Piodermite: infecção tegumentar bacteriana, superficial ou profunda, primária ou secundária (multietiológica). -Perda de sensibilidade vem mudando com o aumento da ocorrência de cepas multirresistentes. Eventual potencial zoonótico. Tem que estar em grande quantidade na pele, passar pela camada córnea, e depois pela resposta imunológica. -Não é transmissível, apenas em causas de imunossupressão. Etiologia: · Staphylococcus spp- microrganismo comensal. · Pseumonas spp · Proteus spp Mas também · S. schleiferi sub coagulans · S. schleiferi sub schleiferi · S. aureus Lesão: · Em região da narina, nas bordas da boca, genitais, e inserção da cauda. · A lesão apresenta alopecia circular com crosta melicérica. · Pápulas. · Pústula. · Lesão em colarinho epidérmico. Critérios de classificação: · Etiológico: primária ou secundária. (secundária é quando a piodermite tem uma causa de base, e na maioria das vezes tem; 90% dos casos existe uma doença de base). · Aspecto clínico: superficial (epiderme e epitélio folicular) ou profunda. Principais causas de base: · Alergopatias. · Parasitárias. · Fúngicas. · Distúrbios de queratinização e seborreicos. · Displasias foliculares. · Endocrinopatias. · Manejo inadequado. · Terapia. · Piodermite de dobra. Piodermites superficiais: · Dermatite Pio-Traumática / Dermatite úmida aguda; lesão com aspecto úmido, causada por umidade, · Caráter agudo. · Autoinduzida. · Pelame denso. · Ciclo- prurido- trauma, ausência de ventilação. · Raças predispostas: Chow Chow, Golden retrivier, labrador, são Bernardo, rottweiler. Lesão: · Impetigo (em animais adultos provavelmente por conta de hiperadrenocorticismo. · Muco cutâneo. · Piodermite de dobra. · Pápulas. · Pústulas. · Crostas melicélica. · Alopecia em roedura de traça. Foliculite bacteriana: é a maior parte dos casos Lesão: alopecia em roedura de traça, pápula, pústula, crostas melicélica. Piodermite muco-cutânea: Se apresenta como eritema, erosão e deposição de crosta, acometendo lesão de transição da boca e anus. Tratar com antisséptico, e clorexidine. Se animal tiver piodermite superficial ela pode evoluir para profunda por problemas de imunidade. Piodermite profunda: Lesões sanguinolentas, sangramento, edema, dor rubor, calor, inflamação. Diagnóstico: · Clínico. · Laboratorial: · Citologia. · Histopatológico. Resistencia bactéria: preocupação no âmbito veterinário e saúde pública. Staphylococcus resistente a meticilina- OXACILINA codificado pelo gene MecA. Avaliação in vitro- padrão de resistência a oxacilina- reportar-se resistente a meticilina. Se a bactéria for sensível a oxacilina animal não tem gene MecA. Resistência a meticilina: Todos os fármacos B-Lactâmicos: · Cefalosporinicos. · Penicilinicos. · Carbapenêmicos · Ampicilina- Sulfabactram Independentemente dos resultados de sensibilidade desses fármacos; se a bactéria for OXACILINA resistente tem gene MecA nenhum deles poderão ser usados. Suspeitar por infecção de bactérias multirresistentes quando o animal não apresenta melhora, quando o animal é reincidente. Terapia: Terapia sistêmica, seguir a ordem: 1. Cefalosporinas: cefalexina, cefadroxila e cefovecina (beta-lactâmico). 2. Amoxicilina com clavulanato de potássio. (beta-lactâmico). 3. Clindamicina. Se for resistente a cefalosporinas, amoxicilina com clavulanato e clindamicina: Segue a ordem anterior, se for resistente quem vamos escolher: 4. Tetraciclinas: Doxiclina. 5. Quinolonas: cuidado com resistência. 6. Rifampicina: cuidado; muito hepatotóxica, usar só em infecções graves. 