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ED DIREITOS REAIS (1)

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CONTEÚDO 2 
1) C 
Recomendável fonte para a Justificativa :
I, II e III)
 DA POSSE:
Conceito de posse
CC Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
O direito protege a posse, situação de fato, porque presumivelmente o possuidor é também o proprietário. Além disso, o possuidor atribui ao bem uma finalidade social, o que é de interesse público.
Em larga escala, a não utilização dos bens é prejudicial a toda a sociedade. Assim, o proprietário desapossado violentamente, por esbulho, tem direito ao restabelecimento da situação anterior. Da mesma forma, se alguém adquire prédio de outrem, que não seu dono, e nele se instala, tem assegurada a posse, até que o verdadeiro proprietário, através das vias judiciais, demonstre o seu melhor direito.
O ordenamento jurídico mantém a situação de fato, repelindo a violência, quer tal situação se estribe ou não em direito anterior. E isso para assegurar a harmonia e a paz social.
A situação de fato é protegida enquanto não for demonstrado que outro tem o direito, porque (a situação de fato) aparenta ser uma situação de direito.
Obs.: posse é situação de fato protegida pelo legislador, porque aparenta ser uma situação de direito, e para evitar que prevaleça a violência.
II)
''CF Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;"
IV) 
CC Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. CC Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
§ 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa.
Efeitos principais da posse
1- Proteção possessória
Art. 1.210, §1º, Código Civil – desforço direto.
Ação de reintegração de posse (em caso de esbulho)
Ação de manutenção da posse (em caso de turbação)
Interdito proibitório (em caso de ameaça à posse).
Nos três últimos casos a proteção visa preservar a situação de fato, e evitar violência (visa o bem comum).
Enquanto ação reivindicatória é proposta na ofensiva, a ação possessória é proposta na defensiva.
2) E
Recomendável fonte para a Justificativa :
A lei reconhece como possuidor tanto quem tem a posse direta quanto quem tem a posse indireta; e ambos podem recorrer aos interditos para proteger a sua posição ante terceiros.
Ex.: cada qual pode utilizar seus remédios possessórios contra o outro, para defender sua posse, quando se encontrar ameaçado.
A lei defere (art. 1.197 do CC) ao possuidor direto ação possessória contra o proprietário (este titular da posse indireta).
Ex.: Tribunal de São Paulo concedeu manutenção de posse ao meeiro contra dono da fazenda que o perturbava na exploração das terras, antes de vencido o contrato de parceria agrícola.
Há ação de reintegração de posse do sublocatário contra o sublocador, por causa de esbulho.
Ex. de ação possessória do titular da posse indireta contra titular da posse direta: interdito possessório do locador sobre parte do imóvel que não fora incluída na locação e que o locatário não queria entregar.
3) C 
Recomendável fonte para a Justificativa : 
Constituto possessório: ocorre quando alguém aliena bem de sua propriedade mas nele remanesce a outro título, como por exemplo, o de locatário ou comodatário. O adquirente só adquire a posse indireta, que lhe é transferida sem a entrega material da coisa, pela cláusula “constituti”. Há uma variação no “animus” do alienante que, entretanto, conserva o “corpus” da coisa possuída.
Lembremos que, de acordo com a teoria de Ihering, o elemento material, o aspecto físico da posse, não é essencial, bastando o animus para que esta se considere adquirida.
É o que estabelece a lei:
Art. 1.204, Código Civil: adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de quaisquer dos poderes inerentes à propriedade.
Assim, a pessoa que não está na posse física de um imóvel, por exemplo, mas o administra, colhe seus frutos, contrata mão de obra para a sua exploração, é claramente um possuidor.
Segundo o art. 1.205 do Código Civil, a posse pode ser adquirida: pela pessoa que a pretende, ou seu representante, ou por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.
O CC/1916 estabelecia, em seu art. 493, que a posse poderia ser adquirida:
I- Pela apreensão da coisa ou pelo exercício do direito;
II- Pelo fato de se dispor da coisa ou do direito;
III- Por quaisquer dos modos de aquisição em geral.
4) A
Recomendável fonte para a Justificativa :
Segundo o art. 1.205 do Código Civil, a posse pode ser adquirida: pela pessoa que a pretende, ou seu representante, ou por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.
5) D
Recomendável fonte para a Justificativa :
I) 
DIREITO REAL - Conceito: é o direito que se prende à coisa, prevalecendo sobre todos, independendo da colaboração de outrem para o seu exercício e conferindo ao seu titular a possibilidade de buscar a coisa onde quer que se encontre, e sobre ela exercer o seu direito.
Do conceito (supra) extraímos as características do Direito Real:
1- Vínculo entre pessoa e coisa.
Aqueles que sustentam que há sujeito passivo, composto por todos os indivíduos que devem respeito ao direito real, sofre a seguinte crítica: o direito pessoal também envolve obrigatoriedade de respeito por todos os indivíduos da sociedade; a diferença é que apresenta um sujeito passivo específico, como devedor, o que não há no direito real.
Direito real é relação entre pessoa e coisa. Seu exercício não depende de colaboração de terceiros. Ao contrário do direito pessoal, que só pode ser gozado com a colaboração forçada ou espontânea do devedor.
2- Oponibilidade erga omnes.
Vale erga omnes, pois representa prerrogativa do seu titular, que deverá ser respeitada por todos.
Os direitos reais sobre imóveis só se constituem com a inscrição no Registro Imobiliário dos títulos respectivos (art. 1.227, CC), sendo que a publicidade cientifica qualquer interessado da existência do direito real, impedindo a alegação de ignorância.
3- Sequela.
Existe para dar eficácia ao direito. É a prerrogativa concedida ao titular de seguir a coisa nas mãos de quem quer que a detenha, e apreendê-la para exercer sobre a coisa o seu direito real. Ex.: proprietário oferta imóvel em garantia hipotecária e o aliena. O credor hipotecário pode apreender a coisa nas mãos do adquirente, penhorá-la, levá-la à praça e com o produto da arrematação receber o seu pagamento.
II) 
1- Vínculo entre pessoa e coisa.
Aqueles que sustentam que há sujeito passivo, composto por todos os indivíduos que devem respeito ao direito real, sofre a seguinte crítica: o direito pessoal também envolve obrigatoriedade de respeito por todos os indivíduos da sociedade; a diferença é que apresenta um sujeito passivo específico, como devedor, o que não há no direito real.
Direito real é relação entre pessoa e coisa. Seu exercício não depende de colaboração de terceiros. Ao contrário do direito pessoal, que só pode ser gozado com a colaboração forçada ou espontânea do devedor.
III) 
1- Vínculo entre pessoa e coisa.
Aqueles que sustentam que há sujeito passivo, composto por todos os indivíduos que devem respeito ao direito real, sofre a seguinte crítica: o direito pessoal também envolve obrigatoriedade de respeito por todos os indivíduos da sociedade; a diferença é queapresenta um sujeito passivo específico, como devedor, o que não há no direito real.
