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O desenvolvimento do Estado-nação deve estar diretamente relacionado com a sua capacidade de mobilidade de pessoas e mercadorias, para tornar esse país competitivo em qualquer cenário ao atender suas demandas e necessidades de transporte. Com isso, o desequilíbrio entre as modais de transporte dificultam o desenvolvimento do mesmo. No Brasil, segundo a CNT (Confederação Nacional de Transporte), com dados de 2019, o modal rodoviário é o que possui a maior participação na matriz de transporte, concentrando, aproximadamente, 61% da movimentação de mercadorias e 95% da de passageiros. O Brasil é o país que tem a maior concentração rodoviária de transporte de cargas e passageiros entre as principais economias mundiais - contra 53% da Austrália, 50% da China, 43% da Rússia, 32% da Rússia e 8% do Canadá, segundo dados do Banco Mundial. daí a importância na abordagem desse sistema. Portanto, ao compararmos o cenário do sistema de logística de carga e passageiros do Piauí, vemos que o mesmo segue o cenário de má gestão e planejamento do sistema de transporte nacional: · Rodoviário: não há trechos privatizados, sendo total responsabilidade da Federação e do governo Estadual, possuindo grandes entroncamento rodoviários, possuindo acesso à Estados que limitam geograficamente. · Ferroviário: O estado possui um trecho ativo de apenas 220km, no entanto está em andamento a construção da nova Transnordestina, importante pra elevar a competitividade de produção na região. · Hidroviário: é o único estado do Nordeste que a capital não está no Litoral e que não possui um porto. Existe um projeto do porto de Luís Correia que se iniciou em 1976 com recursos públicos, em meio às diversas interrupções a obra se arrasta até os dias atuais. · Aeroviário: o estado possui apenas dois aeroportos em operação de voos de carreira e de carga. Logo, ainda considerando que o transporte rodoviário é o mais utilizada no Brasil e o mesmo acontece no Estado no Piauí, podemos destacar alguns pontos positivos e negativos. · Positivos: Agilidade e rapidez na entrega da mercadoria em curtos espaços; vendas que possibilitam a entrega na porta do comprador; movimentação menor da mercadoria, reduzindo assim, os riscos de avarias; Exigência de embalagens a um custo bem menor; · Negativos: a menor capacidade de carga entre todos os modais; custo elevado da sua infraestrutura; um modal bastante poluidor do meio-ambiente; deve estra em constante manutenção, gerando altos custos; Por fim, formulação de objetivos e diretrizes para o transporte nacional é de responsabilidade do governo federal, dessa forma, vale ressaltar a Política Nacional de Transportes, cujos objetivos e princípios são “envidar os esforços necessários para que as suas ações sejam refletidas e materializadas em uma rede de transportes eficiente, confiável e sustentável, com segurança e racionalidade.” Visto isso, ela estabelece diretrizes de atuação que devem ser analisadas e estudadas para a melhora no sistema de transporte, como a divulgação de dados de setores do transporte; gestão de infraestrutura; regulamentação e fiscalização dos serviços, etc. Logo, a má qualidade da nossa matriz também é um problema que segundo a PNLT (2006) poderia se economizar 2,5 bilhões de reais por ano caso houvesse melhores medidas para o equilíbrio da matriz de transporte brasileira e que está relacionada a falta de planejamento e gestão na elaboração de políticas públicas. REFERÊNCIAS TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Os fluxos e os sistemas de transporte. In: Geografia Conexões: Estudos de Geografia Geral e do Brasil. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2010. cap. 29, p. 414-427. COLAVITE, Alessandro Serrano; KONISHI, Fabio. A Matriz do Transporte no Brasil: uma análise comparativa para a competitividade. XII Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, Tema: otimização de recursos e desenvolvimento, p. 11, 2015. Disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos15/802267.pdf. Acesso em: 24 abr. 2020. BBC NEWS. Por que o Brasil depende tanto do transporte rodoviário?. G1, São Paulo, 24 de maio 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/por-que-o-brasil-depende-tanto-do-transporte-rodoviario.ghtml. Acesso em: 26 abr. 2020. LUIZ, Jose Alberto Alencar, et al. INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA DO ESTADO DO PIAUÍ: Situação atual e alternativas para melhorar o escoamento da produção do estado. XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO, Fortaleza – CE, p. 14, 2015. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_WPG_206_222_27151.pdf. Acesso em: 26 abr. 2020. Pesquisa Rodoviária – Relatório Gerencial. Brasília: Confederação Nacional do Transporte. Disponível em: https://pesquisarodovias.cnt.org.br/downloads/ultimaversao/gerencial.pdf. Acesso em: 26 abr. 2020. Política Nacional de Transportes: Resumo Executivo / Livro de Estado e Caderno das Estratégias Governamentais. Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Brasília: MTPA, 2018
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