7. Cloranfenicol: cuidado, proibido uso veterinário e tem muito efeito colateral; é hepatotóxico e mielotoxicidade. 8. Aminoglicosídeos: cuidado; é nefrotóxico; se somente sem sensibilidade a esse, em casos de morte. E se for resistente a todos, terapia tópica, o problema é que para infecção profunda não adianta. Só usa as Quinolonas em casos necessários, para evitar induzir a resistência: · Enrofloxacina. · Marbofloxacina. · Moxifloxacina. O tratamento deve ter duração MINIMA: Piodermite superficial: 21 dias (7 dias adicionais). Piodermite profunda: 45 dias (14 dias adicionais). Terapia tópica: Banhos em frequência de 2 a 3 vezes por semana se possível; se não semanalmente. Xampus: · Peroxido de benzoila. · Clorexidine. · Clorexidine + miconazol. · Mupirocina- pomada; pode usar junto com outros tratamentos tópicos; age muito bem em Staphylococcus. · Ácido fusídico- pomada Verutex; pode fazer uso também, em situações que não fazemos antibióticos sistêmicos. · Ácido hipocloroso: Hipoclorito de sódio, sem resistência ou toxicidade; imersão de 2,5ml de hipocloritoem 1l de água, deixar de 10 a 15 minutos, e enxaguar, de 2 a 3 vezes por semana. *Staphylococcus pseudointermedius é o principal agente envolvido nas Piodermites em cães. Staphylococcus aureus, apesar de raro, pode estar envolvido e encontrado em microbiota de cães assintomáticos. * Aula dia 17/10- Dermatopatias alérgicas: Alergia: significa inflamação cutânea, que causa prurido. Doenças pruriginosas: malasseziose, alergopatias, linfoma cutâneo, piodermites, parasitas. Dermatite alérgica a picada de pulgas (DAPP): Ocorre mais no verão Nomenclaturas: DAPP: dermatite alérgica a picada de pulgas. DASP: dermatite alérgica a saliva de pulgas. DAPE: dermatite alérgica a picada de ectoparasitas. Espécies envolvidas: · Ctenocephalides felis- cães, gatos, homem. · Ctenocephalides canis- cães, gatos, homem. · Pulex irritans- homem, cães e gatos. · Xenopsylla cheopis- roedores. · Tunga penetrans- mamíferos. Saliva de pulgas de espécies diferentes apresentam antígenos similares. Reações de hipersensibilidade tipo l: é conhecida como a reação imediata, mediada pela IgE, a reação pode envolver pele (urticária e eczema). Reações de hipersensibilidade tipo lV: é conhecida como tardia, a lesão é caracterizada por calosidade e eritema, está envolvida na patogênese de muitas doenças autoimunes e infecciosas. (demora 20 dias para passar). Tolerância: fator desencadeante de crise em animais alérgicos. Quando as pulgas estão em formato de pupa, no casulo, elas são resistentes a condições externas e aos produtos de limpeza, essa fase pode durar de 7 a 365 dias. Lesões: · Pápulo-crostosas. · Alopecia. · Eritema. · Lignificação. · Hiperpigmentação. · Colarinhos epidérmicos. · Descamação. · Distribuição das lesões: terço corpóreo distal ou região lombo-sacra. Diagnóstico de DAPP: Anamnese: · Frequência de passeios. · Utilização periódica de ectoparasiticidas. · Presença de animais contactantes. · Tipo de piso onde vai o animal. · DIAGNÓSTICO TERAPEUTICO. Tratamento: · Animal afetado · Animais contactantes · Ambiente Objetivo: prevenção das picadas de pulgas/carrapatos e interrupção do ciclo de vida. Xampus pulicidas. Pulicidas: em xampus tem efeitos baixíssimo. · Imidacloprida · Imidacloprida + Moxidectina (Advocate) · Fipronil (frontline) · Fipronil + s-methoprene (frontline). · Selamectina · Piriprol Os mais modernos e melhores: · Vectra 3D: dinotefurano, piriproxifeno, permetrina (tem muito efeito adversos). · Vectra gatos: dinotefurano, piriproxifeno. · Seresto; custo benefício bom, pode ser usada em gatos. · Bravecto (Fluralaner); a cada 3 meses. · Nexgard (Afoxolaner); a cada 30 dias. · Simparic; menos efeitos colaterais, a cada 30 dias. Medidas ambientais: Limpeza com vapor de alta pressão e alta temperatura. Higienização regular: ambiente, camas, caixas de transporte, tapetes. Dedetização. Tratamento sintomático: Prednisona ou prednisolona 0,5-1 mg/kg SID 10 a 14 dias. Alergia alimentar ou Dermatite trofoalérgica É um distúrbio cutâneo, pruriginoso, não sazonal, associado a ingestão de um ou mais ingredientes encontrados na dieta. Trofoalérgenos: glicoproteínas hidrossolúveis com peso molecular entre 10000 e 70000 daltons. -Dietas oferecidas por longos períodos, ou ácaros presentes na alimentação. Epidemiológica: · Cães com idade <1 ano e >6 anos. · Gatos entre 4-5 anos. · As raças: pastor alemão, West Highland White, boxers, pugs, aparentemente são mais predispostos á alergia alimentar. Características clínicas: · Ampla variedade de lesão e distribuição. · Eritema mais ventralmente. · Prurido. · Lesões em região ventral, região de face, bucal, perianal, otites. · Distúrbios da trato gastrointestinal 15 a 20% dos casos. Diagnóstico: (por exclusão de outras alergopatias). · Dieta de exclusão. · Dieta provocativa. Dieta de eliminação: comida caseira com fonte de proteína inédita, comercial com proteína hidrolisada. Caseira: fonte de proteína: coelho, carneiro, pato, cabrito, cavalo, porco, peixe, javali, avestruz. Fonte de carboidrato: batata, ervilha, lentilha, arroz integral. Aspecto nutricional. Dieta comercial hidrolisada: · Royal canin hipoallergenic: cães e gatos, fonte de soja e gordura suína. · Equilibrio HA total alimentos: cães e gatos, fonte de soja e gordura de frango. · Dieta ultra hidrolisada- hill´s ZD ultra allergen free: cães, fonte de frango e amido purificado. A dieta de eliminação deve durar 8 semanas. Dieta de provocação: adicionar alimento com o intuito de identificar a causa da alergia. Cada alimento deve ser apresentado por 7 dias; a cada recaída volta a dieta de eliminação até melhorar o quadro. Tratamento: Retirada do alimento causador da alergia, alimentar o animal com proteína inédita. Mudar alimentação. Dermatite atópica: Enfermidade cutânea alérgica inflamatória e pruriginosa predisposta geneticamente e com certos caracteres clínicos, mais comumente associada ao desenvolvimento de IgE contra alérgenos ambientais; tem que tomar medicação para sempre. Só conseguimos saber se é dermatite atópica ou alergia alimentar com dieta de exclusão. Patogênese: Características clínicas: · Distribuição das lesões: patas, região da boca e olhos, região genital, axilas, orelhas. · Acontece mais no verão. · Pode acarretar Otopatias eczematosa. Diagnóstico por exclusão: · DAPP: aplicação de ectoparasiticidas a cada 20 a 30 dias. · Hipersensibilidade alimentar: Dieta de eliminação durante 8 semanas (Caseira x comercial). Tratamento: · Hidratação cutânea. · Terapia anti-inflamatória. · Terapia para complicações (infecções secundárias). · Terapia tópica: · Cortavance: hidrocortisona aceponada. · Advantan: creme metilprednisolona aceponada. · Efeitos adversos. · Terapia sistêmica: · Anti-histamínicos: pouca eficácia. · Glicocorticoides: prednisolona; melhor que anti-histamínico. · Ciclosporina; é um imunossupressor, ela inibe o linfócito; preço alto, tem menos efeitos colaterais; demora