Direito real é relação entre pessoa e coisa. Seu exercício não depende de colaboração de terceiros. Ao contrário do direito pessoal, que só pode ser gozado com a colaboração forçada ou espontânea do devedor.
6) A
Recomendável fonte para a Justificativa :
DIREITO REAL - Conceito: é o direito que se prende à coisa, prevalecendo sobre todos, independendo da colaboração de outrem para o seu exercício e conferindo ao seu titular a possibilidade de buscar a coisa onde quer que se encontre, e sobre ela exercer o seu direito.
Do conceito (supra) extraímos as características do Direito Real:
1- Vínculo entre pessoa e coisa.
Aqueles que sustentam que há sujeito passivo, composto por todos os indivíduos que devem respeito ao direito real, sofre a seguinte crítica: o direito pessoal também envolve obrigatoriedade de respeito por todos os indivíduos da sociedade; a diferença é que apresenta um sujeito passivo específico, como devedor, o que não há no direito real.
Direito real é relação entre pessoa e coisa. Seu exercício não depende de colaboração de terceiros. Ao contrário do direito pessoal, que só pode ser gozado com a colaboração forçada ou espontânea do devedor.
2- Oponibilidade erga omnes.
Vale erga omnes, pois representa prerrogativa do seu titular, que deverá ser respeitada por todos.
Os direitos reais sobre imóveis só se constituem com a inscrição no Registro Imobiliário dos títulos respectivos (art. 1.227, CC), sendo que a publicidade cientifica qualquer interessado da existência do direito real, impedindo a alegação de ignorância.
CONTEÚDO 3
1) E
Recomendável fonte para a Justificativa :
Dos Efeitos Da Posse.
Posse é diferente de detenção.
Detenção é a relação de fato entre a pessoa e a coisa, sem consequência jurídica.
Posse é a relação de fato entre a pessoa e a coisa, à qual a lei atribui consequências jurídicas (há efeitos jurídicos, atribuídos por lei).
A pessoa que detém coisa por ordem de outrem não pode colher efeitos jurídicos desta mera detenção. É o caso por exemplo da bibliotecária em relação aos livros, ou do motorista em relação ao veículo automotor.
Então, os efeitos da posse são as consequências jurídicas por ela produzidas, por força da lei.
Alguns autores acham que há vários efeitos da posse; outros acham que o único efeito é o de invocar os interditos, as ações possessórias.
São efeitos da posse:
proteção possessória;
percepção dos frutos;
responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa;
indenização por benfeitorias e direito de retenção para garantir o seu pagamento;
usucapião (só será estudada com os modos de aquisição do domínio, pois é uma das formas de aquisição da propriedade – móvel ou imóvel).
2) B
Recomendável fonte para a Justificativa :
Natureza jurídica do direito de vizinhança.
Direito de vizinhança tem natureza de obrigação propter rem. As obrigações vinculam o vizinho, que passa a ser o devedor da prestação de respeitar os direitos do outro vizinho (abstendo-se da prática de atos ou sujeitando-se à invasão de sua órbita dominial), só por ser dono de prédio confinante (só por ser vizinho).
O direito de vizinhança e o dever dele decorrente acompanham a coisa, vinculando quem se encontra na posição de dono ou possuidor (vizinho).
Como toda obrigação propter rem, o direito de vizinhança transmite-se ao sucessor a título particular do vizinho, e se extingue pelo abandono da coisa.
3) E
Recomendável fonte para a Justificativa :
USUCAPIÃO URBANA ESPECIAL: usucapião por abandono de lar.
Trata-se de usucapião de imóvel em 2 (dois) anos, para punir cônjuge ou convivente por abandono do lar, privilegiando aquele que persiste na posse do bem.
A Lei n° 12.424/2011 criou o art. 1240-A do CC, estabelecendo a usucapião do imóvel familiar por ex-cônjuge ou ex-convivente, no prazo de 2 (dois) anos, desde que o imóvel tenha até 250m2.
Art. 1240-A: Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 2º No registro do título do direito previsto no caput, sendo o autor da ação judicialmente considerado hipossuficiente, sobre os emolumentos do registrador não incidirão e nem serão acrescidos a quaisquer títulos taxas, custas e contribuições para o Estado ou Distrito Federal, carteira de previdência, fundo de custeio de atos gratuitos, fundos especiais do Tribunal de Justiça, bem como de associação de classe, criados ou que venham a ser criados sob qualquer título ou denominação.
4) A
Recomendável fonte para a Justificativa :
Da responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa possuída:
3.1: Possuidor de boa-fé: não responde pela perda ou deterioração da coisa a que não der causa (art. 1.217, Código Civil).
Isto porque, certo que a coisa é sua, ele cuida da coisa com o mesmo zelo que o proprietário cuidaria.
“O possuidor de boa-fé não é responsável pelas deteriorações, assim como não é pelos feitos nos seus próprios bens”.
Quando o art. 1.217, Código Civil diz “a que não der causa”, está a dizer que não se caracteriza a responsabilidade do possuidor, a menos que tenha agido com dolo ou culpa grave.
5) D
Recomendável fonte para a Justificativa :
3.1: Possuidor de boa-fé: não responde pela perda ou deterioração da coisa a que não der causa (art. 1.217, Código Civil).
Isto porque, certo que a coisa é sua, ele cuida da coisa com o mesmo zelo que o proprietário cuidaria.
“O possuidor de boa-fé não é responsável pelas deteriorações, assim como não é pelos feitos nos seus próprios bens”.
Quando o art. 1.217, Código Civil diz “a que não der causa”, está a dizer que não se caracteriza a responsabilidade do possuidor, a menos que tenha agido com dolo ou culpa grave.
3.2: Possuidor de má-fé: responde pela perda ou deterioração da coisa em todos os casos, mesmo decorrente do fortuito ou de força maior – só se eximindo com a prova de que teriam ocorrido da mesma forma se a coisa estivesse em mãos do reivindicante (art. 1.218, Código Civil). Isto porque nesta hipótese o possuidor, ciente de que sua posse é injusta, não merece qualquer proteção da lei.
6) E
Recomendável fonte para a Justificativa :
CC Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.
CONTEÚDO 4
1) B
Recomendável fonte para a Justificativa :
Art. 1.283, CC/2.002 – o proprietário tem o direito de cortar, até o plano vertical divisório, as raízes e ramos de árvores nascidas em prédios vizinhos, que ultrapassem a extrema de seu prédio.
A solução da lei é rigorosa – trata-se de um dos poucos casos de defesa direta de direitos. O dono do prédio invadido é dispensado de dar ciência ao seu confinante e a lei não leva em conta as consequências do seu procedimento.
