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TROMBOSE VENOSA PROFUNDA

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267
CAPÍTULO 25
Unidade 3 - Ginecologia Trombose Venosa Profunda
Samuel de Paula Miranda
Rafael Nogueira de Macedo
Francisco das Chagas Medeiros
TROMBOSE VEnOSA PROFUnDA
1. INTRODUçãO
Comum em todas as especialidades médicas, a trombose venosa profunda 
continua sendo a doença mais negligenciada no cenário clínico atual. A não 
classiicação do risco de trombose venosa profunda e/ou embolismo pulmonar de 
todos os doentes hospitalizados, a ausência de proilaxia adequada nos doentes, o 
diagnóstico por vezes não tão óbvio e simples, resultam, por vezes, no tratamento 
de doentes que não têm trombose venosa profunda ou no não tratamento de quem 
a tem. Qualquer uma das duas situações deve ser evitada.
Na prevenção da trombose venosa profunda e do embolismo pulmonar, 
existem uma ampla variedade de procedimentos que podem ser utilizados. 
São classiicados como mecânicos (por exemplo, meia elástica, compressão 
pneumática intermitente, isioterapia motora) ou farmacológicos (por exemplo, 
heparina não fracionada, heparina de baixo peso molecular, anticoagulante oral), 
ambos são efetivos e devem ser utilizados, sempre que possível, de acordo com o 
grau de risco de trombose venosa profunda e/ou embolismo pulmonar.
A principal questão é como fazer o diagnóstico. Na trombose venosa 
profunda o diagnóstico clínico não sistemático não é suiciente, no entanto, 
o diagnóstico clínico com auxílio de um questionário nos permite classiicar o 
risco do indivíduo ter trombose venosa profunda em pequeno, médio e grande. A 
associação deste questionário e um exame complementar (ultrassonograia) pode 
ser na maior parte das vezes suiciente para tomar a decisão clínica.
O tratamento da trombose venosa profunda tem por objetivo evitar 
que o doente tenha as complicações associadas à doença (morte, embolismo 
pulmonar, recorrência da trombose venosa profunda e síndrome pós-trombótica) 
e as complicações associadas ao uso dos medicamentos (hemorragias e fraturas). 
O uso dos medicamentos pode causar outros eventos adversos que não são tão 
comuns, e se em uso deve estar atento a interação medicamentosa que pode existir 
com outros medicamentos que o doente esteja utilizando. 
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand
268
Todo esse cenário leva a uma relexão e a uma postura agressiva para 
prevenir e tratar adequadamente os doentes que tenham fatores de riscos ou que 
venham a apresentar fatores desencadeantes da trombose venosa profunda.
Os fenômenos tromboembólicos incidem em 0,2% a 1% durante o ciclo 
gravídico-puerperal. Metade das tromboses venosas é identiicada antes do parto 
e metade no puerpério. Se não tratadas, podem levar a embolia pulmonar em 15% 
dos casos.
Embora seja descrito separadamente o embolismo pulmonar é uma 
entidade nosológica em íntima associação com a trombose venosa profunda, 
apesar do quadro clínico bastante distinto entre uma e outra situação as duas 
possuem etiologias semelhantes. O embolismo pulmonar tem como característica 
importante com frequência necessitar de cuidados intensivos com oxigenioterapia, 
suporte ventilatório e medidas de suporte geral, o que implica num quadro clínico 
mais grave que a trombose venosa profunda. Em 5 a 10% dos casos o doente 
em tratamento da trombose venosa profunda evolui com embolia pulmonar 
clinicamente importante. Apesar da sua íntima associação o embolismo pulmonar 
não é objetivo desse capítulo.
2. fATORES DE RISCO
Gestação: cinco vezes maior que na não grávida, devido alterações 
isiológicas, como aumento do potencial trombogênico, diminuição da atividade 
ibrinolítica, aumento da distensibilidade venosa, compressão venosa pelo útero, 
diminuição de velocidade de luxo venoso (mais signiicativo no membro inferior 
esquerdo), trauma das veias durante o parto.
 » Parto cesariano (cinco vezes maior que no parto normal).
 » Tabagismo.
 » Idade materna avançada (> 40anos): a diminuição da resistência da 
parede da veia poderia propiciar a dilatação da mesma, com consequente 
diminuição da velocidade sanguínea, facilitando o desenvolvimento da 
trombose. Também foi encontrada uma menor atividade ibrinolítica 
nas veias das pernas de indivíduos de mais de 65 anos.
 » Obesidade: possivelmente pela diiculdade de mobilização de pacientes 
acamados e talvez a uma diminuição da atividade ibrinolítica que 
ocorreria em obesos.
 » Raça (maior prevalência em negras).
