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Diabetes Mellitus Professora Camila Costa Universidade Estácio de Sá Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia II Prevalência Em 2015, a Federação Internacional de Diabetes (International Diabetes Federation, IDF) estimou que 8,8% da população mundial com 20 a 79 anos de idade (415 milhões de pessoas) vivia com diabetes. Epidemiologia Prevalência Em 2015, a Federação Internacional de Diabetes (International Diabetes Federation, IDF) estimou que 8,8% da população mundial com 20 a 79 anos de idade (415 milhões de pessoas) vivia com diabetes. Se as tendências atuais persistirem, o número de pessoas com diabetes foi projetado para ser superior a 642 milhões em 2030. Estimativa - nos próximo anos o número de indivíduos com diabetes em todas as faixas vai aumentar mais que o dobro. Prevalência Segundo o levantamento, os gastos do Brasil com a diabetes foram de US$ 57,7 bilhões (R$ 190 bilhões, em valores atuais) em 2015. Até 2030, essas despesas podem subir para US$ 97 bilhões, segundo estimativas mais conservadoras, ou US$ 123 bilhões (R$ 406 bilhões), no pior dos cenários. https://g1.globo.com/bemestar/noticia/gastos-do-brasil-com-diabetes-podem-dobrar-na-proxima-decada-diz-estudo-britanico.ghtml Prevalência Em 2015, a Federação Internacional de Diabetes (International Diabetes Federation, IDF) estimou que 8,8% da população mundial com 20 a 79 anos de idade (415 milhões de pessoas) vivia com diabetes. Se as tendências atuais persistirem, o número de pessoas com diabetes foi projetado para ser superior a 642 milhões em 2030. Cerca de 75% dos casos são de países em desenvolvimento, nos quais deverá ocorrer o maior aumento dos casos de diabetes nas próximas décadas (rápida urbanização, transição epidemiológica, transição nutricional, maior frequência de estilo de vida sedentário, maior frequência de excesso de peso, crescimento e envelhecimento populacional e, também, à maior sobrevida dos indivíduos com diabetes). Diabetes, o que é? HIPERGLICEMIA Defeito secreção e/ou ação da insulina Doença crônica, heterogênea, caracterizada por hiperglicemia resultante da deficiência (absoluta ou parcial) da secreção e/ou ação periférica da insulina. Frequentemente acompanhada de dislipidemia, HAS e disfunção endotelial. Diabetes Mellitus – definição Definição DM – defeito na ação (tipo II) e/ou na secreção (tipo I) da insulina, resultando em elevação dos níveis de glicose plasmáticos (hiperglicemia). Insulina – hormônio produzido e secretado pelas células beta pancreáticas que desempenha papel fundamental na manutenção da homeostase de glicose e do crescimento e diferenciação celular (< lipólise, gliconeogênese e estimula a síntese e o armazenamento de nutrientes). Hormônio anabólico Insulina Possui ação anabólica, anticatabólica e ação de transporte. Carboidratos: diminui degradação de glicogênio; facilita conversão de glicose em glicogênio no fígado e músculo; ativa translocação do GLUT 4 no músculo e no tecido adiposo; Lipídios: inibe lipólise, prevenindo aumento de cetonas; estimula lipogênese facilitando a conversão de piruvato em ácidos graxos livres; ativa a lipase lipoproteica (LPL), estimulando transporte de TG para o tecido adiposo; Proteínas: inibe degradação e gliconeogênese, estimula síntese, reduz aminoácidos no sangue quando glicose está alta. Ação da insulina Mecanismo de ação da insulina: Glicose necessita de proteínas especificas de transporte denominadas GLUT (Glucose Transporter) que permitem a difusão facilitada de glicose através da membrana plasmática das células. Existem 14 isoformas de GLUT, sendo 5 de maior relevância clínica: GLUT 1 e GLUT 3 – cérebro (capazes de transportar glicose em baixas concentrações); GLUT 2 – pâncreas e fígado (controle feedback); GLUT 4 – músculo esquelético e tecido adiposo (INSULÍNO- SENSÍVEL); GLUT 5 – transportador de frutose na borda em escova. Ação da insulina Mecanismo ativado na fase pós- prandial como resposta ao aumento da liberação de insulina decorrente do aumento de glicose na circulação. GLUT 4 – dependente de insulina. Necessário que a insulina se ligue ao seu receptor na célula para estimular a translocação do transportador de glicose para a membrana celular, para que a glicose entre na célula. Diabetes Mellitus tipo 1 – DM 1 Diabetes Mellitus tipo 2 – DM 2 Diabetes Mellitus gestacional Outros tipos de Diabetes Mellitus Classificação DM gestacional A gestação consiste em condição diabetogênica, uma vez que a placenta produz hormônios hiperglicemiantes e enzimas placentárias que degradam a insulina, com consequente aumento compensatório na produção de insulina e na resistência à insulina. Outras formas de DM Correspondem a 1 – 2 % dos casos: pertencem a essa categoria todas as outras formas menos comuns de DM, cuja apresentação clínica é bastante variada e depende da alteração de base que provocou o distúrbio do metabolismo glicídico. Fatores: Síndromes genéticas (defeitos nos genes que codificam as funções das células β); Infecções virais (rubéola, citomegalovírus); Outras doenças (pancreatite, câncer). Diabetes Mellitus tipo 1 Minoria dos casos (5 a 10%); Destruição das células beta pancreáticas levando a uma deficiência absoluta de insulina; O diabético tipo 1 é dependente de insulina exógena para prevenir cetoacidose (principal complicação) e óbito. Causas e sintomas do DM 1 Diabetes tipo 1 DM idiopática (sem etiologia conhecida) DM imunomediada (anticorpos) Infecção viral Subs. tóxicas Outras doenças Gatilhos ambientais Sintomas: Hiperglicemia Poliúria – eliminação de grande volume na urina Polidipsia – sede excessiva Polifagia – fome excessiva - Perda grave de peso; - Distúrbios eletrolíticos; - Cetoacidose; - Doenças macro e microvasculares. Diabetes Mellitus tipo 1 A fisiopatologia da hiperglicemia do DM tipo 1 é semelhante a resposta metabólica ao jejum. Baixos níveis plasmáticos de insulina em relação aos hormônios contrarreguladores (glucagon, cortisol) levam a um estado CATABÓLICO. Proteólise muscular, lipólise adiposa e no fígado glicogenólise e gliconeogênese = como consequência os tecidos adiposos e muscular passam a utilizar ácidos graxos e cetonas como fontes alternativas de energia. Corpos cetônicos – acetoacetato, acetona, hidroxibutirato – alteram o pH sanguíneo causando cetoacidose (depressão do SNC). Diabetes Mellitus tipo 2 Maioria dos casos (90 a 95%); Resistência a insulina (RI) e deficiência relativa (e não absoluta) de insulina. Os níveis de insulina endógenos podem ser baixos, normais ou elevados, no entanto, devido à resistência à sua ação, mesmo em níveis elevados, a insulina não consegue exercer sua função adequadamente. RI = ↑ da produção hepática de glicose levando a hiperglicemia de jejum; ↑ da lipólise e ↑ dos ácidos graxos livres na corrente sanguínea (hiperlipidemia) piorando a resistência a ação da insulina. Fatores etiológicos e sintomas do DM 2 Diabetes tipo 2 Fatores genéticos (decisivo – nem todo obeso apresenta DM 2) Sintomas (podem ou não ocorrer): Hiperglicemia Poliúria – eliminação de grande volume na urina Polidipsia – sede excessiva Polifagia – fome excessiva Raramente ocorre cetoacidose Ingestão calórica excessiva Idade avançada (< ação – fisiológico) Obesidade (> c. abdominal) Sedentarismo Fatores etiológicos e sintomas do DM 2 Acantose nigricans – doença de pele caracterizada por manchas aveludadas e escuras em dobras e vincos do corpo – resistência a ação da insulina (excesso de hormônio). DM 1 x DM 2 Característica DM tipo 1 DM tipo 2 Idade < 30 anos Diabetes juvenil > 30 anos Diabetes adulto Início Abrupto Lento % de casos < 10% > 90% Secreção de insulina Baixa ou inexistente Diminuída, normal ou