para fazer efeito, medicação de manutenção. · Imunoterapia alérgeno específica (induz estado de tolerância). E os mais modernos: oclatinib e anticorpo monoclonal. *Como funciona a reação alérgica: o patógeno entra pela pele aberta por ressecamento, a célula apresentadora de antígeno pega o antígeno e mostra ao linfócito T, que vai reagir e produzir interleucinas (IL 4, 13,5 E 31), cada interleucina realiza funções diferentes, elas levaram a inflamação e prurido, menos uma que é a IL 31, que se liga na parede do neurônio, que possui um receptor de interleucina, e estimula o neurônio a dar a sensação de coceira. A IL 31- tem função de estimulação de coceira; ela se liga ao receptor e ele libera Janus quinase (JAK), que sinaliza ao neurônio para realizar a coceira. · Oclacitinib (apoquel): o tratamento da dermatite atópica canina, para controle de prurido na dermatite atópica, tem ação rápida, é menos eficaz e não inibe 100% do prurido pois o eosinófilo liberado em outras reações também é responsável por causar prurido. O apoquel é um inibidor da produção de Janus quinase; possui poucos sintomas adversos, porém devemos acompanhar o tratamento, é mais seguro que corticoides, é um remédio caro. Dose de: 0,4 a 0,6 mg/kg a casa 12 horas, e depois a cada 24h, para o resto da vida. Efetivo em 70% dos pacientes, e não é 100% eficaz. · Lokivetmab (cytopoint): anticorpo monoclonal: para a IL 31, o cytopoint inibe a interleucina 31 antes dela se ligar ao receptor, mais efetivo, e menos efeitos colaterais; só age em pacientes que o principal responsável pelo prurido seja a IL 31; eficácia de 80%, é injetável, subcutâneo, aplicação a cada 30 a 60 dias. Aula dia 24/03 – Otopatias Otites em cães e gatos: A maioria das otites são secundárias a quadros dermatológicos; o tecido que reveste o conduto auditivo é o mesmo que reveste a pele. -Malassezia pachydermatis faz parte da microbiota normal dos condutos auditivos, em condições favoráveis ela se multiplica descontroladamente.Orelha externa: 1. Pavilhão auricular 1. Conduto (ramos vertical e horizontal). 1. Membrana timpânica. Orelha média: 1. Membrana timpânica. 1. Cavidade timpânica. 1. Ossículos (Martelo, Bigorna e Estribo). 1. Tuba auditiva (conexão com a nasofaringe). Orelha interna: 1. Vestíbulo. 1. Cóclea. 1. Canais semicirculares. Migração epitelial: autolimpeza, ocorre em turnover (girando); para a eliminação do cerúmen (debris celulares, secreção sebácea, secreção ceruminosa, igs e microrganismos. Otite externa: É a mais comum, com maior ocorrência em cães por causas alérgica, e em caso a maior ocorrência é por Otodectes cynotis. Manifestações clínicas: 1. Eritema (pavilhões auriculares, meato e conduto auditivo). 1. Meneios cefálicos. 1. Prurido. 1. Otorréia. 1. Dor. 1. Otohematoma. Cronicamente: alterações proliferativas; estenose/oclusão; fibrose e/ou mineralização. Classificações quanto a etiologia da otite externa: 1. Otite Ceruminosa. 1. Otite Eczematosa. 1. Otite Fúngica/Bacteriana. 