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Just in Time x Just in Case

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Just in Time x Just in Case: qual a melhor Gestão de Estoques 
para um ambiente de lucratividade 
Sabe aqueles filmes em que acontece uma perseguição num galpão lotado de 
mercadorias? Mocinho e bandido vão circulando por entre os corredores, escondendo-se 
por entre prateleiras e produtos. Por algum motivo, galpões onde são armazenados 
estoques atraem a atenção do pessoal de cinema. Mas não é só nas telinhas que o assunto 
ganha importância. Quando falamos em estoque lembramos logo de empresas e, 
consequentemente, pensamos na gestão de todos os seus itens. 
Em nosso caso, ou seja, empresas de pequeno e médio porte, os grandes galpões 
viram pequenos espaços para mercadorias. Mas, independentemente do tamanho, uma 
coisa é certa: o estoque de produtos faz parte dos ativos mais preciosos da empresa e, 
como tais, devem ser bem cuidados e gerenciados.A importância do tema cresce 
especialmente quando lembramos que a Gestão de Estoques tem relação direta com 
os resultados financeiros de um negócio. Quando efetuada corretamente, ela auxilia 
na redução de custos por meio do controle de excessos e desperdícios, e aumenta a 
lucratividade. 
 
Por que a Gestão de Estoques é importante? 
 
Você consegue imaginar uma organização que tenha um estoque esquecido, num 
canto? Bom, se isso acontece é sinal de que algo não vai bem. Essa empresa com certeza 
estará desperdiçando recursos. 
O Gerenciamento de Estoques proporciona um controle da entrada e saída de 
produtos. Com isso, os produtos não ficam empilhados e não correm o risco de terem que 
ser inutilizados por expiração do prazo de validade ou desgastes no armazenamento, por 
exemplo. O controle das mercadorias armazenadas, através de um inventário, também 
evita que haja desvios de produtos por parte dos funcionários. Adicionalmente a tudo isso, 
a Gestão de Estoques dá uma visão sobre os produtos com maior demanda e aqueles que 
ficam mais empacados nas prateleiras (impactando o Ciclo Operacional e Ciclo 
Financeiro). Assim a empresa consegue rever como anda sua carteira de produtos e adotar 
as estratégias corretas. 
 
O que é a Gestão de Estoques? 
 
A Gestão de Estoques está relacionada com o gerenciamento de materiais que 
gerarão receitas para a empresa no futuro. Assim, mesmo antes de começarem as 
vendas, a empresa poderá ter seus lucros ou prejuízos definidos pela maneira em que gere 
o estoque. 
A cadeia de Gestão de Estoques está 100% ligada com o departamento de 
compras e fornecedores. Por esse motivo existe uma grande necessidade de que os 
responsáveis por esse gerenciamento interajam com essas áreas. 
O conceito de gerenciamento de estoques se aplica a todos os itens usados para a 
produção de um produto ou serviço. Além disso, a gestão cobre todas as etapas do 
processo produtivo, desde a compra de matéria-prima até a reorganização do controle de 
estoque. 
https://www.treasy.com.br/blog/dre-demonstrativo-de-resultados-do-exercicio
https://www.treasy.com.br/blog/reducao-de-custos-com-obz
https://www.treasy.com.br/blog/analise-de-vendas-mix-de-produtos-mix-de-canais-de-distribuicao
https://www.treasy.com.br/blog/ciclo-operacional-x-ciclo-financeiro
https://www.treasy.com.br/blog/ciclo-operacional-x-ciclo-financeiro
https://moneyradar.com.br/blog/controle-de-estoque-voce-esta-fazendo-certo
https://moneyradar.com.br/blog/controle-de-estoque-voce-esta-fazendo-certo
Sobre os itens aplicados no Gerenciamento de Estoques, temos: 
 
o Matérias-primas 
o Produtos semiacabados 
o Componentes para montagem 
o Sobressalentes 
o Produtos acabados 
o Materiais administrativos 
o Suprimentos variados 
 
Métodos de Gestão de Estoques: Just in Time e Just in Case 
 
A Gestão de Estoques conta com várias técnicas de armazenamento, sendo duas 
delas as mais conhecidas: Just in Time e Just in Case. Enquanto uma foca em ter o estoque 
o mais reduzido possível, a outra é o oposto e segue a regra do “quanto mais, melhor”. 
Claro que cada tipo de armazenamento tem sua aplicação e, em muitos casos, 
as empresas acabam trabalhando com uma mescla de cada um. Já que estamos 
falando sobre duas faces de uma mesma moeda, vamos analisar cada técnica 
separadamente: 
 
