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Avaliação e Currículo
Autoria: Ausdy Nazareth Castro dos Santos
Tema 01
Currículo: Conceitos, Teorias e Historicidade
Tema 01
Currículo: Conceitos, Teorias e Historicidade
Autoria: Ausdy Nazareth Castro dos Santos
Como citar esse documento:
SANTOS, Ausdy Nazareth Castro dos. Avaliação e Currículo: Currículo Conceitos, Teorias e Historicidade. Caderno de Atividades. Anhanguera 
Publicações: Valinhos, 2016.
Índice
© 2016 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua 
portuguesa ou qualquer outro idioma.
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CONVITEÀLEITURA
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PORDENTRODOTEMA
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Neste caderno você acompanhará algumas reflexões filosóficas a respeito dos conceitos, abordagens e historicidade 
do tema Currículo. A proposta principal será habilitar você a discussões mais proveitosas e reflexões mais aprofundadas 
sobre o tema, com o intuito de compreender a função e o conceito de Currículo para o ambiente pedagógico e também 
a importância de poder pensar formas de criar Currículos mais apropriados aos indivíduos do Terceiro Milênio. Dessa 
maneira, é necessário atentar para o seu poder de, como sociedade, (re)pensar constantemente o Currículo para a 
organização da educação em contextos amplos de entendimento, ou seja, a educação compreendida como conhecimento 
formativo que nunca está estagnado. A partir de agora pretende-se entender Currículo como uma forma de concepção, 
organização e implementação de atividades formativas, nos mais diversos níveis de aprendizagem: técnicos, estéticos, 
políticos, éticos e culturais. Esse entendimento dar-se-á a partir de discussões sobre a história, as relações de poder, 
os processos de exclusão, a interpretação de mundo e várias outras instâncias que implicam na construção desse 
conhecimento, lembrando que “todas as verdades são fáceis de perceber depois de terem sido descobertas; o problema 
é descobri-las.” (Galileu Galilei – Disponível em: <http://academiadefilosofia.org/tag/galileu-galilei>. Acesso em: 05 nov. 
de 2015. <http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/verdade/10>. Acesso em: 30_set. de_2015)
CONVITEÀLEITURA
Currículo: Conceito, Teorias e Historicidade
As discussões sobre educação garantem prioridade quando se enxerga o mundo contemporâneo a partir de 
suas especificidades e das complexas relações que se formam a respeito do que queremos chamar de sociedade no 
futuro. Na educação, por sua natureza socializadora, o Currículo toma espaço de elemento imprescindível na seleção 
e organização das atividades que regem a prática pedagógica: formação, seleção de conteúdos, especificidade das 
profissões e docência.
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Desse modo, a importância do Currículo na escola reside em sua capacidade de oferecer espaços para que as mudanças 
observáveis no nosso mundo, nas mais diversas áreas do conhecimento, possam ser percebidas com maior clareza e 
menos dificuldade por todos. 
Fonte:<http://www.gettyimages.com/detail/video/in-space-a-glowing-ufo-flies-towards-earth-stock-footage/160670239>. Acesso em: 30 set. de 2015.
O Porquê da Urgência nas Discussões Sobre o Currículo
Na modernidade, em que a educação é dever do Estado e direito do cidadão, as políticas que distribuem direitos 
sociais e econômicos também respondem pelo mercado de trabalho das massas. Nesse processo de distribuição, a 
educação é concebida a partir de seu valor social, parte de um processo de efetivação da construção cidadã do homem.
Nesse contexto, discutir como o currículo na sociedade atual, que não se fixa em um só espaço e nem se prende a 
conceitos por muito tempo, reflete, ao mesmo tempo, a busca pela igualdade de direitos e deveres e a democratização 
da função distributiva da qual faz parte o Estado Moderno.
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Na maioria das instituições escolares que atendem à massa popular, o que se observa é a presença de currículos 
prontos, engessados e excludentes, destinados a uma sociedade em que se observam
“os grupos e indivíduos que vêm sistematicamente perdendo seus direitos de cidadania, que se encontram carentes 
dos meios de vida e fontes de bem-estar social, com baixíssimos rendimentos, falta de moradia, de acesso à 
educação e saúde, e que não encontram meios de se inserirem no mercado de trabalho”. (MAMMARELLA, 2000, 
p. 52)
A visão de uma educação socializadora, que problematize os conceitos de liberdade e igualdade e em que se viabilizem 
comportamentos de aprendizagem significativa, mediados pela presença de comportamentos crítico-reflexivos e pela 
participação constante e menos passiva de uma sociedade atuante e politizada, essas são as perspectivas pelas quais 
se pretende ampliar as discussões em torno do assunto Currículo.
PENSE NISSO!
“No caso da formação dos educadores, trabalhar os âmbitos da concepção de currículo faz 
parte de uma das atividades importantes para se inserir de forma competente nas significativas 
e tensas discussões sobre as políticas, práticas e opções curriculares-formativas discutidas 
na sociedade contemporânea.” (SANTOS, E. Currículos: teorias e práticas. Rio de Janeiro: 
LTC, 2012)
A partir das considerações no fragmento do quadro acima, necessário à sua formação como profissional da educação, 
visualize-se componente de um grupo que está discutindo o Currículo de dado segmento educacional e responda: 
• o que você consideraria importante ao aprendizado de qualidade dos educandos? 
