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Divididas em: › Supracondilianas (Distais do úmero) › Radiais (Cabeça do rádio) › Ulnares (Olécrano) (Campagne, 2017) As mais comuns do cotovelo pediátrico. Mecanismo comum da lesão é a queda sobre o braço em extensão com o cotovelo estendido ou por força direta, muitas vezes causando desvio ou angulação posterior. A artéria braquial, o nervo mediano ou o nervo radial podem ser comprometidos, especialmente quando a fratura tiver desvio ou angulação posterior. A lesão neurovascular pode levar a síndrome compartimental no antebraço, que pode causar contratura isquêmica de Volkmann (contratura por flexão do punho resultando em deformidade na mão do tipo garra). As fraturas geralmente são intra-articulares, provocando hemartrose. (Campagne, 2017) Segundo Volpon (2014), “as fraturas da extremidade distal do úmero são extremamente graves, principalmente por serem intra-articulares, numa articulação muito delicada. Há elevada incidência de seqüelas, independentemente do tipo de tratamento realizado. Quase todas são de tratamento cirúrgico, que deve ser realizado o mais precocemente possível, daí a importância do diagnóstico precoce”. São divididas em extra-articulares e intra-articulares, mas existem também as subdivisões: fraturas supracondilares, epicondilares, transcondilares, condilares, intercondilares, capitulares e trocleares (Zemiani; Floriani; Pereira Júnior, 2015) Sinais e sintomas (Campagne, 2017): › Dor e edema na área do cotovelo › ADM do cotovelo limitada › Equimoses sobre o antebraço medial anterior sugerem lesão da artéria braquial. Diagnóstico: › Radiografias anteroposteriores e laterais Tratamento: › Nas fraturas sem desvio ou fraturas ocultas, talas › Para fraturas com luxação, é frequente a redução aberta com fixação interna (RAFI) › Se houver suspeita clínica de fraturas, imobilização com tala e acompanhamento rigoroso (Campagne, 2017) A maioria das fraturas é tratada por um cirurgião ortopédico porque há risco de complicações a longo prazo. A maioria dos pacientes é internada para observação neurovascular, embora alguns médicos coloquem uma tala e liberem os pacientes com fraturas sem desvio se puderem confiar que retornarão para acompanhamento no dia seguinte. Fraturas distais do úmero com deslocamento ou angulação posterior, em particular, devem ser reduzidas por um cirurgião ortopédico porque os nervos e/ou a artéria radial podem ser lesados durante a redução. Pode-se tentar gesso com redução fechada, mas isso não costuma ser recomendado porque RAFI geralmente é necessária. Se houver suspeita clínica de fratura (p. ex., as crianças não conseguem mover o cotovelo em uma amplitude normal do movimento) e as radiografias parecem normais, deve-se imobilizar com tala a articulação e fornecer acompanhamento. Mais comuns em adultos que em crianças Comumente resultam de queda sobre o braço em extensão (Campagne, 2017) Sinais e sintomas › A cabeça do rádio é palpável na porção lateral do cotovelo como uma estrutura que se rotaciona durante pronação e supinação e que se articula com o epicôndilo lateral. › Dor na cabeça do rádio, com piora na supinação. › O epicôndilo lateral e a cabeça do rádio normalmente formam um triângulo em relação ao olécrano. Os derrames articulares (comuns nas fraturas da cabeça do rádio) podem ser palpáveis sobre esse triângulo. › Geralmente há edema decorrente de hemartrose. › Pode haver limitação na ADM passiva do cotovelo. › Pode ocorrer simultaneamente a fratura do capítulo umeral. (Campagne, 2017) Diagnóstico › Exame físico › Radiografia: incidênci a anteroposterior, lateral e oblíqua. Normalmente mostram apenas evidências indiretas da fratura, o diagnóstico se baseia sobretudo no exame físico (Campagne, 2017) Tratamento › Normalmente, tipoia e exercícios de amplitude de movimento › Raramente reparo cirúrgico › Fraturas com desvio mínimo e sem restrição de movimento passivo ou instabilidade do cotovelo podem