É irrelevante que do corte das raízes ou ramos invasores resulte a morte da árvore. O proprietário mesmo assim não indeniza por perdas e danos. Seu procedimento só será abusivo se for óbvia a sua imprudência ao proceder àquele talho. Ex.: corta parcialmente a árvore sem avisar o vizinho e a árvore tomba causando prejuízo – ato abusivo, que só se justificaria após notificação desatendida pelo interessado (fora exceção, no entanto, o proprietário do prédio invadido não precisa avisar seu confinante).
Antes do CC/1916, o exercício do direito de cortar os galhos e raízes invasoras era condicionado à prova de prejuízo do prédio invadido.
*** Os galhos e raízes da árvore, que o vizinho cortou, são seus e só seus.
2) B
Recomendável fonte para a Justificativa :
Desapropriação.
Conceito.
Modo involuntáriode perda do domínio. O proprietário tem obrigação de alienar ao expropriante um bem patrimonial.
É ato unilateral, de direito público, do Poder Público, fundado em lei, através do qual o proprietário é obrigado a entregar o que lhe pertence, com prévia e justa indenização em dinheiro.
Fundamento (justificativa) Jurídico.
O interesse individual está subordinado ao interesse da coletividade.
É limite ao direito de propriedade.
Conforme a Constituição de 1969, art. 153, §22.
E CF/88 – art. 5º, XXII (direito de propriedade) e XXIV (desapropriação).
A matéria estava prevista em dois artigos do CC/1916, mas por ser de Direito Público ganhou amplo tratamento pelo Decreto-lei n. 3.365, de 21 de junho de 1941.
3) C
Recomendável fonte para a Justificativa :
A renúncia.
É ato unilateral do titular que por manifestação formal e expressa abre mão do seu direito.
CC/1916 – art. 134, II – não exigia o registro, porque este só era necessário para os contratos constitutivos e translativos de direitos reais sobre imóveis – e a renúncia não é contrato, e nem é constitutiva ou translativa de direitos reais, visto que os extingue.
Ex.: renúncia a sucessão aberta. A sucessão aberta é bem imóvel por definição legal – art. 80, II, CC/02. Então a renúncia se dá (art. 1.806, CC/02) de modo solene, por termo nos autos ou por escritura pública.
A renúncia (o ato de renúncia) deve ser registrada. Art. 1.275, parágrafo único, CC.
4) C
Recomendável fonte para a Justificativa :
Águas que fluem naturalmente do prédio superior –
A lei impõe ao dono do prédio inferior a obrigação de receber as águas que correm do superior naturalmente (art. 1.288, CC e Cód. de Águas, art. 68). Aqui o legislador leva em conta a conformação do solo e considera a necessidade de as águas que se encontram no alto fluírem normalmente. Se não fosse assim, a situação seria calamitosa – inundação do prédio superior deixado sem escoamento.
Exemplos: deve ser demolido muro que, construído na divisa do autor, impedia o curso natural das águas; nunciação de obra nova em prédio inferior, pois aquela, uma vez concluída, causaria empoçamento das águas pluviais no prédio superior; dono do prédio superior tem o direito de impedir que o proprietário do prédio inferior faça dique, açude ou barragem, de modo que as águas refluam para aquele e, portanto, de compelir o dono do inferior à destruição da obra que lhe cause prejuízo.
As águas abrangidas pela regra em exame, como se vê, não são apenas as de torrente, mas também as pluviais.
5) E
Recomendável fonte para a Justificativa :
Distinção entre servidão e passagem forçada.
A passagem forçada é dir. de vizinhança, enquanto a servidão de caminho, concedida pelo proprietário do fundo serviente ao dono do prédio dominante, constitui um direito real sobre coisa alheia (se tem registro no cartório de imóveis, é servidão, direito real). A passagem forçada não é uma espécie de direito real, nem depende do registro.
A passagem forçada é limitação ao direito de propriedade, decorrente da lei e imposta no interesse social, para evitar que um prédio fique inexplorado ou sem possibilidade de ser usado, em face de ser impossível o acesso a ele.
Na servidão, a limitação ao domínio pleno decorre da vontade das partes ou da usucapião, e não da lei, e visa aumentar as comodidades do prédio dominante, em detrimento do serviente.
6) C
Recomendável fonte para a Justificativa :
Do direito de preferência.
Conforme art. 519, CC/2002.
Se a coisa expropriada para necessidade ou utilidade pública ou por interesse social não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa.
Ou seja: o expropriante pode usar o bem para outra coisa, desde que ainda haja a utilidade pública, necessidade pública ou interesse social.
Obs.: se o prédio for restituído ao ex-proprietário não incide imposto de transmissão inter vivos, pois não há transferência de domínio, apenas desfazimento de negócio jurídico (conforme jurisprudência do TJSP e do antigo TACivSP
CONTEÚDO 5
1) A
Recomendável fonte para a Justificativa :
I,II e III) Ocupação.
É a tomada de posse de coisa sem dono, com a intenção de lhe adquirir o domínio. Art. 1.263, CC/02.
A ocupação só serve para coisa móvel[1] e sem dono, por isso é muito rara. No Direito Romano também era possível para bens imóveis. Mas agora a aquisição de imóveis pela posse deve ser complementada pelos requisitos tempus, fides, titulus etc. (e se aperfeiçoa, como vimos, pela usucapião).
Há coisas de ninguém (res nullius), como animais (se a lei permitir), pedras, conchas, vegetais; e coisas abandonadas (res derelicta) – coisa abandonada ou ainda não apropriada. A ocupação não pode ser defesa por lei (art. 1.263, CC).
O CC/1916 após definir as coisas de ninguém trazia em 4 subtítulos normas sobre a caça, a pesca, a invenção e o tesouro. No art. 593, CC/1916 estavam elencadas as coisas sem dono (sujeitas à apropriação pelo ocupante).
Da caça e da pesca:
São modos de apropriação. Mas se o animal já foi ferido e o caçador lhe persegue, ou se o peixe foi arpoado e o pescador o persegue, a estes pertencem os animais.
A caça e a pesca só são permitidas em terras ou águas públicas ou em particulares com anuência do dono. Se desrespeitar tal regra o pescador ou caçador perde para o proprietário o produto da caça ou da pesca e ainda responde por perdas e danos.
IV) Descoberta.
Invenção substitui-se por descoberta, conforme o novo CC – art. 1.233 a 1.237.
É o encontro de coisa perdida (a coisa é de outrem, que a procura).
Quem acha deve restituir a coisa ao proprietário ou possuidor. É importante lembrar que coisa perdida não é coisa abandonada (res derelicta) ou coisa de ninguém (res nullius).
Quem descobre tem direito a recompensa e a indenização pelas despesas que houver feito com a conservação e transporte da coisa, se o dono não preferir abandoná-la (art. 1.234, CC/02).