Gestão de Estoques Just in Time (JIT) 
 
Já ouviu a expressão “menos é mais”? Esse é o lema do método Just in 
Time (JIT). A ordem aqui é ter um estoque com nível baixo de mercadorias. Para isso, 
produtos ou peças só são produzidas ou adquiridas conforme a demanda, ou seja, em 
tempo hábil de serem processados e atender o consumidor. 
Essa pegada de gerenciar estoques teve um crescimento de popularidade no início 
do século XXI. E você deve imaginar o motivo: manter um estoque conforme a demanda 
é muito mais barato. 
O método JIT, portanto, visa evitar situações em que o estoque excede a 
demanda. Com isso, não existe um esforço extra de recursos para controlar um estoque 
que acaba virando um fardo para a empresa. Mas existe um ponto negativo importante 
aqui. Enquanto o tipo JIT libera o capital da empresa para outras ações, ele não se dá bem 
com as incertezas do negócio. Imagine que seu produto dependa de algum fornecedor. O 
que acontecerá se esse fornecedor falhar com você por causa de problemas no transporte 
ou meteorológicos? O produto não ficará pronto e seu estoque ficará vazio, certo? 
Agora imagine que de repente exista um pedido urgente com uma quantidade 
maior do que você está acostumado. Em situações como as descritas aqui o sistema Just 
in Time acaba perdendo pontos. 
 
Gestão de Estoques Just in Case (JIC) 
 
Você vai oferecer um jantar para quatro pessoas e não tem muita noção sobre a 
quantidade de comida a ser servida. Você já ouviu diversas vezes que é melhor sobrar do 
que faltar, então, resolveu adicionar algumas porções a mais no cardápio. Afinal, caso 
alguém sinta fome, terá comida, não é mesmo? 
É exatamente a esse “se” ou “caso se” que o método Just in Case (JIC) refere-
se. A estratégia aqui é manter o nível de estoque alto e evitar um backorder, ou seja, 
quando um cliente tem uma demanda que a empresa não consegue dar conta. 
A Gestão de Estoques Just in Case também se previne contra fatores que podem 
causar péssimas surpresas, como pedidos inesperados, mal tempo, problemas no 
transporte das mercadorias, preço do combustível, etc. Somado a isso, possibilita às 
empresas a oferecerem mais opções de produtos a pronta entrega comparado com o 
sistema Just in Time. 
No entanto, para que a estratégia JIC seja usada eficientemente, a empresa precisa 
também ter uma previsão de demanda. Afinal, ninguém quer mercadorias ficando 
obsoletas no estoque. 
Conforme falamos, cada método de armazenamento tem sua aplicação, mas na 
maioria dos casos o Just in Case funciona melhor com empresas voltadas às funções de 
manufatura. 
 
A batalha: Just in Time x Just in Case 
 
Analisando cada método de Gestão de Estoques na teoria, já conseguimos 
visualizar vantagens e desvantagens de ambos. Agora vamos juntos observar 
prós e contras para tirarmos nossas conclusões: 
 
Vantagens do método Just in Case 
 
o Com a quantidade elevada de produtos a empresa pode trabalhar com 
descontos por lote; 
o O estoque dos produtos permite que os mesmos sejam colocados à mostra 
para os consumidores. Produtos que podem ser visualizados têm maiores 
chances de venda; 
o A empresa não corre o risco de ser deixada na mão ao receber um pedido 
de cliente caso algum fornecedor não cumpra o prazo; 
o Com o produto disponível no estoque, as demandas são rapidamente 
atendidas, o que aumenta a satisfação do consumidor com relação a 
entregas no prazo. 
 
Desvantagens do método Just in Case 
 
o Alto custo para manter o estoque; 
o Produtos estocados correm o risco de sofrerem algum dano ou ficarem 
vencidos ou obsoletos; 
o Espaço utilizado para armazenamento poderia ser utilizado para um outro 
fim. 
 
Vantagens do método Just in Time 
 
o Praticamente não existe o risco de algum produtoficar obsoleto, pois existe 
um giro constante de mercadorias no estoque; 
o Já que a produção diminui e, por consequência, não existem produtos velhos 
estocados, a empresa está mais apta a atender as mudanças de mercado e 
as exigências do consumidor; 
o Custo em ter e manter um espaço físico são reduzidos; 
o A empresa não investe tanto dinheiro na manutenção do estoque; 
o Erros de produção podem ser facilmente observados e corrigidos. 
 