aumentada, porém ineficaz Complicações Cetoacidose Doençasmacro e microvasculares Mais suscetível a doenças macro (lesões arterioscleróticas das coronárias e circulação arterial periférica) e microvasculares (rins, retina e nervos periféricos). Sintomas Peso Corporal e DM DM1 leva à perda de peso, e o ganho de peso leva ao DM2 Insulina Hormônio anabólico Inibe a lipase lipoproteica (hidrólise de TG) Favorece o acúmulo de gordura. DM1 → deficit de insulina → há ação da lipase lipoproteica → lipólise → perda de peso DM2 → altos níveis de insulina → lipase inibida → não ocorre lipólise Peso Corporal e DM Diagnóstico 2010 Diagnóstico Preferido Diagnóstico Existe a recomendação do uso da hemoglobina glicada como critério diagnóstico para DM. Esse exame já foi adotado como critério diagnóstico pela ADA desde 2010, depois do comitê internacional realizado em 2009 incluindo a ADA, o IDF e a Associação Européia de Estudos sobre Diabetes. Classifica-se como diabético, o indivíduo com hemoglobina glicada ≥ 6,5% (ADA; SBD) Diagnóstico Sabe-se que elevações de 1% na HbA1c corresponde a um aumento médio de 25 - 30 mg/ dL na glicemia. Este marcador reflete a glicemia média nos 2 - 4 meses anteriores à realização do exame, visto que a vida média de um eritrócito é de 120 dias. Os valores se mantém estáveis após a coleta e apresentam menor variabilidade de um dia para o outro, sendo mais fácil medir (dispensa jejum). Nível de HbA1c (%) GLI correspondente (mg/ dL) 4 70 5 98 6 126 7 154 8 183 9 212 10 240 11 269 12 298 Diagnóstico Glicose em jejum: jejum calórico de no mínimo 8 horas; TOTG: previamente à ingestão de 75 g de glicose dissolvida em água, coleta-se uma amostra de sangue em jejum para determinação da glicemia; coleta-se outra, então, após 2 horas da sobrecarga oral. Dieta deve ser habitual e sem restrição de carboidratos pelo menos nos 3 dias anteriores à realização do teste. Permite avaliação da glicemia após sobrecarga, que pode ser a única alteração detectável no início do DM; Glicemia ao acaso: definida como aquela realizada a qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo desde a última refeição; Hemoglobina glicada (HbA1c): oferece vantagens ao refletir níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses e ao sofrer menor variabilidade dia a dia e independer do estado de jejum para sua determinação. COMPLICAÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS DO DM Complicações agudas Cetoacidose diabética (CAD) – DM 1 Complicação reversível que se não tratada pode levar ao coma e óbito. Resulta da deficiência relativa ou absoluta de insulina, normalmente combinada com o excesso de hormônios contrarreguladores resultando em altos níveis de glicemia (≥ 250 e < 600 mg/dL) – hiperglicemia e cetonas na urina – lipídios como principal fonte de energia. Sintomas: poliúria, polidipisia, desidratação, hiperventilação, hálito cetônico (frutas envelhecidas) e fadiga. Tratamento: insulina + reposição hidroeletrolítica + monitorização médica. Durante a fase aguda a ingestão oral de 150 a 200g/CHO/dia previne piora do quadro por inanição. Complicações agudas Poliúria – na tentativa de diminuir a hiperglicemia, os rins começam a excretar glicose pela urina – pode chegar a eliminar até 6,5 litros de água durante 24 horas – causando desidratação e a perda acentuada de eletrólitos. Polidipsia – consequência do excesso de eliminação de líquidos causada pela poliúria; Polifagia – quando ocorre a hiperglicemia, temos um aumento da glicose na corrente sanguínea, pois a glicose não está sendo transportada para dentro das células para ser transformada em energia e a não conversão dos alimentos ingeridos em energia, para o funcionamento do nosso corpo, faz com que ocorra um aumento da fome. Complicações agudas Hipoglicemia – glicemia ≤ 70 mg/dL. Complicação mais comum e mais séria associada ao