2) D
Recomendável fonte para a Justificativa :
Usucapião: art. 1.260 a 1.262, CC/02.
Art. 2.279, CC francês – a posse da coisa móvel faz presumir a propriedade.
É possível adquirir o domínio das coisas sem dono pela ocupação, há o usucapião para consolidar o domínio sobre as coisas móveis, quando o modo de aquisição destas não fosse insuscetível de dúvida.
A usucapião dos móveis ocorre para dar juridicidade a situações de fato que se prolongam no tempo (como ocorre para os imóveis).
Para bens móveis há (por lei) 2 espécies de usucapião:
1. Usucapião Ordinária – aqui o usucapiente deve provar a posse, boa-fé e justo título e o prazo é de 3 anos.
2. Usucapião Extraordinária – prazo de cinco anos, bastando a prova da posse mansa e pacífica por tal período de tempo (a lei presume irrefragavelmente o justo título e a boa-fé).
Usucapião de bem móvel não é tão importante quanto de imóvel. São raros os casos de reivindicação de bem móvel, cuja identificação é mais difícil. É como no CC francês: quem tem a posse tem o título.
3) A
Recomendável fonte para a Justificativa :
PROPRIEDADE RESOLÚVEL:
Orlando Gomes chama de propriedade temporária a que se resolve por causa superveniente; e de propriedade resolúvel a que se extingue por causa já estabelecida no próprio título constitutivo.
CC Art. 1.360. Se a propriedade se resolver por outra causa superveniente, o possuidor, que a tiver adquirido por título anterior à sua resolução, será considerado proprietário perfeito, restando à pessoa, em cujo benefício houve a resolução, ação contra aquele cuja propriedade se resolveu para haver a própria coisa ou o seu valor.
4) A 
Recomendável fonte para a Justificativa :
CC Art. 1331, §1º. As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas aocondomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio.
5) A
Recomendável fonte para a Justificativa :
I) · o uso da coisa comum deve ser de acordo com o seu destino e conforme a sua natureza – sem anuência dos demais condôminos não pode haver modificações que alterem a substância da coisa ou mudem a maneira tradicional de explorá-la. Art. 1.314, parágrafo único, CC.
II) · o uso da coisa comum deve ser de acordo com o seu destino e conforme a sua natureza – sem anuência dos demais condôminos não pode haver modificações que alterem a substância da coisa ou mudem a maneira tradicional de explorá-la. Art. 1.314, parágrafo único, CC.
III) No condomínio tradicional, cada condômino responde aos outros pelos frutos que percebeu da coisa comum, e pelo dano que lhe causou (art. 1.319, CC). Ex.: se o prédio comum é habitado por um só dos condômino, este deve alugueres correspondentes aos demais quinhões.
IV) No condomínio tradicional, cada condômino responde aos outros pelos frutos que percebeu da coisa comum, e pelo dano que lhe causou (art. 1.319, CC). Ex.: se o prédio comum é habitado por um só dos condômino, este deve alugueres correspondentes aos demais quinhões.
6) B
Recomendável fonte para a Justificativa :
Deveres do síndico: art. 1.348 do CC/2002 e art. 22, §1º da Lei nº 4.591/84.
- convocar assembleia dos condôminos;
- representar ativa e passivamente o condomínio, em juízo e fora dele, e praticar atos de defesa dos interesses comuns, nos limites da lei ou da convenção;
- avisar imediatamente à assembleia da existência de ação ou procedimento administrativo de interesse do condomínio;
- administrar internamente a edificação ou o conjunto de edificações, quanto à vigilância, moralidade e segurança, e quanto aos serviços que interessam a todos os moradores;
- praticar os atos que a lei mandar, ou a convenção, ou o regimento interno;
- cumprir e fazer cumprir a convenção e o regimento interno, bem como executar e fazer executar as deliberações da assembleia;
- prestar contas à assembleia dos condôminos;
- manter por 5 anos toda documentação do condomínio, para necessidades de verificação contábil;
- diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços que interessem aos possuidores;
- elaborar o orçamento da receita e da despesa de cada ano;
- cobrar as contribuições dos condôminos e impor e cobrar as multas; prestar contas à assembleia, anualmente e quando exigidas;
- fazer o seguro da edificação.
CONTEÚDO 6
1) B
Recomendável fonte para a Justificativa :
Diferença entre direito de superfície e arrendamento –
O direito de superfície é direito real, oponível, portanto, erga omnes, contando com a prerrogativa da sequela, possibilidade de buscar a coisa das mãos de quem quer que seja.
* O direito real de superfície surge em decorrência do contrato, no momento do registro.
2) A
Recomendável fonte para a Justificativa :
I) Servidão é dir. real sobre coisa alheia, de caráter acessório, perpétuo e indivisível. 
 Natureza real: atribui ao seu titular as prerrogativas decorrentes - exercício do direito erga omnes, ação real e sequela. É direito sobre coisa alheia, de outrem, o que a distingue da propriedade, que é direito real sobre coisa própria.
· É direito acessório: porque depende da existência de um direito principal. Como se trata de direito concedido ao dono do prédio dominante, seu titular deve ser proprietário do prédio dominante. É contrário ao conceito de servidão admitir a sua constituição em favor de quem não é dono do prédio dominante.
Por ser acessório, a servidão, uma vez constituída, prende-se à coisa e a acompanha nas mãos de quem quer que seja seu dono. Com o registro, a servidão se incorpora ao prédio dominante, e o segue nas mãos dos sucessores do proprietário (ambulat cum domino).
· Perpétua: é irresgatável sem a anuência do proprietário do prédio dominante. Então tende a durar indefinidamente, salvo ocorrência de uma causa de extinção compreendida na lei. Para Roberto Senise Lisboa, a perpetuidade significa que existe por prazo indeterminado, salvo previsão em sentido contrário[3].
· Inalienável.
· Indivisível: art. 1.386, CC – se houver partilha, a servidão continua em benefício de cada um dos quinhões do prédio dominante, gravando cada quinhão do prédio serviente. Salvo se a servidão se aplicar a certa parte de um ou de outro.
A servidão não se desdobra. É um todo único que grava o prédio serviente, ainda que este ou o dominante seja dividido. E só se extingue em face de algum quinhão se por natureza ou destino não puder a ele aproveitar.
*** Então, defendida a servidão por um dos condôminos, todos se beneficiam, pois a servidão se estabelece por inteiro, não cabendo a sua constituição parcial.
II) Servidão é dir. real sobre coisa alheia, de caráter acessório, perpétuo e indivisível. 
 Natureza real: atribui ao seu titular as prerrogativas decorrentes - exercício do direito erga omnes, ação real e sequela. É direito sobre coisa alheia, de outrem, o que a distingue da propriedade, que é direito real sobre coisa própria.