Desvantagens do método Just in Time 
 
o Se o fornecedor não entregar a mercadoria em tempo hábil e conforme as 
especificações, isso poderá atrapalhar seriamente o processo de produção; 
o A empresa pode não estar preparada para atender solicitações de pedidos 
em massa; 
o Necessário mais planejamento por parte da empresa. Como o estoque é 
gerenciado conforme a demanda, a organização precisa ter pleno 
conhecimento de como funciona seu ciclo de vendas e os tipos de produtos 
que serão mais solicitados. 
 
 
Gestão de Estoques e E-commerce 
 
Provavelmente tudo que você leu até aqui foi imaginando aquele estoque 
com várias prateleiras lotadas de produtos em um ambiente físico. Mas como 
funciona no mundo virtual? Em ambiente e-commerce dois princípios devem ser 
seguidos: 
 
 
1. Tenha estoque suficiente para satisfazer a demanda; 
2. Mas não tanto estoque a ponto de que seu capital esteja amarrado nele. 
 
 Confuso? Nem tanto. Se você parar e analisar o que falamos anteriormente 
sobre o Gerenciamento de Estoques, vai ver que tudo que acontece no mundo 
real se aplica para o mundo virtual. Mercadoria parada é sinônimo de dinheiro 
estagnado e isso ninguém quer, certo? 
Além disso, pense da experiência do seu consumidor. Imagine se seu 
cliente compra um produto para saber, horas depois, que a mercadoria já está 
esgotada. Com certeza isso abalará a reputação da sua empresa. Por isso, 
a Gestão de Estoques em E-commerce deve ser monitorada de perto. Dá uma 
olhada nas dicas que separamos: 
 
 
4 dicas para Gestão de Estoques em E-commerce: 
 
1. Mantenha-se organizado. Logicamente que isso vale para qualquer tipo de 
Gerenciamento de Estoque. Saiba qual é a quantidade certa de seus 
produtos e onde achá-los. Tenha um sistema para controlá-lo. 
2. Garanta que as informações com relação ao estoque sejam 
consistentes em todos os canais. Essa dica é extremamente importante 
para empresas que possuem vendas em loja física e virtual, e/ou depósitos 
em vários locais. Além disso, caso a organização opere em várias 
plataformas é importante que as mercadorias sejam rastreadas em cada um 
desses canais. 
3. Faça previsões da demanda e planeje seu estoque de acordo. Um dos 
maiores problemas em E-commerce é a falta de dados para tomadas de 
decisões sólidas. Não é porque está em um ambiente virtual que o controle 
não deva ser real. Calcule periodicamente os níveis de estoque e o 
mantenha sempre em um número seguro. 
4. Faça atualizações em tempo real do inventário. Existe uma grande 
diferença em “tempo real” e “próximo do tempo real”. Este último pode 
significar que o inventário pode ser atualizado a cada 15 minutos, de hora 
em hora ou uma vez por dia. É justamente esse atraso que expõe a empresa 
aos riscos de não conseguir cumprir com a demanda. 
 
O mais importante aqui – e isso vale também para estoques de lojas 
puramente físicas – é sempre manter-se atento ao controle das mercadorias. 
Atualização do inventário e previsões da demanda são primordiais para garantir 
que a empresa realmente entregue aquilo que promete. 
 
Como decidir sobre o melhor método para Gerenciamento de 
Estoques? 
 
#01 – O quanto você confia nos seus fornecedores e nos recursos disponíveis? 
Qual o seu grau de confiança entre alto e baixo? Dependendo da sua resposta, 
qual método você escolheria para gerenciar seu estoque. Justifique sua 
resposta. 
 
#02 – Você produz itens já bem consolidados no mercado (commodities)? 
Se sim, qual método você escolheria para gerenciar seu estoque. Justifique sua 
resposta. 
 
#03 – Você consegue estimar a demanda? Tem certeza de como é o ciclo de 
venda de seus produtos? Em caso afirmativo, qual método você escolheria para 
gerenciar seu estoque. Justifique sua resposta. 
 
 
Essas três perguntas dão apenas uma primeira noção para que você 
entenda que nenhum método é escolhido ao acaso. Também é possível – e 
muito usual – mesclar os dois. Tudo varia de acordo com o tamanho do negócio, 
ciclo de vendas, mercadorias produzidas e, claro, ambiente econômico.