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EMERGÊNCIAS EM ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA. Prof MSc. Viviane Pinto Anestesiologia Veterinária ULBRA Emergência em Anestesiologia Veterinária • O que é emergência... “Situações em que o risco de morte do paciente é imediato, deixando pouco espaço de tempo para manobras” Urgência: situação em que o tempo-limite é mais complacente. Tem-se até algumas horas para estabilizar o paciente antes que entre em colapso. Ex. abdômen agudo DEFININDO EMERGÊNCIAS ANESTÉSICAS: Risco iminente de morte Reações anafiláticas Exacerbação de patologias pré-existentes Emergência anestésica – anestesia profunda Avaliação do paciente crítico: • Triagem • CAPUM: • C: Cena trauma • A: Alergia • P: passado-prenhez • U: última refeição • M: Medicação em uso • ABC com metas • Abordagem Avaliação do paciente crítico • Anamnese objetiva • Avaliação clínica rápida e focada – Nível de consciência – PA – Temperatura – Coloração mucosas – Ausculta pulmonar e cardíaca – Sensibilidade abdominal, fraturas • Determinar a gravidade do quadro • Emergência: atendimento imediato • Situação crítica: maior grau de consciência, mas situação precária • Urgência: algumas horas para atender o paciente • Urgência relativa: estabilidade hemodinâmica, mas requer atenção Emergência • Treinamento da Equipe... PROFUNDIDADE ANESTÉSICA • SINAIS CLÍNICOS: – Pupilas: – Depressão ou parada respiratória: – Reflexos protetores:????? – Hipotensão e TRC: – Taquicardia / bradicardia / arritmias (hipóxia); Causas: • Dose excessiva absoluta • Dose excessiva relativa • (dç. pré-existente=susceptibilidade) • Ventilação inadequada • Hipotermia • Tratamento: • Injetáveis: • Analépticos – Doxapram • Vasoativas – Dopamina – Noradrenalina • Reversores – Naloxona – Ioimbina – Flumazenil – Inalatórios: • Reduzir [ ] • O2 100% • Ventilar a cada 5” (12 mov/min) Manter paciente aquecido!!!!!! APNÉIA X HIPOXEMIA: • Emergência?????? • Alterações na monitorização: – Mucosa – TPC – Pulso • Tratamento: – Ventilação controlada com 100% de O2 – VG 26 BRADICARDIA. • Em cães: – Inferior a 60 bpm. • Em gatos: – Inferior a 120 bpm. • Causas: Insuficiência CV: Hipoxemia Baixo retorno venoso Miocardiopatia Endocardite Reflexo vagal (s.parassimpático) Hipoxia Est.orofaríngea Manipulação visceral Depressão do SNC Fármacos anestésicos PIC aumentada Hipotermia • TRATAMENTO → Depende da causa!!!! – Expansão volume plasmático – Fármacos: • Atropina 0,022mg/kg, IV • Glicopirrolato 0,005mg/kg, IV • Dopamina 5a 7g/Kg/min, IV – Massagem cardíaca se FC< 40bpm PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: • Definição: – Ineficiência cardíaca em bombear sangue e manter perfusão dos tecidos É a maior de todas as emergências Parada cardiorrespiratória • Estado de inconsciência • Ausência de pulso femoral palpável, de movimentos respiratórios • Silêncio auscultatório ↑ TPC Palidez, Cianose Ausência de sangramento Dilatação Pupilar PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA O QUE FAZER???!!!! RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR: RCP SBV Suporte básico à vida SAV Suporte avançado à vida SPV Suporte prolongado à vida RCP Suporte Básico à Vida A = Via aérea B = Suporte respiratório C = Suporte circulatório Suporte Avançado à Vida -D = Diagnóstico e drogas -E = Electrocardiografia -F = Controle da fibrilação Suporte Prolongado à Vida -G = Resposta do paciente -H = Proteção cerebral -I = Cuidados Intensivos Suporte básico à vida (SBV): A • Airway: – Via aérea patente – manutenção respiratória = Entubar!!! SBV: B • Breathing: ventilação 10 ventilações por minuto Independente das compressões SBV: C • Circulação: (1 min) • Restabelecer circulação • FC: 100 bpm • Compressão abdominal? – (melhor retorno venoso) SVB: C • Animais <10kg preferencialmente decúbito lateral direito – Compressão com mãos dos dois lados – Tentativa de “bomba cardíaca” •Decúbito dorsal – Certas raças: Maior atuação da “bomba torácica” • Compressão de 30% do tórax Massagem sem parar!!!!!! • Ciclos de 2 minutos , interrupção máxima 10s entre os ciclos A B C C A B 2012Colegio norte americano de emergências e cuidados intensivos VET. Mudou diretrizes Com os pequenos: Decúbito dorsal Mãos firmes e em concha Massagem externa/interna?? (decúbito) Suporte avançado de vida (SVA) • Colocação de ECG • Administração de drogas – IV – Intratraqueal – intraóssea Rápida -Pelo tubo endotraqueal -Eficaz na ausência de doença pulmonar -Adrenalina, lidocaína atropina Traçado ECG • Assístole: (inatividade elétrica) • Fibrilação ventricular: (atividade elétrica ineficaz) • Dissociação eletromecânica: – (atividade elétrica organizada mas sem contração) • Identificação: “ ECG” ECG Assistolia Fibrilação Ventricular Taquicardia Ventricular Batimentos ectopicos ventriculares – deterioração hemodinamica, ausência pulso Dissociação Eletromecânica Ausência pulso em presença atividade elétrica SVA: D • Drugs and definitive therapy: (2 min após início) – Cristalóides – Adrenalina (dose baixa) • Reavaliar!!! – Atividade cardíaca? Qual? SVA: D • Expansão do volume circulatório – Cristalóides: 50ml/kg/h – Colóides: 20 ml/kg/h – Soluções hiperconcentradas: 4-8ml/kg/h SVA: D ECG (alterações mais comuns) • Assistolia • Bradicardia Sinusal • Fibrilação ventricular • Bradicardia ventricular • Dissociação eletromecânica • Taquicardia ventricular Assistolia SVA: • Drogas :Assistolia : • Adrenalina em “bolus” (cada 3-5`) • Dose: 0,01 mg/kg/q3-5 min –(receptores β e α-adrenérgicos dos vasos e coração) » IT: 0,5 a 1 mg/kg (Dose alta) » IV: 0,01 mg/kg IV (dose baixa)c/ halogenado » IV: 0,05-0,2 mg/kg – Diluída: 1mg/ml - frasco ampola – +9 ml de solução fisiológica = solução com 0,1mg/ml – 1 a 2 ml / 10kg de peso vivo IV • Adrenalina • Quando possível usar vasopressina 0,7 UI/kg junto com adrenalina • Intra-cardíaca: pouco indicada!!! Fibrilação Ventricular Taquicardia Ventricular Dissociação eletromecânica • Atividade elétrica sem batimentos!! – (Fibrilação ventricular) • Desfibrilador elétrico • Desfibrilação química (drogas)???? Tratando a FV Desfibrilação elétrica –”cardioversão” Monofásico externo Externo: 4 a 6 J/kg Interno: 0,5-1J/kg Bifásico Externo: 2 a 4 J/kg Interno: 0,2 a 0,4 J/kg Desfibrilação Ventricular Posicionamento dos eletrodos Choque na expiração Precocidade da desfibrilação 1 min = perda 10% da chance de reverter Desfibrilador • Aparelho de custo alto para maioria das clínicas • Opção de tratamento medicamentoso ???? Tratamento medicamentoso para desfibrilação Desfibrilação química: Resultados pouco satisfatórios Cloreto de potássio (KCl):1mEq/kg Acetilcolina 6mg/kg + 1ml/10kg de cloreto de Ca. Potássio despolariza fibras e acetilcolina hiperpolariza = “atividade elétrica” Pouco efetivo!!!! SVA: D SVA: D SVA: D • Antagonizar: • narcóticos analgésicos • benzodiazepínicos • xilazina SVA • Retorno da atividade cardíaca! • Avaliar: FC, Pulso, Ritmo Cardíaco, Mucosa – Se bradicardia e hipotensão: • Atropina (anticolinérgico) »0,022-0,0044mg/Kg IV –Dopamina (efeitos β adrenérgico) »↑ débito (inotrópico +) e melhora perfusão renal »8 μg/kg/min(infusão continua) • Se arritmias (pós RCP): – Lidocaína: 2- 8 mg/kg IV (sem vaso!!) SVA • Drogas • Catecolaminas – Dopamina – 2 μg/kg: efeito dopaminérgico • Age receptores B1 – ↑ 8 μg/ kg efeito Beta • aumento força contração coração e PA - ↑ 15 μg/kg efeito alfa predominante • Aumento FC, ↑Resistência vascular, ↑ PA SVA • Dobutamina – 2-3mg/kg/min – Até 5mg/kg/min • Norepinefrina – 0,05mg/kg/min SVA • Se taquicardia e hipertensão: • Anti-hipertensivo: • Hidralazina (vasodilatador de ação direta) – 0,5-2 mg/kg q12h ou 0,2mg/kg IV/IM q2h • Enalaprilato (inibidor da ECA): 0,2 mg/kg q1- 2h IV SVA • Nitroprussiato – C: 1-5 mcg/kg/min (máximo 10 mcg/kg/min) – F:0,5-5mcg/kg/min)• Propanolol (bloqueador B-adrenérgico): 0,5 a 1mg/kg q8h • Acepromazina (0,05 mg/kg) IV • Atenolol (bloq. B-adrenérgico):0,25-1mg/kg q12h • Furosemida: 1-4 mg/kg q8h RCP • 1 reanimador: só massagem • 2 reanimadores: Massagem + vias aéreas e ventilação • 3 reanimadores: Massagem+ vias aéreas e ventilação+ acesso vascular e fluído • 4 reanimadores: Massagem+ vias aéreas e ventilação+ acesso vascular e fluído + circulação e monitoração Suporte prolongado de vida (SVP) Monitorização -Temp. retal e periférica -ECG; FC; FR -Mucosas; TRC; Dor -Pulso; Pressão sanguínea - Débito urinário -Ht; PT; Gases sanguíneos -Lactato; Bioquímicos -Glicose -Doppler - Capnografia -Oxímetria -Plaquetas -Fibrinogênio SVP • Na recuperação: – convulsão (edema cerebral) – novas PCP!! – Depressão respiratória TX SUCESSO BAIXA Bom Final de Semana !!!
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