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CLIQUEAQUIPARA VIRARAPÁGINAEducação Profissional e Educação em Ambientes Não Escolares Autor: Rita de Cassia Medeiros Gomes Tema 08 Educação não formal: Educação Profissional e Educação em Ambiente não escolar seç ões Como citar este material: GOMES, Rita de Cassia Medeiros. Educação Profissional e Educação em Ambientes Não Escolares: Educação não formal: Educação Profissional e Educação em Ambiente não escolar. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. Tema 08 Educação não formal: Educação Profissional e Educação em Ambiente não escolar SeçõesSeções Tema 08 Educação não formal: Educação Profissional e Educação em Ambiente não escolar 5 CONTEÚDOSEHABILIDADES Conteúdo Nessa aula você estudará: • Educação não formal e o educador social. • Educação não formal e a atuação no desenvolvimento de projetos sociais. • Educação não formal: a educação, o movimento social e o profissional da pedagogia. Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no Livro-Texto: Educação não formal e o educador social: atuação no desenvolvimento de projetos sociais, da autora Maria da Glória Gohn, editora Cortez, 2010. Roteiro de Estudo: Rita de Cassia Medeiros Gomes Educação Profissional e Educação em Ambientes Não Escolares 6 CONTEÚDOSEHABILIDADES Educação não formal: Educação Profissional e Educação em Ambiente não escolar Neste último tema, tem-se a pretensão de realizar um feedback de toda a temática da disciplina: “Educação Profissional e Educação em Ambiente não escolar”, referente ao Livro-Texto, da autora Maria da Glória Gohn, adotado para o curso de Pedagogia. A educação não formal, segundo Gohn (2010), é uma área de conhecimento que envolve aprendizagens e saberes, estando presente em ações e projetos sociais da sociedade civil, em cursos universitários no campo da Educação, e em políticas sociais governamentais. É um tema fundamental na contemporaneidade, fazendo parte do processo sociopolítico, cultural e pedagógico de formação dos indivíduos para a cidadania e sua emancipação social. A educação não formal é constituída enquanto modalidade de prática educativa e se caracteriza a um processo que rompe as barreiras dos muros escolares, sendo marcada por intencionalidades, tanto educativas, quanto políticas e sociais, intencionalidades essas que permitem ao pedagogo entrar em contato com a identidade e as necessidades dos educandos atendidos, bem como da sua comunidade. Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Qual relação entre a educação não formal, o profissional da pedagogia e o educação social? • Qual contribuição da educação não formal para a formação de cidadãos? • Qual a relação entre a educação não formal e as práticas educativas? LEITURAOBRIGATÓRIA 7 LEITURAOBRIGATÓRIA Para Libâneo (2005), a definição de educação não é tão fácil, pois devido à sua complexidade e ao seu caráter multidimensional e plurifacetado, a concepção de educação torna-se passível de análise sob diversas perspectivas, abrindo margem para múltiplos entendimentos, ou ainda entendimentos parciais sobre educação, em relação aos profissionais que atuam direta ou indiretamente na área educacional, apresentando a concepção sobre da seguinte maneira: [...] fenômeno plurifacetado, ocorrendo em muitos lugares, institucionalizado ou não, sob várias modalidades. Percebe-se que o referido autor identifica a prática pedagógica em seus variados meios de ocorrência. Já para Gohn (2005), a educação nessa abordagem, movimentos sociais e educação, é tratada no sentido mais amplo, o que se caracteriza por todos os processos que envolvem aprendizagem de novos valores, ideias, atitudes e comportamentos que apreendidos e assimilados pelos sujeitos sociais são responsáveis por novas práticas no cotidiano social, e no sentido restrito, a educação no âmbito escolar. Assim, a relação nessa abordagem ocorre a partir de novas atitudes que os integrantes tomam a partir da prática de mobilização ou conforme afirma ainda a autora citada: (...) a educação se apresenta como forma de aprendizagem aos participantes dos movimentos e associações; como efeito pedagógico multiplicador das ações coletivas junto à sociedade civil e à sociedade política; e como demandas específicas na área educacional, dentro e fora da instituição escolar (2005, p. 114). Ressalta-se ainda que a educação social, como visto nos temas anteriores, é um processo de formação humana, ou de hominização, como diria Paulo Freire. É de natureza social e sofre interferência das condições existenciais que demarcam os aspectos subjetivos, culturais, materiais, históricos, dentre