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Tema 13 - A ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO - Teo

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Tema 13 - ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO Teoria de Sistemas: ampliando as fronteiras da empresa
Esta abordagem da Escola Moderna é a mais enfatizada dos dias de hoje. Considerada a mais completa das abordagens, permite visão integrada da organização, não se concebendo mais deixar de examinar a organização por outros olhos que não o sistêmico. 
No uso da teoria geral de sistemas, como um processo analítico, a organização foi estudada sob três perspectivas (os elementos comuns que compõem um sistema; o todo que poderá ser formado com esses elementos; e, o relacionamento existente entre eles), quer em análise independente, quer conjunta. Outras perspectivas foram utilizadas ao longo do tempo, uma vez que essa teoria permite derivação muito grande de variáveis para análise. Os teóricos mais importantes e que primeiro vislumbraram a possibilidade de estudar a organização sob a ótica da teoria geral de sistemas foram: Churchman, Kast, Rozenzweig, Katz, Kahan, Lawrence, Lorsch e Ackoff. Outros seguiram mais tarde, com inovações relativas às teses defendidas pelos autores mencionados e ainda com revisão das teorias já apresentadas. O marco histórico de quem foi o primeiro é difícil de estabelecer, sendo Churchman considerado como o pioneiro. O certo é que todos eles iniciam seus estudos sobre a teoria geral de sistemas aplicada à empresa no fim da década de sessenta, cada um dando ênfase na sua especialidade.
Com uma única base conceitual, ou seja, considerando a empresa um sistema social aberto, composto de vários segmentos, que alguns autores chamam subsistemas, o humano, físico, econômico, financeiro, ou qualquer outra classificação que melhor demonstre o ponto de vista do pesquisador, torna-se um campo muito rico de estudo sobre sistemas complexos. Para tanto, podemos conceituar a empresa como um conglomerado de organismos separados, porém interdependentes, que influenciam e são influenciados pelo ambiente e estão em constante busca de maior equilíbrio, que é o que mantém a sobrevivência e a eficácia da organização.
As principais obras dos pesquisadores e teóricos da organização enquanto sistema aberto colocam, qualquer que seja a organização do livro, um aspecto fundamental logo no seu início: o ambiente e o fluxo de energia gerado na interação, que representam a vida orgânica da empresa, caracterizam-se como um sistema vivo. Para ser sistema vivo tem de ser aberto. Alguns autores ainda afirmam que para um sistema ser analisado tem de ser aberto. Um sistema fechado só pode ser analisado quando for possível de ser aberto.
Para entendimento e compreensão do comportamento organizacional, é necessária uma consideração não só das atividades internas de uma empresa, como também das transações que ultrapassam essas atividades, que caracterizam as relações entre várias partes desse ambiente. Com isso surgiu o conceito de ambiente externo e interno da organização. 
O ambiente interno é representado pelo organismo funcional da empresa, e o externo pelos elementos vinculados a ela, porém capazes de alterar seu equilíbrio conquistado. Com isso, preocupação constante segundo uma concepção sistêmica de ambiente organizacional é a monitorização do ambiente externo em função capacidade da organização de acompanhar essas mudanças.
A idéia de elementos de "fora" e de "dentro" do sistema organizacional derivou dos trabalhos de C. West Churchman. Segundo ele, quando se diz que um elemento está fora do sistema, significa que não há como controlar o seu comportamento. Os elementos de dentro podem ser considerados como os recursos e as variáveis que compõem uma empresa. A interação entre os elementos de dentro e de fora somada às interações entre os elementos de dentro produzem a energia necessária para a manutenção do sistema vivo, e a qualidade dessa interação mantém o equilíbrio.
Em livros mais recentes sobre teoria de sistemas, observamos uma revisão desse conceito de ambiente interno e externo. Alguns autores defendem a idéia de que tanto os elementos de fora da organização, mas pertencente à sociedade como um todo, como o sistema político, econômico, cultural, religioso, que são considerados limítrofes da fronteira onde a empresa está inserida, devem ser considerados como parte integrante do Sistema Social da Organização. A razão da separação é meramente didática, porém, na realidade, os sistemas não devem ser vistos de maneira separada.
