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SLIDE AULA 2 DT

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Rio de Janeiro 
DIREITO DO TRABALHO I 
Professor: José Carlos Leite 
 
 Aula II 
 
Relação de Trabalho e Emprego 
Relação de Trabalho e Emprego 
• Relação de trabalho é toda relação jurídica 
caracterizada por ter sua prestação essencial 
centrada em uma obrigação de trabalho 
humano. 
• Relação de trabalho é gênero e relação de 
emprego é espécie. 
Relação de trabalho 
 
 
 
Relação de 
emprego 
Relação de Trabalho e a EC/45/2004 
• Ampliação da competência da justiça do 
trabalho para processar e julgar ações 
oriundas das relações de trabalho. 
 
• Após a EC/45 passou a justiça do trabalho 
julgar qualquer relação de trabalho e não só 
relação de emprego. – atua em sentido amplo. 
 
• Art. 114, da CF/1988. 
 
 
 
 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público 
externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios; 
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e 
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado 
o disposto no art. 102, I, o ; 
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação 
de trabalho; 
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores 
pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e 
seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
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Relação de Emprego 
• Toda relação de emprego é portanto, uma 
relação de trabalho, mas nem toda relação de 
trabalho é um relação de emprego. 
• A CLT alcança e faz a proteção jurídica 
somente os empregados detentores de 
subordinação – (relações de emprego). 
• Só será empregado o trabalhador que reunir 
todos os requisitos essenciais a esta relação. 
 
Os arts. 2º e 3º da CLT relacionam todos os 
requisitos necessários para a configuração da 
relação de emprego. Para que um 
trabalhador urbano ou rural seja considerado 
como empregado, mister que preencha, ao 
mesmo tempo, todos os requisitos a seguir: 
Requisitos da relação de emprego 
“Art. 3º. da CLT: Considera-se empregado toda pessoa física, que 
prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob 
dependência deste e mediante salário.” 
Art. 2º . da CLT: Considera-se empregador a empresa, individual 
ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, 
admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. 
Requisitos da relação de emprego 
• 1.Pessoalidade; 
• 2.Subordinação; 
• 3.Onerosidade; 
• 4.Não eventualidade; 
• 5. Alteridade - O empregado não corre o risco 
do negócio. 
 Via de consequência, a ausência de qualquer um destes 
requisitos descaracteriza o trabalhador como 
empregado. 
 
 Podemos então, de acordo com os pressupostos acima, 
conceituar empregado como toda pessoa física que 
preste serviço pessoal, de natureza não eventual, a 
empregador (pessoa física ou jurídica), com 
subordinação jurídica, mediante salário e sem correr 
os riscos do negócio. 
1. Pessoa Física / Pessoalidade 
• O contrato de emprego é pessoal, indivíduo escolhido 
pelas suas qualificações pessoais. 
 
• Contrato é firmado com pessoa certa e determinada. 
 
• Pessoalidade ou caráter intuitu personae, significa que é 
aquela pessoa física escolhida quem deve executar o 
serviço contratado porque o contrato de trabalho é 
intransmissível. Não pode o empregado, quando bem 
entender, mandar o amigo trabalhar no seu lugar. 
 
 A pessoalidade refere-se ao contrato (empregado) e 
não ao serviço. O empregador pode fazer substituição o 
empregado que não pode! Atenção! 
Ex.: Universidade contrata um professor para ministrar aulas de 
Direito. No dia da prova, o professor manda em seu lugar, ao seu 
bel-prazer, seu pai também professor, para substituí-lo em seu 
trabalho. Ora, o trabalho deve ser desenvolvido pelo professor 
contratado, não podendo fazer-se substituir por estranho à relação 
de emprego, salvo quando indicado pelo empregador ou quando 
este concordar com a substituição sugerida pelo trabalhador. Não 
foi o serviço (ministrar aulas) o contratado pela universidade, e sim 
a pessoa do empregado. 
2. Subordinação 
• A expressão subordinação deriva do termo subordinare 
(sub – baixo; ordinare – ordenar), isto quer dizer imposição 
da ordem, submissão, dependência, subalternidade 
hierárquica. 
 
• É o requisito mais importante da relação de emprego. 
 
• A subordinação ou dependência hierárquica tem sido 
muito utilizada como critério diferenciador entre o 
contrato de emprego e os demais contratos de trabalho 
(autônomo, representação comercial, mandato etc.). 
 
 
 
 
A subordinação varia em grau mínimo e máximo, 
dependendo da natureza do trabalho. 
O empregador é dotado do poder de direção por 
comandar, escolher e controlar os fatores de produção 
da empresa. 
 
