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CRIME DE TORTURA – LEI Nº 9.455 97

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WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR 
 
CRIME DE TORTURA – LEI Nº 9.455/97 
 (Doutrina, Jurisprudência e exercícios de fixação) 
 
VALDINEI CORDEIRO COIMBRA 
Mestre em Direito Penal Internacional pela Universidad Granada - Espanha 
Especialista em Direito Penal e Processual Penal pelo ICAT/UNIDF 
Especialista em Gestão Policial Judiciária – APC/Fortium 
Professor de Preparatórios para Concursos Públicos 
Coordenador do www.conteudojuridico.com.br 
Delegado de Polícia Civil do Distrito Federal 
Ex-analista judiciário do TJDF 
Ex-agente de polícia civil do DF 
Ex-agente penitenciário do DF 
 Ex-policial militar do DF 
vcoimbr@yahoo.com.br 
 
COMENTÁRIOS INTRODUTÓRIOS 
Muitos anos se passaram desde a criação da Declaração Universal dos 
Direitos Humanos, firmada em 10.12.1948 até a Lei n° 9.455, de 7 de abril de 1997, 
que define o crime de tortura no Brasil. Referida Declaração dos Direitos Humanos 
prevê em seu art. V, que "ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou 
castigo cruel, desumano ou degradante", entretanto não definiu o que seria a 
conduta do crime de tortura. 
 
Em 1969, foi criada a Convenção Americana de Direitos Humanos, que 
em seu art. 5°, 2, dispôs: "Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou 
tratos cruéis, desumanos ou degradantes". Também não definiu a conduta do crime 
de tortura. 
 
Somente com a Convenção Contra a Tortura e outras Penas ou 
Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes, firmada em 10.12.1984, em Nova 
York, assinada pelo Brasil em 1985 e ratificada em 1991, foi definido a tortura, no 
seu art. 1° da seguinte forma: 
Para fins da presente convenção, o termo 'tortura' designa 
qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, 
físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma 
pessoa a fim de obter, dela ou de terceira pessoa, 
informações ou confissões; de castigá-la por ato que ela 
ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita 
de ter cometido; de intimidar ou coagir esta pessoa ou 
outras pessoas; ou por qualquer motivo baseado em 
discriminação de qualquer natureza; quando tais dores ou 
sofrimentos são infligidos por um funcionário público ou 
outra pessoa no exercício de funções públicas, ou por sua 
instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência. 
Não se considerará como tortura as dores ou sofrimentos que 
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sejam conseqüências unicamente de sanções legítimas, ou 
que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram1. 
 
Observa-se que a Convenção Contra a Tortura e outras penas define a 
tortura como crime próprio praticado por agente público. 
 
Referida Convenção, em seu art. 2°, estabelece que "Cada Estado 
Parte tomará medidas eficazes de caráter legislativo, administrativo, judicial ou de 
outra natureza, a fim de impedir a prática de atos de tortura em qualquer território 
sob sua jurisdição". 
 
Em 1985, surge a Convenção Interamericana para Prevenir a 
Tortura, que em seu artigo 1° dispôs: "Os Estados Partes obrigam-se a prevenir e a 
punir a tortura, nos termos desta Convenção", vindo também a definir o termo 
tortura, no seu art. 2°, como sendo: 
Todo ato pelo qual são infligidos intencionalmente a uma 
pessoa penas ou sofrimentos físicos ou mentais, com fins 
de investigação criminal, como meio de intimidação, como 
castigo pessoal, como medida preventiva, como pena ou 
com qualquer outro fim. Entender-se-á também como 
tortura a aplicação, sobre uma pessoa, de métodos 
tendentes a anular a personalidade da vítima, ou a diminuir 
sua capacidade física ou mental, embora não causem dor 
física ou angústia psíquica. 
 
Na Europa, em 1987 surge a Convenção Européia para a prevenção da 
tortura e das penas ou tratamentos desumanos ou degradantes, firmada em 
Strasbourg, criando-se um Comitê Europeu com atribuição de realizar visitas nos 
estabelecimentos penais dos Estados membros, visando à fiscalização. 
 
Em 1989, surge a Convenção Sobre os Direitos da Criança, que 
também fez referencia ao combate à tortura, determinando em seu art. 37, que "os 
Estados partes assegurarão que nenhuma criança seja submetida à tortura nem a 
outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes". 
No Brasil, o legislador constituinte de 1988, seguindo os diplomas 
internacionais, já ratificados pelo país, dispôs sobre o tema em dois dispositivos da 
Constituição Federal. No inciso III, do art. 5°, determina que "ninguém será 
submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante". E no inc. XLIII, 
estabelece que "a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça 
ou anistia a prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem", ou seja, 
equiparou o crime de tortura aos crimes hediondos, terrorismo e tráfico de drogas. 
Assim, apesar de já termos a definição da tortura, nas convenções 
acima mencionadas, não tínhamos o crime de tortura tipificado no ordenamento 
jurídico brasileiro, sendo que o Código Penal previa a tortura, apenas como uma 
circunstância agravante (art. 61, III, "d"). No entanto a Lei n° 8.069/90, Estatuto da 
Criança e do Adolescente - ECA, previa em seu art. 233, o crime de tortura, sem 
 
1 Ratificado pelo Brasil pelo Decreto n. 40, de 15 de fevereiro DE 1991. 
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defini-lo, restringindo sua punição apenas para os casos de tortura contra criança ou 
adolescente. 
A Lei n. 8.072/90, que define os crimes hediondos, equiparou o crime 
de tortura a hediondo, quando em seu art. 2º dispôs: 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são 
insuscetíveis de: 
 I - anistia, graça e indulto; 
 II - fiança. 
 § 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida 
inicialmente em regime fechado. 
 § 2o A progressão de regime, no caso dos condenados 
aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento 
de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 
3/5 (três quintos), se reincidente. 
 § 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá 
fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. 
 § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 
7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste 
artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
Em 07 de abril de 1997, finalmente o legislador cuidou de definir o 
crime de tortura através da Lei n°. 9.455, trazendo algumas variações da tortura, 
considerando ainda como um crime comum, admitindo a sua prática por qualquer 
pessoa, seja particular, seja agente público, este último sendo punido de forma mais 
grave, senão vejamos: 
 
LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997. 
 