· É direito acessório: porque depende da existência de um direito principal. Como se trata de direito concedido ao dono do prédio dominante, seu titular deve ser proprietário do prédio dominante. É contrário ao conceito de servidão admitir a sua constituição em favor de quem não é dono do prédio dominante.
Por ser acessório, a servidão, uma vez constituída, prende-se à coisa e a acompanha nas mãos de quem quer que seja seu dono. Com o registro, a servidão se incorpora ao prédio dominante, e o segue nas mãos dos sucessores do proprietário (ambulat cum domino).
· Perpétua: é irresgatável sem a anuência do proprietário do prédio dominante. Então tende a durar indefinidamente, salvo ocorrência de uma causa de extinção compreendida na lei. Para Roberto Senise Lisboa, a perpetuidade significa que existe por prazo indeterminado, salvo previsão em sentido contrário[3].
· Inalienável.
· Indivisível: art. 1.386, CC – se houver partilha, a servidão continua em benefício de cada um dos quinhões do prédio dominante, gravando cada quinhão do prédio serviente. Salvo se a servidão se aplicar a certa parte de um ou de outro.
A servidão não se desdobra. É um todo único que grava o prédio serviente, ainda que este ou o dominante seja dividido. E só se extingue em face de algum quinhão se por natureza ou destino não puder a ele aproveitar.
*** Então, defendida a servidão por um dos condôminos, todos se beneficiam, pois a servidão se estabelece por inteiro, não cabendo a sua constituição parcial.
III) O Art. 696 do CC/1916 estabelecia que a servidão não se presume. O novo CC não repete a regra. Mas ela continua porque fixa a fonte das servidões: a servidão não se forma por ato de mera tolerância, o que se presume é o domínio pleno. A servidão só é admitida quando vem de fonte reconhecida por lei.
*** A servidão é interpretada restritivamente, não pode ser presumida, porque limita o domínio.
IV) · É direito acessório: porque depende da existência de um direito principal. Como se trata de direito concedido ao dono do prédio dominante, seu titular deve ser proprietário do prédio dominante. É contrário ao conceito de servidão admitir a sua constituição em favor de quem não é dono do prédio dominante.
3) E
Recomendável fonte para a Justificativa :
 Requisitos para obter sentença que reconheça a usucapião de uma serventia, possibilitando o registro no Registro Imobiliário:
- Art. 1.379, CC – para a usucapião ordinária: justo título e posse incontestada e contínua por 10 anos. Parágrafo único – usucapião extraordinária: prazo de 20 anos, dispensado o título.
- A servidão deve ser contínua e aparente, só assim dá direito aos interditos e à usucapião.
Exceção: servidão de passagem, por força jurisprudencial, pode ser objeto de posse, e portanto de interditos e de usucapião, quando mesmo descontínuas, revelem-se por obras externas, visíveis e incontestáveis. Se o possuidor da servidão não esconde os atos possessórios que pratica, revelandoos atos por sinais externos de incontestável evidência, sem oposição do proprietário do prédio serviente, então deve ser reconhecida a condição de possuidor da servidão.
Então, a servidão de passagem é descontínua, depende de fato do homem, mas pode ser objeto de usucapião quando a posse for aparente, por exemplo com o caminho batido, e bueiros, indicando a habitualidade de sua utilização.
4) C
Recomendável fonte para a Justificativa :
Direito real é o que afeta a coisa direta e imediatamente sob todos ou sob certos respeitos, e a segue em poder de quem quer que a detenha. – o direito real liga pessoa (titular do direito) e coisa, sendo oponível erga omnes e conferindo ao titular do direito a ação real, para o exercício do direito de sequela.
O direito real mais completo é o domínio, porque pode conferir ao titular uso, gozo e disposição, além do direito de reivindicação da coisa.
Mas é possível que um ou alguns dos poderes do domínio se destaquem para se incorporarem ao patrimônio de outrem. E esta pessoa, em cujo patrimônio tal poder se incorporou, passa a ser titular de um direito real sobre coisa alheia.
O domínio se divide em direitos elementares, conforme as formas pelas quais se manifesta a atividade do homem sobre as coisas corpóreas. E cada um dos direitos elementares do domínio constitui um direito real, como o uso, o usufruto, a servidão (direito não de usar, mas de utilizar para a passagem, por ex., o prédio alheio).
O titular do domínio sofre uma restrição em seu direito, que corresponde ao direito paralelo do usufrutuário, ou do usuário, ou do prédio dominante (na servidão) – estes têm direito real sobre coisa de outrem. O dono (com a constituição de direitos reais de terceiros) deixa de ter certa faculdade em relação à coisa.
Os terceiros têm direitos reais sobre coisas alheias, prerrogativas sobre coisa de outrem, diminuindo o direito do proprietário.
Os direitos reais sobre coisa alheia podem decorrer de contrato, mas são mais que meras obrigações vinculando pessoas, são direitos que se prendem à coisa, a perseguem enquanto não se extinguem, conferem aos titulares ação real exercitável erga omnes – são direitos reais.
5) E
Recomendável fonte para a Justificativa :
Das hipóteses de extinção do direito de superfície:
1. pelo advento do termo final fixado em contrato ou em testamento;
2. por distrato;
3. pelo não uso do direito;
4. pelo exercício do direito de preferência ou de sucessão por qualquer das partes em relação à outra, caso em que ocorre a consolidação subjetiva;
5. pela desapropriação do bem imóvel.
6) C
Recomendável fonte para a Justificativa :
· O direito de superfície pode ser transmitido inter vivos ou causa mortis – em função da morte do beneficiário, hipótese em que os seus herdeiros passam a ser os superficiários[2].
Das hipóteses de extinção do direito de superfície:
1. pelo advento do termo final fixado em contrato ou em testamento;
2. por distrato;
3. pelo não uso do direito;
4. pelo exercício do direito de preferência ou de sucessão por qualquer das partes em relação à outra, caso em que ocorre a consolidação subjetiva;
5. pela desapropriação do bem imóvel. 
CONTEÚDO 7
1) A
Recomendável fonte para a Justificativa :
ó se pode alienar o usufruto para o nu-proprietário, para consolidar a propriedade.
Art. 1.393 do CC/02 – o exercício do usufruto pode ceder-se por título gratuito ou oneroso (enquanto a transferência do usufruto por alienação só pode ser feita ao proprietário da coisa).
· O exercício do usufruto pode ser cedido. Ex.: o usufrutuário pode arrendar propriedade agrícola que lhe foi deixada em usufruto, recebendo o arrendamento, em vez de ser obrigado, ele mesmo, a colher os frutos e assumir os riscos do empreendimento. O art. 1.399 do CC/02 completa a regra do art. 1.393, ao conferir ao usufrutuário o direito de usufruir em pessoa, ou mediante arrendamento do prédio, sendo-lhe, entretanto, vedado mudar o gênero de cultura, sem licença do proprietário ou autorização expressa do título.