O poder de direção se desdobra em poder diretivo, em 
poder disciplinar e em poder hierárquico ou de 
organização. 
Poder disciplinar Traduz-se no poder que tem o patrão de impor punições aos 
empregados. 
Poder diretivo 
Capacidade do empregador de determinar e organizar a 
estrutura econômica e técnica da empresa, aí compreendida 
a hierarquia dos cargos e funções. 
Poder hierárquico 
ou de organização 
Desdobramento do poder de direção 
Tipos de Subordinação 
• Jurídica 
• Econômica 
• Técnica 
 
Basta que o empregado se enquadre em um desses 3 
tipos para que se comprove a existência do requisito 
subordinação. 
Jurídica 
A subordinação jurídica é que está presente na relação de 
emprego, seja porque ela decorre de lei (arts. 2º e 3º da CLT), 
seja porque cabe ao empregador dirigir a prestação de 
serviços e, portanto, o contrato. 
O empregado, para manter a sua subsistência, depende, quase 
sempre exclusivamente da remuneração que lhe é atribuída 
pelo empregador, portanto, “quem vive unicamente da 
remuneração do trabalho que preste a outrem está em estado 
de dependência econômica 
E conômica 
Técnica 
É a faculdade do empregador de determinar o modo como 
deve ser executado o trabalho, a orientação técnica do 
serviço. O empregado não tem, por outras palavras, plena 
liberdade para exercer a sua atividade profissional. É um 
trabalhador que, na realização do trabalho, está 
subordinado aos critérios técnicos estabelecidos pela 
direção da empresa ou depende da estrutura fornecida 
pelo empregador, ou seja, o empregador oferece todos os 
instrumentos de trabalho para o empregado. 
 
3. Onerosidade 
• Onerosidade significa vantagens recíprocas – 
pois o contrato de trabalho é bilateral. Tendo 
duas obrigações na relação de emprego. 
EMPREGADO EMPREGADOR 
PRESTA SERVIÇOS 
PAGA SALÁRIO 
Quando uma pessoa procura um emprego, o objetivo dela é 
ser remunerada para conseguir se sustentar, ou seja, adquirir 
recursos necessários à sobrevivência, salvo o caso de emprego 
filantrópico ou daquelas pessoas muito ricas que desejam 
trabalhar, mas que não necessitam do dinheiro para sua 
mantença, etc. 
 
O que configura o requisito da remuneração é 
a expectativa de recebimento,então, mesmo naqueles casos 
em que a pessoa começou a trabalhar por um período e nunca 
recebeu um salário, mas houve a expectativa de recebê-lo, já se 
comprova a existência do requisito da remuneração. 
4. Não eventualidade 
• O trabalhador não eventual é aquele que 
trabalha de forma repetida e permanente nas 
atividades permanentes da empresa, 
integrando seus fins sociais. 
 
 
• Não eventual, é diferente de contínuo. Ex. se 
trabalha todo final de semana na mesma 
empresa é empregado não eventual. 
NÃO EVENTUALIDADE = HABITUALIDADE = PERMANÊNCIA 
Um cinema de uma cidade do interior que abre às sextas, sábados 
e domingos, o trabalho do bilheteiro será habitual, pois, ele 
trabalhará, continuadamente, os dias em que o cinema abrirá. 
 
Professor que ministra aula 2 vezes por semana em uma 
faculdade. 
 
 Em ambos os exemplos o que se demonstra é a 
essencialidade da pessoa, por isso que na jurisprudência tem 
prevalecido julgados cuja habitualidade ocorrerá 3 vezes por 
semana ou em alguns casos 2 vezes por semana. 
Exemplos: 
Risco do negócio do empregador 
• Só o empregador corre o risco do negócio, empregado não. 
 Veja: 
 
 
 
 
• Se o empregado faz grandes investimentos na empresa, a relação 
de emprego pode deixar de existir, caracterizando-se uma 
sociedade empresária. 
 
• Diferente do art. 7º, XI, CF que prevê a participação do empregado 
nos lucros da empresa. 
“Art. 2º. Considera-se empregador a empresa, individual ou 
coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, 
admite assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.” 
É muito comum o empregador contratar o empregado e querer se 
eximir dos pagamentos trabalhistas. Nesse sentido, requisita ao 
empregado a abertura de uma empresa para emissão de notas 
fiscais de prestação de serviço ou a participar de cooperativas 
fraudulentas, etc. 
 
Nestas hipóteses, se este empregado demonstrar que estão 
presentes os requistos elencados no artigo 3° da CLT (subordinação, 
não eventualidade, remuneração e pessoalidade) será 
caracterizado uma relação de emprego e, esta pessoa, ora 
empregado, estará amparado pela égide da CLT em eventual ação 
trabalhista. 
 