 
Define os crimes de tortura e dá outras 
providências. 
 
 Art. 1º Constitui crime de tortura: 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe 
sofrimento físico ou mental: 
 
O fato de constranger alguém pode desencadear crimes como constrangimento ilegal e 
abuso de autoridade conforme abaixo listado: 
Código Penal - Constrangimento ilegal 
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver 
reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei 
permite, ou a fazer o que ela não manda: 
Lei 4898/65 - Abuso de Autoridade 
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: 
I - à incolumidade física do indivíduo; 
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a) com o fim de obter informação, declaração ou confissãoda vítima ou de terceira 
pessoa; (tortura prova) 
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; (tortura crime) 
c) em razão de discriminação racial ou religiosa; (tortura racismo) 
Sujeito ativo - o crime pode ser praticado por qualquer pessoa, portanto trata-se de crime 
comum. No caso de ser praticado por agente público, a lei dá um tratamento especial no § 4°, 
punindo com um aumento de pena de um sexto a um terço, além de que a condenação 
acarretar a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo 
dobro do prazo da pena aplicada. 
 
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de 
violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de 
aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. (tortura castigo) 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
A tortura-castigo é crime próprio, pois o sujeito ativo somente poderá ser quem possua 
autoridade, guarda ou poder sobre a vítima (pai, tutor, curador, diretor ou funcionário de 
hospital, colégio), enquanto que a sujeito passivo, somente pode ser pessoa que esteja sob a 
autoridade, vigilância, guarda ou poder do sujeito ativo (filho, tutelado, curatelado, internado) 
A tortura-castigo se assemelha o crime de maus-tratos, previsto no CP, art.136, o qual 
dispõe: "expor a perigo a vida ou a saúde da pessoa sob sua autoridade, guarda ou 
vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando de 
alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou 
inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina". Entretanto, no crime de 
tortura-castigo, a lei exige que a vítima seja submetida a sofrimento físico ou mental, com 
intensa dor, enquanto que no código penal, não há essa exigência. 
 
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de 
segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não 
previsto em lei ou não resultante de medida legal (tortura-castigo). 
Comentário: aqui temos outra hipótese de tortura-castigo, praticada por agentes públicos, 
pois o dispositivo fala em pessoa submetida à prisão ou sujeita à medida de segurança, 
assim, trata-se de crime próprio, pois o sujeito ativo somente poderá ser quem detém a 
custódia da vítima submetida à prisão ou medida de segurança. Ressalte-se que o sofrimento 
por si só, relacionado à privação da liberdade, não constitui tortura, pois é resultante da 
medida legal (prisão ou medida de segurança). 
O crime em comento guarda uma semelhança com o crime tipificado na Lei n° 4.898/65 
(abuso de autoridade), no seu art. 4°, b, que dispõe: submeter pessoa sob sua guarda ou 
custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei, entretanto com ele não se 
confunde, pois na tortura, a vítima deve ser submetida a um sofrimento físico ou mental, 
intensa dor, enquanto que no crime de abuso de autoridade, basta que a vítima seja 
exposta a vexame desnecessário, como por exemplo, exibir presos nus apenas com o fim 
de humilhá-los. 
 
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§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-
las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. 
Comentários: responde pelo crime de tortura as pessoas que, tendo conhecimento de sua 
prática, omitirem-se, deixando de apurá-los ou evitá-los. Na conduta omissiva de apuração, o 
responsável será sempre uma autoridade, que seja competente para tanto. Já no caso de se 
evitar a tortura, o sujeito ativo poderá ser não só a referida autoridade, bem como qualquer 
outro pessoa que, de alguma maneira, teria condições de impedir a consumação do delito e 
que se enquadra em uma das hipóteses do art. 13,§ 2°, do CP: "o dever de agir incube a 
quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção e vigilância; b) de outra forma, assumiu 
a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco 
da ocorrência do resultado". 
Em virtude da pena cominada (detenção de um a quatro anos), o delito comporta a 
suspensão do processo, previsto no art. 89 da Lei n. 9.099/95, cabendo ainda a substituição 
da pena de prisão, por restritiva de direitos, nos termos do art. 44 do Código Penal, desde 
que o réu preencha os demais requisitos. 
O crime de omissão tratado no referido dispositivo (§ 2° do art. 1°), não pode se assemelhar a 
crime hediondo, pois o legislador cominou pena de detenção, a qual possui o regime semi-
aberto, sendo que o § 7º da Lei de Tortura excepciona o crime de omissão previsto no §2º do 
regime inicial fechado. 
 
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de 
reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis 
anos. 
Comentários: São os casos de tortura qualificada pelo resultado (preterdolosa). Aqui, a lesão 
corporal e a morte são conseqüências culposas da tortura. Não são desejadas pelo autor, que 
age com dolo no antecedente (tortura) e culpa no conseqüente (lesão corporal grave ou 
gravíssima ou morte, resultados não pretendidos). 
Assim, ocorrendo os resultados acima descritos, faz necessário demonstrar que o autor não 
quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo. Caso contrário, responderá por tortura 
simples e lesão corporal grave ou gravíssima, em concurso formal, ou por homicídio 
qualificado pela tortura, art. 121, §2°, III, do CP, conforme a hipótese. 
Ressalte-se que esta qualificadora não se aplica à figura omissiva do §2º. 
 