A inalienabilidade é boa porque beneficia o usufrutuário, dando meios para a sua subsistência. Se fosse alienável o usufruto não iria cumprir com a sua função.
** Muitos Códigos alienígenas admitem, no entanto, a alienação (ex.: Portugal, França, Itália, México, Espanha).
2) E
Recomendável fonte para a Justificativa :
I) Art. 1.390, CC – o usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.
II) Do objeto do usufruto:
Art. 1.390, CC – o usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.
A única hipótese de doação lícita de todos os bens é aquela feita com reserva de usufruto em benefício do doador.
Então o usufruto tem campo de incidência bem maior que a enfiteuse e as servidões, que recaem somente sobre bens imóveis.
É possível então constituir usufruto sobre bem determinado ou sobre uma universalidade de bens. Ex.: uma empresa ou determinado patrimônio.
A lei ainda trata de casos especiais de usufruto, como o de rebanhos, de bens incorpóreos, como os direitos autorais, os títulos de crédito, as apólices e ações.
· E a lei disciplina o usufruto sobre coisas que não dão frutos, mas produtos, como no caso de florestas e minas; e ainda permite o usufruto de coisas consumíveis, o que teoricamente é ilógico. Veremos mais adiante estes casos especiais de usufruto.
III) Do objeto do usufruto:
Art. 1.390, CC – o usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.
A única hipótese de doação lícita de todos os bens é aquela feita com reserva de usufruto em benefício do doador.
Então o usufruto tem campo de incidência bem maior que a enfiteuse e as servidões, que recaem somente sobre bens imóveis.
É possível então constituir usufruto sobre bem determinado ou sobre uma universalidade de bens. Ex.: uma empresa ou determinado patrimônio.
A lei ainda trata de casos especiais de usufruto, como o de rebanhos, de bens incorpóreos, como os direitos autorais, os títulos de crédito, as apólices e ações.
· E a lei disciplina o usufruto sobre coisas que não dão frutos, mas produtos, como no caso de florestas e minas; e ainda permite o usufruto de coisas consumíveis, o que teoricamente é ilógico. Veremos mais adiante estes casos especiais de usufruto.
IV) CC Art. 1.397. As crias dos animais pertencem ao usufrutuário, deduzidas quantas bastem para inteirar as cabeças de gado existentes ao começar o usufruto.
Do objeto do usufruto:
Art. 1.390, CC – o usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.
A única hipótese de doação lícita de todos os bens é aquela feita com reserva de usufruto em benefício do doador.
Então o usufruto tem campo de incidência bem maior que a enfiteuse e as servidões, que recaem somente sobre bens imóveis.
É possível então constituir usufruto sobre bem determinado ou sobre uma universalidade de bens. Ex.: uma empresa ou determinado patrimônio.
A lei ainda trata de casos especiais de usufruto, como o de rebanhos, de bens incorpóreos, como os direitos autorais, os títulos de crédito, as apólices e ações.
· E a lei disciplina o usufruto sobre coisas que não dão frutos, mas produtos, como no caso de florestas e minas; e ainda permite o usufruto de coisas consumíveis, o que teoricamente é ilógico. Veremos mais adiante estes casos especiais de usufruto.
3) E
Recomendável fonte para a Justificativa :
· E a lei disciplina o usufruto sobre coisas que não dão frutos, mas produtos, como no caso de florestas e minas; e ainda permite o usufruto de coisas consumíveis, o que teoricamente é ilógico. Veremos mais adiante estes casos especiais de usufruto.
Finalidades do usufruto:
Surge no Direito Romano em época avançada da República, estando plenamentedesenvolvido ao tempo de Cícero. Desenvolve-se o usufruto para assegurar a subsistência de determinadas pessoas (ex.: viúva), sem que os bens saíssem do patrimônio da família.
A finalidade é, portanto, assistencial. O intuito é desmembrar o domínio e colocar nas mãos do usufrutuário os direitos de uso e gozo, para assegurar-lhe os meios de prover a sua subsistência. Daí o fato de o usufruto resultar via de regra de negócio gratuito.
· Também é comum que o usufruto advenha de testamento. O testador transfere o domínio a um sucessor, beneficiando com o uso e gozo vitalício da coisa pessoa mais idosa, almejando garantir-lhe determinada renda. Ou pode surgir de doação com reserva de usufruto, em que os doadores, querendo fazer liberalidade, mas receando futuro “aperto”, guardam o direito de desfrutar a coisa, embora transfiram o domínio dela com a doação.
4) E
Recomendável fonte para a Justificativa :
DA PROMESSA IRRETRATÁVEL DE VENDA (o direito real do compromissário comprador do imóvel - art. 1.225, VII do CC).
· Art. 1.417 e 1.418 do CC.
Introdução:
A promessa irretratável de venda de um bem imóvel (desde que não haja cláusula de arrependimento e registrada no Registro de Imóveis) confere ao promissário comprador direito real sobre a coisa.
As consequências de ser direito real o do compromissário comprador são: oponibilidade erga omnes e possibilidade de alcançar a adjudicação compulsória.
* A regra tem origem no art. 22 do Dec.-lei n. 58, de 10.12.1937, com a redação dada pela Lei n. 649, de 11.3.1949. Assim a Lei inseriu no rol taxativo do art. 674 do CC/1916 mais este direito real.
** A Lei n. 4.380, de 21.8.1964, art. 69, estendeu referido direito real ao promitente cessionário de compromissos de venda e compra, de imóveis não loteados e sem cláusula de arrependimento. A irretratabilidade do negócio é condição de surgimento do direito real, e não consequência de sua existência.
5) E
Recomendável fonte para a Justificativa :
I) 
CÓDIGO CIVIL 
CAPÍTULO IV
Da Extinção do Usufruto
Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de Imóveis:
I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;
II - pelo termo de sua duração;
III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer;
IV - pela cessação do motivo de que se origina;
V - pela destruição da coisa, guardadas as disposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e 1.409;
VI - pela consolidação;
VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhes acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no usufruto de títulos de crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação prevista no parágrafo único do art. 1.395;
VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399).
II) III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer;
6) D
Recomendável fonte para a Justificativa :
CÓDIGO CIVIL 
TÍTULO VIII
Da Habitação
Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família.
CONTEÚDO 8
1) A
Recomendável fonte para a Justificativa :
A hipoteca e o penhor são uma garantia – todo o patrimônio do devedor asseguram o credor, e não só o bem dado em penhor ou em hipoteca. É que este assegura principal e preferencialmente, mas não é o único bem a assegurar.
Então, se executado o penhor ou a hipoteca e o produto obtido em praça não bastar para o pagamento da dívida, o credor continuará a ser credor do saldo – e quanto a esta parte, apenas, será quirografário (comum).