Sobre fraude: 
A par disso, presente está princípio da Primazia da 
Realidade que significa que o que conta é o que 
aconteceu de fato, não importa que aquele trabalhador 
tenha sido contratado como pessoa jurídica e emita nota 
fiscal, se for demonstrado através de testemunhas que 
ele cumpria horário regularmente, era subordinado, 
remunerado e somente ele executava aquela função ou 
tarefa, presume-se que se trata de simulação, portanto 
será tratado como fraude e consequentemente o vínculo 
empregatício se formará. 
Espécies de Trabalhadores sem Vínculo de Emprego 
• 1. Trabalhador eventual; 
• 2. Trabalhador avulso – portuário e não portuário; 
• 3. Trabalhador autônomo; 
• 4. Trabalhador voluntário; 
• 5. Representante comercial; 
• 6. Estagiário; 
• 7. Empreitada. 
1. Eventual 
• Em regra é um trabalho caracterizado pela 
descontinuidade; caráter temporário; não 
relacionado com a atividade fim da empresa. 
• Faz “bicos”, sem habitualidade. 
 
 
Exemplo: um eletricista é chamado para trocar toda 
fiação elétrica de uma universidade. Mesmo que o 
trabalho demore 3 meses, ele é eventual, pois é um 
serviço acidental, não é uma necessidade 
permanente da empresa. 
2. Avulso 
• É uma subespécie do trabalhador eventual. Pois também oferece 
sua mão de obra para curtos períodos de tempos, a distintos 
tomadores. 
• A diferença é que aqui existe a necessária intermediação do 
OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra) ou Sindicato. 
• Os avulsos possuem os mesmo direitos dos empregados 
permanentes, garantia dada pela CF – (Art.7º, XXXIV) 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com 
vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso 
Avulso (portuário e não portuário) 
PORTUÁRIO 
 
-Lei nº 12.815/2013 – Art. 40 – trabalho 
de estiva, conferência de carga, vigilância 
de embarcação, será realizado por 
trabalhadores portuários com vínculo 
empregatício e por trabalhadores 
avulsos. 
-O operador portuário deve criar o 
OGMO para fazer o controle da mão de 
obra. O OGMO arrecada e repassa aos 
beneficiários os valores devidos pelos 
operadores relativos à remuneração. 
-Cabe ao OGMO, recrutar, selecionar, 
treinar, cadastrar, registrar, organizar, 
escalar e REMUNERAR o trabalhador 
portuário. 
NÃO PORTUÁRIO 
 
-É o trabalhador avulso não 
intermediado pelo OGMO e sim por 
sindicato da categoria profissional. 
 
-São os trabalhadores avulsos em 
atividades de movimentação e 
mercadorias em geral – Lei 
nº12.023/2009. 
 
- exemplo: carga e descarga de 
mercadoria, limpeza. 
3. Autônomo 
• É o trabalhador que explora seu ofício ou profissão com 
habitualidade, por conta e risco próprio. 
 
O exercício da atividade é habitual em relação ao trabalhador 
( que tem constância e repetição no seu labor) e não em relação a 
cada tomador, como é o caso do empregado, cuja necessidade de 
sua mão de obra para o empregador é permanente. 
 
Normalmente executa seu seus serviços para diversos tomadores 
(clientela variada), com independência no ajuste, nas tratativas, 
no preço, no prazo e na execução do contrato. 
 
Corre o risco do negócio e não tem vínculo de emprego. 
 
Espécies de trabalhadores autônomos 
 
prestadores de serviços de profissões não regulamentadas: como por 
exemplo: encanador, pintor, faxineiro, pedreiro e outros assemelhados; 
 
prestadores de serviços de profissões regulamentadas: como por 
exemplo: advogado, médico, contabilista, engenheiro, nutricionista, 
psicólogo, e outros registrados nos seus respectivos conselhos regionais de 
fiscalização profissional. 
Existe vínculo de emprego entre o motorista de táxi e a 
Uber ? 
 Existem decisões negando o liame empregatício, sob a 
argumentação da falta de subordinação (mera coordenação) e 
pelos riscos sofridos pelo motoristas, que pode até ter prejuízos 
com a atividade. 
 