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: 
I - se o crime é cometido por agente público; 
Comentários: No inciso I, a Lei refere-se a "agente público", sem defini-lo, portanto, a melhor 
solução é considerar a disposição do art. 5° da lei n° 4.898/65, equiparando o conceito de 
autoridade como agente público, ou seja aquele que exerce cargo, emprego ou função 
pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. 
No caso dos crimes próprios que exigem qualidade especial do sujeito ativo, como sendo 
agente público (art. 1°, § 1°), essa causa de aumento não deve incidir, sob pena de violação 
ao princípio do ne bis in idem. 
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II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, 
adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 
2003) 
No inciso II, temos uma causa de aumento de pena idêntica às circunstâncias agravantes, 
previstas no art. 61, inc. III, "h" do Código Penal: contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, 
enfermo ou mulher grávida. Por se tratar de norma especial, quando da fixação da pena, o 
juiz deverá abster de considerar tais circunstâncias como agravante e utilizá-las na terceira 
fase da dosimetria da pena como causa de aumento de pena, atendendo o comando do art. 
61, caput, que dispõe: são circunstância que sempre agravam a pena, quando não 
constituem ou qualificam o crime. 
 III - se o crime é cometido mediante seqüestro. 
No caso do inciso III, crime cometido mediante seqüestro, deve ser considerado o seqüestro 
prolongado, uma vez que o arrebatamento da vítima por uma duração estritamente 
necessária para a prática da tortura, ficará absorvida pela tortura. 
 
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a 
interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. 
Comentário: O Código Penal, no seu artigo 92, prevê os efeitos da condenação, entre eles, 
a perda do cargo, função pública ou mandato eletivo nos crimes praticados com abuso de 
poder ou violação de dever para com a Administração Pública, exigindo-se declaração 
expressa e motivada do juiz, a aplicação deste efeito. Já a perda do cargo, função ou 
emprego público, bem como a interdição para o seu exercício pelo dobrodo prazo da pena 
aplicada por condenação ao crime de tortura, não depende de declaração expressa, é 
efeito automático da condenação. O STJ neste sentido se manifestou: 
 
HC 95335 / DF 2007/0280629-7 5ª T. Mini. Arnaldo Esteves Lima 
PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE TORTURA. ART. 1º, § 5º, 
DA LEI 9.455/97. PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA. EFEITO OBRIGATÓRIO DA 
SENTENÇA. NULIDADE. NÃO-OCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA. 
1. A perda do cargo público e a interdição do seu exercício pelo dobro do prazo da 
pena aplicada é efeito genérico, automático e obrigatório da condenação 
imposta ao paciente, sem que seja necessária fundamentação específica para 
a sua aplicação (art. 1º, § 5º, da Lei 9.455/97). 
STJ RESP 700.468 [...] 4. A condenação por delito previsto na Lei n° 9.455/97 
acarreta, como efeito extrapenal automático da sentença condenatória, a perda 
do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo 
dobro do prazo da pena aplicada. 5. Recurso conhecido, em parte, e improvido. 
(REsp 799.468/AP, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, SEXTA TURMA, julgado 
em 21.09.2006, DJ 09.04.2007 p. 290) 
 
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, 
A anistia é concedida através de Lei Federal, de competência exclusiva (não delegável) da 
União (CF, art. 21, XVII) e privativa do Congresso Nacional (art. 48, VIII da CF), com sanção 
do Presidente da República. É lei penal de efeito retroativo que retira as conseqüências de 
alguns crimes já praticados, promovendo o seu esquecimento jurídico. Refere-se a fatos e 
não a pessoas, e por isso, atinge todos que tenham praticado delitos de certa natureza. Pode 
ocorrer antes ou depois da sentença penal condenatória (anistia própria ou imprópria). 
Distingue-se da abolitio criminis (art. 2° do CP), uma vez que nesta a norma penal 
incriminadora deixa de existir, enquanto na anistia são alcançados apenas fatos passados, 
continuando a existir o tipo penal. A Lei de Tortura não admite a anistia. 
WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR 
Em relação à Graça, a lei não a admite a sua concessão, ficando omissa em relação ao 
indulto, surgindo assim dúvidas se o legislador quis ou não proibir a concessão de indulto. 
Isso porque a doutrina define graça como sendo o indulto individual, enquanto que indulto 
seria a graça coletiva (ou indulto coletivo). Na verdade o legislador infraconstitucional apenas 
acompanhou o legislador constituinte, pois a Constituição Federal, em seu art. 5°, inc. XLIII, 
proibiu a concessão de graça e anistia, para os crimes hediondos, tortura, terrorismo e tráfico 
de drogas, não fazendo nenhuma referência em relação ao indulto. Graça é um termo mais 
amplo, abrangendo indulto individual e o indulto coletivo. 
Assim, definimos graça como sendo um benefício individual concedido mediante provocação 
da parte interessada, enquanto o indulto é de caráter coletivo e concedido espontaneamente. 
Ambos os institutos são concedidos pelo Presidente da República (art. 84, XII da CF), que 
podem ser delegados aos ministros de Estado ou ao Procurador-geral da República e 
Advogado-Geral da União (Art. 84, par. único., CF). A CF/88, no art. 84, XII da CF, só tratou 
do indulto, entretanto no art. 5° XLIII, menciona a anistia e a graça, sendo que a LEP, ao 
tratar da graça, o faz como indulto individual (art. 188). 
Acompanhando os decretos presidenciais de concessão de indulto, que normalmente são 
publicados no mês de dezembro de cada ano, percebe-se que o Presidente não tem 
concedido indulto para autores de crimes hediondos, por crime de tortura, terrorismo ou 
tráfico ilícito de drogas. Por fim a faculdade presidencial de conceder indulto pode ser 
limitada, não só por dispositivos constitucionais, mas também pela legislação ordinária. 
 
 § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o 
cumprimento da pena em regime fechado. 
Em virtude do crime de tortura ser equiparado aos crimes hediondos, faz-se 
necessário a combinação do § 7° do art.1° da Lei 9.455/97, com o § 2° do art. 2° da 
Lei N° 8.072/90, para a definição do regime prisional aos condenados por crime de 
tortura, cujo regime inicial será o fechado e os requisitos para progressão de regime 
serão os mesmos dos crimes hediondos, ou seja, após o cumprimento de 2/5 (dois 
quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente, 
além do bom comportamento carcerário, exigido pela Lei n° 7.210/84. 
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido 
em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local 
sob jurisdição brasileira. 
Comentários: Temos aqui o princípio da extraterritorialidade, também previsto no art. 7° do 
Código Penal, o qual consiste na aplicação da lei brasileira aos crimes praticados fora do 
território nacional. Assim, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob 
jurisdição brasileira, o Brasil poderá aplicar os dispositivos da Lei de Tortura. 
Na primeira hipótese, sendo a vítima brasileira, tem-se o princípio real, da defesa ou 
proteção, levando-se em conta a nacionalidade do bem violado, tratando-se ainda de uma 
extraterritorialidade condicionada (art. 7°, II do CP), exigindo-se a ocorrência das condições 
previstas § 2° do art. 7° do Código Penal, quais sejam: a) entrar o agente no território 
nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído 
entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente 
absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no 
estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais 
favorável. 
Na segunda hipótese, em que o agente encontrar-se em local sob jurisdição brasileira, aplica-
se o princípio da jurisdição universal ou cosmopolita, pois o crime de tortura é reconhecido 
pela comunidade internacional, ou seja, o bem jurídico tutelado é reconhecido como um bem 
de natureza internacional, onde os interesses nacionais cedem diante do direito universal. 
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Essa é uma tendência quando se trata de crimes que violam direitos humanos, sendo que a 
tortura encontra definição no Estatuto de Roma, como crime contra a humanidade. 
Ressalte-se que em 2004, através da Emenda Constitucional n° 45, tivemos uma alteração na 
Constituição Federal, relacionada à competência para julgamento das causas que envolvem 
direitos humanos, visto que foi acrescido ao art. 109, o inciso V-A, dispondo: "as causas 
relativas a direitos humanos a que se refere o § 5° deste artigo", são de competência dos 
juízes federais (art. 109 caput). E no § 5° dispôs: "Nas hipóteses de grave violação de direitos 
humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de 
obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja 
parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito 
ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal". Aqui temos 
a Federalização dos crimes que violam os direitos humanos, tornando a Justiça Federal a 
competente para julgamento das causas violadoras destes direitos, sendo que o § 5°, foi 
apelidado de incidente de deslocamento de competência, o que vem sendo questionado junto 
ao STF, pela Associação dos Magistrados Brasileiros - AMB, através da ADIn n° 3486, 
entretanto o STF, ainda não se manifestou. 
 
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da 
Criança e do Adolescente. 
Comentário: O crime de tortura praticado contra criança, com a redação da Lei 9.455/97, não 
foi abolido, apenas deixou deser crime pelo Estatuto da Criança e do adolescente, pois o 
legislador preferiu unificar o tratamento do crime de tortura, aplicando-se a Lei de Tortura. 
Infelizmente, o legislador não atentou para o teor do art. 9° da Lei n° 8.072/90 que pune com 
maior rigor os crimes hediondos praticados contra criança, ou seja, a tortura contra criança é 
menos grave do que um crime hediondo praticado contra criança, pois no caso da tortura a 
Lei n° 9.455/97 prevê no seu art. 1°, § 4°, um aumento de um sexto a um terço. 
 
 
INVESTIGAÇÃO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO 
HABEAS CORPUS. TORTURA. INVESTIGAÇÃO REALIZADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, SEM 
PARTICIPAÇÃO DA POLÍCIA JUDICIÁRIA. POSSIBILIDADE. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL 
POR ATIPICIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. DELITO PRATICADO POR 
POLICIAIS MILITARES PARA CONTENÇÃO DE MOTIM. EXERCÍCIO TEMPORÁRIO DE FUNÇÃO 
ATRIBUÍDA À POLÍCIA CIVIL. GUARDA, PODER E AUTORIDADE SOBRE OS DETENTOS, EM 
TESE, CONFIGURADA. ORDEM DENEGADA. 1. O Ministério Público, por expressa previsão 
constitucional e legal (art. 129, VI, da Constituição Federal e art. 26, I, b, da Lei 8.625/93), possui a 
prerrogativa de conduzir diligências investigatórias, podendo requisitar diretamente documentos e 
informações que julgar necessários ao exercício de suas atribuições de dominus litis. 2. O policial 
militar que auxilia a polícia civil na contenção de rebelião em estabelecimento prisional, durante a 
operação, detém, legitimamente, guarda, poder e autoridade sobre os detentos, podendo, nessa 
condição, ainda que momentânea, responder, em tese, pelo crime de tortura preconizado no art. 1º, 
inciso II, da Lei 9.455/97. 3. Ordem denegada. (HC 50095/MG, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES 
LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 06/05/2008, DJe 23/06/2008) 
 
TORTURA POR MILITAR: COMPETENCIA 
CC - CONSTITUCIONAL - COMPETENCIA - POLICIAL MILITAR - CRIME DE TORTURA - 
COMPETE A JUSTIÇA COMUM PROCESSAR E JULGAR POLICIAL MILITAR ACUSADO DA 
PRATICA DE CRIME DE TORTURA. ESSA INFRAÇÃO NÃO ESTA DEFINIDA COMO CRIME 
MILITAR. (CC 14893/SP, Rel. Ministro LUIZ VICENTE CERNICCHIARO, TERCEIRA SEÇÃO, 
julgado em 02/02/1996, DJ 03/03/1997 p. 4564). 
 
PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TORTURA PRATICADO POR POLICIAL MILITAR, NO 
EXERCÍCIO DO CARGO DE DELEGADO MUNICIPAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. 
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APELO EM LIBERDADE. POSSIBILIDADE. "HABEAS CORPUS". RECURSO. 1. Compete à Justiça 
Comum o processo e julgamento de policial militar acusado da prática de crime de tortura. 
Precedente da eg. 3ª Seção. 2. A mera referência ao caráter hediondo do crime praticado, não 
justifica, por si só, a vedação ao apelo em liberdade. 3. A Constituição Federal, em seu art. 93, IX, 
exige a motivação de todas as decisões judiciais, sob pena de nulidade. 4. Recurso em "Habeas 
Corpus" conhecido e parcialmente provido. (RHC 11532/RN, Rel. Ministro EDSON VIDIGAL, QUINTA 
TURMA, julgado em 21/08/2001, DJ 24/09/2001, p. 321) 
 
TORTURA CONTRA CRIANÇA OU ADOLESCENTE 
 
E M E N T A: TORTURA CONTRA CRIANÇA OU ADOLESCENTE - EXISTÊNCIA JURÍDICA DESSE 
CRIME NO DIREITO PENAL POSITIVO BRASILEIRO - NECESSIDADE DE SUA REPRESSÃO - 
CONVENÇÕES INTERNACIONAIS SUBSCRITAS PELO BRASIL - PREVISÃO TÍPICA CONSTANTE 
DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI Nº 8.069/90, ART. 233) - CONFIRMAÇÃO 
DA CONSTITUCIONALIDADE DESSA NORMA DE TIPIFICAÇÃO PENAL - DELITO IMPUTADO A 
POLICIAIS MILITARES - INFRAÇÃO PENAL QUE NÃO SE QUALIFICA COMO CRIME MILITAR - 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM DO ESTADO-MEMBRO - PEDIDO DEFERIDO EM PARTE. 
PREVISÃO LEGAL DO CRIME DE TORTURA CONTRA CRIANÇA OU ADOLESCENTE - 
OBSERVÂNCIA DO POSTULADO CONSTITUCIONAL DA TIPICIDADE. - O crime de tortura, desde 
que praticado contra criança ou adolescente, constitui entidade delituosa autônoma cuja previsão 
típica encontra fundamento jurídico no art. 233 da Lei nº 8.069/90. Trata-se de preceito normativo que 
encerra tipo penal aberto suscetível de integração pelo magistrado, eis que o delito de tortura - por 
comportar formas múltiplas de execução - caracteriza- se pela inflição de tormentos e suplícios que 
exasperam, na dimensão física, moral ou psíquica em que se projetam os seus efeitos, o sofrimento 
da vítima por atos de desnecessária, abusiva e inaceitável crueldade. - A norma inscrita no art. 233 
da Lei nº 8.069/90, ao definir o crime de tortura contra a criança e o adolescente, ajusta-se, com 
extrema fidelidade, ao princípio constitucional da tipicidade dos delitos (CF, art. 5º, XXXIX). A 
TORTURA COMO PRÁTICA INACEITÁVEL DE OFENSA À DIGNIDADE DA PESSOA. A simples 
referência normativa à tortura, constante da descrição típica consubstanciada no art. 233 do Estatuto 
da Criança e do Adolescente, exterioriza um universo conceitual impregnado de noções com que o 
senso comum e o sentimento de decência das pessoas identificam as condutas aviltantes que 
traduzem, na concreção de sua prática, o gesto ominoso de ofensa à dignidade da pessoa humana. A 
tortura constitui a negação arbitrária dos direitos humanos, pois reflete - enquanto prática ilegítima, 
imoral e abusiva - um inaceitável ensaio de atuação estatal tendente a asfixiar e, até mesmo, a 
suprimir a dignidade, a autonomia e a liberdade com que o indivíduo foi dotado, de maneira 
indisponível, pelo ordenamento positivo. NECESSIDADE DE REPRESSÃO À TORTURA - 
CONVENÇÕES INTERNACIONAIS. - O Brasil, ao tipificar o crime de tortura contra crianças ou 
adolescentes, revelou-se fiel aos compromissos que assumiu na ordem internacional, especialmente 
àqueles decorrentes da Convenção de Nova York sobre os Direitos da Criança (1990), da Convenção 
contra a Tortura adotada pela Assembléia Geral da ONU (1984), da Convenção Interamericana 
contra a Tortura concluída em Cartagena (1985) e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos 
(Pacto de São José da Costa Rica), formulada no âmbito da OEA (1969). Mais do que isso, o 
legislador brasileiro, ao conferir expressão típica a essa modalidade de infração delituosa, deu 
aplicação efetiva ao texto da Constituição Federal que impõe ao Poder Público a obrigação de 
proteger os menores contra toda a forma de violência, crueldade e opressão (art. 227, caput, in fine). 
TORTURA CONTRA MENOR PRATICADA POR POLICIAL MILITAR - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA 
COMUM DO ESTADO-MEMBRO. - O policial militar que, a pretexto de exercer atividade de 
repressão criminal em nome do Estado, inflige, mediante desempenho funcional abusivo, danos 
físicos a menor eventualmente sujeito ao seu poder de coerção, valendo-se desse meio executivo 
para intimidá-lo e coagi-lo à confissão de determinado delito, pratica, inequivocamente, o crime de 
tortura, tal como tipificado pelo art. 233 do Estatuto da Criança e do Adolescente, expondo-se, em 
função desse comportamento arbitrário, a todas as conseqüências jurídicas que decorrem da Lei nº 
8.072/90 (art. 2º), editada com fundamento no art. 5º, XLIII, da Constituição. - O crime de tortura 
contra criança ou adolescente, cuja prática absorve o delito de lesões corporais leves, submete-se à 
competência da Justiça comum do Estado-membro, eis que esse ilícito penal, por não guardar 
correspondência típica com qualquer dos comportamentos previstos pelo Código Penal Militar, refoge 
à esfera de atribuições da Justiça Militar estadual. (HC 70389, Relator(a): Min. SYDNEY SANCHES, 
Relator(a) p/ Acórdão: Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 23/06/1994, DJ 10-08-
2001 PP-00003 EMENT VOL-02038-02 PP-00186) 
 
