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Estudo de Caso Clínico Universidade Estácio de Sá – UNESA Curso: Enfermagem Disciplina: Ensino Clínico Adulto Idoso Prático Professora: Maria Albernaz Alunos: Andressa dos Santos Camacho – Mat. 2017.02.42958-1 Barbara – Mat. Mário Vinicius Latine Barros – Mat. 2017.01.14899-4 1. Introdução A erisipela é uma infecção dermo-hipodérmica aguda, não necrosante, de etiologia bacteriana (Streptococcus pyogenes). Apresenta intenso comprometimento do sistema linfático subjacente e se caracteriza por placas eritematosas, acompanhadas de dor e edema. Os locais mais acometidos são os membros inferiores. A deficiência imunológica e a insuficiência venosa são importantes fatores predisponentes nesta infecção. A recorrência dos episódios de erisipela, na maioria das vezes, ocorre por falta de higiene cuidadosa do paciente e não tratamento das micoses interdigitais. A prevenção e o tratamento das infecções consistem em cuidados com a pele, higiene, hidratação, evitar traumas, assim como utilização de métodos para redução e manutenção do volume da região afetada pelo edema, para melhora do retorno venoso. É importante ressaltar que a cicatrização das lesões dependerá de um meio livre de infecções, uma vez que a colonização bacteriana apresenta impacto direto no processo cicatricial. A patologia foi escolhida pela complexidade do caso e para reconhecimento da patologia. Este estudo de caso avaliou o pacientes RJC, 86 anos, casados, branco, com diagnóstico de erisipela refratária em MMII. O desencadeamento da lesão de ambos os MMII, ocorreu após lesão por exérese de tumores de pele na região. 2. Histórico de Enfermagem 2.1 Anamnese Paciente RJC, 86 anos, branco, casado, vivendo com a esposa, aposentado, residindo em Macaé. 2.2 Exame Físico Realizado exame físico no paciente céfalo-podálico. Face: Apresentando alterações cutâneas devido a lesões por CA de pele devido a grande exposição ao sol. Pescoço: Apresenta linfedema em região E. Tórax: Sem alterações. Realizado ausculta cardíaca apresentando ruídos cardíacos em 2 tempos, normofonêticos e sem sopros. Na ausculta respiratória apresentou Murmúrios vesiculares universalmente audíveis sem ruídos adventícios (MVUA sem RA). Abdome: flácido, indolor a palpação, timpânico, peristalse presente, sem massas palpáveis, apresentando cicatriz de laparatomia exploradora. MMII: Apresentando leve edema. 3. Diagnóstico Clínico Paciente diagnosticado com Erisipela refratária devido a ineficácia dos antibióticos. 3.1 Exames Laboratoriais Variáveis Resultados Referências HB 10 g/dL 13,5 a 17,5g/dL HT 29 % 41 a 53% LEUCÓCITOS 12260 /mm3 5.000 a 10.000/mm3 BASTÕES 2 % % e 103 /mm3 SEGMENTADOS 90 % % e 103 /mm3 PLAQUETAS 175.000 mm3 140.000 a 400.000/mm3 UREIA 83 mg/dL 7 a 18 mg/dL CREATININA 2 mg/dL Inferior a 1,2 mg/dL NA 138 mEq/L 135 a 145 mEq/L K 4,7 mEq/L 3,5 a 5,5 mEq/L 3.2 Exames Imagens Não foram evidenciados exames de imagens. 3.3 Considerações Anatomofisiológicas quanto ao sistema afetado 3.4 Fisiopatologia Erisipela é um processo infeccioso da pele, que pode atingir a gordura do tecido celular, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos. Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum nos diabéticos, obesos e nos portadores de deficiência da circulação das veias dos membros inferiores. Não é contagiosa. Nomes populares: esipra, mal-da-praia, mal-do-monte, maldita, febre-de-santo-antônio. 4. Tratamento Implementado O tratamento implementado ao paciente foi com medicações para melhora da circulação em MMII, antibioticoterapia, antialérgicos, analgésicos, anti-hipertensivos, medicação para controle das funções coronárias e regularização da insulina quando necessário. 4.1 Farmacologia A farmacologia aplicada no tratamento foi: Dipirona EV SOS Plasil EV SOS Fenergan 1amp IM SOS Haldol 1amp IM SOS Propanolol 40mg VO 01 comp 12/12h Captopril 25mg VO 12/12h Nifedipina 20mg VO 12/12h Daflon 500mg VO 12/12h Tramal 50mg VO 12/12h SOS Hidrocortizona 50mg EV 1x ao dia Loratadina 1 com VO 12/12h Meropenem 500mg EV 12/12h Insulina regular Conforme protocolo 5. Cuidados Específicos Os cuidados específicos para o tratamento do paciente foi uma implementação de dieta VO branda, curativo em área afetada, sinais vitais de rotina e cuidados assistenciais necessários. 