• que considerações levaram você a escolher tal(tais) aprendizado(s)? 
• que importância as suas escolhas têm para a vida dos outros (entenda-se educandos)? 
Percebeu como discutir o currículo é bem mais complicado do que parece? É necessário que você saiba se colocar 
frente a frente com as suas crenças e tenha a capacidade de perceber, honesta e sinceramente, que elas podem não 
fazer parte das ideologias dos indivíduos ao seu redor e, principalmente, das crenças daqueles a quem você pretende 
ajudar.
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Perceber que tanto docentes como discentes são educadores e educandos é acreditar no grande mestre da educação 
brasileira, Paulo Freire (1987, p. 68), quando reflete que “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os 
homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”, ou seja, precisamos do outro para que nos completemos, para 
que percebamos que o valor dos nossos ideais somente existe a partir das nossas negociações em grupo, das nossas 
conquistas coletivas e das nossas perspectivas em comunidade. 
“(...)
Encheis a taça um do outro, mas não bebais na mesma taça.
Dai de vosso pão um ao outro, mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vós estar sozinho,
Assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia.
(...) 
Gibran Khalil Gibran, O Profeta
Currículo – História e Interpretações
Aprendemos de muitas maneiras diferentes. Apesar de entender que o aprendizado se dá a partir do acúmulo 
de conhecimentos que nos são repassados ao longo dos tempos e das mais variadas maneiras, entendemos também 
que essa absorção de significados e conteúdos não se dá da mesma forma para todos os indivíduos (mesmo aqueles 
colocados nas mesmas condições de aprendizagem), e nem se dá de modo passivo, crítico ou consciencioso, ou seja, todo 
conhecimento é adquirido de forma mais ou menos aleatória, em que o indivíduo assimila as mudanças na apreensão do 
novo e vai ‘construindo’ suas novas percepções e crenças, reinterpretando conceitos a partir da apropriação fisiológica 
num processo de assimilação que irá, aos poucos, construindo significados novos a partir da acomodação de conceitos 
e conhecimentos anteriores.
A construção do que chamamos hoje de Currículo é bem antiga, remontando aos gregos, e estavapresente nos livros A 
República e As Leis, de Platão, em que se previa uma formação bastante organizada de áreas distintas do conhecimento:
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“Assim procedeu Platão na República e nas Leis, ao idealizar o extenso e demorado plano de estudos em que 
deveria se basear a formação dos guardiões. Fornecendo uma base comum a todos os cidadãos de ambos os 
sexos até os 20 anos, sucedendo-se: a educação infantil, dos três aos cinco anos, composta de jogos, cantos e 
fábulas; seguida, entre os sete e 10 anos, pela aprendizagem das letras — a leitura e a escrita — e pela introdução 
da aritmética e da geografia, cujo estudo se prolonga até os 16 anos, acrescido da poesia e da música. Por fim, 
a dança e a ginástica, que, como educação do corpo, estão presentes desde o início, são complementadas por 
exercícios militares e pelas artes marciais. A esse ciclo — com o qual se completa a formação geral ou básica 
da maioria — sucede, para os que se revelaram mais aptos, uma propedêutica matemática centrada na 
aritmética, na geometria do plano e do espaço, na astronomia e na harmonia. ”(PINHAÇOS DE BIANCHI, 2001, 
p. 146-147, apud GALLO, 2004, p. 39)
Vê-se, facilmente que, desde a Antiguidade, quando se começou a pensar a educação como formação do indivíduo como 
cidadão, também as habilidades primordiais e necessárias (segundo gregos e romanos) foram sofrendo alterações. Assim 
como Platão na Antiguidade, na Era Medieval, Marciano Capella (410-439), em sua obra O casamento da Filologia e 
Mercúrio, também organizou em áreas aquilo que denominou ‘saberes necessários à boa formação do homem’, que 
faziam parte de duas grandes esferas:
• trivium – composta de três grandes áreas que consistia na aprendizagem em gramática, retórica e lógica/dialética, 
uma forma de encorajar o desenvolvimento do espírito e a expressão da linguagem.
• quadrivium – composta de quatro grandes áreas que consistia na aprendizagem de aritmética, geometria, astronomia 
e música, também chamadas de ’disciplinas superiores’, que tinham por objetivo principal proporcionar aos homens 
meios e métodos para o estudo e a compreensão da matéria.
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Acreditava Capella (2004) que essas áreas seriam a base de uma educação mais refinada, por incluir saberes distintos, 
mas articulados, que demandariam o início do desaparecimento da ignorância humana, possibilitando a aquisição do 
conhecimento por partes até a sua completa totalidade, refinando a capacidade do indivíduo de produzir e perceber 
obras e ideias que elevassem o espírito humano, afastando-o das necessidades grotescas materiais em busca da 
‘inteligência racional e livre’.