outros, em que cada indivíduo se constitui humano. O Livro-Texto adotado procura situar a educação não formal em três momentos: no primeiro, as concepções sobre os elementos que envolvem e constituem a educação não formal, o seu campo de atuação, o repertório, e as diferenças em relação às outras práticas socioeducativas. Segundo: aborda o papel do educador social, o profissional que atua na educação não formal e ajuda a construir com o seu trabalho, territórios de cidadania. Terceiro: apresenta exemplos de processos de educação não formal em espaços associativos como movimentos sociais, redes associativas civis, fóruns, conselhos de gestão compartilhada, pesquisas na modalidade de ensino da educação não formal, análises de projetos sociais inscritos e realizados no Programa Rumos Itaú Cultural. 8 Para finalizar, leia uma resenha do livro “Educação, Cultura e o profissional da Pedagogia frente a Educação Social” elaborado por Dinora Tereza Zucchetti, Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (RS, Brasil). Resenha do livro: Educação não formal e o educador social: Atuação no desenvolvimento de projetos sociais. São Paulo: Cortez, 2010. 104 p, da autora: Maria da Glória Gohn. A motivação para resenhar o mais recente livro de Maria da Glória Gohn deve-se ao fato de virmos, ao longo dos últimos anos, acompanhando os estudos da autora sobre a chamada educação não formal. Na obra intitulada Educação não formal e o educador social em especial (2010), Gohn apresenta um acúmulo próprio do amadurecimento investigativo e do amplo debate a que vêm sendo submetidos os seus escritos, o que faz deste livro um importante registro sobre a educação no campo social brasileiro. Há de se considerar que a autora é uma das pioneiras nos estudos da educação não escolar no país. Embora, nos últimos anos, tenha havido um crescimento significativo de pesquisas que investigam as práticas e a formação de educadores atuantes em espaços não escolares, de forma geral, o trato da temática é ainda incipiente e campo de muitos dissensos. Isso traduz ainda mais a importância do livro que aborda a educação não formal em duas grandes partes: conceito, campo e o educador social, além da ação propriamente dita. Resguardadas posições divergentes entre pesquisadores de áreas afins, o esforço dessa resenha é colocado no sentido de apresentar o texto e a sua contribuição para o debate no campo das práticas de educação que extrapolam o âmbito da escola. Nesse sentido, desde o início e ao longo do livro, sem que se pretenda deixar dúvidas quanto à importância e compulsoriedade da educação escolar, Gohn enfatiza que a educação não formal não é substitutiva à primeira, resguardando, assim, seu caráter de complementariedade. Descritivamente, na sequência, a autora traça a trajetória do termo educação não formal nas produções em educação. Dos anos de 1980, destaca o método educativo travado no interior dos movimentos sociais e a educação popular relacionada aos processos de alfabetização de adultos que, à época, ocorriam fora do sistema formal de ensino. Da década de 1990, ressalta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), de 1996, a qual afirma que a educação desenvolve-seem inúmeros espaços, abrindo caminho para o debate institucional sobre a educação não formal. Posteriormente, em 2006, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, ao referirem que a educação não escolar é campo de atuação do pedagogo, incorporaram a discussão. Para exemplificar, Gohn relembra a implantação da disciplina Educação Não Formal na graduação da Faculdade de LEITURAOBRIGATÓRIA 9 Educação da Unicamp, fato que, segundo ela, instaurou um importante movimento no âmbito das Instituições de Ensino Superior, o que, de certa forma, acabou influenciando outras instituições a incluírem disciplinas que dialogam a educação e a ação social, nos currículos de cursos de Pedagogia do país. Desde então, timidamente, muitos cursos têm ofertado disciplinas na área de práticas de educação no campo social, procedimento que não descaracteriza a ênfase da formação do professor para a educação escolar presente nas licenciaturas. No seguimento da obra, a autora busca distinguir a educação formal da não formal e da informal, traçando uma (tênue) linha que separa as duas últimas. Da educação formal, ressalta o espaço territorial da escola, a sua regulamentação e normatização, assim como a presença dos currículos. Já na modalidade não formal, referencia a tese da intencionalidade, o aprendizado espontâneo e a instrumentalidade presente na figura do educador social, além