· A preferência não beneficia o credor anticrético. Este em compensação tem o direito de reter a coisa dada em garantia até que a dívida seja paga – tal direito se extingue em 15 anos do dia da sua constituição (art. 1.423, CC/02).
2) B
Recomendável fonte para a Justificativa :
TÍTULO X
Do Penhor, da Hipoteca e da Anticrese
 CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 1.425. A dívida considera-se vencida:
I - se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança, desfalcar a garantia, e o devedor, intimado, não a reforçar ou substituir;
II - se o devedor cair em insolvência ou falir;
III - se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar estipulado o pagamento. Neste caso, o recebimento posterior da prestação atrasada importa renúncia do credor ao seu direito de execução imediata;
IV - se perecer o bem dado em garantia, e não for substituído;
V - se se desapropriar o bem dado em garantia, hipótese na qual se depositará a parte do preço que for necessária para o pagamento integral do credor.
§ 1o Nos casos de perecimento da coisa dada em garantia, esta se sub-rogará na indenização do seguro, ou no ressarcimento do dano, em benefício do credor, a quem assistirá sobre ela preferência até seu completo reembolso.
§ 2o Nos casos dos incisos IV e V, só se vencerá a hipoteca antes do prazo estipulado, se o perecimento, ou a desapropriação recair sobre o bem dado em garantia, e esta não abranger outras; subsistindo, no caso contrário, a dívida reduzida, com a respectiva garantia sobre os demais bens, não desapropriados ou destruídos.
3) E
Recomendável fonte para a Justificativa :
Do penhor legal:
Conceito – não deriva da vontade das partes, mas da lei.
Então não decorre de contrato.
A lei estabelece este penhor para garantir certas pessoas em certas situações, assegurando o resgate das dívidas (o pagamento). O interesse direto é do credor, mas indiretamente há um interesse social a ser preservado.
· São credores pignoratícios, independentemente de convenção, conf. Art. 1.467, CC, as pessoas relacionadas na lei – havendo previsão da lei, o interessado se obedecer às condições e formalidades legais torna-se titular de um direito real de garantia, com todas as prerrogativas atribuídas ao dir. real: sequela, preferência e ação real exercitável erga omnes. E então o credor pode se apossar dos bens do devedor, para estabelecer sobre tais bens seu direito real.
Do penhor industrial ou mercantil.
CC/02, art. 1.447 – penhor de máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em funcionamento (com ou sem os acessórios); animais utilizados na indústria; sal e bens destinados à exploração das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados à industrialização de carnes e derivados (semoventes); matérias-primas e produtos industrializados.
Regras: instrumento público ou particular para sua constituição e registro no Registro de Imóveis onde estão situadas as coisas empenhadas (art. 1.445, CC).
· O devedor não pode, sem o consentimento escrito do credor, vender as coisas empenhadas. Se o credor der anuência para a venda, o devedor tem que repor outros bens de igual natureza, que ficarão sub-rogados no penhor.
· O credor tem direito de ver o estado das coisas empenhadas.
4) D
Recomendável fonte para a Justificativa :
 Modos de constituição:
Contrato, registro e tradição da posse direta do bem imóvel.
É necessária a tradição por se tratar de contrato real, não consensual.
O registro no Reg. de Imóveis tem previsão no art. 1.227, CC[9], para ter eficácia contra terceiros (cartório do foro em que se situa o bem).
- E porque se trata de direito real sobre imóvel a escritura pública é necessária.
- Ainda, não se pode convencionar anticrese sem a vênia conjugal, salvo regime de separação absoluta de bens, nos termos do art. 1.647, I do CC[10].
5) C
Recomendável fonte para a Justificativa :
introdução aos Direitos Reais de Garantia.
(Regras gerais, conceito, natureza jurídica – regras comuns a todos os dir. reais de garantia).
O crédito e a garantia: o patrimônio do devedor responde por suas dívidas, na ordem civil. A única exceção é a do devedor de pensão alimentícia, que pode sofrer a pena privativa de liberdade.
Na práticaàs vezes o patrimônio não é suficiente. E no processo de execução ocorre o rateio – cada credor recebe só percentagem de seu crédito.
Por isso o credor busca garantia: pessoal ou fidejussória; e real.
· fidejussória – deriva do contrato de fiança e se caracteriza (art. 818, CC) quando uma pessoa se obriga por outra, para com o credor desta, a satisfazer a obrigação caso o devedor não a cumpra.
- Tal garantia é limitada, pois pode ser que o devedor não consiga fiador, e pode ser que o fiador, solvável no momento da fiança, se torne insolvente por ocasião do vencimento.
· real – quando o devedor separa de seu patrimônio (ou terceiro oferece de seu patrimônio) um bem e o destina primordialmente ao resgate de uma obrigação.
- Há três espécies de garantia real na lei: penhor, hipoteca e anticrese.
** na hipoteca e no penhor, sem o pagamento, o bem dado em garantia é oferecido à penhora e o produto alcançado na praça se destina ao pagamento da obrigação garantida. Por força da preferência, o credor hipotecário ou pignoratício (que tem a garantia do penhor) é pago com o produto da venda, excluídos os demais credores, que só terão direito às sobras do preço, se houver.
** na anticrese, o bem dado em garantia se transfere para as mãos do credor que, com as rendas pelo bem produzidas, procura se pagar.
· As garantias reais trazem mais vantagens ao credor – se o bem dado em garantia valer mais do que a dívida (no caso de penhor ou hipoteca), ou produzir renda adequada (anticrese) é grande a probabilidade do credor receber seu crédito inteiro.
· Então são muito frequentes tais garantias. Só a anticrese é obsoleta e rara na prática.
6) E
Recomendável fonte para a Justificativa :
CC 
Subseção II
Do Penhor Agrícola
Art. 1.442. Podem ser objeto de penhor:
I - máquinas e instrumentos de agricultura;
II - colheitas pendentes, ou em via de formação;
III - frutos acondicionados ou armazenados;
IV - lenha cortada e carvão vegetal;
V - animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola.
CONTEÚDO 9
1) A
Recomendável fonte para a Justificativa :
CONCEITO: Trata-se de direito real de garantia em que a coisa (geralmente) é um imóvel, na sua totalidade, o qual continua na posse do proprietário, embora responda precipuamente pelo resgate do débito.
A hipoteca é o direito real que o devedor confere ao credor sobre um bem imóvel, ou navio ou avião, ou ainda, estradas de ferro, de sua propriedade ou de outrem, para que o mesmo responda, preferencialmente ao credor, pelo resgate da dívida. Sendo que os bens não são entregues ao credor.
* Se a dívida não for paga o credor vai excutir o bem dado em garantia para pagar-se com o produto da praça – e tem preferência, com exclusão dos outros credores, que ficam com as sobras, se houver.