6. Diagnóstico de Enfermagem (mínimo 5 diagnóstico) e Prescrição de Enfermagem (mínimo 3 para cada diagnóstico) Diagnóstico de Enfermagem Prescrições de Enfermagem Perfusão tissular periférica ineficaz relacionada à doença de base caracterizada por lesão e edema. - Realizar Monitoração contínua do paciente; - Realizar a troca nutricional para hipossódica; - Incentivar a realização de exercícios físicos. Padrão de sono prejudicado relacionado a responsabilidades de cuidado devido à capacidade funcional diminuída. - Realizar Controle das medicações; - Realizar Terapia de relaxamento; - Realizar Administração de medicamentos; Fadiga relacionada à condição física debilitada associada à doença devido ao aumento das queixas físicas ocasionadas pela piora do estado geral. - Realizar Controle de energia; - Incentivar Promoção de exercícios físicos leves; - Realizar Massagem em membro para favorecer circulação. Risco de choque (séptico) devido à infecção na qual é constatada pela manifestação de sinais flogísticos. - Controlar infecção com o uso de antibióticos; - Aferir sinais vitais; - Realizar demais cuidados como higienização e mudança de decúbito. Risco de baixa auto-estima situacional devido à doença física. - Avaliar o sentimento do cliente sobre seu corpo; - Identificar as ameaças potenciais à auto-estima; - Encorajar a participação contínua nas atividades e tomada de decisão; - Encorajar o cliente a verbalizar suas preocupações; - Individualizar o cuidado; - Assistir a cliente no auto-cuidado; 7. Plano Assistencial de Enfermagem e/ou Plano de Alta Paciente estava com alta prevista para os próximos dias com continuação do tratamento com antibióticos oral, controle da pressão arterial, controle da glicemia e encaminhamento para acompanhamento com o vascular. 8. Prognóstico de Enfermagem / Grau de dependência. Paciente não apresenta grau de dependência. O mesmo possui autonomia para a realização de atividades sem auxílio, mas possui pessoas com quem possa ajuda-lo. 9. Conclusão A erisipela é um problema grave e precisa de muita atenção. A mesma, depois de instalada, pode comprometer outros sistemas fisiológicos, tal como o sistema linfático, circulatório, pulmonar, dérmico, sanguíneo, locomotor, dentre outros, podendo levar ao óbito se não tratada. Em pacientes portadores de lesões cutâneas, tal como no caso da erisipela, os cuidados essenciais para o tratamento da mesma são em relação à pele do paciente, à dor, à farmacoterapia (antibióticos) conforme prescrição médica, ao sono e ao repouso considerando a elevação de membros inferiores, à sua alimentação controlada e regular ingestão hídrica, e evitar a aquisição de outros microrganismos patogênicos. Conclui-se que os diagnósticos e intervenções de enfermagem são de fundamental importância na recuperação e reabilitação do paciente portador de erisipela, melhorando, assim, a sobrevida e a qualidade de vida do paciente. 10. Referências AVALIAÇÃO SINÉRGICA: POLIHEXANIDA TÓPICA ASSOCIADA A TRATAMENTO FISIOTERÁPICO EM PACIENTES COM ERISIPELA - ESTUDO DE CASO. ARAÚJO, FABIANA G; BARRETO, LARA M.S.M; MORAES, GISLENE. D; MELO, TANIA A4; GOUVEIA, ALBERTO C DIAGNÓSTICOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM EM PACIENTE COM ERISIPELA: ESTUDO DE CASO EM HOSPITAL DE ENSINO. Patrick Leonardo Nogueira da Silva, Glaucie Graysse Duarte de Abreu, José Ronivon Fonseca, Simone Guimarães Teixeira Souto, Renata Patrícia Fonseca Gonçalves. Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.04, Nº. 04, Ano 2013 p.1512-1526 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/248_erisipela.html INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL DO HEMOGRAMA. Paulo Cesar Naoum e Flávio AugustoNaoum.
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