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Anti-inflamatórios esteroidais · As glândulas adrenais são responsáveis, em sua porção cortical, pela produção dos hormônios esteróides, sintetizados a partir do colesterol; Os corticóides podem ser classificados como: Mineralocorticóides: · Produzidos pela zona glomerulosa; · Interferem na manutenção do equilíbrio hídrico e eletrolítico. Glicocorticóides: · Produzidos pela zona fasciculada; · Afetam marcadamente o metabolismo de carboidratos e de proteínas; · Apresentam atividade anti-inflamatória e imunossupressora. Esteróides sexuais. *Os glicocorticóides possuem o ACTH como principal estímulo para sua secreção. *Nos Glicocorticóides a atividade Anti-inflamatória e imunossupressora (não podem ser dissociadas) foi ampliada e a atividade mineralorreguladora foi diminuída ou abolida. Potência anti-inflamatória: · A potência anti-inflamatória se dá comparada a hidrocortisona, cujo valor é 1; · Os AIE de ação rápida (hidrocortisona e cortisona) apresentam potência menor quando comparados aos de ação mais prolongada; · Glicocorticóides extremamente potentes e de longa duração (beta-metasona e dexametasona) possuem ligação reduzida com proteínas plasmáticas, menor velocidade de excreção e maior afinidade aos receptores; · Esteróides de ação intermediária (prednisona, prednisolona, metilpredinisolona e triancinolona) se mostram extremamente adequadas às terapias crônicas; Mecanismo de ação: · Receptores protéicos encontrados em todos os tecidos inibem a produção da fosfolipase A2 e a produção do ácido aracdônico, e consequentemente, a formação das COX e LOX. · São capazes de bloquear desde as manifestações mais precoces (dor, calor, tumor, rubor) até as mais tardias do processo inflamatório. *Gatos: Apresentam concentração menor de receptores para glicocorticóides (+- 50%). Biotransformação e excreção: · Principalmente biotransformado pelo fígado (oxidação, redução, hidroxilação e conjugação); · Em sua maioria são excretados pela via renal, e parte adicionada a bile, e excretada via intestinal; *Fatores hormonais, idade e obesidade interferem na biotransformação. Efeitos metabólicos: · Glicocorticóides inibem a captação e a utilização periférica da glicose, antagonizando a ação da insulina, e promovem a gliconeogênese a partir de aminoácidos e ácidos graxos livres Hiperglicemia; · Aumentam o catabolismo e diminuem a síntese protéica ; · Retenção de sódio (Na+), excreção de potássio (K+) e a expansão de volume extracelular; · Aumenta a taxa de filtração glomerular (TFG) e inibe os efeitos do hormônio anti-diurético (ADH) aumento da diurese; · Aumenta a excreção renal de cálcio e diminui a reabsorção renal e intestinal hipercalciúria. *Hiperglicocorticismo = endógeno ou por administração prolongada/abusiva supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal resulta em atrofia adrenal . *A supressão é dose dependente realizar desmame. Vias de administração: · Os glicocorticóides são bem absorvidos de qualquer local de administração; · VO = via mais segura a longo prazo, administração em dias alternados reduz a inibição da secreção de ACTH; · IV = casos emergenciais (choque, reações anafiláticas,...); · IM = terapêuticas de casos crônicos, administração semanal; · SC = praticidade; · Subconjuntival = uveítes (metilpredinisolona); · Via tópica; · Via inalatória = doenças respiratórias ou imunomediadas (asma felina), atinge altas concentrações rapidamente; · Intraarticular: intuito de diminuir efeitos sistêmicos, provoca muitos efeitos colaterais (diminui elasticidade, degeneração da cartilagem, depósito de cálcio, adelgassamento e fissura). Usos clínicos: · Insuficiência adrenal iatrogênica = aguda ou crônica (metilpredinidolona, dexametasona, hidrocortisona); · Doenças auto-imunes = lúpus, pênfigo, anemias... Fase de indução e manutenção: predinisona ou predinisolona; · Doenças alérgicas = dermatites, atopia... (Predinisona ou prednisolona); · Doenças articulares = osteoartrites, artrite reumatóide, traumas... · Traumas e edemas cerebroepinhais =estabilização e redução de edema (dexametasona); · Oftalmologia = via tópica - uveítes, conjuntivites, ceratites... Não utilizar em casos de úlcera córnea; · Choque = aumenta força de contração do coração, controverso (Metilpredinisolona); · Doenças hepáticas = hepatite auto-imune (Predinisolona); · Doenças gastrointestinais = enteropatias inflamatórias crônicas, colites e gastroenterites (Prednisona); · Doenças respiratórias = bronquite crônica, asma felina... (Prednisona ou prednisolona); · Doenças musculoesqueléticas = artrites, tendinites, etc; · Tratamento de neoplasias = diminuir as síndromes paraneoplásicas. Efeitos colaterais: · Hiperadrenocorticismo iatrogênico: Poliúria, polidipsia, polifagia, abdome abaulado, apatia, estridor respiratório, atrofia muscular, lesões cutâneas, hiperpigmentação e atrofia cutânea; · Insuficiência adrenal iatrogênica: Depressão, anorexia, oligosipsia, oligúria, distúrbios gastrointestinais, choque agudo. Precauções e contra-indicações: · Doenças infeccsiosas imunossupressor; · Hemorragias interferem na vascularização; · Diabetes mellitus efeito hiperglicemiante; · Pancreatites aumento da viscosidade das secreções pancreáticas; · Doenças renais catabolismo protéico (azotemia); · Cardiopatas retenção hídrica; · Fêmeas prenhes; · Processos ulcerativos úlceras córneas, gástricas... *Evitar ao máximo o uso nesses casos, monitorar sempre o paciente submetido à terapêutica prolongada.
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