Portanto, durante aquela época ocorreu uma formação da educação e da Paideia, ou seja, a redescoberta desta 
última. A disciplina ou virtude se faz necessária para a realização da formação educativa nestas artes em que, 
segundo o postulado da educação medieval e clássica, o intelecto deve ser desenvolvido pelas cinco virtudes 
intelectuais: a compreensão - captação intuitiva dos princípios primordiais (pensamento lógico e investigação 
lógica); a ciência - conhecimento das causas mais prováveis; a sabedoria - compreensão das causas fundamentais; 
a prudência - pensamento coerente relativo às ações, e a arte - pensamento aplicado à produção e à capacidade 
de produzir. (Fonte: <http://recantodasletras.uol.com.br/resenhasdelivros/1957460> - Acesso em 05_nov_2015. 
<http://www.gostodeler.com.br/materia/15254/trivium_e_quadrivium__as_artes_liberais.html>. Acesso em: 30 
set. de 2015)
Descartes também falou sobre a forma de aprender, que é o objeto do Currículo, quando descreveu o conhecimento a 
partir da metáfora da árvore (como na figura abaixo).
Fonte: <caipe.wordpress.com>. Acesso em: 30 set. de 2015
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Sua posição se encontra nos Princípios da Filosofia, livro escrito em latim em 1644, que representa a Filosofia a partir do 
aprendizado do que é ‘útil à vida’. Para esse filósofo, a noção das coisas deve se dar a partir da aprendizagem prática e 
não especulativa, de forma a transformar e emancipar o sujeito que aprende. 
É a partir de 1920, mais precisamente a partir da Segunda Guerra Mundial, com o desenvolvimento da tecnologia 
inaugurada com a era industrial, que o Currículo passa a ser discutido a partir de sua hiperdisciplinarização, que, 
segundo Roberto Sidnei Macedo (2008, p. 34), vai ser a principal opção na organização dos currículos da modernidade. 
O Currículo na Escola – Considerações
Comumente, o Currículo na escola é compreendido empiricamente como a ordenação ou organização das 
disciplinas, competências, habilidades e áreas (obrigatórias ou diversificadas) que compõem o rol do aprendizado que 
se espera e propõe para determinado ciclo escolar, sem, contudo, chegar a perceber as imbricações que se encontram 
no meio do caminho até que esse documento consiga dialogar com o espaço, o tempo e as necessidades daqueles que 
serão por ele regulados. Segundo os autores do Capítulo 1 do seu PLT (SANTOS, Edméa. Série Educação - Currículos 
- Teorias e Práticas. LTC, 07/2012), Roberto e Silvia Macedo, essa ‘não perspectiva’ de toda a dinâmica que envolve 
a construção de uma feição que compreenda o que realmente se configura como Currículo é chamada de ‘atos de 
currículo’ (MACEDO, 2011).
 
Atos de currículo
Envolvimento que se observa no ambiente das comunidades educativas 
e que, impulsionado por docentes, discentes e demais frequentadores 
desse tipo de comunidade (pais, funcionários e cidadãos envolvidos no 
processo educativo), vai atualizando e aperfeiçoando comumente toda 
a composição e tessitura desse tipo de documento educacional, sua 
concepção e prática.
Fonte: <https://pixabay.com/pt/pensativo-acho-que-pensando-788284/> . Acesso em: 30 set. de 2015
(Texto do quadro adaptado da fonte: SANTOS, Edméa. Série Educação - Currículos - Teorias e Práticas. LTC, 07/2012)
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Dessa maneira, entenda que o Currículo se atualiza constantemente a partir do movimento desses atores (pais, 
funcionários e cidadãos envolvidos no processo educativo) e das perspectivas e características singulares de cada 
um desses segmentos que compõem a comunidade escolar. Por esses movimentos ininterruptos, realizados pelos 
atores que compõem diariamente o espetáculo que é a escola, é que se acredita sê-lo um ‘complexo cultural tecido por 
relações ideologicamente interessadas, organizadas e orientadas’. (SANTOS, 2012). Daí a necessidade de estarmos 
aqui discutindo, a fim de que você possa entender a imposição em perceber a presença da coletividade que rege a 
significação do conceito e dos objetivos do Currículo – tudo no ambiente curricular deve estar propenso a ser trans/re-
formado. Logo, os conteúdos e conceitos, que estão inseridos no Currículo, “são traduzidos, transpostos, deslocados, 
condensados, desdobrados, redefinidos, sofrem, enfim, um complexo e indeterminado processo de transformação” 
(SILVA, 1999, p. 13).
Dessa maneira, é urgente que se tenha um olhar mais abrangente sobre as especificidades do Currículo e as políticas 
que o regem, para perceber e entender os movimentos dos cenários socioeducativos em que esse tipo de instrumento 
é utilizado, a fim de construir, a partir das reflexões a respeito, concepções que descartem de vez a homogeneização e 
a generalização dos espaços do Currículo. 