tratamento com insulina; Também pode ocorrer em pacientes usando hipoglicemiantes orais de longa duração; Outras causas: refeições omitidas, inadequadas ou atrasadas; aumento de exercícios ou exercícios não planejados. Se a glicemia for < 70 mg/dL tratar com 15 g de carboidrato que equivale a 1 colher de sopa de açúcar ou mel ou ½ xícara de refrigerante ou 6 bolachas (formas líquidas ou sólidas de glicose não faz diferença). Deve-se esperar 20 minutos e reavaliar a glicemia. Caso esteja ainda < 70 mg/dL, repetir a conduta até normalização da glicemia. Complicações agudas Classificação da hipoglicemia: Leve Presença de sintomas que não prejudicam as atividades normais. Moderada Prejuízo óbvio da função motora, confusão e comportamento inapropriado, porém o paciente está alerta o suficiente pra se tratar e pedir auxílio. Severa Convulsão, coma ou déficit neurológico que impedem o paciente de se tratar ou até mesmo de pedir ajuda. Complicações agudas Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica (SHHNC) – condição rara. Paciente típico: Idoso com DM tipo 2; História de várias semanas de poliúria; Perda ponderal; ↓ ingestão oral que culmina com confusão mental, letargia e coma. Características: glicemia alta (variando de 600 a 2000 mg/dL – media de 1000 mg/dL) sem cetose pois possui insulina suficiente para evitar a lipólise exagerada. Tratamento: hidratação e doses de insulina. Complicações agudas Efeito Somogyi – hiperglicemia matinal. Hiperglicemia de rebote – dose excessiva de insulina antes do jantar, que gera uma hipoglicemia durante a madrugada. Em resposta a essa hipoglicemia vai haver aumento dos hormônios contrarreguladores hiperglicemiantes causando hiperglicemia matinal. Dose insuficente de insulina antes de dormir – hiperglicemia ao acordar em função dos hormônios o ciclo circadiano (catabólicos). Tratamento: administrar insulina de ação intermediária ou de longa duração antes de dormir. Complicações crônicas Doenças macro (lesões arterioscleróticas das coronárias e circulação arterial periférica – doenças cardiovasculares DCV) e microvasculares (rins - nefropatia, retina - retinopatia e nervos periféricos - neuropatia) – alterações na função e estrutura vascular, com consequente lesão ao órgão final irrigado e morte. O risco de complicações crônica ↑ em função da duração da hiperglicemia; elas geralmente se tornam aparentes na 2ª década de hiperglicemia. A DCV é a principal causa de mortalidade e de morbidade em indivíduos com diabetes. O DM 2 é um fator de risco independente para a doença macrovascular e suas condições associadas (ex.: hipertensão e dislipidemia). Tratamento do DM Tratamento Doença crônica NÃO TEM CURA. Requer um conjunto de medidas de caráter vitalício: Monitorização da glicemia; Dieta; Terapia medicamentosa; Planos de exercícios físicos. Medidas necessárias para evitar as complicações da doença. Terapia de primeira escolha para pacientes diabéticos tipo 2 = dieta + atividade física. Tratamento Monitorização da glicemia: Automonitoração – o próprio indivíduo avalia a glicose sanguínea (4 a 6 x/dia diariamente – antes de cada refeição e ao dormir – DM 1; 1 – 4 x/dia 3 a 4x/semana – DM 2). Hemoglobina glicada – melhor índice para controle total do DM. Preferido Terapia medicamentosa Hipoglicemiante x Insulina (DM 2) Tentativa Tratamento 1ª Dieta + exercício 2ª Hipoglicemiante oral 3ª ≥ hipoglicemiantes orais 4ª Insulina basal + hipoglicemiante 5ª Insulina de ação basal e rápida (esquema basal/bolo) Terapia medicamentosa Hipoglicemiantes orais – podem ser utilizados isolados ou em combinação para normalizar a glicemia de pacientes com DM 2. Devem ser usados quando não se atingir os níveis glicêmicos após uso das medidas dietéticas e atividade física. A natureza progressiva do DM, caracterizada pela piora gradual da glicemia de jejum ao longo do tempo, faz