 » Necessidade de imobilização: o tempo de imobilização é um fator 
clínico muito importante. Mesmo com um período de imobilização 
menor que 7 dias a incidência de trombose pode ser de 15% e em 
Unidade 3 - Ginecologia
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Trombose Venosa Profunda
períodos mais longos pode chegar até a 80%.
 » Insuiciência venosa crônica.
 » Cardiopatias cianóticas: devido ao aumento da pressão venosa central, 
a diminuição da velocidade de circulação, imobilidade do paciente e 
talvez a hipóxia tecidual. 
 » Neoplasias: principalmente em pacientes submetidos a condições 
desencadeantes de TVP como operações, imobilização, fratura de 
quadril. Também porque certos tumores produzem ou induzem a 
produção de fatores pró-coagulantes e em outros há diminuição da 
atividade ibrinolítica. E ainda a iniltração ou compressão pelo tumor 
levando a redução do luxo sanguíneo.
 » Síndrome antifosfolípide.
 » Tromboilia: devem ser pesquisadas a deiciência congênita de proteína 
C, proteína S e anti-trombina III em pacientes jovens com TVP em locais 
não comuns. Assim como fator de Leiden, alteração da protrombina, 
anticoagulante lúpico, hiperhomocisteinemia, displasminogenemia 
e disibrinogenemia, entre outros, que também podem aumentar a 
incidência da doença.
 » Tromboembolismo prévio: a ocorrência de TVP prévia aumenta de 3 
a 4 vezes o risco de TVP em pacientes submetidos a operações. Este 
aumento pode ser por alguma predisposição do indivíduo (perpetuação 
dos fatores de risco individuais) ou por fatores locais, como obstrução 
venosa, alteração da parede ou da válvula venosa no local da TVP 
prévia.
 » Trauma: a interpretação da incidência é difícil devido à associação com 
fraturas de quadril e de membros inferiores. Incidência em trauma de 
membros inferiores = 69% e trauma de tórax, face ou abdome = 50%.
 » Anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal: os estrógenos 
aumentam os níveis sanguíneos de fatores de coagulação como o II, VII, 
VIII, IX e X, reduzem os níveis de antitrombina III, depletam o ativador 
do plasminogênio das paredes vasculares e aumentam complexos 
solúveis de monômeros de ibrina no plasma. Também alterações na 
viscosidade sanguínea e da parede vascular foram descritas com o 
uso de estrógenos. O risco de TVP aumenta 2 - 8 vezes com uso de 
anticoncepcional e 2 - 4 vezes na terapia de reposição.
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand
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3. QUADRO CLÍNICO
A sintomatologia clínica pode ser atípica sem sinais evidentes, porém 
algumas vezes o paciente se queixa de dores intensas na região comprometida, que 
pioram com a deambulação, com edema difuso (aumento ≥ 2 cm da circunferência 
em relação ao membro contra-lateral), cianose local e impotência funcional, 
dilatação das veias supericiais (não varicosa). Apenas 20% das TVP apresentam 
essa sintomatologia. Na maioria das vezes os sintomas podem ser provocados por 
testes clínicos indicativos: 
1) Dor à pressão na face interna da coxa (m. sartório e grácil);
2) Dor à pressão na face posterior do tornozelo; 
3) Dor à pressão na musculatura plantar;
4) Sinal da “bandeira”: empastamento da panturrilha.
5) Sinal de Bancroft: dor à compressão da musculatura da panturrilha; 
6) Sinal de Homans: dor à lexão dorsal do pé.
Nenhum sinal ou sintoma é patognomônico, necessitando de conirmação 
diagnóstica objetiva.
4. DIAGNóSTICO
Ultrassonograia em tempo real com Doppler colorido (Mapeamento 
duplex): procedimento de escolha para detectar TVP proximal. Não-invasivo,baseia-
se na total compressibilidade da veia normal com o transdutor e não-compressibilidade 
na presença de trombo. Sensibilidade e especiicidade de quase 100% em pacientes 
sintomáticas. A manobra de Valsalva auxilia na avaliação das veias ilíacas que se 
encontram atrás do útero gravídico, levando a aumento de 50 a 200% do diâmetro da 
veia femoral quando não há trombos. Na sua presença, o aumento é inferior a 10%. 
Nos casos em que a ultrassonograia teve resultado duvidoso deve ser realizada a
Flebograia: quando essa conirmar a trombose iniciar o tratamento 
imediatamente, quando essa não conirmar a trombose devem ser procurada 
outras causas para justiicar o quadro clínico. Nos casos em que a ultrassonograia 
não conirmar a trombose, deve-se repeti-la em 3 a 7 dias ou realizar a lebograia. 
Quando o resultado não conirmar a trombose, devem ser procuradas outras 
causas para justiicar o quadro clínico (tromboilias); quando conirmar iniciar o 
tratamento imediatamente.
