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INFECCIOSAS (Brucelose, Cinomose, Esporotricose e Hepatite Infecciosa Canina). BRUCELOSE: Caracteriza-se por provocar ABORTOS, geralmente no terço final da gestação. Nascimento de bezerros fracos, retenção de placenta, repetição de cio e descargas uterinas com grande eliminação da bactéria, podendo ainda transmitir-se ao homem. Etiologia: Gênero Brucella. Espécies: • Brucella abortus (bovinos e bubalinos); • B. melitensis (caprinos e ovinos); • B. suis (suínos e javalis); • B. ovis (ovinos); • B. canis (cães); • B. neotomae (rato do deserto); • B. ceti e B. pinnipedialis » mamíferos marinhos; • B. microti (roedores silvestres). Caracterização: Morfologia colonial » Lisa ou rugosa • Espécies sem a cadeia O do lipopolissacarídeo em sua membrana externa » menor virulência » colônia rugosas. Ex. : B. canis e B. ovis; • Espécies com a cadeia O do lipopolissacarídeo - Produz colônia lisa » mais virulentas (B. melitensis, B. abortus, B. suis). Patogenia: Penetram o organismo hospedeiro pelas membranas mucosas da orofaringe, do trato genital ou da conjuntiva, onde são fagocitadas por macrófagos e outras células do sistema reticuloendotelial, sendo então transportadas para os linfonodos regionais, onde se multiplicam no interior dos fagócitos, isso se dá pelo fato dela inibir o fagolisossomo. Posteriormente, a bactéria alcança a corrente sanguínea, estabelecendo a fase de bacteremia, entre uma e quatro semanas pós-infecção, podendo perdurar por um período de seis meses ou mais. Neste estágio, o agente se distribui por várias estruturas do hospedeiro, essencialmente naquelas com abundantes células reticuloendoteliais, tais como baço, fígado, linfonodos e medula óssea. Além disso, o microrganismo tem como alvo os órgãos copiosos em hormônios esteroides gonadais, tais como útero gravídico, placenta, próstata, epidídimo e testículo. Vale destacar que o principal é o eritritol, produzido pelas fêmeas no terço final da gestação e nos machos por toda a vida reprodutiva em pequena escala. Nos Machos: Atinge vesícula seminal, ampolas, epidídimo, testículos e articulações; Orquite necrosante, degeneração testicular. Diagnóstico da brucelose: Clínico-epidemiológico: 1- abortamento; 2- retenção de placenta; 3- corrimento vaginal; 4- fetos mortos; 5- orquite, epididimite; 6- mal de cernelha (equídeos). Métodos Diretos: 1 – Isolamento e a identificação do agente; 2 – Imunohistoquímica; 3 – PCR. Métodos Indiretos: 1- Antigeno acidificado tamponado (AAT); 2 – Teste do Anel em leite (TAL)(A campo); 3 – 2-Mercaptoetanol(2-ME) (Confirmatório); 4 – Teste de Fixação de Complemento (FC). Controle: Vacinação Obrigatória, Controle de Trânsito. Abate de infectados. CINOMOSE: Doença infecto-contagiosa de alta transmissibilidade, e que se caracteriza por poder apresentar quadros clínicos no sistema respiratório, digestivo e neurológico. É de grande importância entre as enfermidade virais do cão. Etiologia: Família – Paramyxoviridae; Gênero – Morbilivirus; Espécie – Canine Distemper Virus (CDV). Patogenia: Entrada mais comum: Mucosa oral e mucosa nasal. Pela mucosa oral é através da ingestão de alimentos contaminados com fezes e urinas ricas em partículas virais. E pela mucosa nasal ocorre a entrada por aerossóis, contato focinho-focinho, lambedura da mãe no filhote etc. Uma vez o vírus dentrodo organismo, a viremia vai ocorrer nas tonsilas palatinas e sistema linfoide da região cervical. Por via hematolinfática, esse vírus vai passar nos órgãos relacionados ao sistema imune como baço, timo, placas de peyer, medula óssea etc. fazendo a 2ª viremia e imunossuprimindo o animal. Então depois dessa 2ª viremia, ele contnua migrando pela via hematolinfática para o sistema digestório, respiratório e neurológico. Quadro Clínico: Apatia, anorexia, secreção ocular, vômitos, diarreia com forte odor fétido, tosse, taquipneia, incoordenação motora. Diagnóstico: Histórico, sinais clínicos, Exames Laboratoriais (RT- PCR; hematológico: linfopenia e trombocitopenia, presença de corpúsculo de lentz), ELISA, Imunohistoquimica, Imunofluorescencia. Diagnósticos diferenciais: Raiva, Toxo, neospora, Tosse dos canis, Parvo, Criptococose. Tratamento: Terapia suporte para sintomas: Vitaminas, antitérmicos, antiinflamatórios, protetores hepáticos e gastrointestinais, anticonvulsivantes. Antibioticoterapia para infecciosas secundarias. Controle e Profilaxia: Vacina, Higienização de ambiente e fômites, isolamento de animais contaminados. ESPOROTRICOSE: É uma zoonose fúngica de grande importância. É uma micose subcutânea granulomatosa causada, na maior parte dos casos, por implantação traumática percutânea do fungo dimórfico