CONTRIBUIÇÃO DE LAWRENCE E LORSCH
Um estudo bastante detalhado sobre o comportamento da empresa em relação ao seu ambiente foi desenvolvido por Lawrence e Lorsch, por volta de 1960, e publicado no livro Organização e Ambiente. Nessa obra procuram identificar quais as características organizacionais necessárias para a interação eficaz com os fatores do ambiente externo e, em particular, os fatores de mercado e tecnologia. O resultado desse trabalho foi muito importante, pois permitiu a definição de conceitos que auxiliaram a análise da variável ambiente dentro do sistema organizacional. Os mais importantes foram:
1. Nenhuma forma de organização é a melhor, mas adequada à demanda de seu próprio ambiente;
2. Organizações são sempre diferentes na composição de suas funções;
3. Há necessidade de muita interação entre essas funções para obter bons resultados e atender ao objetivo proposto;
4. As incertezas e diversificações do ambiente externo exercem influência na integração e diferenciação com o ambiente interno;
5. A adaptabilidade organizacional é uma função da habilidade para aprender e desempenhar funções de acordo com as mudanças do ambiente.
O ambiente de uma organização é, como dito anteriormente, composto de outros sistemas organizacionais, de suas relações individuais e de grupo. As relações externas de uma organização incluem sua interação com aquelas organizações que recebem os benefícios das atividades desenvolvidas e também com aquelas que contribuem para o desenvolvimento dessas atividades, ou seja, as organizações supridoras de elementos para serem transformados e organizações que consomem bens e serviços. Esses elementos são chamados inputs e outputs, respectivamente. Com isso ficam estabelecidos os conceitos de elementos de entrada do sistema - inputs - e os elementos de saída do sistema - outputs.
Entre esses dois elementos de entrada e saída situa-se o elemento
transformador de energia; para tanto são necessárias as análises das relações intra-organizacionais, que correspondem ao estudo do sistema interno das organizações, sua estrutura e dinâmica. Assim como na análise do ambiente externo, o ambiente interno também foi estudado pelos cientistas e teóricos sob diferentes prismas. Um dos aspectos de grande importância diz respeito aos indivíduos e grupos, a como eles se comportam; outro subsistema refere-se à estruturação e aos processos organizacionais.
Na Inglaterra, pesquisadores do Instituto Tavistock de Relações Humanas têm desenvolvido muitos estudos sobre as organizações como sistema complexo, introduzindo a abordagem de organizações como sistema “sócio-técnico”. Essa abordagem considera importante não somente social e psicológico como componente de uma organização, mas também o sistema tecnológico como parte integrante da interação entre os vários grupos dentro da organização. Nessa linha de trabalho, ou seja, o estudo das relações interpessoais, Daniel Katz e Robert L Kahn apresentaram o livro Psicologia social das organizações. Esses dois autores passaram rapidamente da abordagem comportamental tradicional para uma com ênfase na teoria de sistemas. Com a teoria de sistemas abertos aplicados à organização permite-se analisar a relação íntima entre a estrutura organizacional
e o meio que a apóia, com uma integração da macroabordagem do sociólogo e a microabordagem do psicólogo nos estudos das relações entre indivíduos e grupos que compõem a organização.
Nesse livro, os autores sentem a necessidade de categorizar os sistemas abertos, uma vez que existem propriedades diferenciadoras desses sistemas, além daquelas comuns. Cria-se, portanto,a categoria de sistemas sociais que se diferenciam dos sistemas físicos ou biológicos. Nessa categoria estão as empresas.
CONTRIBUIÇÃO DE KATZ E KAHN
Para a análise desse tipo de sistema aberto, Katz e Kahn mantêm a relação triádrica
 de entrada, processador e saída, sendo que as bases para a dinâmica do sistema social são dadas por funções, valores e normas, ou seja, as normas prescrevem e sancionam o comportamento dos membros em suas funções a partir dos valores em que essas normas se acham implantadas. Dentro dessa ótica e a partir do conceito de que organizações sociais, antes de tudo, são uma estrutura de eventos, esses dois autores estudaram as variáveis já vistas na abordagem comportamental - liderança, poder, autoridade, comunicação, tomada de decisão.
Reagruparam, por isso, o sistema em vários subsistemas: o subsistema técnico, preocupado com produção e transformações, o subsistema de apoio técnico, preocupado com relações institucionais, o subsistema de manutenções que se preocupa com as pessoas e suas funções, o subsistema de adaptação, que está afeto às mudanças organizacionais, e o subsistema gerencial que comanda os demais. A dinâmica e o equilíbrio desses subsistemas associados com padrões de desempenho determinam a eficácia organizacional, além de consolidar uma classe especial de sistemas abertos.