As Teorias do Currículo – Breve Histórico
Para o educador que se pretende crítico, a importância em discutir sobre as formas de abordagem e reflexões 
sobre o tema Currículo começa pelo entendimento do que se constituiu, ao longo do tempo, ser chamado de Teorias do 
Currículo. Você fará, a partir de agora, um passeio pela história das colaborações de autores que escreveram sobre o 
tema, bem como dos movimentos intelectuais e sociais que influenciaram essas teorias.
Tomaremos como parâmetro paranossas reflexões e conhecimento a obra de Tomaz Tadeu (1999), que inicia as 
reflexões nessa área a partir da concepção de Currículo não como uma teoria, que se afirma engessada e imutável, mas 
sim como uma gama de discursos que se sobrepõem uns aos outros a partir das concepções de cada comunidade em 
que aparecem, ou seja, todos são convidados à coautoria da (re)formulação dos conceitos e crenças que devem estar 
contidos nos currículos.
A partir dessa nova ideia de reflexão pela utilização da ‘voz do outro’, você aprenderá o significado e os objetivos das 
teorias que trataram do tema até agora.
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Teorias Tradicionais
O americano John Franklin Bobbitt, em princípios do século XX, nomeou de teorias técnicas um modelo de atitudes 
do currículo, cujo objetivo principal residia na aquisição de habilidades intelectuais pela associação de teorias e práticas 
puramente mecânicas, mero processo de memorização. Baseadas nos princípios tayloristas e nos paradigmas do 
cientificismo, o objetivo principal dessas teorias era igualar o sistema educacional ao modelo organizacional e administrativo 
das empresas, padronizando o trabalho, a divisão de tarefas, a produção em massa, enfim, impondo regras para a 
aprendizagem e o desenvolvimento produtivo que visualizava a perfeição pela repetição.
Dessa forma, o currículo concentrava suas perspectivas na figura do professor, que era visto como o transmissor 
dos conhecimentos básicos necessários para a dinamização do trabalho em massa, que se configurava totalmente 
desprovido de perspectivas inovadoras e críticas, transformando os alunos em repetidores das fórmulas prontas já 
aprovadas por uma sociedade que encarava o aprender como uma atividade burocrática, necessária para a produção e 
para a ascensão social. 
(Fonte da Figura: <https://pixabay.com/pt/professor-orientar-treinador-tutor-407360/>. Acesso em 30 set. de 2015) 
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Teorias Críticas
Saídas da escola de Frankfurt, na Alemanha, defendidas por Max Horkheimer e Theodor Adorno, as Teorias Críticas 
argumentavam não existir neutralidade no ambiente escolar, crendo que a escola é a repetidora e legitimadora da 
desigualdade social instaurada pelas relações de poder impostas pelo movimento capitalista. Acreditavam esses autores 
alemães, e mais os franceses Pierre Bourdieu e Louis Althusser, que a escola era o espaço perfeito utilizado pelas classes 
dominantes para a reprodução de um modelo societário baseado nas relações de poder, sendo responsável direta pela 
formação de alunos que abandonavam os estudos para o qual somente as classes dominantes estavam preparadas. 
Essas teorias enxergavam o currículo como ferramenta essencial, que mudaria essa situação de dominação, 
considerando-o um espaço cultural e social de luta pela liberdade de pensamento. 
Fonte: <https://pixabay.com/pt/c%C3%A9rebro-ligue-educa%C3%A7%C3%A3o-leitura-605556/>. Acesso em 30 set. de 2015.
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Teorias Pós-Críticas
Foi a partir da década de 70, com os estudos da fenomenologia e das proposições do pós-estruturalismo, que 
os ideais multiculturais questionadores da verdade absoluta ganharam força para garantir o aparecimento de teorias 
criticando o desvalor dado pela sociedade aos conhecimentos históricos e culturais de alguns grupos sociais, geralmente 
com relação a temas como raça, gênero, sexualidade e demais tópicos míticos que são vistos como estigmas culturais 
de diferenças entre as pessoas. Chegava a hora de garantir direitos igualitários a todos e preparar a inclusão social. 
Em relação ao currículo, as Teorias Pós-Críticas reprovavam o tradicionalismo preconceituoso estabelecido por uma 
sociedade patriarcal e pregavam a necessidade de aprender, ouvindo a ‘voz do outro’, a partir do estabelecimento de 
uma relação de respeito em busca das diferenças, passando a compreender que o que está posto hoje como ‘verdade’ 
é uma questão de perspectiva histórica que pode (e deve) ser modificada em tempos e espaços, adequando-se à 
sociedade que representa. 
Um Currículo para Cada Tempo
Segundo Tomás Tadeu (1999), o ambiente escolar é onde se estabelecem mais amplamente as relações de poder, 
ou seja, é no ambiente da escola que podemos observar mais de perto e explicitamente as relações de imposição e 
domínio em desfavor da resistência e da oposição. Questionar a natureza dos conhecimentos que compõem o Currículo 
é permitir a compreensão e o modo como essas relações entre saber e poder se dão.