de critérios de solidariedade e identificação de interesses comuns; na informal, destaca os processos de socialização gerados no interior de relações intra e extrafamiliar. Outrossim, na obra, há uma defesa da educação não formal enquanto processo de produção de sujeitos autônomos e emancipados cuja formação cidadã aparece como pressuposto fundamental. Esse fato é destacado desde os movimentos sociais, experiências associativistas, programas de formação sobre direitos humanos, emergência de projetos sociais de naturezas diversas, em que a ação coletiva se faz no campo das artes, da educação e da cultura. Teoricamente, faz ainda um recorrido, tentando apontar diferenças entre a educação não formal com outras práticas de educação no campo social (educação comunitária, sociocomunitária, integral, entre outras). Todas essas tentativas, por parte da autora, de diferenciar entre si práticas de educação, no nosso entendimento, resulta em uma abordagem pouco elucidativa, uma vez que experiências educativas, nesses campos, possuem especificidades, mas também muitos pontos de aproximação, o que torna difícil (e talvez pouco válida) tal diferenciação. No entanto, desse procedimento, vale destacar as reflexões realizadas por Gohn sobre a educação não formal em relação à educação popular, quando sugere que nem toda educação não formal é educação popular, no sentido atribuído por Paulo Freire. Tal fato sustenta-se ao tomarmos como referência ações socioeducativas desenvolvidas por algumas organizações governamentais e pelo terceiro setor, cujas práticas clientelistas não instauram processos de autonomia e emancipação entre os sujeitos atendidos. Há, entretanto, uma relevante contribuição na obra, qual seja o destaque (mesmo que breve) às lacunas metodológicas na educação no campo social, tecidas como um dos pontos mais polêmicos na educação não formal atualmente. Segundo Gohn, “há metodologias [...] que precisam ser desenvolvidas, codificadas, ainda que com alto grau de provisoriedade, pois o dinamismo, a mudança, o movimento da realidade, segundo LEITURAOBRIGATÓRIA 10 o desenrolar dos acontecimentos, são as marcas que singularizam a educação não formal” (p. 47). A importância da sistematização de procedimentos metodológicos deve-se ao fato de os educadores sociais se verem, cotidianamente, diante de sujeitos sociais (crianças, jovens, mulheres, trabalhadores que vivem alguma situação de desvantagem social), com os quais necessitam desenvolver práticas educativas capazes de incorporar propostas/ orientações pedagógicas, sem o que, segundo Gohn, tendemos a constituir um tipo de educador que pouco contribui para a transformação da sociedade. A autora acrescenta: “estes [referindo-se aos educadores] carregam visões de mundo, projetos societários, ideologias, conhecimentos acumulados” (p. 47) que determinam um ou outro jeito de realizar suas ações e que precisam ser tensionadas a luz de teorias. Nesse sentido, compartilhamos com Gohn a ideia de que precisamos pensar fundamentalmente sobre a formação dos educadores e suas metodologias. Para isso, há de se considerar que dados empíricos de pesquisas diversas, na área, demonstram que a maioria dos educadores sociais ou são acadêmicos de licenciaturas ou professores graduados, que tendem a arrastar para a educação, no campo social, o modo de socialização escolar, expressão cunhada por Vincent, Lahire e Thin (2001); Por exemplo, mesmo que as Diretrizes do curso de Pedagogia apontem para o campo da educação não escolar como um locus de atuação de pedagogos e que algumas poucas disciplinas sejam oferecidas no campo de práticas de educação não escolar, o modelo de formação recebido por tais professores ainda está centrado na educação escolar, do qual se pode reproduzir um sujeito-professor que reflete sobre suas intervenções pedagógicas na perspectiva da vigilância de sujeitos/populações que representam risco à sociedade, pelo simples fato de frequentarem um serviço socioeducativo. Dessa forma, reitera-se que o debate sobre a questão da formação dos educadores, a exemplo do que sugere Gohn, é fundamental; entretanto, entendemos que estamos diante da necessidade de refletirmos sobre qual conceito precisamos amparar a formação desses atores sociais. “Processos sociais que envolvem a gestão da coisa pública, tais como conselhos gestores e os colegiados escolares” (p. 55) constituem-se, para a autora, em apoio complementar para a formação acadêmica de educadores sociais, o que sugere um modo de formação que privilegia a experiência e o debate coletivo. Por sua vez, resultados parciais da pesquisa “Práticas de educação não escolar de sujeitos que atuam em projetos socioeducativos (CNPq)” demonstram que educadores sociais formam-se em serviço, contando com o apoio de seus pares, e constroem estratégias pedagógicas com base nas suas experiências pessoais, enfatizando a autoformação. Alinhados às afirmativas de Gonh sobre a formação, os resultados parciais da referida pesquisa compartilham ainda com estudos que consideram que a formação ocorre no processo relacional; por isso, é construída na negociação e materializada pela artesania LEITURAOBRIGATÓRIA 11 do fazer, a exemplo de Macedo (2010). Nessa perspectiva, uma ação formadora produzida pela reflexão da experiência poderia declinar de uma formação específica. Considerando-se, ainda, que a educação, no campo social, é área transdisciplinar do conhecimento (MOURA; ZUCCHETTI, 2010), a proposição de cursos de graduação, no âmbito da chamada Pedagogia Social, para formar educadores sociais, pode representar um retrocesso. LEITURAOBRIGATÓRIA Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Leia a monografia de Aline Aparecia Akamine sobre ”O papel do pedagogo em espaços não formais de educação: o foco no hospital”. Essa pesquisa proporcionará para você uma visão da amplitude de atuação do profissional da pedagogia em espaços não formais de educação. O presente trabalho teve como objetivo principal estudar a atuação do pedagogo em espaços não formais de educação, em específico, no hospital. Por meio das leituras realizadas, o que se pôde perceber é que o pedagogo exerce um papel significativo, pois promove situações de ensino-aprendizagem que podem trazer contribuições ao contexto hospitalar através de uma prática humanizadora, tornando as relações nesses espaços mais humanas, e possibilitando melhorias no tratamento de pacientes/educandos, já que as relações que se estabelecem entre os envolvidos nesse espaço (profissionais atuantes e pacientes),por vezes, se revelam impessoal. Disponível em: <http://www.ufscar.br/~pedagogia/novo/files/tcc/tcc_turma_2004/248991. pdf>. Acesso em: 5 dez. 2013. LINKSIMPORTANTES http://www.ufscar.br/~pedagogia/novo/files/tcc/tcc_turma_2004/248991.pdf http://www.ufscar.br/~pedagogia/novo/files/tcc/tcc_turma_2004/248991.pdf 12 Leia o artigo Educação não formal, educador(a) social e projetos sociais de inclusão social de Maria da Glória Gohn. A autora apresenta uma pesquisa na área de educação não formal e analisa a participação de segmentos da sociedade civil organizada ao redor de Projetos Sociais Educativos que objetivam a inclusão de comunidades carentes e/ou a promoção do desenvolvimento sustentável, em parceria com diferentes instituições e organizações sociais, inclusive com a rede escolar. Busca-se compreender as ações coletivas no campo da Educação Não Formal, nos marcos de uma teoria social crítica. Disponível em: <http://sumarios.org/sites/default/files/pdfs/56728_6542.PDF>. Acesso em: 5 dez. 2013. Leia o artigo Educação popular, educação não formal e pedagogia social: análise de conceitos e implicações para a Educação Brasileira e formação de professores. Este artigo aborda diferentes perspectivas na educação e a formação de professores. Disponível em: <http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2103_1034. pdf>. Acesso em: 5 dez. 2013. Leia o artigo A educação não formal: desafios de uma prática pedagógica que retrata sobre a prática pedagógica em espaços não escolares. Disponível em: <http://periodicos.franca.unesp.br/index.php/SSR/article/viewFile/442/429>. Acesso em: 5 dez. 2013. Leia o artigo A pedagogia além da educação formal. O artigo aborda novas perspectivas para os profissionais da pedagogia. Disponível em: <http://quadernsanimacio.net/ANTERIORES/diez/APEDAGOGIA.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2013. Vídeos Acesse o vídeo Paulo Freire - Educação para transformação que apresenta a biografia e ideias sobre o desenvolvimento de uma Educação transformadora para o pensar. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=WJryIAcbRRE>. Acesso em: 5 dez. 2013. Assista a reportagem Museu e Escola: Educação formal e não formal que apresenta um dos campos de atuação da educação não formal. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qZzR0G0Bt-c>. Acesso em: 5 dez. 2013. LINKSIMPORTANTES http://sumarios.org/sites/default/files/pdfs/56728_6542.PDF http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2103_1034.pdf http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2103_1034.pdf http://periodicos.franca.unesp.br/index.php/SSR/article/viewFile/442/429 http://quadernsanimacio.net/ANTERIORES/diez/APEDAGOGIA.pdf http://www.youtube.com/watch?v=WJryIAcbRRE https://www.youtube.com/watch?v=qZzR0G0Bt-c 13 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: A partir dos conhecimentos prévios adqui- ridos e de todos os temas trabalhados no caderno de atividades, elabore um texto que contemple resposta para a seguinte questão: Qual a importância de se estudar os diferentes espaços em ambientes não escolares para a formação do profissional da pedagogia? Questão 2: Referente a Educação não forma: Educa- ção Profissional e Educação em Ambiente não escolar. É correto afirmar que: a) A educação não formal é uma área que o senso comum e a mídia usualmente atribuem grande significado, pois a tratam como educação em processos escolarizáveis. b) Educação não formal designa um processo com várias dimensões tais como: a aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos; a capacitação dos indivíduos para o trabalho, por meio da aprendizagem de habilidades e/ou desenvolvimento de potencialidades; a aprendizagem e exercício de práticas que capacitam os indivíduos a se organizarem com objetivos comunitários, voltadas para a solução de problemas coletivos AGORAÉASUAVEZ 14 cotidianos; a aprendizagem de conteúdos que possibilitem aos indivíduos fazerem uma leitura do mundo do ponto de vista de compreensão do que se passa ao seu redor; a educação desenvolvida na mídia e pela mídia, em especial a eletrônica, dentre outros. c) As práticas da educação não formal não se desenvolvem usualmente extramuros escolares, nas organizações sociais, nos movimentos, nos programas de formação sobre direitos humanos, cidadania, práticas identitárias, lutas contra desigualdades e exclusões sociais. Elas estão no centro das atividades das ONGs nos programas de inclusão social, especialmente no campo das Artes, Educação e Cultura. d) A educação não formal não é uma área carente de pesquisa científica. Com raras exceções, o que predomina é o levantamento sistemático de dados para subsidiar projetos e relatórios, feitos usualmente por ONGs, visando ter acesso aos fundos públicos que as políticas de parcerias governo-sociedade civil propiciam. A reflexão sobre esta realidade, de um ponto de vista crítico, reflexivo, ainda engatinha. Questão 3: Em relação a educação não formal, pode-se afirmar que: a) É constituída enquanto modalidade de prática educativa e se caracteriza como um processo que rompe as barreiras dos muros escolares, sendo marcado por intencionalidades, tanto educativas, quanto políticas e sociais, que permitem ao pedagogo entrar em contato com a identidade e as necessidades dos educandos atendidos, bem como da sua comunidade. b) Geralmente está articulada a educação formal em espaços escolares. c) Não apresenta uma definição precisa e não possibilita desenvolver trabalhos com sucesso, já que não existe a avaliação dos pares envolvidos. d) Necessita de organização e planejamento sistemático para a prática educativa. Questão 4: Verifique se as alternativas abaixo são ver- dadeiras (V) ou falsas (F), segundo o tema desenvolvido sobre educação social: ( ) É o fenômeno plurifacetado, ocorren- do em muitos lugares, institucionalizado ou não, sob várias modalidades de ensino. ( ) O profissional que atua nessa área é de natureza social e sofre interferência das condições existenciais que demarcam os aspectos subjetivos, culturais, materiais, AGORAÉASUAVEZ 15 históricos, dentre outros, em que cada indi- víduo se constitui humano ( ). ( ) É o campo do conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da prática educa- tiva concreta que se realiza na sociedade como um dos ingredientes básicos da con- figuração da atividade humana. ( ) O profissional da educação social não tem força para ajudar a modificar a reali- dade local, assim, é um mero executor de projetos sociais. Questão 5: Segundo a temática desenvolvida, assina- le qual das afirmativas abaixo está correta quanto a algumas das características da educação não formal: a) Apresenta aprendizado quanto a diferenças – aprende-se a conviver com demais; socializa-se o respeito mútuo e; constrói da identidade coletiva de um grupo. b) Não trabalha com diferentes culturas e; advém da educação popular. c) É um campo que se constitui bem definido enquanto teoria e não depende de fundamentação para atuar. d) Desenvolve trabalhos educativos; apresenta caráter assistencialista e não promove a ação coletiva. Questão 6: Explique a seguinte afirmação: “(…) com- partilhamos com Gohn a ideia de que pre- cisamos pensar fundamentalmente sobre a formação dos educadores e suas metodo- logias. Para isso, há