1. Otite hiperplásica/Estenosante. Otite Ceruminosa: Ao exame otoscópico: excesso de cerúmen + inflamação (eritema e edema). -Otite ceruminosa por excesso de produção de cerúmen; -Otite ceruminosa por endocrinopatias (hipotiroidismo...), distúrbios de queratinização (seborreia...), manejo ou corpo estranho, neoplasias. -Sarna de orelha, causada pelo Otodectes cynotis (otocaríase) e Demodex canis (cães e gatos com menos de um ano). Predisposição genética: labrador, Cocker americano, Sharpei e persa. Otite Eczematosa: O aspecto típico de “eczema” estará presente, principalmente, no pavilhão auricular. Alergopatias: 90% otite crônica (HA ou DA) Otite bilateral, recorrente (pode ser unilateral). DA: 55% otite externa. HA: 80% otite externa. Formação em sagu, visto na otoscopia; presente sempre em otite eczematosa, é a hiperplasia de glândulas ceruminosas. -Pode ter presença de Malassezia e Staphylococcus. Ciclo da otite externa: Otite Bacteriana: Presença de pus ao exame direto e/ou indireto (otoscopia). -Normalmente é crônica. -Staphylococcus pseudointermedius. -Pseudomonas spp. = muito pior. 1. Causa dor. 1. Tecido macerado. Em otites bacterianas: 1. Presença água. 1. Farmacodermias. 1. Doenças autoimunes. 1. Celulite juvenil; uma condição de animais jovens, é autoimune, e nesses casos nesses casos teremos infecção aguda. Otite hiperplásica/Estenosante: Quando começa a ter um caso de otite eczematosa crônica, o conduto auditivo começa a hiperplasiar, se fibrosa ou calcifica não tem reversão, somente operação. Ao exame otoscópico caracterizada pela presença de edema e estenose do CA. -Pode-se realizar uso de corticoides se não tiver fibrosado ou calcificado. Animal sente dor constante. Otite média ou média interna: Em cães a otite média é resultado da otite externa. O acúmulo de pus e sujidades começam a deixam a membrana timpânica mais porosa, que deixa a bactéria entrar, fazendo um processo inflamatório na cavidade timpânica, que começa a inflamar e a produzir muco, e começa a encher a cavidade timpânica, a otite média sempre vem junto da otite interna. Subdiagnosticada: 16% otite externa aguda. 50-80% otite externa crônica. Alterações neurológicas e DOR crônica. Otite interna: 1. Metade dos casos de vestibulopatia periférica em cães. 1. Cóclea e canais semicirculares. 1. Subdiagnosticada (sintomas mais brandos). 1. Associação com otites externa e média (extensão da otite média). Manifestações clínicas: 1. Quadro agudo: desorientação andar em círculos, queda para o lado da lesão. 1. Êmese e disorexia. 1. Perda de audição. 1. Síndrome de Horner: Anisorcoria, ptose pálpebra; uma das causas da síndrome de gatos é otite interna; essa síndrome acontece SOMENTE EM GATOS. Diagnóstico otite EXTERNA: 1. Verificar pavilhão auricular, observar cerúmen, pus. 1. Olfação. 1. Palpação. 1. Otoscopia: colocar o otoscópio veterinário, observar se tem pus, úlceras, avaliar tímpanos, a otoscopia animal sente dor. 1. Parasitológico de cerúmen, pus; para visualização no microscópio; para procurar ácaros (Otodectes cynotis (cerúmen escuro) ou o Demodex canis). 1. Citologia ótica, serve para ver se tem disbiose, que terá ou Malassezia ou Staphylococcus ou Pseudomonas. 1. Fibro-otoscopia; mais moderno; usa-se principalmente em otites bacterianas, suspeita de neoplasias, quando queremos avaliar o tímpano ou temos suspeita de otite média. Diagnóstico otite MÉDIA E INTERNA: 1. Sempre deve incluir exames de imagem. 1. Video-Fibro-otoscopia. 1. Tomografia. 1. Cultura e antibiograma; colher o material da bula timpânica. 1. A otoscopia convencional quando bem realizada pode dar o diagnóstico (mas nem sempre possível). Otite média: meringotomia, que é a remoção do material mucoso dentro da cavidade timpânica; é um tratamento de otite média. Grande causa das otites crônicas- NEOPLASIAS: Duas principais neoplasias: 1. Adenoma de glândula ceruminosa; é benigna. 1. Pólipo nasofaringeo; é benigno; comum em gatos. -Sempre que houver otite unilateral deve-se procurar neoplasias. Pólipos e neoplasias: 1. As neoplasias mais comuns são as origem de glândulas ceruminosas. 