 Existem decisões concedendo o vínculo de emprego ao 
argumento de que a subordinação é o aplicativo, às tarifas e à 
avaliação dos clientes. 
Comentários: 
 O núcleo da relação de emprego a é subordinação jurídica, que torna 
o empregado dependente de seu empregador; 
 É a ausência de subordinação que define o trabalhador autônomo. A 
ausência deste pressuposto ou requisito da relação de emprego 
impede a formalização do contrato de trabalho . 
 O autônomo muitas vezes trabalha com pessoalidade, onerosidade, 
não eventualidade, mas, ainda assim, não se sujeita ao poder diretivo 
do seu cliente, deixando de estar sob sua órbita de comando. 
 Seu contrato de prestação de serviço pode até lhe exigir 
exclusividade, mas, se o autônomo mantiver sua liberdade quanto à 
recusa de ordens que não lhe convêm e, se principalmente , se 
assumir os riscos de sua própria atividade não poderá ser 
considerado empregado. 
4. Trabalhador Voluntário 
• É nos termos do art. 1º da lei 9.608/1998 “...atividade não 
remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de 
qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, 
que tenha objetos cívicos, culturais, educacionais, científicos, 
recreativos ou de assistência social...” 
NÃO EXISTE AQUI INTENÇÃO ONEROSA - É SERVIÇO BENEVOLENTE. 
Nesse sentido, a lei 4.886/65 regulamenta as atividades dos 
representantes comerciais autônomos, sendo que, logo em seu 
artigo 1º, a mesma dispõe que: 
 
“exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou 
a pessoa física, sem relação de emprego, que desempenha, em 
caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a 
mediação para a realização de negócios mercantis, agenciando 
propostas ou pedidos, para, transmiti-los aos representados, 
praticando ou não atos relacionadoscom a execução dos 
negócios”. 
5. Representante comercial 
Requisito obrigatório 
 O art. 2º da Lei 8.886/65, determina, como requisito, a obrigatoriedade 
do registro dos que exercem a representação comercial autônoma nos 
conselhos regionais (Core). 
 
 A falta desde requisito, conjugado com a presença dos requisitos 
caracterizadores da relação de emprego, acarreta o reconhecimento do 
vínculo e desnatura a representação comercial. 
 
 O representante comercial pode ser uma pessoa física ou jurídica , 
enquanto os empregados só podem ser pessoas físicas (arts. 2º e 3º da 
CLT). 
6. Estagiário 
• Estágio é a modalidade de relação de trabalho 
regulada pela Lei nº 11.788/2008, o art.1º diz: 
 
 
 
 
 
 
• O estágio pode ser obrigatório ou não obrigatório, 
variando em cada curso. Art. 2º 
“Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no 
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho 
produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino 
regular em instituições de educação superior, de educação 
profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos 
finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da 
educação de jovens e adultos.” 
Estágio e vínculo de emprego 
• O estágio, se regular, não cria vínculo de emprego com o 
tomador. Os requisitos para configuração do estágio lícito - Art. 
3º da lei. 
Art. 3o O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei quanto na prevista no § 2o do mesmo 
dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos: 
I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de educação 
profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na 
modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; 
II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a 
instituição de ensino; 
III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de 
compromisso. 
§ 1o O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo 
professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por 
vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7o desta Lei e por menção de aprovação 
final. 
§ 2o O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação contida no 
termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do 
estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. 
Direitos do estagiário: 
a) Bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua 
concessão, art.12; 
 
b) Seguro contra acidentes pessoais – art.9º, IV; 
 
c) Limitação de jornada, que deve ser compatível com as atividades escolares – art.10. 
 
 
 
d) A duração do estágio não pode ser superior a 2 anos, exceto se for portador de deficiência – art.11. 
 
e) É obrigatória a concessão de auxílio transporte, vedado o seu desconto. Art.12 
 
f) A concessão de transporte, alimentação e saúde não configura vínculo de emprego. Art. 12, §1º. 
 
g) Recesso de 30 dias para estágios iguais ou superiores a 1 ano. Art. 13 
 
h) Direito a garantia de segurança e saúde do trabalhador – Art.14. 
 
 
 
Ensino F e E = 4h/d e Ens. S e M. 6h/d 
7. Empreitada 
Empreitada é o contrato em que uma das partes (empreiteiro) obriga-
se a realizar trabalho para a outra (dono da obra), sem subordinação, 
com o ônus em fornecimento de material, mediante pagamento de 
remuneração global ou proporcional ao serviço feito (MARTINS, 2010). 
 
O contrato de empreitada, não é regido pela CLT, mas sim pelo Código 
Civil, em seu artigo 610 e seguintes. 
 
Temos duas espécies de empreitada (VENOSA, 2004): 
 
a) Empreitada de lavor ou de mão de obra: esta espécie de 
empreitada, exige exclusivamente a atividade do empreiteiro, 
cabendo ao proprietário, o fornecimento de todos os materiais. 
b) Empreitada mista: é aquela na qual o empreiteiro fornece os 
materiais e executa o trabalho.

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