Venograia ou lebograia ascendente: embora seja considerada padrão 
ouro na conirmação diagnóstica de TVP, só é indicada na gravidez quando os 
testes não-invasivos forem inconclusivos. É caro e pode apresentar complicações 
como alergia ao contraste. 
Unidade 3 - Ginecologia
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Trombose Venosa Profunda
Tomograia computadorizada: se com uso de contraste, a veia com 
trombose aparece com um conteúdo intraluminal de baixa densidade e com a 
parede de alta intensidade. Sua maior indicação é na visibilização de trombose de 
veia cava e de veias ilíacas.
Ressonância magnética: este exame tem a vantagem de veriicar a exata 
extensão proximal do trombo e a diferenciação entre quadro agudo e crônico. 
Permite ainda o diagnóstico de trombose em veias de difícil visibilização como as 
pélvicas, mas parece ter menor acurácia na detecção da obstrução do luxo venoso 
em vasos mais distais devido à presença do luxo lento. Suas desvantagens: é caro, 
operador dependente e pode não ser disponível em todos os serviços.
Na impossibilidade de realizar exames conirmatórios (ultrassonograia 
ou lebograia), diante da suspeita clínica o tratamento deve ser iniciado. 
 As indicações dos testes de tromboilia nos doentes com tromboembolismo 
venoso são: a) pacientes com menos de 50 anos sem neoplasias, b) pacientes com 
história familiar de tromboembolismo venoso, c) familiares jovens de pacientes 
com tromboilia, d) mulheres com história familiar de tromboembolismo venoso 
que estão grávidas ou que pretendem engravidar ou que pretendem tomar 
anticoncepcional ou que pretendem reposição hormonal.
5. TRATAMENTO
Medidas Gerais
 » Repouso com as extremidades inferiores elevadas e decúbito lateral 
esquerdo que diminui a compressão da veia cava inferior.
 » Meias elásticas de compressão graduada. Para ser útil, deve ser 
confeccionada de acordo com as medidas do membro inferior de cada 
doente. A meia elástica deve ser utilizada no tratamento de manutenção 
para reduzir a frequência da síndrome pós-trombótica.
 » Analgesia.
 » Deambulação precoce (logo que diminuírem os sinais logísticos).
Heparina
A heparina em doses terapêuticas é o medicamento de escolha no 
tratamento da trombose venosa profunda. Podem ser utilizadas, tanto a heparina 
não fracionada (HNF), por via intravenosa, assim como a heparina de baixo peso 
molecular (HBPM), por via subcutânea.
 » Pico de concentração: 4 a 5 horas após injeção.
 » Duração do efeito: 12 ou mais horas.
 » Não atravessa a placenta nem é secretada no leite materno.
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand
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O tratamento hospitalar da trombose venosa profunda (anexo 1) pode 
ser realizado com a heparina não fracionada ou com a heparina de baixo peso 
molecular. Ao utilizar a heparina não fracionada (5000 unidades internacionais/
ml), via endovenosa, iniciar com dose de ataque (80 unidades internacionais/
kg) e seguir com uso contínuo (18 unidades internacionais/kg/h) em bomba de 
infusão calibrada e ajuste da dose pelo TTPa (valores: 1,5 e 2,5 vezes o tempo 
inicial, solicitar com 6 horas e diariamente). Ao utilizar a heparina de baixo peso 
molecular via subcutânea utilizar dose terapêutica (note que existe variação de 
acordo com o fabricante) e veriicar o número de plaquetas no terceiro e no quinto 
dia. O uso da anti-vitamina K (Varfarina) deve ser iniciado junto com a heparina e 
a associação deve ser mantida por, ao menos, cinco dias. O RNI ou INR (Relação 
Normatizada Internacional) deve ser veriicado diariamente a partir do terceiro dia 
e a heparina descontinuada apenas quando o INR (valores: 2 até 3) tenham sido 
obtido por dois dias consecutivos; caso contrário, a heparina deve ser mantida até 
que esse objetivo tenha sido alcançado. Na descontinuação do uso da heparina 
deve ser mantida a varfarina em dose ajustada. Na impossibilidade do uso da 
varfarina para o tratamento de manutenção, pode ser utilizado a heparina de baixo 
peso molecular em doses terapêuticas (1mg/kg de peso 2 vezes ao dia).
Em gestantes, a dose de manutenção é de 5.000U, SC, a cada 8 ou 12 
horas. Esta via pode ser usada a partir do 5o ao 10o dias dependendo do quadro 
clínico da paciente. Deve ser mantida até seis semanas após o parto se a trombose 
ocorreu durante a gravidez. Se ocorreu durante o puerpério, manter por três meses. 
No puerpério podem ser utilizados os anticoagulantes orais.