Portanto, é necessário a você, futuro professor, que saiba reconhecer e identificar os legados dessas vertentes teóricas 
que ainda se apresentam em maior ou menor número, reveladas nas reflexões sobre o tema Currículo. Esse é um 
importante exercício que nunca se finda em si mesmo, se pensarmos que a verdade está sendo construída a cada 
minuto em que se reflete sobre algo que se diz verdadeiro. 
Selecionar conteúdos que comporão o corpus de um Currículo implica em compreender interesses e valores sociais 
que nortearam essa seleção, implica em saber distinguir e discutir as formas utilizadas para a escolha de categorias 
pedagógicas e avaliativas, comporta conhecer detalhadamente a noção das culturas: popular, acadêmica, de massa, 
para, enfim, compreender de que modo esse contexto pedagógico todo pode estar (ou não) impregnado de dogmatismo 
ou liberdade.
Nesse sentido, não se pode deixar de falar no mais atuante pedagogo brasileiro – Paulo Freire, que sempre se preocupou 
em manter e consolidar o elo entre os contextos existencial e social para a vida acadêmica dos alunos, ou seja, compreender 
e ajudar a compreender o sucesso e o fracasso escolares a partir de uma visão abrangente das determinantes desses 
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resultados. Para Freire, é necessário que todos aprendam juntos, numa parceria afetiva e democrática entre professores 
e alunos, o que garantirá a noção freiriana de que ‘o sujeito da criação cultural não é individual, mas coletivo’. (Fonte: 
<http://revistaescola.abril.com.br/formacao/mentor-educacao-consciencia-423220.shtml?page=1>. Acesso em 30 set. 
de 015) 
Podemos encerrar este Capítulo considerando que todo esse ‘passeio’ histórico pelas teorias e conceitos que nortearam 
os estudos e as discussões sobre o Currículo até agora, estão advertindo que há muito que discutir ainda.
Quantas ideias e quantos princípios mais seriam possíveis para que esse longo caminho, em busca da igualdade do 
direito à educação para todos, venha a sair do plano do ideal para o real? Podemos realmente dizer que as análises e as 
considerações aqui iniciadas reconhecem o Currículo como uma ferramenta ainda impregnada pelos ideais de uma elite 
tradicionalista? Visualizamos, enfim, um final próximo? Se você respondeu não à última questão, então está no caminho 
certo: as discussões sobre a construção de um Currículo Pleno, que compartilhe ideais de liberdade e justiça para todos 
e em todos os tempos, ainda estão apenas começando. 
Talvez fosse melhor encerrarmos este capítulo com uma pergunta: que tipo de escola eu pretendo ter nessa sociedade 
que quero construir?
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Educação no Brasil – Entrevista com Tomáz Tadeu
• Nesta entrevista você conhecerá um pouco mais a respeito do pensamento do autor, referenciado 
neste Capítulo, Tomáz Tadeu. A entrevista abordará assuntos referentes às teorias do Currículo, 
que você estudou: tradicional, crítica e pós-crítica, explicando alguns aspectos teóricos da 
educação e do campo do currículo. Além disso, o autor fará uma avaliação da produção teórica 
educacional, contando trechos de sua própria trajetória e nos alertando para a necessidade de 
se discutir os processos educativos. 
Disponível em: <http://www.curriculosemfronteiras.org/vol2iss1articles/tomaz.pdf>. Acesso em 30 set. de 2015)
“O Ponto de Partida de um Projeto Educacional está na IdentidadeCultural 
dos Educandos e Não dos Educadores.” (Paulo Freire)
• Nesta entrevista, concedida ao Jornal dos Professores, em 1991, Paulo Freire fala um pouco 
sobre sua trajetória como educador, disponibilizando a todos seus ideais e experiências. Você 
lerá uma história bastante comovente e interessante sobre como Paulo Freire começou a pensar 
a escola como um campo de relações fraternais e não de dominação. 
Disponível em: <http://revistagiz.sinprosp.org.br/?p=1749>. Acesso em 30 set. de 2015)
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Educação e Autoritarismo
• Nesta entrevista inédita, dada à jornalista Marta Luz da Rádio Juazeiro, BA, no dia 24/04/1983, 
ao vivo no programa da rádio “Juazeiro Panorama”, Paulo Freire fala sobre o autoritarismo que 
reside nas relações dentro do ambiente escolar e de sua dor ao constatar essa prática, explicando 
o porquê da sua contribuição e qual o papel do professor nesse contexto. Numa linguagem bem 
próxima da compreensão de todos, o autor frisa que a alma dos alunos e de seus pais devem ser 
maiores do que a da escola e que essas almas devem fazer um todo com todos, o que formará, 
enfim, a alma do povo brasileiro. 
Disponível em: <http://www.cppnac.org.br/wp-content/uploads/2012/09/Cepis-site-roteiro-25-Entrevista-in-
%C3%A9dita-de-Paulo-Freire-%C3%A0-jornalista-Marta-Luz-da-R%C3%A1dio-Juazeiro.pdf> . Acesso em 30 
set. de 2015)
Relacionar Conceitos
• No clipe “The Wall” há um pedido implícito: professores ‘deixem os alunos em paz’. Como 
sugestão, você pode acessar o clipe The Wall - Pink Floyd. Depois de escutar a mensagem 
da música, leia o artigo “The Wall: aspectos da violência simbólica na educação”, de Cínthia 
Morelli Rosa, em que a pesquisadora analisa a constante presença da violência no ambiente 
escolar, principalmente quando acontece de forma velada e com interesses específicos da classe 
dominante, caracterizando-se como violência simbólica. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=vrC8i7qyZ2w>. Acesso em 30 set. de 2015)
Tempo: 6:21.