ser tratadas pela colocação de uma tipoia, para reduzir a dor com o cotovelo flexionado a 90°. › Deve-se iniciar exercícios de amplitude do movimento do cotovelo assim que os pacientes conseguem tolerá-los. › Se o cotovelo estiver instável ou o movimento sofrer bloqueio mecânico, as fraturas são tratadas cirurgicamente. (Campagne, 2017) Supracondilar › Coxim adiposo anterior ou posterior › Linha umeral anterior não atravessa nenhuma estrutura ou apenas a parte anterior do capítulo › Desvio da linha radiocapitelar Radial › Desvio da linha radiocapitelar › Presença de coxins adiposos anterior ou posterior (Campagne, 2017) A linha umeral anterior e a linha radiocapitelar estão normais. Entretanto, um coxim adiposo anterior está presente, sugerindo derrame articular. Um coxim adiposo posterior sempre é anômalo. Além disso, nessa radiografia a linha umeral anterior não passa no meio do capitelo. As fraturas do olécrano em crianças são incomuns (4 a 6% de todas as fraturas do cotovelo). Em crianças mais velhas, as fraturas tendem a ser desviadas, enquanto nas mais novas elas propendem a apresentar pouco desvio. Isso se deve ao fato de a cartilagem articular das crianças mais novas ser mais grossa, agindo como uma "almofada" que absorve a força mantendo os fragmentos do olécrano juntos. (Soni et. al, 1999) Dentre os mecanismos de lesão podem ser citados a queda para trás sobre o cotovelo e a flexão passiva do cotovelo combinada a uma força de contração súbita e poderosa do tríceps, resultando em avulsão do olécrano (Zemiani; Floriani; Pereira Júnior, 2015). A ossificação da ulna ocorre a partir de três centros: › Se inicia no corpo da ulna (8ª semana de vida intra-uterina); ao nascimento, as extremidades ainda são cartilaginosas. › No 4º ano de vida, um centro de ossificação aparece na cabeça da ulna e se estende ao processo estilóide. › Aos 10 anos, o terceiro centro de ossificação aparece no olécrano próximo à extremidade proximal, geralmente único, podendo ser bi ou multipartido. › O fechamento da placa epifisária ocorre na borda anterior da ulna, podendo persistir uma incisura transversa dorsal. Esta se fecha completamente dos 16 aos 20 anos e a epífise proximal se funde ao corpo aos 20 anos. (Soni et. al., 1999) C – Capítulo (2a) R – Cab. Rádio (4a) I – Internal -Ep. Med.(6a) T – Tróclea (8a) O – Olécrano (10a) L – Lateral –Ep.Lat.(12a) Diagnóstico: › Radiografias: As radiografias de cotovelo são notoriamente de difícil interpretação, particularmente nos com ossificação incompleta, sendo, portanto, conveniente ter visões comparativas contralaterais que possam identificar algumas variantes normais do desenvolvimento ósseo como centro de ossificação do olécrano bipartido, incisura dorsal na epífise do olécrano, ou patella cubiti (osso sesamóide raramente presente no tendão tricipital) (Soni et. al., 1999) Tratamento › As fraturas que não promovem o deslocamento de parte óssea, são tratadas com imobilização de cotovelo a 90º por cerca de seis semanas. › Os exercícios começam em dois ou três dias, pronação e supinação, e duas semanas após podem ser realizadas flexão e extensão em ADM reduzidas, flexão total apenas depois de dois meses e exercícios resistidos em até três meses após a consolidação. › As fraturas que promovem deslocamento ósseo requerem processo cirúrgico para reparo. Nesses casos, o tratamento depende do tipo de cirurgia e do tempo de imobilização do membro adequando os exercícios de reabilitação de acordo com o quadro do indivíduo (Nascimento et al, 2010). (Zemiani; Floriani; Pereira Júnior, 2015) Obstrução arterial aguda que causa infarto dos músculos do antebraço Mais comum após fratura supracondiliana do úmero e com aparelhos gessados apertados Após 6h, o músculo pode necrosar, formando eventualmente uma cicatriz, e transformando-se em uma contratura em flexão Clínica: dor nos flexores do antebraço e à extensão passiva dos dedos; pulso radial ausente; edema, palidez, sensibilidade