1. No cão as neoplasias são em sua maioria benignas, lá no gato 50% dos casos apresentam malignidade. 1. Em gatos os pólipos nasofaringeos inflamatórios são formações benignas, ascendem pela tuba auditiva e invadem a orelha média com perfuração timpânica. Otite crônica e doença respiratória são predisponentes. 1. Cães também apresentam pólipos como consequência de inflamação crônica- conduto externo e mais comum. Colesteatoma: é uma condição de crescimento expansivo de epitélio escamoso estratificado, com invasão da orelha média e destruição óssea; comum em braquicefálicos são mais predispostos, mas pode ocorrer em quaisquer animais com otite crônica; é a projeção do epitélio para dentro da cavidade timpânica. 1. A terapia é SEMPRE cirúrgica. 1. Ablação parcial ou total (considerar a topografia); Terapia otite EXTERNA: Princípios básicos: 1. higienização do conduto auditivo; com produtos ceruminolíticos. 1. Diminuir a inflamação. 1. Controlar a infecção. 1. Controlar doenças concomitantes. 1. Terapia de manutenção para evitar recidivas. Quanto mais escuro for o cerúmen, deve-se usar produtos mais ácidos, e com maior poder ceruminolíticos; quanto mais amarelado ou esverdeado, deve-se usar mucolíticos. Lavagem ótica: fazer se tiver muito muco no canal auditivo; se não conseguir realizar a lavagem ótica, colocar acetilcisteina (fluimucil); mas em todos os casos melhor lavar. -5 ou 7 dias de acetilcisteina para diminuição de pus antes de antibioticoterapia. Em todos os pacientes faz corticoide tópico, uteis na maior parte dos casos; ajuda na redução de prurido, dor, edema, exsudação, proliferação tecidual e estenose. Glicocorticoides tópicos: 1. Muito potente: fluocinolona. 1. Potente: betametasona, dexametasona, hidrocortisona. 1. Moderada: prednisolona, triancinolona. 1. Pequena: hidrocortisona. Prednisolona: via oral; em casos muito graves, e estenose importante de conduto auditivo. Mais terapias tópicas: 1. Glicocorticoides sistêmicos: prednisolona SID 10-15 dias. 1. Tacrolimus SID ou BIB manipulado; tópico; tem efeito anti-inflamatório, porem menor que a do corticoide. 1. Ciclosporina Sid- por 4 semanas; via oral, tem ação anti-inflamatório, porem menor que a do corticoide. Otite externa: Terapia caso faça cultura e antibiograma: 1. Leveduras: terapia tópica. 1. Miconazol 1% 1. Nistatina 100ul/ml 1. Clotrimazol 1% 1. Bactérias: terapia tópica. 1. Cloranfenicol 0,5% 1. Ciprofloxacina 0,35% 1. Neomicina 0,25% 1. Gentamicina 0,25% 1. Tobranmicina 0,3% Ototoxicidade (Se não tem certeza se o paciente está com o tímpano integro): Seguros: 1. Quinolonas 1. Nistatina, miconazol, Clotrimazol. 1. Dexametasona, fluocinolona. 1. Esqualene. Tabela não cai na provaCultura e antibiograma, só fazer em: 1. Falha terapêutica (controle citológico). 1. Presença de bacilos no exame citológico. 1. Quadros crônicos (>3meses). 1. Otites média-interna. Lavagem ótica: faz quando ter quantidade grande de pus. 1. Solução fisiológica morna 1. Remoção do exsudado. 1. Preparação: prednisona (1mg/kg 5 dias). 1. Ceruminolíticos. 1. Raio X, tomografia computadorizada, ou ressonância magnética. Otite média Terapia: 1. Meringotomia (acesso a orelha média). 1. Material cito/cultura. 1. Lavar a bula. 1. Infundir medicação tópica. 1. Corticoides e antibióticos tópicos. 1. Antibióticos sistêmicos. 1. Tratamento prolongado até 60 dias. 1. Procurar causa de base.
Compartilhar