de se considerar que dados empíricos de pesquisas diversas, na área, demonstram que a maioria dos educadores sociais ou são acadêmicos de licenciaturas ou professores graduados, que tendema arrastar para a educação, no campo social, o modo de socialização escolar, expressão cunhada por Vincent, Lahire e Thin (2001)”. Questão 7: Descreva a partir do tema apresentado: “Educação não formal: Educação Profissio- nal e Educação em Ambiente não escolar”, qual a contribuição dessa área para a forma- ção de indivíduos atuantes na sociedade. Questão 8: Existe relação entre a educação não for- mal, o educador social e as práticas educa- tivas? Qual(is)? Questão 9: Pesquise em várias fontes sobre: ”O pro- fissional da pedagogia e sua atuação em espaços não escolares: hospitais e ONGs” AGORAÉASUAVEZ 16 e relacione a sua pesquisa com a importân- cia de se atentar as metodologias diferen- ciadas nas práticas educativas dos educa- dores sociais. Registre as suas conclusões de forma clara e coesa. Questão 10: De que forma os projetos sociais desenvol- vidos em espaços não escolares podem in- fluenciar nas mudanças sociais locais? AGORAÉASUAVEZ Caro aluno, você viu neste tema um feedback de toda a temática da disciplina. Viu ainda, a relação da Educação não formal e atuação no desenvolvimento de projetos sociais, a relação a educação, o movimento social e o profissional da pedagogia. Assim, espera-se que você ao final dos estudos sobre todas as temáticas abordadas na disciplina, consiga fazer relações reflexivas, sobre a relevante contribuição da atuação do profissional da pedagogia na modalidade de educação não formal. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO 17 GOHN, Maria da Glória. Educação não formal e o educador social: atuação no desenvolvi- mento de projetos sociais. São Paulo:Cortez, 2010. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2005. REFERÊNCIAS Educação: fenômeno plurifacetado, ocorrendo em muitos lugares, institucionalizado ou não, sob várias modalidades. Educador Social: é o profissional que assume papel fundamental na cena composta da educação social ideal. Ele deve ser alguém que faça a diferença, que fique na memória dos meninos e meninas como alguém que acreditou, estimulou, apresentou caminhos, ensinou sobre coisas grandes e pequenas da vida, ensinou ou reacendeu a esperança, e ainda, generosamente deu/recebeu afeto nessa relação. Educação Social: é um processo de formação humana, ou de hominização, como diria Paulo Freire. É de natureza social e sofre interferência das condições existenciais que demarcam os aspectos subjetivos, culturais, materiais, históricos, dentre outros, em que cada indivíduo se constitui humano. Educação não formal: é uma área de conhecimento que envolve aprendizagens e saberes, estando presente em ações e projetos sociais da sociedade civil, em cursos universitários no campo da Educação e em políticas sociais governamentais. É um tema fundamental na contemporaneidade, fazendo parte do processo sociopolítico, cultural e pedagógico de formação dos indivíduos para a cidadania e sua emancipação social. GLOSSÁRIO 18 Questão 1 Resposta: A partir do que foi trabalhado em todos os temas, percebe-se que a importância de estudar os diferentes espaços em ambientes não escolares é que pode proporcionar para o futuro profissional da pedagogia uma visão mais ampla das possibilidades de atuação, dos diferentes campos e da responsabilidade que este profissional carrega como compromisso de fazer a diferença. Questão 2 Resposta: Alternativa B. A Educação não formal designa um processo com várias dimensões e campos de atuação. Questão 3 Resposta: Alternativa A. É considerada uma modalidade de prática educativa que extrapola os espaços em contextos escolares. Questão 4 Resposta: (F) – não ocorre em várias modalidades de ensino e sim, em espaços não escolares. (V) – é verdadeira, porque é um processo de reconstrução do fazer pensar da pessoa e profissional em um só ser. GABARITO Pedagogia: campo do conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da prática educativa concreta que se realiza na sociedade como um dos ingredientes básicos da configuração da atividade hu¬mana. Nesse sentido, educação é o con¬junto das ações, processos, influências, estruturas, que intervém no desenvolvi- mento humano de indivíduos e grupos na sua relação ativa com o meio natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais. GLOSSÁRIO 19 (F) – é falsa, porque não se ocupa de estudos sistemáticos e sim, da prática educativa associada das áreas tanto social como educacional. (F) – é fals,a porque se o