Disponível em: <http://www.unioeste.br/travessias/EDUCACAO/THE%20WALL.pdf> . Acesso em 30 set. de 
2015)
ACOMPANHENAWEB
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Questão 1
Você aprendeu, até agora, que a definição dos conteúdos curriculares passa por diversas considerações que envolvem as rela-
ções políticas. No seu entendimento, como essa definição pode ser mais democrática? Que práticas você considera importantes 
para que haja essa democracia e a quem cabe esse papel?
Questão 2
São nomeadas sete artes liberais os conteúdos disciplinares que faziam parte da base da educação na Idade Média, compreen-
dendo dois grupos. Assinale a alternativa que apresenta esses dois grupos a que nos referimos:
a) Educação elaborada pelos métodos de Comenius.
b) Sistema de educação aos moldes de Rousseau.
c) O Trivium e a Didática Magna.
d) O Trivium e o Quadrivium.
e) O Quadrivium e as aulas voltadas para as artes mágicas.
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla 
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
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Questão 3
Leia:
________________ pode ser entendido como sendo o conjunto daquilo que se ensina e daquilo que se ________________, de 
acordo com uma ordem de progressão determinada, no quadro de um dado ciclo de estudos. Ele representa muito mais do que 
um programa de estudos, um texto em sala de aula ou o vocabulário de um curso. Mais do que isso, ele representa a introdução 
de uma forma particular de vida; ele serve, em parte, para preparar os ________________para posições dominantes ou subordi-
nadas na sociedade existente. (Adaptado de <http://pedagogiaeaduniciditaim.blogspot.com.br/2012/03/concursos-publico.html >. 
Acesso em 30 set. de 2015)
Agora, escolha a alternativa que apresenta as palavras que completam corretamente o trecho no quadro acima:
a) Currículo / aprende / estudantes.
b) O Conteúdo Escolar /explica / homens.
c) Conteúdo de prova / prática / alunos.
d) O Currículo / ensina / professores.
e) Conteúdo / aprende / diretores.
Questão 4
Analise as assertivas abaixo, escreva se são (Verdadeiro) ou (Falso) e corrija as falsas:
1. O currículo escolar também pode ser entendido como um processo de socialização das crianças com o objetivo de enquadrá-
-las ou ajustá-las às estruturas da sociedade. __________________________________________________________________
Correção: ______________________________________________________________________________________________
2. As relações sociais, as trocas de experiência, o cotidiano, formam um conjunto de fatores que garantem a formação de um 
currículo escolar que busca integrar a vida escolar à vida social. ___________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
AGORAÉASUAVEZ
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_______________________________________________________
3. Os profissionais da educação devem buscar a valorização do conhecimento do senso comum, trazido pelas crianças quando 
chegam à escola, como base para atingir o conhecimento formal ou crítico. __________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
4. A escola não deve contar com a cultura popular na colaboração para a formação da subjetividade dos alunos, a partir da expe-
riência de vida dos próprios alunos. __________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
5. O currículo é determinante na formação do caráter aliado à personalidade das crianças que se encontra em fase de desenvolvi-
mento físico, intelectual, social, emocional, crítico. __________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
Questão 5
Um currículo estruturado, com base em atividades de repetição e memorização, fundamenta-se na concepção empresarial. Dis-
serte como essa concepção chegou à educação e a qual teoria do currículo pertence.
AGORAÉASUAVEZ
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Neste Capítulo você já pôde perceber que há um novo tempo acontecendo na educação. Novas perspectivas para 
pensar o Currículo estão sendo organizadas a partir dos questionamentos e da reflexão conjunta entre professores, 
mercado de trabalho, alunos, sociedade, comunidades escolares. Essas conversas estão, aos poucos, acompanhando 
o compasso dos agentes que tentam garantir equidade, eficácia e eficiência na confecção de um bom Currículo moderno 
e crítico, que possibilite excelentes frutos à educação. Não podemos mais nos calar frente a essas necessidades. 
Precisamos deixar falar as massas interessadas e voltarmos a refletir sobre o que queremos e o que compreendemos 
ser melhor para todos. Neste Capítulo você conheceu um pouco sobre a história da formação das bases históricas do 
Currículo, percebendo que as teorias, ao longo da história da escola, formaram e reformaram o Currículo a partir dos 
movimentos das sociedades a ele contemporâneas. Agora é chegada a hora de continuar discutindo: afinal, como posso 
contribuir a fim de reorganizar o Currículo para a melhoria da educação em nosso país? Convido você a refletir sobre 
isso e procurar respostas nos nossos próximos capítulos.