- AO CONTRÁRIO DO PENHOR, o devedor conserva em suas mãos a coisa dada em garantia. Mas o direito de propriedade já não é pleno – a coisa está vinculada ao pagamento da dívida. Não paga a dívida, o devedor pode alienar judicialmente a coisa, e sobre o preço tem primazia para cobrar-se da totalidade da dívida e de seus acessórios.
· Com a hipoteca mobiliza-se a riqueza imobiliária, porque o proprietário sem alienar seu imóvel e sem vê-lo sair de suas mãos, obtém a prazo mais ou menos longo dinheiro correspondente ao seu valor.
2) D
Recomendável fonte para a Justificativa :
Proposta a ação executiva, o bem dado em garantia, em vista da penhora é arrancado das mãos do devedor e entregue a depositário judicial. Desde então o devedor perde o direito de alienar e de receber frutos. Qualquer ato de alienação ou de percepção de frutos presume-se feito em fraude de execução.
Mas o devedor fica com o excesso de preço apurado em praça.
3) B
Recomendável fonte para a Justificativa :
Trata-se de direito real de garantia, sobre coisa alheia, com oponibilidade erga omnes a partir do registro no Registro Imobiliário, com a prerrogativa da sequela e direito de reivindicação.
Tudo, como dito, a partir do registro do seu ato constitutivo no Reg. de Imóveis da área de situação da coisa dada em garantia. (art. 1227, CC).
- Há preferência, direito de sequela (o bem gravado responde pela dívida, pode ser penhorado pelo credor hipotecário, embora em poder de outrem, que não o devedor). Ex.: é nula a venda do imóvel hipotecado em hasta pública, em juízo de inventário, sem audiência do credor hipotecário – só a arrematação em execução promovida pelo credor hipotecário extingue a hipoteca.
4) C
Recomendável fonte para a Justificativa :
Do registro da hipoteca:
É exigido porque se trata de direito real sobre imóvel (art. 1.227, CC).
A hipoteca só se constitui após o seu registro no Reg. de Imóveis da circunscrição onde se situar o bem dado em garantia (1.492, CC e art. 167, I, n. 2 e art. 238 da Lei n. 6.015/73).
O registro completa a escritura.
Das finalidades do registro:
1. Dar publicidade ao negócio (para terceiro que deseja adquirir o imóvel ou para credor que admite recebê-lo em segunda hipoteca - sub-hipoteca).
· Se o imóvel se espalha por mais de uma circunscrição, o registro deve ser feito em todas. Porque o interessado vai verificar se há ônus real no cartório da circunscrição do imóvel.
· Por isso também que se deve fazer novo registro quando houver desmembramento de circunscrição imobiliária. Embora já registrada na circunscrição antiga, deve a velha hipoteca ser registrada na nova circunscrição, pois a publicidade é imprescindível para a segurança. A hipoteca perde a eficácia em face de terceiros, pelo menos na parte do imóvel transferido para a nova circunscrição, se ali não se renovar o registro (há jurisprud. em sentido contrário).
2. Fixar a data do nascimento do direito real.
Fixa a data de início da preferência, da possibilidade da ação real e da eficácia erga omnes.
E a fixação da data marca o termo final também, porque a hipoteca dura no máximo 20 anos (prazo de vigência do contrato de hipoteca), só se podendo renovar o contrato de hipoteca através de novo título e novo registro (art. 1.485, CC).
3. Estabelecer prioridade ou preferência (na ordem em que é feito, se houver várias hipotecas) – art. 1.493, caput, CC.
O credor da hipoteca registrada primeiro tem preferência, no produto obtido com a execução do bem dado em garantia, sobre o credor da segunda hipoteca; este, sobre os demais etc.
5) A
Recomendável fonte para a Justificativa :
A pluralidade de hipotecas.
É permitida por lei: o dono do imóvel hipotecado pode constituir sobre ele mediante novo título uma ou mais hipotecas sucessivas. Art. 1.476, CC.
Ocorre quando o imóvel dado em garantia excede em valor o montante da dívida, e seu proprietário, sem prejuízo do primitivo credor hipotecário, o oferece em sub-hipoteca.
Aqui, o interesse em jogo é o do novo credor: ele verifica a dívida original e o valor do prédio, e caso se convença que este supera a dívida a ponto de o saldo bastar para resgate de novos débitos, fica com a garantia subsidiária.
· O direito do credor primitivo não fica em nada prejudicado – o sub-hipotecário é quirografário em face dos anteriores.
· A preferência entre os vários credores hipotecários se fixa na ordem de registro dos títulos no Registro de Imóveis.
· Então o sub-hipotecário só exerce o seu direito após a satisfação do credor primitivo – mesmo que se vença a segunda hipoteca, não pode o credor excuti-la antes de vencida a anterior. Vencidas ambas e praceado o bem dado em garantia, paga-se integralmente o primeiro credor hipotecário, e só depois de satisfeito este é que se passa a pagar, na ordem do registro, os credores das hipotecas sucessivas.
· Para a defesa do sub-hipotecário há a prerrogativa de remir a hipoteca anterior. Remição: pagamento da importância da dívida, com a consequente sub-rogação legal nos direitos do credor satisfeito.
Com a remição, o credor da segunda hipoteca evita que a execução ruinosa e inoportuna, promovida pelo credor preferencial, conduza a se obter, em praça, apenas o bastante para resgatar a primeira dívida, sem sobrar nada para pagar as demais.
6) C
Recomendável fonte paraa Justificativa :
CONCEITO: Trata-se de direito real de garantia em que a coisa (geralmente) é um imóvel, na sua totalidade, o qual continua na posse do proprietário, embora responda precipuamente pelo resgate do débito.
A hipoteca é o direito real que o devedor confere ao credor sobre um bem imóvel, ou navio ou avião, ou ainda, estradas de ferro, de sua propriedade ou de outrem, para que o mesmo responda, preferencialmente ao credor, pelo resgate da dívida. Sendo que os bens não são entregues ao credor.
* Se a dívida não for paga o credor vai excutir o bem dado em garantia para pagar-se com o produto da praça – e tem preferência, com exclusão dos outros credores, que ficam com as sobras, se houver.
- AO CONTRÁRIO DO PENHOR, o devedor conserva em suas mãos a coisa dada em garantia. Mas o direito de propriedade já não é pleno – a coisa está vinculada ao pagamento da dívida. Não paga a dívida, o devedor pode alienar judicialmente a coisa, e sobre o preço tem primazia para cobrar-se da totalidade da dívida e de seus acessórios.
· Com a hipoteca mobiliza-se a riqueza imobiliária, porque o proprietário sem alienar seu imóvel e sem vê-lo sair de suas mãos, obtém a prazo mais ou menos longo dinheiro correspondente ao seu valor.
CC Art. 1.476. O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do mesmo ou de outro credor.

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