com que haja necessidade de aumentar a dose dos medicamentos e acrescentar outros no curso da doença.Medicamento Nome comercial Mecanismo de ação ↓ Glicemia de jejum (mg/dL) ↓ Hemoglobina glicada (%) Efeito sobre o peso corporal Sulfoniluréias Clorpropamida (Diabinese) Glibenclamida (Daonil) Glimepirida (Amaryl) ↑ secreção de insulina 60 – 70 1,5 – 2,0 ↑ 7% Meglitinidas Repaglinida (Prandin) Nateglinida (Starlix) ↑ secreção de insulina 60 – 70 1,5 – 2,0 ↑ Biguanidas Metformina (Glifage) ↓ produção hepática de glicose e ↑ a sensibilidade à insulina 60 – 70 1,5 – 2,0 ↓ Glitazonas Rosiglitazona (Avandia) Pioglitazona (Actos) ↑ sensibilidade à insulina – músculo, adipócitos e fígado 35 – 65 1,0 – 2,2 ↑ Inibidores da alfa glicosidase Acarbose (Glucobay) ↓ absorção de glicose no TGI 20 – 30 0,7 – 1,0 Sem efeito Gliptinas Sitagliptina (Januvia) Vildagliptina (Galvus) ↑ secreção de insulina 20 0,6 – 1,8 Sem efeito Tratamento Insulina (DM 1 e 2): Insulina Início Pico Duração Bolus Ultra rápidas Lispro (Humanolog) Asparte (Novorapid) Glulisina (Apidra) 15 min 1 h 3 – 5 h Rápidas ou curtas Regular 30 min 2 – 3 h 6 – 8 h Basais Intermediári as NPH 2 – 4 hs 6 – 8 h 10 – 18 h Ultra lentas ou prolongadas Glargina (Lantus) Detemir (Levemir) 2 hs Sem pico 6 – 8 h 20 – 24 h Tratamento Insulina (DM 1 e 2): Basal = aplicada 1 a 2 x/dia Bolus = aplicada junto as refeições Dose de insulina: DM tipo 1 = 0,5 a 1,0 UI/kg/dia DM tipo 2 = 0,5 a 1,2 UI/kg/dia 1 a 1,5 unidades de insulina cobrem 10 g de CHO 1 unidade de insulina rápida ou ultrarrápida = 15 g de CHO 1 mL = 100 UI Terapia medicamentosa Sistema de infusão contínuo Estratégias nutricionais Objetivos: Manutenção da glicemia o mais próximo possível do normal; Conseguir níveis lipídicos ótimos; Prover calorias adequadas; Manutenção de níveis pressóricos que reduzam complicações macro e microvasculares; Prevenção e tratamento de complicações agudas e crônicas; Melhora da saúde geral através da nutrição ótima e estímulo a prática de atividade física. Estratégias nutricionais Metas de níveis lipídicos para adultos (mg/dL): Meta de IMC = 20 – 25 kg/m2 Dado bioquímico Meta Valor de referência Colesterol < 200 < 190 LDL < 100 < 100 HDL > 45 (F) > 55 (M) > 45 (F) > 55 (M) Triglicerídeos < 150 < 150 Estratégias nutricionais Perda ponderal (DM 2): Redução de 500 – 1000 Kcal/dia do gasto energético total diário previsto (peso atual) – vai promover perda de 0,5 a 1,0 kg/semana. MétodoVENTA Redução/ mês Redução VET 1 kg 256,60 kcal 2 kg 513,00 kcal Estratégias nutricionais Perda ponderal (DM 2): Redução de 500 – 1000 Kcal/dia do gasto energético total diário previsto (peso atual) – vai promover perda de 0,5 a 1,0 kg/semana. Fórmula de bolso obesidade – 20 a 25 kcal/kg de peso corporal/ dia. Não utilizar dietas < 800 Kcal/dia (dietas muito hipocalóricas não são efetivas na MANUTENÇÃO de peso (ganho de peso após suspensão da dieta). VET (DM 1) = 30 a 35 kcal/kg de peso corporal/ dia (manutenção de peso). Estratégias nutricionais Carboidratos: Recomendação – 100 a 300 g/dia (50 a 60% VET). Fibras – 25 a 30g/dia. Proteínas: Recomendação – 0,8 a 1,0g/kg de peso/dia (10 a 15% VET). Lipídios: Recomendação – 25 a 35% do VET. ≤ 10 % saturada/ 10 a 15 % monoinsaturada/ ≤ 10 % poliinsaturada / 300 mg de colesterol. Exercícios físicos Melhora a sensibilidade à insulina, reduz fatores de risco CDV, controla peso e saúde mental. DM 1 – glicemia antes e depois do exercício; DM 2 – reduz cerca de 10 a 20% a hemoglobina glicada, níveis de triglicerídeos e pressão arterial. Adicional de CHO para usuários de insulina: Adicionar 15 g de CHO para cada 30-60 min de atividade; Um lanche é necessário se a glicemia antes do exercício for < 100 mg/dL. Recomendação – 150 min/semana de atividade física aeróbica moderada (50 a 70% da FCM).
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