reduzida, parestesias, paralisia e mão em garra; limitação de ADM passiva. (GANN, 2005) Fratura do rádio distal Geralmente resultam de queda sobre a mão estendida. A maioria tem desvio ou angulação dorsal São comuns, especialmente entre os idosos. Muitas vezes, o processo estiloide ulnar também é fraturado. (Campagne, 2017) Com desvio radial do segmento distal Pode haver avulsão do processo estilóide ulnar Comum após a menopausa Geralmente causado por queda sobre a mão hiperestendida Clínica: Deformidade em “dorso de garfo”: o fragmento distal é angulado dorsalmente Fratura de Smith: o fragmento distal adota uma direção palmar Complicações: Distrofia Simpático Reflexa (DSR), Sd. Do Túnel do Carpo (STC), ausência de consolidação e deformidade (GANN, 2005) Pode causar deformidade ou edema, o que pode lesar o nervo mediano Quando o nervo mediano é lesado, a ponta do segundo quirodáctilo fica insensível e a prensa entre o dedo mínimo o polegar é fraca. Podem ocorrer outras complicações (p. ex., rigidez, deformidade permanente, dor, osteoartrite, síndromes de dor regional complexas), em particular se a fratura se estender ou causar desvio ou angulação da articulação do punho. As manifestações clínicas podem incluir angulação ou desvio dorsal do segmento distal do rádio (deformidade em garfo de prata ou garfo de jantar), além de dor, edema e sensibilidade. (Campagne, 2017) Tratamento › Redução fechada › Se a fratura estiver aberta ou se a redução não for bem sucedida, redução aberta › Tala volar › Acompanhamento ortopédico em 1 semana › A articulação é reduzida e imobilizada em 15 a 30° da extensão do punho com tala volar ou tala do tipo sugar tong. A redução fechada costuma ser possível. Durante a redução fechada, pode-se tratar a dor no departamento de emergência com analgesia e opioides ou bloqueio de hematoma. › Tempo médio de consolidação: 45 dias Tala volar (anterior) Tala Sugar tong (em U) Nos casos de tratamento conservador, fisioterapia indicada após consolidação (6 semanas = 45 dias) Nos casos cirúrgicos, fisioterapia indicada logo após o procedimento e nas 3 semanas seguintes, ensinar paciente exercícios domiciliares. Acompanhamento fisioterapêutico costuma ser necessário após 20 dias da cirurgia, com uso de órtese ajustável e removível, com exercícios para ADM de flexão e extensão e, na fase final, giro, além de alongamento e redução de edema. Na fase tardia, ganho de força. ZEMIANI, Lana Paula ; FLORIANI, Pamela Regina ; PEREIRA JÚNIOR, Altair Argentino. Fraturas do cotovelo: revisão da literatura. EFDeportes.com, Revista Digital, Buenos Aires, Año 20, Nº 211, dez. 2015. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd211/fraturas-do- cotovelo-revisao.htm SONI, Jamil F. et. al. Tratamento das fraturas do olécrano em crianças. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 34, n. 1, 1999. Disponível em: http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento- das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- https://www.efdeportes.com/efd211/fraturas-do-cotovelo-revisao.htm https://www.efdeportes.com/efd211/fraturas-do-cotovelo-revisao.htm https://www.efdeportes.com/efd211/fraturas-do-cotovelo-revisao.htm https://www.efdeportes.com/efd211/fraturas-do-cotovelo-revisao.htm https://www.efdeportes.com/efd211/fraturas-do-cotovelo-revisao.htm https://www.efdeportes.com/efd211/fraturas-do-cotovelo-revisao.htm https://www.efdeportes.com/efd211/fraturas-do-cotovelo-revisao.htm https://www.efdeportes.com/efd211/fraturas-do-cotovelo-revisao.htm http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- http://rbo.org.br/detalhes/236/pt-BR/tratamento-das-fraturas-do-olecrano-em-criancas- GANN, Nancy. Ortopedia: Guia de consulta rápida para fisioterapia: Distúrbios, testes e estratégias de reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. CAMPAGNE, Danielle. Fratura do úmero distal e Fraturas na cabeça do rádio. Manual MSD, 2017. 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