Suspender heparina no início do trabalho de parto ou 12 horas antes 
do parto eletivo. Reiniciar seis horas após parto normal e 12 horas após parto 
operatório. A neutralização do pico de atividade da heparina é feito com 1mg de 
protamina/100 U de heparina.
Heparina de baixo peso molecular (Enoxaparina)
- Maior biodisponibilidade.
- Dispensável o controle laboratorial (resposta anticoagulante mais 
previsível)
- Não atravessa a barreira placentária.
- Produz menos plaquetopenia e osteoporose.
- Maior custo.
- O fator limitante para seu uso na gestação é o custo.
Anti-vitamina K (Varfarina)
- Atravessa a placenta e penetra na circulação fetal.
- Pode ser administrado a mães que amamentam.
Unidade 3 - Ginecologia
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Trombose Venosa Profunda
- Seu uso durante a gravidez geralmente é restrito a pacientes com válvulas
mecânicas entre 12 e 34 semanas, devido à heparina não proteger a mãe
da trombose da válvula cardíaca artiicial.
- Tem potencial teratogênico: condrodisplasia punctata, na exposição no 
1o trimestre; anomalias do sistema nervoso central, no uso nos 2o e 3o trimestres.
- Pico de ação: 24 a 36 horas.
- Depuração: 3 a 5 dias.
Pode ser utilizado em dois esquemas: a) iniciar com 10 mg nos dois 
primeiros dias, seguido por 5 mg no terceiro e quarto dia, no terceiro dia iniciar 
ajuste da dose de acordo com o INR; b) iniciar com 5 mg nos primeiros quatro 
dias, no terceiro dia ajustar a dose de acordo com o INR.
No tratamento de manutenção, o doente deve retornar em intervalos curtos 
para o ajuste do tempo de protrombina (TAP). Nos casos de trombose venosa 
profunda distal com fator desencadeante o tratamento de manutenção deve ser 
mantido por três meses, se o fator não persiste. Nos demais casos de trombose 
venosa profunda manter a varfarina por seis meses. Em ambas as situações, quando 
não existe a persistência dos fatores desencadeantes, descontinuar a varfarina 
e solicitar ultrassonograia venosa para estabelecer o padrão pós-tratamento. 
Se existir a persistência dos fatores desencadeante, manter varfarina até que os 
riscos estejam resolvidos. Veriicar a persistência dos fatores de risco, se ausentes 
solicitar ultrassonograia venosa e/ou plestimograia para estabelecer o padrão pós-
tratamento; se presente, continuar varfarina e considerar como terapia prolongada.
Na presença de hemorragia importante ou trabalho de parto na usuária de 
Warfarin, deve-se suspender o medicamento e administrar 5 a 10 mg de vitamina 
K, EV, juntamente com transfusão de plasma fresco congelado.
Trombolíticos
O uso de trombolíticos é uma opçãono tratamento da trombose venosa 
profunda proximal grave, porém sua indicação deve ser individualizada.
Filtro de Veia Cava
O uso de iltro de veia cava inferior deve ser realizado em: a) doente 
com episódios recorrentes de tromboembolismo venoso que ocorrem apesar da 
anticoagulação adequada; b) doente com trombose venosa profunda proximal nos 
quais é contra-indicado o uso de anticoagulantes.
Indicações de anticoagulação proilática:
- Tromboembolismo prévio à gestação atual: heparina 5.000 U, SC, 
durante toda a gravidez. Seis meses pós-parto com anticoagulante oral.
- Pacientes com prótese valvar metálica: fazer Heparina até a 13ª semana; 
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand
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Warfarin 2,5 a 10 mg a partir da 14a semana até 35a- 36a semana; Heparina no 
inal do terceiro trimestre, parto e 48 horas pós-parto, quando retorna ao Warfarin. 
Manter as pacientes internadas durante os períodos de transição devido ao alto 
risco de embolização.
Anexo 1 – Adaptado das diretrizes da Sociedade Brasileira de Angiologia 
e Cirurgia Vascular para tratamento hospitalar da TVP.
Observações:
• A Varfarina pode ser utilizada em dois esquemas: a) iniciar com 10 mg 
nos dois primeiros dias, seguido por 5 mg no terceiro e quarto dia, no terceiro 
iniciar ajuste da dose de acordo com o RNI; b) iniciar com 5 mg nos primeiros 
quatro dias, no terceiro dia ajustar a dose de acordo com o RNI. 
• Existe a possibilidade do uso da heparina não fracionada subcutânea a 
Unidade 3 - Ginecologia
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Trombose Venosa Profunda
cada 12horas com ajuste da dose pelo TTPa, na impossibilidade da utilização da 
heparina venosa.
• Na impossibilidade do uso da Varfarina, no tratamento de manutenção, 
pode ser utilizado a heparina não fracionada ou a heparina de baixo peso molecular 
em doses terapêuticas.

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