OUTRAS CONTRIBUIÇÕES
Outra abordagem devidamente repassada com o surgimento da teoria de sistemas foi a da Organização Administrativa, inicialmente por Fremont Kast, James Rozenzweig e Richard A. Johnson, em obra denominada A teoria e a administração de sistemas, tornada um clássico da teoria administrativa.
Segundo esses autores, estruturar um negócio a partir da abordagem
sistêmica não elimina a necessidade de manter as funções básicas de planejar, organizar, executar e controlar, mas exige adaptá-las à nova idéia. Com isso essas velhas funções foram reestudadas e vistas como interdependentes e integradas a um sistema e não como unidades separadas. Tudo deve ocorrer em função do sistema e seus objetivos e suas funções são vistas como um meio a serviço de um fim.
A base conceitual para a revisão da teoria de Organização Administrativa utilizada pelos autores foi a de objetivos, considerando que uma organização pode dizer que está sendo administrada segundo a abordagem sistêmica quando seu trabalho é organizado por objetivos e quando os resultados podem ser avaliados e medidos em função do atendimento desses objetivos. 
Poderíamos analisar vários outros livros mais recentes sobre a visão sistêmica da organização, porém a tônica seria a mesma. Como já dissemos anteriormente, partes, componentes, variáveis, processos, elementos, ou que nome venha a ser dado, já foram revistos segundo a visão sistêmica de organização seguindo sempre o conceito teórico básico de sistema aberto e os três elementos: de entrada, processador e saída.
A demonstração gráfica de como a empresa poderia ser vista nessa abordagem também já foi amplamente explorada, desde o gráfico mais simples com os três elementos acima, até o mais complexo e detalhado, procurando colocar todos os elementos possíveis que compõem o sistema organizacional. Consideramos desnecessária a configuração gráfica, uma vez que não seríamos criativos e não conseguiríamos retratar um modelo que representasse o modelo conceitual, pois que cada organização deve adaptar-se ao seu melhor gráfico ou ao gráfico que melhor a represente.
O importante na abordagem sistêmica é guardarmos os conceitos básicos que ela transmite e que permeiam ainda hoje grande parte das organizações complexas, com pequenas adaptações de outras abordagens mais modernas. 
Em linhas gerais, esses conceitos podem ser resumidos em:
· Permitem clara definição dos objetivos do sistema organizacional;
· Oferecem um método natural e objetivo de análise, através da separação do sistema global em partes que podemos denominar subsistema;
· Mostram a inter-relação entre as várias partes do sistema global;
· Relacionam o sistema e seus subsistemas com o ambiente e os efeitos causados pelos elementos de entrada desse ambiente;
· Permitem o estudo preciso de todas as variáveis que compõem os subsistemas, tais como pessoas, grupos;
· Permitem o exame dos resultados ocorridos no processo em cada subsistema, a partir do fluxo de informação e controle em função de atender os objetivos do sistema maior;
· Reconhecem que uma organização é um sistema vivo; portanto, aberto, permitindo sua classificação como sistema social;
· Introduzem o conceito de troca de energia entre os elementos de entrada, o processo e os elementos de saída do sistema, como sendo o que mantém a vida do sistema organizacional.
RESUMO
Origina-se da teoria geral de sistemas que procura dar visão mais abrangente do corpo de conhecimento.
Precursores: Ludwig von Bertalanffy - 1951. Kenneth Boulding -1956.
Essa teoria permite uma análise dos sistemas sociais sob as perspectivas de:
· Relacionamento com o ambiente;
· Interação entre sistemas;
· Sistema maior que agrega sistemas menores ou subsistemas.
Principais efeitos sobre a teoria administrativa:
· Visão da empresa como "sistema aberto", contrapondo-se às demais abordagens da teoria clássica;
· Possibilidade de um método natural de análise das partes que compõem o sistema social organizacional, sem perder a noção do todo;
· Conhecimento do ambiente externo e análise de todos os elementos que o compõem;
· Reconhecimento da organização como um sistema vivo;
· Introdução do conceito de troca de energia entre os elementos que compõem o sistema social da organização.
Críticas
Difícil fazer críticas a essa abordagem, uma vez que, em primeiro lugar, ela é bastante aberta para permitir a inclusão ou complementação de idéias. Em segundo lugar, ela é adaptável a aspectos diferenciados e particulares da organização e, em último lugar, ela ainda está em desenvolvimento.
� KWASNICKA, Eunice Lacava in TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO - Capitulo 8 - p. 127-133 - Editora Atlas - 2ª. Edição - SP: 1995.
� Relativo a tríade ou trindade

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