profissional da educação social não tiver força para ajudar os participantes a se conscientizarem de seus direitos e deveres e serem capazes de modificarem a sua realidade local, não tem o porque da realização e ação desse profissional atuar em espaços não escolares. Questão 5 Resposta: Alternativa A. Algumas das características são realmente a de aprendizado. Quanto as diferenças, aprende-se a conviver com demais e de socialização do respeito mútuo e constrói-se da identidade coletiva de um grupo. Questão 6 Resposta: Nessa questão, a afirmação de que a autora Maria da Glória Gohn apresenta é que precisa-se alertar quanto aos profissionais que exercem a função de educador social, pois a maioria advém da educação em espaços escolares e poderão multiplicar as metodologias desenvolvidas nos espaços não escolares. Fato que não deve ocorrer, pois são espaços diferenciados, necessitando, assim, de metodologias diferenciadas. Ressalta ainda a preocupação na formação dos profissionais que atuam em espaços não escolares. Questão 7 Resposta: A contribuição dessa área para a formação de indivíduos atuantes na sociedade é desenvolver a visão de mundo em cada indivíduo envolvido para as mudanças locais. Para que isso ocorra, é necessário que o educador social desenvolva metodologias que desperte nos envolvidos um olhar mais criterioso aos fatos ocorridos em sua volta e no mundo. Tomada de consciência de seus direitos e deveres para exercer a sua cidadania. Questão 8 Resposta: Sim, existe relação entre a educação não formal, o educador social e as práticas educativas. Considerando que a educação não formal designa um processo com várias dimensões, tais como a aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos; a capacitação dos indivíduos para o trabalho, por meio da aprendizagem de habilidades GABARITO 20 e/ou desenvolvimento de potencialidades; a aprendizagem e exercício de práticas que capacitam os indivíduos a se organizarem com objetivos comunitários, voltadas para a solução de problemas coletivos cotidianos; a aprendizagem de conteúdos que possibilitem aos indivíduos fazerem uma leitura do mundo do ponto de vista de compreensão do que se passa ao seu redor; a educação desenvolvida na mídia e pela mídia, em especial a eletrônica. São processos de autoaprendizagem e aprendizagem coletiva adquirida a partir da experiência em ações organizadas segundo os eixos temáticos: questões étnico- raciais, gênero, geracionais e de idade, dentre outros. O educador social é o profissional que assume papel fundamental na cena composta da educação social ideal. Ele deve ser alguém que faça a diferença, que fique na memória dos meninos e meninas como alguém que acreditou, estimulou, apresentou caminhos, ensinou sobre coisas grandes e pequenas da vida, ensinou ou reacendeu a esperança, e ainda, generosamente, deu/recebeu afeto nessa relação. Logo, as práticas educativas serão as ações que o educador social irá colocar em prática no campo da educação não formal As práticas da educação não formal desenvolvem-se usualmente extramuros escolares, nas organizações sociais, nos movimentos, nos programas de formação sobre direitos humanos, cidadania, práticas identitárias, lutas contra desigualdades e exclusões sociais. Elas estão no centro das atividades das ONGsnos programas de inclusão social, especialmente no campo das Artes, Educação e Cultura. A música tem sido o grande espaço de desenvolvimento da educação não formal, por suas características de ser uma linguagem universal e de atrair a atenção de todas as faixas etárias (GOHN, 2003). As práticas não formais desenvolvem- se também no exercício de participação, nas formas colegiadas e conselhos gestores institucionalizados de representantes da sociedade civil. Questão 9 Resposta: Como a atuação do educador social, neste caso, o profissional da pedagogia em espaços não escolares: ONGs e hospitais requerem uma formação sólida e que este profissional já desenvolvido as habilidades e competências necessárias para atuar com as diversidades. É de suma importância que ele esteja atento às mudanças e necessidades da localidade em que irá atuar e ciente que a atuação em cada espaço vai depender da análise, da demanda e das circunstâncias do momento. GABARITO 21 Questão 10 Resposta: Os projetos sociais desenvolvidos em espaços não escolares podem influenciar nas mudanças sociais locais se estes projetos forem bem elaborados e desenvolvidos pelos educadores sociais na medida em que estejam relacionados com as necessidades da localidade em contexto. GABARITO
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