FINALIZANDO
BERTICELLI, I. Currículo: tendências e filosofia. In: COSTA, M. V. O currículo nos limites do contemporâneo. Rio de Janeiro: 
DP&A Editora, 1999, p. 159-176.
CAPELLA, Marziano. Le nozze de Filologia e Mercurio. Introduzione, traduzione, commentario e apendice a cura di Ilaria 
Ramelli. Milano. Bompiani: 2004.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro:Paz e Terra, 1987.
GIBRAN, Khalil Gibran. O Profeta. São Paulo, Madras Editora, 2009.
MACEDO, Roberto Sidnei. Currículo: campo, conceito e pesquisa. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 34.
MAMMARELLA, R. Exclusão Social. Revista Mundo jovem. Abril/2000. p. 52.
MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa. Currículos e Programas no Brasil. Campinas: Papirus, 1990.
REFERÊNCIAS
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SANTOS, Edméa. Série Educação - Currículos - Teorias e Práticas. LTC, 07/2012.
SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. BH: Autêntica, 1999.
Galileu Galilei – Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/mentor-educacao-consciencia-423220.
shtml?page=1>. Acesso em 30 set. de 2015)
<http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/verdade/10>. Acesso em 30 set. de 2015)
<http://www.economiabr.net/economia/7_tfp.html>. Acesso em 30 set. de 2015)
<http://www.gostodeler.com.br/materia/15254/trivium_e_quadrivium__as_artes_liberais.html>. Acesso em 30 set. de 2015)
<http://www.infoescola.com/linguistica/filologia/>. Acesso em 30 set. de 2015)
<http://www.infoescola.com/educacao/paideia/>. Acesso em 30 set. de 2015)
<http://www.infoescola.com/comunicacao/retorica/>. Acesso em 30 set. de 2015)
<http://www.infoescola.com/administracao_/taylorismo/>. Acesso em 30 set. de 2015)
<https://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/51484/o-que-e-propedeutica>. Acesso em 30 set. de 2015)
<http://www.significados.com.br/fenomenologia/>. Acesso em 30 set. de 2015)
<http://www.significados.com.br/postulado/>. Acesso em 30 set. de 2015)
<https://www.youtube.com/watch?v=vrC8i7qyZ2w>. Acesso em 30 set. de 2015)
REFERÊNCIAS
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Terceiro Milênio: período compreendido entre primeiro de janeiro de 2001 e 31 de dezembro de 3000. 
Função distributiva: é a redistribuição de rendas realizada por meio das transferências, dos impostos e dos subsídios 
governamentais. Um bom exemplo é a destinação de parte dos recursos provenientes de tributação ao serviço público 
de saúde, serviço que é mais utilizado por indivíduos de menor renda. (Fonte: <http://www.economiabr.net/economia/7_
tfp.html>. Acesso em 30 set. de 2015)
Propedêutica: palavra de origem grega que se refere ao ensino. Pode ser um curso ou parte de um curso de introdu-
ção de disciplinas nas áreas de artes, ciências, educação e outras. Pode ser entendida como um curso introdutório que 
supre a necessidade básica de conhecimento em um assunto, mas não dá capacidades profissionais. (Fonte:<https://
www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/51484/o-que-e-propedeutica>.Acesso em 30 set, de 2015)
Filologia: ciência que tem por objetivo estudar uma língua, civilização, cultura ou a literatura em determinada posição 
histórica e para isso faz uso dos documentos escritos que são encontrados dentro do recorte escolhido. (Fonte: <http://
www.infoescola.com/linguistica/filologia/>. Acesso em 30 set, de 2015)
Retórica: técnica de uso da linguagem para se expressar bem e ser persuasivo. (Fonte: <http://www.infoescola.com/
comunicacao/retorica/>. Acesso em 30 set. de 2015)
Dialética: arte do diálogo, arte de debater, de persuadir ou raciocinar. (Fonte: <http://www.infoescola.com/comunicacao/
retorica/>. Acesso em 30 set. de 2015)
Paideia: termo do grego antigo, empregado para sintetizar a noção de educação na sociedade grega clássica. Inicial-
mente, a palavra (derivada de paidos (pedós) - criança) significava simplesmente “criação dos meninos”, ou seja, referia-
se à educação familiar, aos bons modos e princípios morais. Será na mesma Grécia que se inicia um modelo de edu-
cação com um sentido relativamente semelhante ao que se utiliza hoje. (Fonte: <http://www.infoescola.com/educacao/
paideia/>. Acesso em 30 set. de 2015)
Postulado: sentença que não é provada ou demonstrada, por isso se torna óbvia ou se torna um consenso inicial para a 
aceitação de uma determinada teoria. O postulado não é, necessariamente, uma verdade muito clara, é uma expressão 
formal usada para deduzir algo, a fim de obter um resultado mais facilmente, através de um conjunto de sentenças. O 
postulado é uma proposição que, apesar de não ser evidente, é considerada verdadeira sem discussão. (Fonte: <http://
www.significados.com.br/postulado/>. Acesso em 30 set. de 2015)
GLOSSÁRIO
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Hiperdisciplinarização: processo de retaliação, fragmentação do conhecimento, perda da visão da totalidade, da com-
plexidade e pluralidade que compõem o universo.