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TORTURA versus MAUS TRATOS 
STJ - CRIMINAL. RESP. TORTURA QUALIFICADA POR MORTE. DESCLASSIFICAÇÃO PARA 
CRIME DE MAUS-TRATOS QUALIFICADO PELA MORTE PROMOVIDA PELO TRIBUNAL A QUO. 
REVISÃO DA DECISÃO. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N.º 07/STJ. RECURSO 
NÃO-CONHECIDO. I. A figura do inc. II do art. 1.º, da Lei n.º 9.455/97 implica na existência de 
vontade livre e consciente do detentorda guarda, do poder ou da autoridade sobre a vítima de causar 
sofrimento de ordem física ou moral, como forma de castigo ou prevenção. II. O tipo do art. 136, do 
Código Penal, por sua vez, se aperfeiçoa com a simples exposição a perigo a vida ou a saúde de 
pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, em razão de excesso nos meios de correção ou 
disciplina. III. Enquanto na hipótese de maus-tratos, a finalidade da conduta é a repreensão de uma 
indisciplina, na tortura, o propósito é causar o padecimento da vítima. IV. Para a configuração da 
segunda figura do crime de tortura é indispensável a prova cabal da intenção deliberada de causar o 
sofrimento físico ou moral, desvinculada do objetivo de educação. V. Evidenciado ter o Tribunal a quo 
desclassificado a conduta de tortura para a de maus tratos por entender pela inexistência provas 
capazes a conduzir a certeza do propósito de causar sofrimento físico ou moral à vítima, inviável a 
desconstituição da decisão pela via do recurso especial. VI. Incidência da Súmula n.º 07/STJ, ante a 
inarredável necessidade reexame, profundo e amplo, de todo conjunto probatório dos autos. VII. 
Recurso não conhecido, nos termos do voto do relator. (REsp 610395/SC, Rel. Ministro GILSON 
DIPP, QUINTA TURMA, julgado em 25/05/2004, DJ 02/08/2004, p. 544) 
 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
1) ESCRIVÃO DE POLÍCIA SUBSTITUTO - 2008 - PC/RN - CESPE (questão 89). Em relação aos crimes de 
tortura (Lei n.º 9.455/1997) e ao Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas (Lei n.º 9.807/1999), assinale a 
opção correta. 
(cód. Q25853) 
a) Um delegado da polícia civil que perceba que um dos custodiados do distrito onde é chefe está sendo 
fisicamente torturado pelos colegas de cela, permanecendo indiferente ao fato, não será responsabilizado 
criminalmente, pois os delitos previstos na Lei n.º 9.455/1997 não podem ser praticados por omissão. 
b) A Lei n.º 9.807/1999 não prevê a concessão de perdão judicial para o acusado que tenha colaborado efetiva e 
voluntariamente com a investigação e o processo criminal, mas apenas a redução de um a dois terços na pena 
do réu que tenha contribuído para a localização da vítima com vida e na recuperação total ou parcial do produto 
da atividade criminosa. 
c) O programa de proteção de que trata a Lei n.º 9.807/1999 é exclusivo para vítimas ou testemunhas 
ameaçadas, não podendo ser estendido aos parentes destas, sob pena de grave comprometimento dos recursos 
financeiros destinados a custear as despesas específicas de proteção. 
d) A pena para a prática do delito de tortura deve ser majorada caso o delito seja cometido por agente público, 
ou mediante seqüestro, ou ainda contra vítima maior de 60 anos de idade, criança, adolescente, gestante ou 
portadora de deficiência. 
e) Se um membro da Defensoria Pública Estado do Rio Grande do Norte, integrante da Comissão Nacional de 
Direitos Humanos, for passar uma temporada de trabalho no Haiti -- país que não pune o crime de tortura -- e lá 
for vítima de tortura, não haverá como aplicar a Lei n.º 9.455/1997. 
 
2) AGENTE DE POLÍCIA CIVIL - 2009 - PCES - CESPE (questão 82). Considerando que X, imputável, motivado 
por discriminação quanto à orientação sexual de Y, homossexual, imponha a este intenso sofrimento físico e 
moral, mediante a prática de graves ameaças e danos à sua integridade física resultantes de choques elétricos, 
queimaduras de cigarros, execução simulada e outros constrangimentos, essa conduta de X enquadrar-se-á na 
figura típica do crime de tortura discriminatória. (cód. Q21623) 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
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3) PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO - MPE/RR - 2008 - CESPE (Penal, Questão 43). Em cada um dos 
itens de 40 a 45, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada, relativa a 
contravenções penais, crimes contra o patrimônio, fé pública, administração pública e tortura. 
 
43 - Daniel, delegado de polícia, estava em sua sala, quando percebeu a chegada dos agentes de polícia Irineu 
e Osvaldo, acompanhados por uma pessoa que havia sido detida, sob a acusação de porte de arma e de 
entorpecentes. O delegado permaneceu em sua sala, elaborando um relatório, antes de lavrar o auto de prisão 
em flagrante. Durante esse período, ouviu ruídos de tapas, bem como de gritos, vindos da sala onde se 
encontravam os agentes e a pessoa detida, percebendo que os agentes determinavam ao detido que ele 
confessasse quem era o verdadeiro proprietário da droga. Quando foi lavrar a prisão em flagrante, o delegado 
notou que o detido apresentava equimoses avermelhadas no rosto, tendo declinado que havia guardado a droga 
para um conhecido traficante da região. O delegado, contudo, mesmo constatando as lesões, resolveu nada 
fazer em relação aos seus agentes, uma vez que os considerava excelentes policiais. Nessa situação, o 
delegado praticou o crime de tortura, de forma que, sendo proferida sentença condenatória, ocorrerá, 
automaticamente, a perda do cargo. (cód. Q11183) 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
4) INVESTIGADOR POLICIAL - PCRJ - 2006 - CESGRANRIO (legislação Especial, questão 35). O Delegado de 
Polícia responsável por uma delegacia surpreende outros policiais, seus subordinados, praticando crime de 
tortura contra um preso. A respeito da situação narrada, assinale a afirmação INCORRETA. (cód. Q05316) 
a) O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. 
b) Os autores do tipo penal estão sujeitos à perda do cargo e interdição para o seu exercício pelo dobro do prazo 
da pena aplicada. 
c) Se o Delegado se omitir, todos os envolvidos, inclusive ele, estarão sujeitos à mesma pena privativa de 
liberdade cujo cumprimento se iniciará em regime fechado. 
d) Se a Autoridade Policial se omitir, estará sujeita à pena de detenção por período inferior à pena dos autores 
do fato. 
e) Se o preso torturado for maior de 60 (sessenta) anos, deficiente físico ou mulher gestante, será caso de 
aumento de pena. 
 