do complexo Sporothrix schenckii. Encontrado em: folha, cascas de árvores, madeiras, roseiras, espinhos de plantas, algas, bambus, terra, insetos, poeira, em animais marinhos e até na atmosfera. EPIDEMIOLOGIA: Mais comum gatos machos, não castrados, 1 a 5 anos, semidomiciliados ou não domiciliados (Hábito de irem à rua; Grande quantidade de fungo nas lesões; Habito de afiar as unhas, etc.). Apresentações: Cutânea fixa, pois não houve migração na lesão é bem comum no homem. Cutânea linfática: vai para a corrente linfática até chegar ao gânglio axilar, migra de forma subcutânea até o gânglio mais próximo acontece em gato e também é possível no ser humano. Cutânea disseminada: Forma mais prevalente no gato. Gato faz ferida e lambe lesão assim transmite o fungo para outras áreas da pele Forma extra cutânea: Pode envolver manifestações neurológicas, oculares e ósseas com taxa de óbito elevado Patogenia: Vias de Transmissao - Penetração transcutânea do fungo por meio de perfuração da pele por espinhos, farpas de madeira ou pela penetração de terra contaminada em feridas da pele. Mordeduras e arranhaduras de gatos infectados. De forma rara, pela inalação do fungo. Quando o gato briga cabeça e pescoço são áreas afetadas, perto dos olhos, focinhos. Se o gato foi mordido ou arranhado houve lesão traumática que favoreceu a lesão do fungo (inoculação) o organismo tenta impedir, pode ser que o gato fique com lesão única, mas a maneira mais comum é que se dissemine para outras áreas. É uma lesão profunda e com áreas de necrose, podemos observar abcesso de inicio. As lesões podem ser nodulares e transferir o fungo de uma área para outra (inoculação). Diagnóstico: O diagnóstico pode ser feito por cultura (amostras obtidas de lesões fechadas) ou exame microscópico das amostras de exsudato ou biópsia. Nos tecidos e no exsudato, o organismo está presente em poucas células numerosas, em forma de charuto, nos macrófagos. As células fúngicas são pleomórficas e pequenas; botões podem estar presentes e dar a aparência de uma raquete de pingue-pongue. Tratamento: Gatos: Itraconazol (10 mg / kg / dia) é considerado o tratamento de escolha para esporotricose. O tratamento deve ser continuado 3-4 semanas além da aparente cura clínica. Cães: Cetoconazol na dose de 5 a 10mg/kg/dia, VO em dose única. Cães respondem muito bem ao cetoconazol. Prevenção: Castrar, diminuir o hábito de o animal sair à rua É umas zoonoses então precisa avisar ao tutor Quadros generalizados> maioria das vezes é realizado eutanásia Não transmite de homem para homem. Hepatite Infecciosa Canina – HIC Doença viral infectocontagiosa SUPERAGUDA ou AGUDA que acomete predominantemente CÃES JOVENS de elevada mortalidade. Etiologia: Família – Adenoviridae; Gênero – Mastadenovirus; Espécie – Adenovirus Canino Tipo 1 (CAdV – 1).(Não envelopado). Sinais Clínicos: Fígado – Congestão, Necrose, Insuficiência hepática fulminante, Fibrose progressiva. Olhos - Uveíte anterior, edema de córnea, blefaroespamo, úlcera de córnea, fotofobia, glaucoma. Rins – Glomerulonefrite crônica. Formas de apresentação: -Superaguda: apatia, anorexia, palidez de mucosas, petéquias, convulsões (hemorragia cerebral), coma. -Aguda: apatia, anorexia, hipertermia, linfadenopatia, taquicardia, tosse, dor abdominal, hepatomegalia, vômitos, diarreia, edema subcutâneo, diátesehemorrágica. Patogenia: Infecção oronasal, com características bem hiperémicas onde realizara a replicação inicial nas tonsilas – tonsilite e disseminação para linfonodos regionais pela via linfática e após 4 a 8 dias que é o período de incubação atinge a circulação sanguínea causando uma VIREMIA. Dessa forma atinge diretamente o fígado em especial as células de Kupffer e depois os hepatócitos. O tropismo é pelo endotélio vascular (corne e vasos sanguíneos) mas outros órgãos (rins, pulmões, SNC...) A eliminação do vírus ocorre pelas fezes, urina, saliva após 10 dias do período de incubação. Todo esse processo resulta em óbito e um conjunto de fatores: CID, encefalopatia hepática, etc... Diagnóstico: -Hematologia (• leucopenia, • neutropenia / neutrofilia,• linfopenia / linfocitose, •trombocitopenia). -Bioquímica sérica/Urinálise (Enzimas hepáticas e bilirrubina aumentados; Proteinúria, Bilirrubinúria). -Definitivo: Isolamento viral, IFA, PCR, ELISA, Inibição da Hemaglutinação (HI). Tratamento: • reparo hepatocelularporte – sinais clínicos: • fluidoterapia (cateter!) – Ringer • transfusão sanguínea (plasma) • anticoagulante (CID) • glicose (coma) • enemas (retarda absorção de amônia) • antibióticos (diminui amônia bacteriana) • vitamina C (diminui reabsorção de amônia) Prevenção: Vacinação.
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