Imbricação: sobreposição, relação estreita entre elementos que se sobrepõem.
Tessitura: organização, contexto.
Taylorismo: concepção de produção, baseada em um método científico de organização do trabalho, desenvolvida pelo 
engenheiro americano Frederick W. Taylor (1856-1915). Em 1911, Taylor publicou “Os princípios da administração”, obra 
na qual expôs seu método. A partir dessa concepção, o trabalho industrial foi fragmentado, pois cada trabalhador passou 
a exercer uma atividade específica no sistema industrial. A organização foi hierarquizada e sistematizada, e o tempo 
de produção passou a ser cronometrado. São características do Taylorismo: racionalização da produção; economia de 
mão de obra; aumento da produtividade no trabalho; corte de “gastos desnecessários de energia” e de “comportamentos 
supérfluos” por parte do trabalhador; acabar com qualquer desperdício de tempo. (Fonte: <http://www.infoescola.com/
administracao_/taylorismo/>. Acesso em 30 set. de 2015)
Fenomenologia: estudo de um conjunto de fenômenos e como se manifestam, seja através do tempo ou do espaço. 
É uma matéria que consiste em estudar a essência das coisas e como são percebidas no mundo. (Fonte: <http://www.
significados.com.br/fenomenologia/>. Acesso em 30 set. de 2015)
GLOSSÁRIO
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GABARITO
Questão 1
Resposta: Espera-se que o aluno seja capaz de perceber que somente pela legitimação da vontade popular e com o 
envolvimento dos segmentos que constituem a comunidade escolar (alunos, pais, funcionários, comunidade, sociedade 
civil e poder público) é que se dará a democratização do currículo. O envolvimento desses segmentos nas decisões 
sobre escolha de conteúdos, objetivos e metodologias é que mudará a distância que existe entre o que se ensina e o 
que se aprende.
Questão 2
Resposta: Alternativa D. 
Espera-se que o aluno tenha aprendido que os dois conjuntos de disciplinas da Idade Média chamavam-se o trivium e 
o quadrivium. No trivium eram ensinadas as matérias que também poderiam compor as chamadas ciências das palavras. 
Nesse período eram promovidas aulas de gramática latina, retórica e lógica. Passado esse estágio inicial, cursava as 
matérias do quadrivium, ou “ciências das coisas”, que abraçava as disciplinas de aritmética, geometria, astronomia e 
música. Depois disso, o aluno estava apto para exercer algum tipo de atividade ou, ainda, se especializar em direito, 
medicina e teologia. (Fonte: <http://www.brasilescola.com/historiag/universidades-medievais.htm>. Acesso em 30 set. 
de 2015)
Questão 3
Resposta: Alternativa A.
Espera-se que o aluno tenha compreendido a noção de currículo como uma ferramenta que professores e alunos 
devem utilizar, entenda que ele depende muito da relação dialógica que há entre os agentes da educação, sofrendo as 
intervenções do sistema da comunidade a que atende e das relações de poder que se estabelecem.
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Questão 4
Resposta: 1 / 2 / 3 e 5 são VERDADEIRAS. A Falsa é o item 4. Espera-se que o aluno tenha compreendido que o currículo 
é um processo de socialização e de inserção dos alunos na sociedade, a partir de relações de trocas que integram a 
vida escolar à vida social. Também é importante que os professores reconheçam os conhecimentos prévios dos alunos, 
a fim de formarem com mais propriedade o senso formal e crítico, a partir da experiência de vida dos própriosalunos.
Questão 5
Resposta: O aluno deve ser capaz de responder que esse conjunto de concepções empresariais foi chamado de Teorias 
Estruturalistas, que chegaram à educação com o nome de teorias técnicas, pelo americano John Franklin Bobbitt, em 
princípios do século XX. Consistiam em um modelo de atitudes que compunham o currículo, cujo objetivo principal residia 
na aquisição de habilidades intelectuais pela associação de teorias e práticas puramente mecânicas, mero processo de 
memorização. Baseadas nos princípios tayloristas e nos paradigmas do cientificismo, o objetivo principal dessas teorias 
era igualar o sistema educacional ao modelo organizacional e administrativo das empresas, padronizando o trabalho, a 
divisão de tarefas, a produção em massa, enfim, impondo regras para a aprendizagem e o desenvolvimento produtivo 
que visualizava a perfeição pela repetição.
Dessa forma, o currículo concentrava suas perspectivas na figura do professor, que era visto como o transmissor 
dos conhecimentos básicos necessários para a dinamização do trabalho em massa, que se configurava totalmente 
desprovido de perspectivas inovadoras e críticas, transformando os alunos em repetidores das fórmulas prontas já 
aprovadas por uma sociedade que encarava o aprender como uma atividade burocrática necessária para a produção e 
para a ascensão social. (Fonte da Figura: <https://pixabay.com/pt/professor-orientar-treinador-tutor-407360/>. Acesso 
em 30 set. de 2015)

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