5) AGENTE DE POLÍCIA CIVIL - 2009 - PCES - CESPE (questão 84). O crime de tortura é crime comum, 
podendo ser praticado por qualquer pessoa, não sendo próprio de agente público, circunstância esta que, acaso 
demonstrada, determinará a incidência de aumento da pena. (cód. Q21625) 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
6) PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO - MPRO - 2006 - PRÓPRIA (Legislação Especial, questão 09). Sob 
o enfoque da Lei 9.455/97, no crime de tortura: (cód. Q09234) 
a) o cumprimento da pena sempre se iniciará no regime fechado; 
b) a reprimenda sempre implica em reclusão; 
c) a condenação pode acarretar a interdição para o exercício do cargo ou função pública pelo dobro da pena 
aplicada; 
d) não há estipulação de qualificadoras; 
e) o móvel do agente sempre será a obtenção de informação ou confissão da vítima. 
 
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7) ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - STJ - 2008 - CESPE (Penal, questão 78). O condenado pela 
prática de crime de tortura, por expressa previsão legal, não poderá ser beneficiado por livramento condicional, 
se for reincidente específico em crimes dessa natureza. (cód. Q14534) 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
8) Defensor Público do Estado de São Paulo - SP - 2009 - FCC (Penal, questão 21). Em relação ao crime de 
tortura é possível afirmar: 
(cód. Q20632) 
a) Passou a ser previsto como crime autônomo a partir da entrada em vigor da Constituição Federal de 1988 
que, no art. 5o , inciso III afirma que ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento desu- mano e 
degradante e que a prática de tortura será considerada crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. 
b) É praticado por qualquer pessoa que causa constrangimento físico ou mental à pessoa presa ou em medida 
de segurança, pelo uso de instrumentos cortantes, perfurantes, queimantes ou que produzam stress, angústia, 
como prisão em cela escura, solitária,submissão a regime de fome etc. 
c) É cometido por quem constrange outrem, por meio de violência física, com o fim de obter informação ou 
confissão da vítima ou de terceira pessoa, desde que do emprego da violência resulte lesão corporal. 
d) Os bens jurídicos protegidos pela 'tortura discriminatória' são a dignidade da pessoa humana, a igualdade, a 
liberdade política e de crença. 
e) É praticado por quem se omite diante do dever de evitar a ocorrência ou continuidade da ação ou de apurar a 
responsabilidade do torturador pelas condutas de constrangimento ou submissão levadas a efeito mediante 
violência ou grave ameaça. 
 
9) 1º EXAME OAB2009 – MG - OABMG (Penal e Proc. Penal, questão 81). A Lei de tortura tem tipos penais 
descritos que visam proteger o seguinte objeto jurídico: 
(cód. Q22446) 
a) o estado, devido aos abusos dos direitos constitucionais, principalmente os previstos no artigo 5º da 
Constituição da República. 
b) a administração pública, considerando que tal lei revogou os crimes de abuso de autoridade. 
c) a vida, sendo inclusive, julgados pelo Tribunal do Júri. 
d) os direitos à integridade física, psicológica e de cidadania da pessoa, inclusive a própria dignidade. 
 
10) AGENTE DE POLÍCIA CIVIL - 2009 - PCES - CESPE (questão 83). Se um policial civil, para obter a 
confissão de suposto autor de crime de roubo, impuser a este intenso sofrimento, mediante a promessa de mal 
injusto e grave dirigido à sua esposa e filhos e, mesmo diante das graves ameaças, a vítima do constrangimento 
não confessar a prática do delito, negando a sua autoria, não se consumará o delito de tortura, mas crime 
comum do Código Penal, pois a confissão do fato delituoso não foi obtida. (cód. Q21624) 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
11) DOUTRINA EM GERAL (Penal extravagante). Analise as afirmações abaixo e escolha a resposta correta: 
 
I - Aplicar-se-á o disposto na Lei 9.455/97 (Lei da Tortura) ainda que o crime não tenha sido cometido em 
território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira. 
 
II - Se o crime de tortura for praticado por agente público, sua condenação acarretará a perda do cargo, função 
ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. 
 
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III - O resultado lesão ou morte deve ser a título de dolo para que fique configurado o crime de prática de tortura 
qualificado. 
(cód. Q25720) 
a) As afirmações I e II estão corretas. 
b) As afirmações II e III estão corretas. 
c) As afirmações I e III estão corretas. 
d) Todas as afirmações estão corretas. 
 
12) PERITO - TO - 2008 - CESPE (questão 89). 
 
Quanto ao direito penal e às leis penais extravagantes, julgue os itens que se seguem. 
 
89 Considere que três policiais militares, denunciados por um cidadão por corrupção ativa, sejam excluídos da 
corporação, após o devido processo legal. Revoltados com a denúncia, seqüestrem o denunciante e, durante um 
breve espaço de tempo, imponham-lhe intenso sofrimento físico e mental, com a finalidade de vingança. Nessa 
situação, a conduta dos três agentes caracterizará o crime de tortura, com aumento de pena decorrente da 
privação da liberdade da vítima. (cód. Q24352) 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
13) DOUTRINA EM GERAL. O condenado a pena de detenção por crime previsto na Lei de Tortura (Lei nº 
9.455/97): 
(cód. Q25680) 
a) não terá direito ao livramento condicional. 
b) deverá cumpri-la inicialmente no regime fechado. 
c) não terá direito ao sistema progressivo de cumprimento. 
d) poderá cumpri-la inicialmente no regime aberto 
 
14) DOUTRINA EM GERAL (Penal extravagante). Sobre o crime de Tortura, é INCORRETO dizer: 
(cód. Q25714) 
a) O bem jurídico tutelado é a integridade e liberdade física e psíquica da pessoa humana. 
b) Caracterizará o crime de tortura o constrangimento, através do emprego físico, de alguém para obter 
informações, declarações ou confissões. 
c) O crime de tortura é essencialmente doloso, não comportando a figura culposa. 
d) Não se admite a prática de tortura por omissão. 
 
15) PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO - MPE/PR -2008 - PRÓPRIA (Penal, Questão 10). Analise as 
proposições seguintes e, na seqüência, assinale a opção correta: 
 
I - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental, 
em razão de discriminação racial ou religiosa, configura crime de tortura, delito esse equiparado a hediondo. 
 
II - Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a 
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, configura 
crime de tortura, delito esse que admite a progressão de regime de cumprimento de pena. 
 
III - Nos crimes de tortura incide causa de aumento de pena quando o crime é cometido por agente público. 
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IV - Aquele que se omite em face das condutas tipificadas como tortura, quando tinha o dever de evitá-las ou 
apurá-las, incide nas mesmas penas a ele cominadas. 
 
V - Nos crimes de tortura incide exceção ao princípio-regra da territorialidade, pois a Lei Federal nº 9.455/97 
expressamente determinou a aplicação de suas disposições mesmo quando o crime não tenha sido 
cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob 
jurisdição brasileira. 
(cód. Q11400) 
a) todas as afirmativas estão corretas. 
b) as afirmativas I, II, III e V estão corretas. 
c) as afirmativas I, III e V estão corretas. 
d) as afirmativas II, III e V estão corretas. 
e) as afirmativas II, III e IV estão corretas. 
 
16) AGENTE DE POLICIA - PCPE - 2006 - IPAD (Legislaçao Especial, questão 42). Após diligências policiais, foi 
descoberto que Sérgio, junto com três comparsas, eram os principais suspeitos de fazerem parte de uma 
quadrilha de roubo de carros que andava circulando pelo bairro de Santo Amaro. Preso, provisoriamente, ao 
chegar à Delegacia, Sérgio foi colocado em um pau-de-arara, levou choque elétrico para que revelasse o nome 
dos demais integrantes da quadrilha. 
Dada a hipótese acima narrada, assinale a alternativa correta: 
(cód. Q05391) 
a) Os agentes da polícia civil praticaram crime de tortura contra Sérgio, não sendo um dos efeitos da 
condenação a perda do cargo público de policial. 
b) É certo que roubo de carro é crime agravado por si só. 
c) Apesar de os agentes terem causado intenso sofrimento físico a Sérgio, aqueles não praticaram o crime de 
tortura porque Sérgio efetivamente veio a confessar o nome dos demais integrantes da quadrilha. Ou seja, o 
corretivo dado foi necessário e se mostrou eficaz. 
d) Independente de qualquer delito que Sérgio e seus comparsas tenham cometido, os agentes da polícia civil 
cometeram crime de tortura. 
e) O crime de tortura é inafiançável, porém suscetível de graça, anistia e indulto. 
 
17) AGENTE DE POLÍCIA - TIPO A - 2009 - PCDF - FUNIVERSA (questão 76). De acordo a Lei n.º 9.455, de 
1997, que define os crimes de tortura, assinale a alternativa correta. 
(cód. Q21805) 
a) A condenação de agente público no crime de tortura não acarretará a perda do cargo, função ou emprego 
público nem a interdição para seu exercício. 
b) O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça, mas pode ser anistiado. 
c) Se a vítima for brasileira, o disposto nessa lei aplica-se ainda quando o crime tenha sido cometido fora do 
território nacional. 
d) A pena do crime de tortura não aumenta quando é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, 
adolescente ou maior de sessenta anos de idade. 
e) Não é considerado crime de tortura submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de 
violência ou grave ameaça, a intensosofrimento físico ou mental como forma de aplicar castigo pessoal. 
 
Gabarito 
 
1) R: Alternativa D 
 
2) R: Falso 
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3) R: Verdadeiro 
 
4) R: Alternativa C 
 
5) R: Verdadeiro 
 
6) R: Alternativa C 
 
7) R: Verdadeiro 
 
8) R: Alternativa E 
 
9) R: Alternativa D 
 
10) R: Falso 
 
11) R: Alternativa A 
 
12) R: Falso 
 
13) R: Alternativa D 
 
14) R: Alternativa D 
 
15) R: Alternativa C 
 
16) R: Alternativa D 
 
17) R: Alternativa C 
Bibliografia: 
 
ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Legislação penal especial. São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
BECHARA, Fabio Ramazzini. Legislação penal especial (Coleção curso & concurso/coordenador 
Edílson Mougenot Bonfim). São Paulo: Saraiva, 2005. 
 
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal, Legislação Especial, v.7. São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
FRANCO, Alberto Silva; STOCO, Rui. Leis penais especiais e sua interpretação jurisprudencial. São 
Paulo: Editora RT, 2002. 
 
LAZARINE NETO, Pedro. Código Penal Comentado e Leis Penais Especiais Comentadas. São 
Paulo: Primeira impressão, 2007.

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